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Crescimento Econômico

e Distribuição de Renda

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Caros amigos,
O que parecia impossível vem acontecendo no Brasil. Em vez de 18% em apenas três anos. Além disso, o governo federal iniciou
esperar o bolo crescer para depois dividi-lo, o governo Lula fez ao um processo de democratização do ensino superior, oferecendo
mesmo tempo o país crescer e distribuir renda, o que diminuiu a inicialmente 112 mil bolsas em 1.412 instituições, número que se
desigualdade entre os que ganham mais e os que ganham menos. elevou a 60 mil bolsas por ano.

Em oito anos foram criados 14,6 milhões de empregos com carteira Na saúde, o número de pessoas cobertas pelo SUS aumentou de
assinada, um recorde que continua a ser perseguido pelo governo 54,9 milhões para 81,8 milhões em quatro anos e verificou-se uma
Dilma Rousseff. O salário mínimo teve aumento real superior a 50%. queda significativa na taxa de mortalidade infantil no País.
Cerca de 31 milhões de brasileiros subiram de classe social. Entre
Complementando essas ações, 14 milhões de pessoas passaram a
eles, 19,4 milhões deixaram a linha da pobreza. O grupo dos mais
receber o benefício do Bolsa Família e estima-se que até o final do
pobres do país teve uma queda de 43% no governo Lula.
governo Dilma, serão entregues à população 3 milhões de mora-
dias pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
O governo da presidenta Dilma prossegue com a política de cres-
cimento econômico com distribuição de renda. Anunciou o Plano Foram com essas e inúmeras outras ações que conseguimos contra-
Brasil sem Miséria, para tirar 16,27 milhões de brasileiros (as) da riar, na prática, a lógica perversa do crescimento com concentração
extrema pobreza, o que representa 8,5% da população. de renda. O combate à pobreza e à desigualdade transformou-se em
“alavanca estratégica para a retomada do desenvolvimento”. A par-
Na educação, a parcela da população de cinco a dezessete anos tir disso, surgiu um novo País, que começou a se reconstruir e a des-
de idade que não frequentava a escola foi reduzida de 29% para pontar com a participação e inclusão efetiva de todos os brasileiros.

Deputado Estadual Rui Falcão


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O Novo Brasil Chegou
da, reduzir o desemprego, aumentar a oferta é a marca registrada do governo Lula e do
de crédito oficial e elevar o investimento pú- governo Dilma Rousseff.
blico e privado, entre outras medidas.
Em vez de medidas superficiais, que duram
Mais importante do que isso, porém, foi a como fogo de palha, o governo federal ado-
ideia do governo Lula de utilizar o combate tou estratégias de longo prazo, para a inclu-
à pobreza e à desigualdade como alavanca são social e desconcentração da renda com
Ao assumir o governo, em 2003, o Presiden- Para implantar esse projeto de desenvolvi- estratégica para a retomada do desenvolvi- crescimento da produção e do emprego;
te Luiz Inácio Lula da Silva comprometeu-se mento, que enfrentou sérias resistências das mento. Ou seja, de então em diante, os pro- crescimento ambientalmente sustentável re-
a melhorar a vida dos brasileiros e retomar o classes mais favorecidas, era preciso resta- gramas sociais, como o Bolsa Família, o Luz dução das disparidades regionais, expansão
crescimento econômico com justiça social. belecer o papel do Estado como indutor do para Todos e outros do mercado de bens
Sua bandeira eleitoral era a esperança em processo de desenvolvimento e da distribui- teriam o papel de O fortalecimento da economia de consumo, pesados
um novo Brasil. E esse novo Brasil chegou. ção menos injusta de seus benefícios. Essa puxar o crescimento foi conseqüência da inserção investimentos em in-
postura contrariava os interessados em re-
Seu governo ficará na história como aquele duzir a intervenção do Estado nas questões
econômico, que viria social dos menos favorecidos fraestrutura,
suporte à
para dar
continui-
que enfrentou, com pulso mais firme do que como resultado da
de interesse popular, por interferência do dade do desenvolvi-
qualquer outro, problemas fundamentais, aplicação do dinheiro distribuído por esses
Fundo Monetário Internacional e do Banco mento. Essas iniciativas distribuem-se por
por décadas e séulos irresolvidos, como a programas na compra de bens de consumo,
Mundial. Assim, durante, praticamente, todo cinco dimensões: social, econômica, regio-
concentração de renda e riqueza, a exclusão o que estimularia a indústria a retomar os
o período do governo de Fernando Henrique nal, ambiental e democrática.
social, a lenta criação de emprego e as diver- Cardoso, pouco ou quase nada, o Estado in- investimentos. Isso criaria mais empregos,
sas barreiras que impediam a transformação vestiu no aumento dos gastos em educação, haveria mais dinheiro girando na economia, O fortalecimento da democracia se daria
econômica, o crescimento das empresas e o infraestrutura, saúde, etc. o governo arrecadaria mais impostos e mais como consequência da inserção social dos
aumento de rendimentos da grande maioria recursos sobrariam para investir ainda mais menos favorecidos e da afirmação dos di-
das famílias trabalhadoras. Os governos anteriores haviam abandonado nos programas de redução da pobreza e dis- reitos sociais. Essa mesma orientação é
qualquer proposta que tivesse por origem tribuição da renda. Um círculo virtuoso, que adotada pelo governo Dilma Rousseff, com
iniciativas do governo, por mais necessária
O que fez o governo Lula, e urgente que fosse para a melhoria do bem-
desde o início, foi dar uma estar da população. O que se dizia era que as
virada no modo de planejar. forças de mercado, deixadas ao livre exer-
cício da concorrência, desde que o governo
não intervisse, levariam, por si sós, à prospe-
Até então, as autoridades limitavam-se a ridade desejada. Quem assim falava, os cha-
conduzir programas sociais de emergência, mados neoliberais, outra coisa não haviam
sem dar atenção para a urgência de se erra- feito até então, como governantes, senão
dicar a pobreza, o analfabetismo, o trabalho deixar o barco correr – e o resultado é que,
precoce, a mortalidade infantil. enquanto a economia crescia, ampliava-se a
concentração da renda e da riqueza e aumen-
Isso exigia do governo muita determinação e
tava a distância entre ricos e pobres, com o
afinidade com os anseios e interesses popula-
agravamento da pobreza.
res - qualidades que o governo Lula mostrou
possuir de sobra. O ataque integrado a esses O que fez o governo Lula, desde o início,
e outros problemas – e não ao léu -, como foi dar uma virada no modo de planejar, pas-
era tradição no País até então, desencadeou o sando a retomar a iniciativa, mobilizando a
mais amplo processo de redução da pobreza coordenação dos interesses públicos e priva-
e da desigualdade, retirando milhões de bra- dos, para minorar a pobreza, reduzir as desi-
sileiros da condição de miseráveis. gualdades entre as regiões, redistribuir ren-
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mais ênfase ainda em algumas áreas, como o
programa Minha Casa Minha Vida, que será
responsável pela construção de dois milhões
os políticos da oposição, é nos períodos em
que a economia ameaça fraquejar, demitin-
do trabalhadores, que os investimentos de
Círculo virtuoso
de casas populares durante seu governo, o interesse social, por parte do Estado, devem
dobro do realizado pelo governo Lula. aumentar ainda mais. Isso significa circula- Quando a economia cresce, aumentam a educação, em 1,1%. Isso mostra que
ção de mais dinheiro na economia, em bene- os investimentos das empresas em mais os efeitos benéficos do impacto de cada
Em outras palavras, o compromisso do go- fício de todos. produção para atender o aumento da procura uma das áreas nas quais o governo aplica
verno federal com a melhoria da vida dos
de bens e serviços pelos consumidores, o que recursos para reduzir a desigualdade e a
brasileiros tornou-se o eixo de seu projeto A experiência dos governos liderados pelo
gera mais emprego e aumenta a arrecadação pobreza variam de um setor para outro.
de desenvolvimento, pela primeira vez na Partido dos Trabalhadores mostrou que os
de impostos, que resulta da venda desses Por exemplo, o gasto do governo com a
história do Brasil. Tem sido um sucesso. Por resultados do crescimento econômico não
bens e da tributação sobre o rendimentos, previdência social contribui para reduzir
isso, essa estratégia tem servido de exemplo beneficiam igualmente a todos. Sem a inter-
como salários e lucros. Esse aumento dos em 1,2% a desigualdade na renda, enquanto
para muitos países. Disso tem resultado um venção do Estado, o crescimento, abando-
recursos arrecadados na forma de impostos os investimentos em setores econômicos,
crescimento vigoroso, com a criação de um nado ao livre mercado, gera renda acumu-
eleva, por sua vez, a capacidade do governo como a construção civil e as exportações de
número recorde de novos postos de trabalho lando riqueza e aumentando a concentração
de investir ainda mais nos gastos sociais. produtos agrícolas promovem um grande
e novas oportunidades de melhoria de bem- da renda. Por isso, o Estado precisa intervir
crescimento do PIB, mas não contribuem
estar para todos. E, diferentemente de gover- fortemente, com programas antipobreza e Um estudo do IPEA mostra que 56% para reduzir a desigualdade. Nem por isso
nos do passado, esses objetivos são perse- com estratégia de distribuição de renda para do dinheiro que o governo gasta para a podem deixar de ser feitos.
guidos com firmeza, mesmo que a situação impulsionar o desenvolvimento. Com os go- redução da pobreza, da desigualdade e para
econômica venha a encontrar-se em risco de vernos Lula e Dilma Rousseff, essa postura melhor distribuição de renda voltam para
estagnação. A lição que se pode retirar dessa deixou de ser mera conversa, para se con-
56% do investimento para a
o caixa do Tesouro - o órgão que cuida de
experiência é que, ao contrário do que diziam verter em realidade. todo o dinheiro arrecadado pelo governo
redução da pobreza, desigualdade
-, depois de ter percorrido todo o caminho e melhor distribuição de renda
de multiplicação da renda, como exposto voltam para o caixa do Tesouro
acima – da expansão dos setores produtivos
à criação de novos postos de trabalho,
ao aumento do consumo das famílias, ao Em contraste, o Programa Bolsa Família e
o BPC - Benefício da Prestação Continuada
crescimento da arrecadação de impostos
provocam, ao mesmo tempo, um grande
e, num círculo virtuoso, a novos e maiores
aumento no PIB (indicador de crescimento
gastos do governo em programas sociais, e
da economia) e a maior queda na
assim por diante. Isso equivale a dizer que
desigualdade. O BPC é um direito garantido
o que o governo investe hoje na redução da
pela Constituição Federal, que assegura um
pobreza e da desigualdade, para a construção salário mínimo ao idoso, com idade de 65
de uma sociedade mais justa e democrática, anos ou mais, e à pessoa com deficiência,
paga-se com certeza no futuro, na forma da de qualquer idade, incapacitada para a vida
amplificação de seus efeitos benéficos sobre independente e para o trabalho.
toda a economia.
Já o aumento no pagamento dos juros,
Como resultado desse processo, os gastos compromisso assumido pelo governo na
do governo com saúde e educação, por gestão da dívida pública, pouco contribui
exemplo, passam a ser progressivos. E, para o crescimento. Ao contrário. O
assim, o impacto do crescimento de 1% governo, ao despejar dinheiro no mercado
da economia no gasto com saúde permite na forma de pagamento de juros a quem
reduzir o índice que mede a desigualdade detém títulos dessa dívida, contribuiu para
(Gini) em 1,5%, enquanto no gasto com aumentar a concentração da renda. Ou seja,
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o gasto com juros custa mais do que gera sociais, como condição para a retomada do 7,3. De 1999 a 2003, a média de criação de ocorreu como resultado de um conjunto
em benefícios sociais para o conjunto da crescimento e a geração de novos postos empregos formais no País foi de 650 mil. integrado de ações do governo, que incluem
sociedade, de acordo com estudo do IPEA. de trabalho. Amplificavam, desse modo, De 2004 a 2009, essa média dobrou para 1,3 além do Bolsa Família, o aumento do
o que recomendava o Fundo Monetário milhão. Em 2010, chegou a 2,136 milhões. salário mínimo, outros programas sociais e
Isso não pode ser esquecido, pois durante Internacional e o Banco Mundial, instituições a Previdência Social. Somente o ganho real
muito tempo no País, as elites dominantes controladas e dirigidas pelos grandes bancos O Nordeste é a segunda região do País onde do salário mínimo entre 2005 e 2010 foi de
e os meios de comunicação, que em geral internacionais. Nada de estranho quanto aos número de novos postos de trabalho mais quase 50%. Diferentemente de como ocorria
operam como seus porta-vozes, afirmavam banqueiros que, sabemos, interessam-se aumentou: 59,52%, taxa superior à média no passado, em que o Estado não planejava,
que o pagamento dos juros tinha de ser um somente pelos juros. Estranho é deixar-se nacional, de 51,34%. Isso representa a agora todas ações de governo são integradas,
compromisso prioritário do governo e, por levar por essa conversa, como ocorreu no criação de 2,9 milhões de empregos formais. com vistas a inserir o desafio da eliminação
isso, devia ser colocado à frente dos gastos Brasil durante décadas. A região que alcançou o índice mais elevado da pobreza e da distribuição da renda na
foi o Norte, com 76,56%. estratégia de desenvolvimento. Assim, a

Explosão no emprego
criação de novas oportunidades de trabalho
Os analistas de má vontade insistem em está intimamente associada à formação
afirmar que o aumento no consumo nessas humanística e profissional dos trabalhadores,
regiões deve-se exclusivamente ao Bolsa mediante a educação. Somente assim as
Família, por eles considerado como um novas oportunidades de trabalho poderão ser
mero ajutório. Mas a verdade é que isso apropriadas pelos mais pobres.

Na escola, para o futuro


Sempre com vistas à redução da pobreza por ano, desde então. O governo também
e melhoria na distribuição da renda, no criou 9 universidades públicas federais,
campo da educação, o governo Lula obteve interiorizando o acesso à educação pública
resultados nunca vistos no País em período gratuita. Em apenas quatro anos, o número
tão curto de tempo, em todos os níveis de de vagas nas universidades federais cresceu
escolarização e faixas etárias. 63%, e, segundo dados do Ministério da
Educação, nos cursos de engenharia as vagas
A parcela da população de cinco a dezessete praticamente dobraram, passando de 16.340,
anos de idade que não frequentava a escola em 2006, para 32.502, em 2010. Atualmente,
foi reduzida de 29% para 18% em apenas as universidades federais oferecem 122 mil
Um dos instrumentos mais importantes proteção social ao trabalhador. Esse resultado 36 meses. No ensino básico, o percentual de vagas gratuitas.
para a redução da pobreza e melhoria da desmente os políticos tucanos e demistas, crianças fora da escola caiu vertiginosamente.
distribuição da renda é a criação de novos que sempre defenderam a “flexibilização” Com a criação do Fundo de Manutenção e
postos de trabalho. Nos oito anos do das leis trabalhistas – leia-se: a liberdade de Desenvolvimento da Educação Básica, o Em apenas quatro anos, o número
governo Lula, foram criados 14,6 milhões de demitir, sem responsabilidade social – sob o governo federal tem como objetivo atender de vagas nas universidades
empregos com carteira assinada, um recorde pretexto enganoso de criar mais empregos. 47 milhões de estudantes, com investimentos
anuais de até R$ 4,3 bilhões.
federais cresceu 63%.
absoluto em todos os tempos e que continua a O fato é que, procedendo de modo contrário,
ser perseguido pelo governo Dilma Rousseff, o governo Lula revelou-se um campeão Na área do ensino superior, o ProUni - Uma das regiões que mais se beneficiou com
em razão de seu compromisso maior com os nesse assunto. Durante o seu governo Programa Universidade Para Todos é o maior aumento de sua participação na geração de
trabalhadores. Ao mesmo tempo, reduziu-se foram criados 36 milhões de novos postos programa de bolsas de estudo da história da conhecimento foi o Nordeste. Quando Lula
o número de empregos informais. Ou seja, de trabalho , contra 700 mil no governo educação brasileira. Em 2005, ofereceu 112 assumiu, o Sul e o Sudeste formavam 65%
caiu o número de contratações sem registro, FHC, enquanto o número de desempregados mil bolsas em 1.412 instituições de ensino dos doutores do País, e o Nordeste, apenas
que têm a desvantagem de não oferecer recuou de 11,7 para cada grupo de 100, para - número que se elevou a 60 mil bolsas 1,3%. Hoje, esse porcentual eleva-se a 9,7%.
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Com saúde, mais cidadania
A desigualdade da renda, que é um processo tudo”, que diz saber comandar como um
de erosão da cidadania, tem implicação na general. As decisões sobre a destinação
saúde das pessoas. Uma situação social e dos recursos e a sua gestão são conduzidas
econômica precária, como o desemprego de forma solidária, com a participação da
ou o emprego desprotegido, predispõe comunidade, nas três esferas de governo -
as pessoas à doenças. A enfermidade as federal, estadual e municipal.
incapacita para o trabalho e as afasta da
lida para o sustento da família, além de se
constituir um peso adicional no orçamento Uma situação social e
doméstico, contribuindo para o aumento da econômica precária predispõe
insegurança e estresse. Em outras palavras,
a desigualdade na saúde é uma outra face da as pessoas à doenças
desigualdade da renda.

Para enfrentar o problema, o governo Dilma Uma comparação com o governo FHC
Rousseff, a exemplo do governo Lula, ilustra a seriedade do compromisso do
decidiu levar ao pé da letra o que manda a governo federal com a saúde. De 1998 a Em 4 anos, o número de pessoas cobertas
Constituição. Por ser um direito fundamental, 2002, durante o governo FHC, o Piso de pelo SUS aumentou mais de 26 milhões
o governo faz da saúde uma de suas Atenção Básica foi mantido congelado
prioridades. Tão importante quanto isso é o em R$ 10 por pessoa. De 2003 a 2004, na
modo como o governo conduz os programas virada do primeiro governo Lula, essa valor
de saúde – sob o controle participativo da foi elevado para R$ 15 - 50% de aumento. Como resultado da estratégia de redução da É longa a lista das realizações do governo
sociedade. Assim, tanto na área da saúde O piso é o valor repassado diretamente aos pobreza e distribuição de renda, a saúde das federal na área da saúde. Atenção para a saúde
quanto em outras áreas do governo, não há municípios brasileiros para o investimento pessoas tem melhorado ano a ano. Vive-se da mulher e da criança, facilidade de acesso à
um “eu mandão”, nem um ministro “sabe cada vez melhor, e as crianças adoecem menos saúde a todas as gestantes, reestruturação da
na melhoria da saúde de seus habitantes.
e morrem menos. A queda na mortalidade Rede Cegonha, na área obstétrica e neonatal,
infantil, que era de 24,3 mortes de crianças
com a adoção de um sistema de transporte
menores de um ano de idade por mil nascidos
vivos, em 2002, foi reduzida para 20,5%. Os de gestante de risco e neonatal, articulado
índices de crianças desnutridas menores de com o SAMU, com acompanhante no pré-
cinco anos caíram verticalmente. parto e no parto, saúde mental, com ênfase
no combate e tratamento ao uso do crack,
O SUS, instituição que faz inveja ao mundo tudo isso está previsto por Dilma Rousseff,
pelo seu caráter universal e por sua forma em seu programa de governo que retoma o
de cooperação federativa, ganhou grande caminho aberto por Lula.
impulso, e uma das provas disso é o sucesso
do Programa Saúde da Família. O número
E ainda há o Programa Brasil Sorridente,
de municípios atendidos pelo programa
elevou-se de 4.161 em 2002 para 5.218 em que tem realizado uma revolução na saúde
2008, abrangendo 93,8% dos municípios bucal; a consolidação da rede de farmácias
brasileiros. E o número de pessoas cobertas populares, a distribuição gratuita de
pelo programa aumentou de 54,9 milhões em medicamentos contra hipertensão arterial e
2002 para 81,8 milhões em 2006. diabetes, etc.
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O progresso se espalha
Na questão da distribuição da renda entre Os efeitos da redução da pobreza, da 2009, o emprego na região cresceu 5,9% vezes mais no governo Lula do que no de FHC.
as várias regiões do Brasil, o problema desigualdade e da melhoria na distribuição ao ano, mais do que no Brasil (5,4%) e no Outros programas voltados para a agricultura
maior estava no Norte e Nordeste, regiões de renda durante o governo Lula variam Sudeste (5,2%). O aumento real do salário familiar, como o de Aquisição de Alimentos,
que dispõem de reduzida capacidade de de região para região. Mas é certo que mínimo também beneficiou fortemente a que compra diretamente a produção dos
competição com territórios mais ricos. favoreceram ainda mais os Estados região, pois metade da população nordestina agricultores, conta entre seus beneficiários
Esse é o motivo por que os governos Lula menos desenvolvidos. Assim, o Nordeste recebe um salário mínimo. com 50% de estabelecimentos nordestinos.
e Dilma fizeram do apresentou taxas de
- Com a criação de muitos postos de trabalho,
desenvolvimento do Em 5 anos, o Nordeste cresceu crescimento duas vezes o aumento do salário mínimo e o Bolsa Se fosse um país, o Nordeste seria hoje a 5ª
Norte e Nordeste uma
prioridade de seus
31,5%, ou 3,6 pontos acima acima das registradas
durante o governo de
Família, o poder de compra dos consumidores economia da América do Sul, atrás apenas
do Nordeste, juntamente o Norte, esteve na do Brasil, Argentina, Venezuela e Colômbia,
programas. Regiões da média nacional Fernando Henrique dianteira no País, tendo elevado em muito segundo dados do Banco Mundial. Estaria
atrasadas, além de Cardoso. Entre 2003 as vendas do comércio varejista regional. na frente do Chile e do Peru, um pouco atrás
representar um peso para o restante da e 2008, o Nordeste cresceu 31,5%, ou 3,6 Com a explosão do consumo das famílias, de Portugal e da República Checa. Já são
economia do País, deixam de mobilizar seu pontos percentuais a mais que o Brasil. Em chegaram os empreendimentos privados, visíveis na paisagem nordestina algumas
potencial de recursos para o crescimento, contraste, durante o governo FHC, a região como a indústria de alimentação e bebidas, características de país desenvolvido. A
provocando emigração das populações e cresceu apenas 15,5%, apenas 0,4 ponto supermercados e grandes magazines. Durante primeira linha de Veículo Leve sobre Rodas
concentração indesejável em outras partes, percentual acima da do País. Os dados são o governo Lula, o crescimento do Nordeste (VLT) em funcionamento no Brasil é a do
com a proliferação de favelas e de carências do IBGE. destacou-se por se apoiar, pela primeira vez Metrô do Cariri, no Estado do Ceará. A
de toda sorte. Por isso, o governo federal na história, não apenas nos programas sociais única fábrica brasileira que produz esses
privilegia o investimento em infraestrutura Ações nacionais do governo FHC tiveram do governo federal, mas também por obras
veículos é a Bom Sinal, de Barbalha. Depois
nessas regiões, atacando carências no repercussão favorável no Nordeste. Mas da iniciativa privada.
do Juazeiro-Crato, seis outros municípios já
transporte, energia, telecomunicações e na comparação com o governo Lula,
Os investimentos em agricultura familiar assinaram contrato para a compra do VLT:
recursos hídricos. Dessa forma, o governo os resultados lhe são extremamente
aumentaram: os do Pronaf- Programa de Recife, PE; Arapiraca e Maceió, AL; Sobral
pretende assegurar uma distribuição desfavoráveis. “O governo Fernando
Apoio à Agricultura Familiar, cresceram seis e Fortaleza, CE; e Macaé, RJ.
equilibrada do crescimento econômico Henrique ignorou o Nordeste”, afirma um
regional, reduzindo a diferença na ex-integrante da gestão dele, o economista
distribuição espacial da renda nacional. Gustavo Maia Gomes.

As principais diferenças no apoio ao Nordeste entre o


governo Lula e FHC podem ser resumida assim:
- Lula aumentou o número de obras de , que é um programa nacional, destina R$
infraestrutura na região: transposição do Rio 10 bilhões para os carentes do Nordeste,
São Francisco, Ferrovia Transnordestina, enquanto o governo FHC mantinha para
refinarias e siderúrgicas. Na gestão FHC a região um programa de transferência de
não houve uma única obra de tais dimensões renda, de R$ 2 bilhões.
na região.
- No governo Lula, o Nordeste liderou, em
- Lula aumentou os recursos destinados termos porcentuais, a criação de emprego
aos programas sociais. O Bolsa Família com carteira assinada no País. De 2003 a
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Mudança para valer Os programas de
Os programas de redução da pobreza e da Uma vez desfeita a conversa enganosa do redução da pobreza e
desigualdade e distribuição de renda, criados passado, de que gasto social é sinônimo distribuição de renda
pelo governo Lula e mantidos pelo governo de desperdício e estagnação econômica, já
de Dilma Rousseff, vieram para ficar. Eles não existem desculpas para abandoná-lo, vieram para ficar
materializam, na sua implementação, o a pretexto de que é um fardo para as contas
resultado de uma longa história de lutas da públicas. Ao contrário, todos os estudos sobre
sociedade brasileira, que consumiu muitos o tema indicam que o gasto social atende a uma
sacrifícios. Isso não pode perder-se, ante estratégia de importância capital para se poder
uma eventual mudança de governo no futuro. alcançar os objetivos do desenvolvimento e a
diminuição das desigualdades.
Por isso, o governo federal, a exemplo
do que fez o governo Lula, empenha-se
em converter esses programas em lei, que Em 2006, foi sancionada a Lei
é uma forma de torná-los permanentes de Segurança Alimentar, que
e obrigatórios. Assim, por exemplo, o garante uma alimentação
presidente Lula sancionou, em 2006, a
Lei de Segurança Alimentar, que converte digna para população
a alimentação adequada em um direito
fundamental do ser humano e obriga o poder A experiência pioneira do governo Lula
público a adotar as ações necessárias para mostrou que o gasto social, além de atender
promover e garantir a segurança alimentar e a justiça social e se prestar a socorrer o
nutricional da população. País em momentos de crise econômica,
tem um papel fundamental na sustentação
do crescimento. Foi o que se pôde observar
na crise financeira internacional de 2008,
que somente não atingiu profundamente
o Brasil (ao contrário do que ocorreu em
muitos outros países), porque o governo
empenhou-se em reagir à crise aumentando
o gasto social. Isso se deu na forma de
estímulo à produção industrial, com a de
automóveis e caminhões, à construção
civil, com o programa de casas populares,
e à redução dos juros para a compra de
bens de consumo, entre outras iniciativas,
o que teve o efeito de manter as pessoas
empregadas. Foi de grande valia também
o empenho dos bancos oficiais, para a
redução do custo dos financiamentos para
o investimento das empresas, necessário à
manutenção do emprego.

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Bolsa família e democracia
Viver em liberdade, poder escolher os O acesso à moradia digna é um direito Os chamados Territórios da Cidadania
governantes e ser eleito, participar das fundamental de todo cidadão, que o governo também são uma forma de promover a
decisões que dizem respeito à vida da federal decidiu atender, em uma escala nunca redução da desigualdade. O programa O que é renda
comunidade e do país é também uma questão vista na história mundial. São 3 milhões de articula ações setoriais, com a integração
associada à desigualdade. Para votar bem moradias populares, a serem concluídas do governo federal, estados e municípios e Renda é a soma dos
e ser votado, o cidadão precisa desfrutar até o fim do governo de Dilma Roussef. participação da comunidade. Dele participam rendimentos pagos na forma
da cidadania plena. Isso significa dispor A China acaba de copiar o programa os municípios mais carentes, com maior
da possibilidade de desfrutar dos direitos habitacional brasileiro. Casa própria concentração de quilombolas, indígenas, de aluguéis, lucros, salários
sociais, que incluem o acesso aos serviços significa mais segurança e estabilidade para pescadores artesanais, entre outros grupos e juros, durante um ano. A
básicos, como água, luz elétrica, esgoto, a família, autonomia, liberdade, direito de menos favorecidos.
educação, saúde, lazer. Sem o exercício sonhar, expectativa de realização pessoal e
renda nacional é a soma
desses direitos, não há democracia. profissional, cidadania. Ao promover a capacidade das pessoas de de todas as rendas mais as
decidir sobre o próprio destino, as ações
O grande avanço nos direitos sociais ocorreu para a cidadania do governo federal são o transferências do governo
no governo Lula, quando muitas medidas Até o fim do governo de Dilma mais forte instrumento de fortalecimento para o setor privado.
foram tomadas para promover a inclusão Roussef, serão 3 milhões da democracia.
social. O Bolsa Família é, sem dúvida, o de moradias populares
grande carro chefe desse conjunto de medidas.
Ao transferir para seus beneficiários uma
renda adicional, o programa permite que 14 Essas moradias não são instaladas ao acaso,
milhões de famílias melhorem, aos poucos, em locais sem infraestrutura, mas chegam
seu padrão de vida – e, mais importante, se acompanhadas de urbanização e saneamento
capacitarem para conduzir a sua vida por das áreas ao seu redor, o que melhora ainda
conta própria. mais as condições de vida da população.

Com o dinheiro que recebem desse Essa melhoria das condições da habitação
programa, esses milhões de brasileiros vem também acompanhada do programa
ampliam o seu padrão de consumo, podendo chamado Pronasci, que cuida da segurança
adquirir alimentos e outros produtos, que pública e dos direitos básicos da população.
até então não entravam na lista de suas O Pronasci tem tido grande êxito em proteger
despesas. Quando o Bolsa Família assegura as comunidades do domínio do narcotráfico:
aos seus beneficiários a oportunidade de o Estado entra na comunidade, coibindo a
consumir o que antes não era possível, ele ação do tráfico e recuperando o território,
está na verdade, fortalecendo a auto-estima e passa a atender as demandas sociais
e, por conseguinte, o próprio sentimento de das pessoas, com a instalação de creches,
cidadania dessas pessoas. escolas, postos de saúde, quadras de esporte
e de lazer etc. Isso tem sido feito em muitas
Outro programa que caminha lado a lado favelas do Rio de Janeiro, como no caso do
com o Bolsa Família, para a promoção da Morro Santa Marta, que foi pacificado depois
cidadania, é o Minha Casa, Minha Vida. da ação do poder público.

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Expediente
Produção de textos:
Nivaldo Manzano

Editor-chefe, Repórter especial, Repórteres, Pesquisa:


Equipe do Gabinete do Deputado Estadual Rui Falcão

Criação e editoração:
Área Comunicação
www.areacom.com.br

Gráfica:
LWC

Tiragem:
1.000 exemplares

18 19
Gabinete do Deputado Rui Falcão
Av. Pedro Álvares Cabral, n0 201 - sala T109
CEP:04097-900 - São Paulo - SP - Tel.: (11) 3886-6776
www.ruifalcao.com.br - gabinete@ruifalcao.com.br
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