hiperlink internet impressa

01

A Alma do Perfil
Quando a vida online termina

Webcelebridade
a jato!

guia prático do
foursquare

www.hiperlink.abril.com.br
hiperlink maio 2011 www.hiperlink.abril.com.br
 como navegar
Cult 6 A Hiperlink preparou nesta edição um universo de temas sobre um plane-
ta específico: A internet.
CDs x Fãs
oB olso
Mão n
Das prateleiras às páginas da Web
A cara dos encontros virtuais E antes que você pense que o ambiente cibercultural é grande demais
para caber neste impresso, informamos a você que essa é uma leitura um
10 pouco diferente.
E-commerce movimenta economia nacional
Redes Sociais = Vendas O que a Hiperlink não quer é trazer noticias, acontecimentos ou um com-
Ganhe dinheiro fazendo blogs
O bazar das Isabelas
plemento daquilo que você já cansou de ler, ver, tuitar e retuitar. Tão pouco
essa revista pretende discorrer, apenas, sobre as megalomaníacas inova-
Geek 14 ções tecnológicas.

O furo de 140 caracteres

Nossa intenção tão pouco é vender um produto. É justamente oferecer um
Eles são parte de você produto que você já consumiu, mas...
20
#Hashtag Queremos juntar o que você já têm na cabeça, colocar alguns “megas” de
novidade e uns “giga” de conteúdo.
Webcelebridade a jato!
XYZ Livros digitais pelo celular
#TODOS BÓIA.

22 E como vai ser isso?!

@juliana77 as 20:30: Boa noite, profes-
sor...
Literatura digital Você pode ler a revista da maneira mais comum. Folheando página por
Intercâmbio através de redes sociais
pagina e lendo tudo do mesmo jeito que você lê (ou já leu, algum dia) em
24 Jeito de ser qualquer revista impressa.

Alma do Perfil Outra maneira de ler a Hiperlink,é seguindo as conexões entre as reporta-
Realidade Mascarada gens principais de cada editoria. Para fazer essa leitura, você precisa seguir
Entrevista 28 as indicações que aparecerão durante os textos.
sumário

Cada reportagem principal vai criar a possibilidade de ler as matérias, in-

terligadas entre sí... como os hiperlinks, semelhante ao da internet que
você tanto acessa...

30 Sendo assim, junte tudo o que você já leu, todo o seu conhecimento de
Infográfico navegação, e acrescente o prazer de folhear uma revista... Sensação, essa,
que a tela de um dispositivo (ainda) não pode lhe proporcionar.
Editorial 31 Leia, releia, navegue. Bem vindo a sua internet (mais profunda) no papel.

hiperlink maio 2011 TIRAGEM DA EDIÇÃO: 50 000 EXEMPLATES www.hiperlink.abril.com.br

 CDs
cult x FÃS
O número de vendas de CDs baixou, mas o número de fãs-clubes e das vendas
de ingressos de shows ganharam disco de ouro.
Em 2000, Britney Spears se tornou a cantora
mais jovem a ganhar um disco de diamante,
aos 18 anos, com o álbum “... Baby one more
time”, vendendo mais de 28 milhões de cópias
em seu álbum de estréia. Segundo o Guiness
Book, Britney é a cantora mais rendada da his-
tória.
Porém, há certa diferença nos critérios de
premiação quando comparamos com o que
acontece hoje. Um exemplo é o “Monstro Pop”,
Lady Gaga, que chega ao topo das paradas
de sucesso com apenas 12 milhões de cópias
vendidas de seu primeiro álbum “The Fame” ,
mesmo com o mercado musical se tornando
cada vez maior e sendo o carro chefe da mídia.
O sucesso foi grande que lançou mais quatro
CDs – sem contar com um novo álbum que
será lançado ainda este mês.
Como explicar a queda brusca nas vendas de
CDs? Será a pirataria a grande vilã, ou os do-
wnloads ilegais e gratuitos os grandes respon-
sáveis pelo declínio?
Analisam-se os seguintes dados: é visível o de-
clínio nas vendas de CDs enquanto os downlo-
ads no iTunes batem recordes de 7,5 milhões
de músicas por dia, somando 6,3 bilhões nos
últimos cinco anos. Se os números virtuais não
impressionam, o aumento avassalador dos fã-
-clubes e das bilheterias em shows deve ser
considerado.
Em 2008, o Guiness Book mostrou o recorde de
Madonna, com a turnê de maior arrecadação
da história – a Sticky & Sweet Tour –, com fa-
turamento de US$ 193,7 milhões e 1,2 milhões
de fãs.
Outro exemplo é a banda U2, que em apenas
três shows no Brasil em abril, lucrou mais de
Links
US$ 33 milhões em bilheteria, batendo mais
leia mais sobre web
celebridades na página 20
hiperlink maio 2011
um recorde.
E ainda tem mais... É possível destacar o recor-
de de público no último show da dupla Bruno
e Marrone, em Brasília, que teve cerca de 120
mil pessoas.
A partir destes dados, pode-se considerar que
os downloads de mp3, sejam eles mais baratos
ou até gratuitos, não são apenas uma forma de
economia para o consumidor de produtos da
indústria musical, mas também a melhor ma-
neira do artista ser conhecido, reconhecido,
aclamado, e quem sabe até criticado.
No mesmo ritmo que o mundo se desenvolve
e a internet evolui, o mercado da música, os
shows e seus faturamentos têm aumentado
absurdamente, assim como os downloads, a
pirataria, e o iTunes. A Coréia do Sul, em julho
de 2006, foi o primeiro país a relatar que os do-
wnloads representam mais de 50% das vendas
fonográficas, o que revela que cada vez mais,
os downloads são os principais responsáveis
pela decadência do comércio de CDs.
No entanto, o acesso dos fãs aos seus ídolos,
e aos fã-clubes é bem mais expressivo, assim
como o aumento do público nos shows e seus
faturamentos, que crescem de forma incom-
parável. A verdade em tudo isso, é que, o públi-
co quer música barata, o artista quer mais fãs,
e os downloads proporcionam isso de maneira
fácil, rápida, e até de graça. Todos ganham!
Das prateleiras
às paginas
da Web
O mercado cultural está em constante cresci-
mento no universo da web. As indústrias, lite-
rária, musical, cinematográfica e teatral tem
utilizado a rede como meio dinâmico para di-
vulgar seus produtos.
Existem bandas que oferecem conteúdos ex-
clusivos em seus sites para fãs e assinantes do
espaço. Assim como, conferências virtuais, we-
bstores, que possuem vários produtos, inclu-
sive CDs antigos que não tem mais circulação
no mercado.
A estudante de Farmácia e Bioquímica, Tayara
Marrace Ramos, afirma que já participou de
algumas dessas ações pela internet. “É interes-
sante quando elas [as bandas] disponibilizam
algumas faixas de novos trabalhos, pois aguça
a curiosidade dos fãs de comprarem o CD para
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de divulgação com sorteio de
prêmios, em lançamentos de
livros. Geralmente, os sorteios
ocorrem pelo site Random.org,
através de análise das “curti-
das” ou postagens dos usuá-
rios no Facebook. “Tudo isso
aumenta a movimentação das
redes e faz com que tenhamos
uma divulgação maior, tendo
em vista que os participan-
tes precisam mobilizar mais
pessoas pra curtir ou retuitar”,
conclui.
Muitos livros que vêm sendo
lançados no mercado da li-
teratura disponibilizam seus
primeiros capítulos em PDF, na
internet. Um exemplo é a trilo-
gia de livros “As crônicas dos
Kane”, de Rick Riordan, onde
possuem caricaturas dos per-
sonagens, vídeos, jogos, den-
tre outras coisas interessantes.
Com a explosão da web, o mer-
cado cultural tem uma facilida-
de muito maior de atingir seus
clientes mantendo ambos em
posições confortáveis.
Deu certo
1. A banda americana The Strokes dis-
saber como está toda a produção”, res-
ponibilizou três faixas de seu ultimo
salta.
CD “Angles” que foi lançado em Março
deste ano.
Há alguns anos, as pessoas precisa-
vam sair de casa para comprar livros,
2. A banda britânica McFLY disponibi-
CDs e DVDs, e agora isso se faz na co-
lizou todo seu ultimo CD “Above the
modidade, sem sair de casa, apenas
noise” zipado incluindo o incart em
usando sites especializados em ven-
PDF, para os assinantes de seu tam-
das desse tipo de material.
bém novo site chamado Super City.
Além das pré-vendas efetuadas pelos
3. No domingo do dia das mães a
sites, que possibilitam ao comprador
editora Intríseca realizou mais um
reservar o produto dos primeiros lotes
de seus sorteios virtuais pelo twitter.
recebidos pelas empresas, outras cor-
“Para concorrer a 3 exemplares do li-
porações realizam promoções exclusi-
vro, o usuário precisava seguir a @in-
vas para lançamentos na internet.
trinseca e justificar por que a sua mãe
A publicitária na área de social mídia
pode ser considerada uma mãe-tigre.
da empresa Núcleo da Idéia, Manoe-
la Alves, declara que faz promoções
7
A CARA DOS
encontros virtuais
A onda do momento são os encontros
marcados pela internet. Se você não
participou, provavelmente vai participar.

Flash mob, twittcam ou entrevistas
feitas pelos portais de telejornais.
Provavelmente você já ouviu falar de
algum desses novos recursos usados
para reunir pessoas ou marcar encon-
tros pela internet. Essas novas tecno-
logias surgiram a alguns poucos anos
nos países da Europa Ocidental e nos
Estados Unidos e logo se espalharam
pelo mundo, ajudando jovens a ex-
pressar suas ideias de várias formas.
O maior dos eventos desse tipo ocor-
rido no Brasil aconteceu no Parque
do Ibirapuera, em São Paulo, com o
tema “A celebração da cultura pela
internet”. Seguindo uma tendência
mundial, o evento foi inteiramente
divulgado pelo Twitter e Facebook.
Não houve nenhum cartaz impresso,
banner, outdoor, nada. Apenas di-
vulgação virtual. O universitário José
Augusto conta que o youPIX Festival
deu certo porque, através da internet,
seus organizadores conseguiram se
comunicar diretamente com o públi-
co que era para ser atingido. “O evento
ajudou os jovens brasileiros a ficarem
mais por dentro do que acontece no
mundo virtual fora de nosso país”, afir-
ma José.
Os flash mobs são uma realidade
mundial. A tendência surgiu com o
advento das redes sociais que expan-
diram o leque da comunicação entre
as pessoas, fazendo com que muita
gente ampliasse suas relações inter-
pessoais e ligasse pessoas que têm os

O maior Flash mob já realizado no mundo aconteceu em setembro de 2010 no

show do Black Eyed Peas. O evento ocorreu em Michigan, EUA, e reuniu uma
multidão de 20 mil pessoas. O encontro foi combinado através do Facebook e
do Twitter e teve a presença da apresentadora Oprah Winfrey.

mesmos gostos e ideias. feito de São Paulo, Gilberto Kassab e

O universitário André Oliveira, que já
participou de várias ações, inclusive
o famoso “No Pants Day” (em que os
participantes tiram as calças em lo-
cais movimentados), afirma que essa
é uma tendência mundial que vêm
ganhando força no Brasil. O estudan-
te diz que é muito importante que os
jovens brasileiros fiquem “antenados”
no que acontece no mundo pela inter-
net, para não ficarem desatualizados.
Outro recurso que tem sido bastante
utilizado no meio virtual é a twittcam.
Celebridades distintas, como Restart,
Xuxa e Sandy, e políticos como o pre-
Sérgio Cabral, prefeito do Rio, já utili-
zaram a ferramenta. Pessoas comuns
também usam esse recurso para ter
contato mais direto com seus segui-
dores, sem precisar de algo muito re-
levante para isso.
Independentemente da ferramenta
utilizada, o fato é que a forma de en-
contro tradicional – de estar presen-
te fisicamente – tem sido deixada de
lado e agora, o espírito é inovar e se
sociabilizar de outras maneiras.

A maior entrevista coletiva do mundo foi feita pela Fiat com um especialista
8 hiperlink maio 2011 em carros. Teve o objetivo de tirar dúvidas e responder perguntas sobre o www.hiperlink.abril.com.br
novo Uno, lançamento da Fiat em 2009.
 E-commerce
mão no movimenta a bolsa e três meses. Ao mesmo tempo, os 58% dos que ainda não vendas na web em 2011, é maior do que todo o fatura-

bolso as sacolas no Brasil

E-commerce é uma forma de comércio global
que reúne um universo de pessoas, empre-
sas e produtos aos milhões. Um fantástico e
moderno meio de comércio onde é possível
comprar e vender absolutamente de tudo, em
qualquer lugar do mundo com custos reduzi-
dos, grande rapidez e eficiência.
A E-bit, empresa especializada em e-com-
merce, divulgou em sua última pesquisa
realizada em 2010, os números correspond-
entes ao crescimento do mercado eletrônico
no Brasil. Foram faturados R$ 14,8 bilhões em
vendas no setor virtual, o que significou um
acréscimo de 40% ante os R$ 10,6 bilhões
registrados em 2009.
O gráfico a seguir apresenta o crescimento do
e-commerce de 2007 a 2010.
25
20
15
10
5 perda de até 135 bilhões de dólares no mercado mundial em 2011.
0 A busca eletrônica por produtos, hoje, é a seg-
2007 2008 2009 2010
Evolução do faturamento em bilhões por
trouxeram a possibilidade de acessar este
amplo mercado e oferta de produtos.
“Sempre comprei pela internet, além da facili-
dade, os preços são ótimos, em geral compro
muitos livros”, afirma o analista de sistemas,
Johnny Silva.
A facilidade que este seguimento de mercado
oferece é inquestionável, contudo, o cliente
deve ficar atento ao negociar um produto.
Marco da Silva Junior, consultor de market-
ing online lembra para o fato de que a rede
não está livre de criminosos. “Existem dúzias
de quadrilhas organizadas especializados em
tudo quanto é tipo de fraude digital. São os
chamados cybers-criminosos ”, alerta.
De acordo com Junior, as práticas fraudu-
lentas embora sejam uma realidade, não
oferecem risco ao consumidor. Segundo ele,
as lojas virtuais assumem o maior risco, pois
é obrigação delas terem crivos anti-fraude
(CAF).
Compras coletivas
unda atividade mais importante dos usuários
da internet, perdendo apenas para o correio
tiveram experiência nesse serviço, pretendem adquirir seu mento do ano de 2008 (R$ 8,2 bilhões).
cupom pela primeira vez.
Evolução do faturamento do 1º semestre em bilhões
Expectativas
Série 1
O bom rendimento do comércio eletrônico não deve parar 2008
em 2011, e seguirá num ritmo acelerado. A expectativa é
que, com a maior consolidação do setor, aliada as redes 2009
sociais, o faturamento do e-commerce brasileiro apresente
expansão, ainda que menor ao ano passado. 2010
A previsão é que o setor fature R$ 20 bilhões nesse ano, um 2011
crescimento nominal de 30% em relação ao ano de 2010 (R$
14,8 bilhões). 0 2 4 6 8 10
De acordo com a E-bit, nos seis primeiros meses do ano, a Fonte: e-bit
estimativa é de um faturamento em torno de R$ 8,8 bilhões.
Esse valor, além de representar cerca de 45% do total de A cada ano, devido ao acesso massivo à internet e do
sucesso das redes sociais, a porta de entrada para o e-
commerce se abre para novos investidores.
A ilegalidade no e-commerce
- De acordo com a Attributor, empresa especializada em antipirataria, o principal
alvo de produtos ilegais passou a ser os e-books. Segundo a empresa, cerca de três
milhões de pessoas no mundo procuram por livros digitais piratas.
- Quanto ao prejuízo financeiro, a MarkMonitor, empresa especializada em
serviços de proteção de marcas na internet, afirma que a pirataria deve causar

O bazar das Isabelas

três anos
Fonte: e-bit
Essa forma de venda tem mudado a visão de
pessoas e empresas sobre a atividade comer-
cial e vem crescendo principalmente pelo uso
popular da internet.
Os números do e-commerce brasileiro não
param de crescer. Em 2010, foram registra-
dos mais de 23 milhões de e-consumidores
que fizeram pelo menos uma compra online,
somando mais de 40 milhões de pedidos em
todo território nacional.
Evolução de e-consumidores em milhões
Fonte: e-bit
Além dos computadores, os celulares e Palm
Tops – aparatos de conexão com a rede –
Links
para saber preços de
e-books leia a página 22
hiperlink maio 2011
eletrônico.
No ano de 2010, o e-commerce brasileiro
viveu um fenômeno inédito. Originados nos
Estados Unidos, os sites de compras coletivas
chegaram ao Brasil e, em poucos meses, já
viraram febre entre consumidores e investi-
dores.
De acordo com informações da E-bit, já
existem mais de 1.200 sites deste tipo (em
operação ou em fase de lançamento) ofer-
ecendo cupons com descontos que variam
normalmente entre 50% e 70%. Portais agre-
gadores de compras coletivas como o Saveme
também são novidades, promovendo ainda
mais o setor.
Dos consumidores que já compraram, 82%
pretendem adquirir novamente uma oferta
em sites de compras coletivas nos próximos
As redes sociais são ferramentas que
também funcionam no mundo dos
negócios. Com este recurso, você
pode ganhar dinheiro sem sair de
casa. Como é o caso da Isabella Ol-
iveira Madeira, que em um belo dia
entrou em um grupo de trocas do
Facebook apenas para dar uma es-
piadinha nos modelitos. Olhou, co-
mentou e gostou. O próximo passo
foi começar a participar adicionando
seus produtos nos álbuns de vendas
para negociar.
Desde de entã,o não há tendência da
moda ou estações do ano que tirem
Isabela desse mundo da moda.
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A vendedora comenta que as vendas
funcionam como no Mercado Livre,
mas se a sua intenção é passar ap-
enas uma temporada com a roupa,
você também tem essa opção. “Já no
caso das trocas, as pessoas olham os
álbuns disponíveis uma das outras e o
interesse de trocar deve ser recíproco,
fechamos a negociação e enviamos
pelo correio cada uma pagando sua
postagem”, relata.
Outra opção usada para realizar bazar
é através do Orkut. Coincidência ou
não, outra Isabela tambem permeia
esse universo. Isabela Ferreira tem seu
bazar virtual há aproximadamente um
ano.
Ela comenta que comercializa peças
em bom estado e importados entre
roupas, acessórios e sapatos. “O bazar
virtual é um sucesso e recebe em mé-
dia de 100 a 150 visitas por semana”,
enfatiza.
A Isabela do Orkut quer expandir o
négocio, montar sua própria grife de
roupas pela internet, claro.
11

Promoter nos supermercados para di-
vulgar marcas de produtos é algo do
passado. Sair de casa, enfrentar filas
e procurar um determinado produto
em várias lojas, somente por extrema
necessidade.
Comprar com apenas um clique é
algo normal no cotidiano das pes-
soas. A cada ano, aumenta consider-
avelmente o faturamento de empre-
sas que utilizam as redes sociais para
divulgar seus produtos. Você quer
comprar um Smartphone? Um livro
para passar o tempo? Ou quem sabe
uma camiseta? Um sapato? Talvez um
imóvel? Quer viajar a negócios ou a
passeio é fácil e prático, o procedi-
mento é acessar e clicar com o mouse
em “comprar”.
O crescimento vertiginoso do comé-
rcio eletrônico é um fenômeno mun-
dial. No Brasil, este crescimento foi
acima da média em função do bom
desempenho da economia verificado
nos últimos anos. Esse desempenho
que fez com que o número cada vez
maior de pessoas ascendesse de
classe social, buscando um melhor
padrão de vida através da aquisição
via internet de serviços e produtos
com mais facilidades.
O jornalista Michelson Borges afirma
que constantemente compra produ-
tos pela internet, enche o carrinho
online especialmente com livros.
Michelson nunca teve problemas,
tem tempo para pesquisar desde
preços até as versões das diferentes
edições dos livros. E o mais impor-
tante – pelo menos no mundo dos
jornalistas - os livros chegam no
deadline indicado pelos sites. “Prefiro
as compras online porque tenho
maior liberdade e tempo para ana-
lisar os produtos”, alega.
O economista Waldir Kiel afirma
que as empresas estão se aliando
cada vez mais aos novos recursos da
cibercultura. Estão buscando as redes
sociais como o Twitter e o Facebook
hiperlink maio 2011
Redes Sociais =
Vendas
para divulgarem seus produtos
em função do grande número de
usuários e acessos que essas redes
possuem. “As redes sociais se tor-
naram uma ótima vitrine publicitária
para apresentação de seus produtos e
serviços”, declara.
Usar as redes sociais para divulgar
produtos se tornou algo quase que
obrigatório para as empresas, surge
uma nova forma de se comercializar.
A ferramenta do Facebook vem sendo
utilizada para alavancar a lucrativi-
dade desde pequenos comerciantes a
grandes empresas.
Um exemplo de empresa que utiliza
as redes sociais para divulgar seus
imóveis é a Tecnisa. A corporação
se considera a primeira empresa a
efetivar uma venda através do Twitter
e consolidou a venda de um em-
preendimento pelo aplicativo para
Iphone. Além disso, a empresa já in-
vestiu em outros setores na web com
um blog corporativo. Outra empresa
que usa o recurso das redes sociais
para multiplicar suas vendas é a Com-
panhia Azul Linhas Aéreas, ela já foi
“curtida” por mais de 118 mil pessoas.
E os espaços dentro dessa nova mo-
dalidade de compra se expandem, se
mencionarmos os sites de promoção
coletiva como Peixe Urbano e o
Groupon e tantos outros que enchem
sua caixa de anúncios e os comércios
desconhecidos, de gente.
A webdesigner Elkeane Aragão res-
salta que só efetua compras online
quando a empresa é confiável, o
Procon, por exemplo, disponibiliza
uma lista de empresas que vendem
online. “Sempre que compro alguma
coisa na internet, geralmente mp3
e temas para wordpress, eu faço via
paypal”, esclarece.
Cristiano Stefenoni, editor de em-
pregos do jornal A Gazeta, por sua
vez, não teve um final tão feliz. Relata
que fez compra online e levou um
golpe. Precisou entrar com uma ação
e depois um ano ganhou a causa.
Mesmo assim, Stefenoni acredita
que as vendas online, em especial a
nova febre que são as compras em
conjunto, como o Groupon, ofereça
algumas vantagens.
Como muitos internautas não têm o
hábito de ficar consultando sites de
empresas, acontece o inverso, as em-
presas estão indo de encontro com os
usuários nas redes sociais.
O Kiel ressalta ainda que as redes
sociais podem servir para destacar
de forma positiva um produto ou
serviço, como também destruir toda
uma reputação rapidamente se o
serviço ou bem oferecido não estiver
de acordo com o que está sendo
oferecido. O Wall Mart e a Visa se
juntaram no ano passado para fazer
uma promoção através do Twitter.
Resumindo, o estoque acabou dentro
de 40 minutos e as inúmeras pessoas
que não conseguiram comprar deram
início a um protesto no Twitter. Após
a manifestação a empresa liberou
mais 100 peças.
“Sendo assim, o cuidado que toda
empresa deve ter é o da credibilidade
junto ao consumidor, já que por
serem veículos de divulgações muito
rápidas as mídias sociais podem
acabar destruindo uma marca em
pouco tempo se esta não corre-
sponder às promessas feitas em seus
anúncios”, argumenta Kiel.
Neste mercado, fatura mais quem usa
de estratégias para atrair consumi-
dores, criatividade ao extremo e com
uma pitada de ousadia.
Ganhe dinheiro
fazendo blogs
Ganhar dinheiro com blogs é uma arte. Edney deixou seu emprego para lidar so- lho, e tem uma abordagem esportiva. No
Segundo Rick Klaus, diretor executivo do mente com blogs. Muitos amadores que- começo era difícil conseguir retorno, mas
Blogger.com, o Brasil já é o segundo em rem saber as dicas de como conseguir fatu- quando começou dedicar mais tempo, os
número de blogs e perde apenas para os rar um bom dinheiro, porem ele conta que resultados apareceram. “Agora, com o blog
Estados Unidos. Em seguida aparecem não há segredos: “Eu uso computadores incorporado ao site do Jornal O Diário do
respectivamente os seguintes países: Tur- desde 1989, trabalho com eles desde 1990, Norte do Paraná, consigo tirar alguma coi-
quia, Espanha, Canadá e Reino Unido conheço a internet desde 1995 e comecei sa.”, relata.
Para investir em um blog e viver somente este site em 1997, em 2002 comecei a gan- João Pedro Motta, 16, é dono do blog WEB-
dele é necessário postar boas matérias, har os primeiros trocados com internet, Dicas há três anos. No momento, é o único
escrever muito bem, ser criativo, e astuto. não chegava a R$ 100,00”, lembra. que cuida da produção de conteúdo, mas já
O principal de um blog é o conteúdo, in- William Kayser, estudante de jornalismo teve auxílio de um jornalista e uma coluni-
formação. É necessário dedicação, tempo no Paraná e dono do blog Esquema Rápi- sta. Apesar de não divulgar o valor, Motta
e paciência. do, entende que para ter um blog muito afirma que já teve retorno financeiro com
No Brasil, há várias formas utilizadas por acessado, é preciso constante atualização o blog, e inclusive, obteve retorno dos in-
blogueiros para ganhar dinheiro e exem- de conteúdo. “Posto os conteúdos diaria- ternautas a partir de sugestões de artigos,
plo disso é Edney Souza, formado em pro- mente e quando o número de postagens e até conheceu muitos deles em eventos
cessamento de dados pela Universidade cai, percebo que o número de acessos tam- de internet. “Pelo fato do meu blog ser par-
Mackenzie, e Pós-graduado em Tecnologia bém diminuiu. A tarefa de sempre postar ceiro da Campus Party, facilitou bastante”,
da Informação Aplicada a Negócios pela alguma coisa continua”, explica. explica.
Faculdade Associada de São Paulo (FASP). O blog de William completa um ano em Ju-
Edney Souza dá quatro conselhos para quem quer lucrar com os blogs
1. Você precisa escrever bem, ser apaixonado pelo que esceve e conhecer a
cabeça do seu leitor.
#ficaadica
2. Você precisa divulgar seu conteúdo, cadastrar seu site em diretórios,
criar uma conta no Twitter, uma página no Facebook e interagir, respondendo
as dúvidas dos leitores e pedindo suas opiniões deles ao escrever artigos
por exemplo.
3. Você precisa saber vender o seu peixe. Explique para o anunciante qual a
visibilidade que o seu blog tem (quantidade de audiência e qualidade da sua
audiência - perfil do seu leitor), quais as formas de anunciar e qual o
custo de cada uma.
4. Você pode trabalhar com programas de afiliados e redes de anúncios como
Boo-box, Mercado Livre, Lomadee, Google Adsense e Hotwords, enquanto não
consegue os anunciantes diretos.
13
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O furo de 140
geek caracteres
Quem esperaria que a tal notícia da
morte de Osama Bin Laden viria,
primeiramente, por meio do Twitter?
A verdade é que ninguém imaginava
que o passarinho fosse trazer tanta
visibilidade, a um assunto quase que,
completamente esquecido. Afinal,
quem pensava em Bin Laden, até um
mês atrás?
E quando menos se espera, o símbolo
do terrorismo ressurge em capas
de sites, jornais e revistas de todo
o mundo, acompanhado de uma
grande chamada em letras garrafais:
“DEAD”. Isto mesmo... Simples assim.
E para proporcionar uma experiência
completa de catarse, alguns jornais
optaram por acrescentar a frase
de impacto do presidente Barack
Obama, “The justice has been done”.
E pensar que toda a repercussão
começou na rede social.
A evolução tecnológica deu a chance
de o emissor de informações ser
mais ativo nos meios digitais. Mas
o furo, agora não transita, apenas,
de cima para baixo (dos meios de
comunicação para os usuários co-
muns), e sim, por ambas as direções
(dos meios de comunicação para os
usuários, ou vice-versa). Ainda assim,
Rafael Sbarai, repórter de tecnologia
da VEJA.com lembra que os meios
de comunicação continuam a ser
majoritários neste sentido. “Muitas
das discussões que acontecem nes-
sas redes, são pautadas pela mídia
clássica - entenda-se aqui TV, jornal e
revista”, explica.
A grande sacada do Twitter é a rapi-
dez, aliada à facilidade em se postar
Links um conteúdo. É neste contexto que o
aplicativos da morte?
saiba mais na página 24
hiperlink maio 2011
furo – em uma roupagem moderna – se
sustenta. Portadores de informação privi-
legiada são, em muitos dos casos, alvos
dos jornalistas.
Mas nem tudo é simples como parece.
O furo, na era digital, pode possuir um
caráter duvidoso e perigoso. A veloci-
dade e o fácil acesso, agregados ao
pouco espaço (140 caracteres), podem
deixar a situação complexa e confusa.
Há pouco tempo, postagens no Twitter
contribuíram para um cenário de pânico
online. Com medo dos problemas nas
usinas de Tóquio, após o tsunani que
abalou a região, usuários começaram a
divulgar que o problema da radiação era
maior do que o esperado. Mensagens
como “fujam agora” foram retuitadas por
várias pessoas, que inclusive, aumen-
tavam o “conto”. Muita gente acabou
saindo do país depois da histeria coletiva.
No meio da situação, o governo japonês
acabou criando um perfil na rede para
acalmar os ânimos. Sbarai acredita que o
problema não esteja na rede em si, mas
sim na forma que ela está sendo usada,
e ainda alerta para a forma com que as
pessoas lidam com fatos. “É importante
você saber o que acontece ao seu redor a
partir de comentários de seus amigos e,
claro, sobre o que está sendo veiculado
em meios noticiosos”, aponta.
Tais dados mostram que o furo, na inter-
net, não é algo con-
solidado. O professor
Eugênio Trivinho,
coordenador do
Centro Interdisci-
plinar de Pesquisas
em Comunicação e
Cibercultura (Cencib)
da PUC-SP entende
que a internet, por sua estrutura veloz de ser,
não favorece o furo.“Há muitas informações que
acabam não se configurando como verdade. Por
isso, eu tenho que ficar atento ao noticiário para
saber se a informação é confiável”, alerta. O Twitter
é passivo de inúmeras informações deste caráter.
A falsa foto de Osama Bin Laden morto, divulgada
em todo o mundo é um clássico exemplo – já que
a imagem foi reconhecida tempo depois, como
sendo uma montagem.
O furo em 140 caracteres não traz, necessari-
amente, mais poder ao emissor. Mas tal fato não
elimina a gama de possibilidades que o uso da rede
social trouxe para o contexto atual. “Acredito que
eles – os usuários – são parte imprescindível para a
construção de uma informação”, avalia Sbarai.
Eles são parte
de você
mão na roda na minha vida”, afirma entusiasmada.
Os aparatos tecnológicos têm se tornando cada
vez mais populares, de certa forma, devido à sua Além dos inúmeros jogos e a chance de ouvir as can-
utilidade pública. Desde o uso comum, como o en- ções dos seus artistas favoritos, os aplicativos se
tretenimento, até o uso mais formal, com objetivos destacam por facilitar principalmente sua vida aca-
profissionais, há inúmeras ferramentas que facili- demica. “Utilizo aplicativos que traduzem palavras es-
tam e beneficiam as ações, de pessoa para pessoa. trangeiras para o português, ou vice-versa”. Mas não
para por aí... Fernanda brinca que agora, não precisa
A jornalista Nancy Sestini, que trabalha na assessoria mais quebrar a cabeça para fazer as chatas lições de
de um vereador, não deixa de usar os aplicativos do casa. “Também uso aqueles que resolvem cálculos com-
BlackBerry, que possibilitam o uso das redes sociais. plicados de matemática ou física”, confessa, em risos.
“Por causa da minha função, preciso estar conecta-
da ao Twitter para saber o que esta acontecendo e A visualização de mapas, os avisos de mensagens recebi-
o que todo mundo anda falando”, afirma. Pra rece- das, e outras utilidades populares indicam que as tecno-
ber e enviar informações mais complexas, Nancy usa logias não são apenas aparatos, mas que são um pouco
o Facebook, mas para coisas que não exigem tanta daquilo que as pessoas são, e daquilo que se é viver.
enrolação, como marcar algum tipo de compromis-
so imediato, Nancy fica com a rede do passarinho.
É como se a tecnologia fosse um órgão, ou uma es-
pécie de extensão do corpo humano, ao passo de
que o usuário precisa estar com ela todo o tempo.
Do contrário, seu humor ou capacidade de viver são
comprometidos. Esse conceito é visível na vida da
estudante do Ensino Médio, Fernanda Versiani, que
faz de tudo para nunca sair de casa sem estar com
seu iPod. “Os aplicativos e as funções dele são uma
15
www.hiperlink.abril.com.br
hiperlink maio 2011 www.hiperlink.abril.com.br

Webcelebridade
#hashtag
a jato!
“Sou Foda... A-vas-sa-la-dor”... Por que bordões
desse tipo ficam na cabeça? Será que em uma
bela manhã, o jovem Vitinho acordou e pensou
assim: “Hoje eu viro celebridade!” ? Talvez...
O fato é que do mesmo modo que alguns
bordões se tornam febre de uma hora pra outra,
algumas pessoas se tornam celebridades e ficam
na mente, e na boca do povo. Vitinho “Sou Foda”,
é um exemplo disso, que com mais de 6 milhões
de visualizações no YouTube, é reconhecido nas
ruas, em eventos sobre internet e já até ganhou
o prêmio de Video Viral do ano. Talvez a vida dele
tenha mudado.
Lídio Mateus, com seu “Jhon call my name, Ale-
jandro”, faz shows, acena, dança e é aplaudido.
Quem sabe, ele sonhou com tudo isso algum
dia, mas nunca conseguiria prever que as coisas
seriam desta maneira. Eles não imaginam, e nós
também não imaginamos... Basta um clique e
BAM! Se tornam TT’s no Twitter e bordões na
mente das pessoas. Às vezes, por pouco tempo,
mas o que importa? Eles estão lá... E você, não
gostaria?
Alguns “outros” que hoje lotam estádios e movi-
mentam multidões também surgiram desta ma-
neira. O fenômeno teen mundial, Justin Bieber,
nasceu no YouTube, cresceu no MySpace, fechou
contrato e ganhou o mundo (inveja?). Também,
o fenômeno nacional Restart, que cresceu pelo
engajamento de sua comunidade online e
continua crescendo mesmo em meio a todas as
piadas repetitivas (e não tão criativas) sobre sua
sexualidade, numa geração onde todos estão
a ponto de bala em seus Twitters! Inclusive, os
nossos queridinhos têm lucrado muito mais com
a venda de seus acessórios do que com que com
CDs.
Mas, voltando aos nossos ex-anônimos, Vitinho,
Lidio, Sthefhany Absoluta (é... a do Cross Fox), é
claro que não podemos passar batido sem citar
o mais novo fenômeno pop mundial...
Sim... é Ela... Rebecca Black! (A dona da linda:
Links “Friday... Friday...”)
quer saber sobre tendências
de vendas online? Página 10
hiperlink maio 2011
Tudo, menos
falar
Talvez, na esperança de ingressar timidamente
das batidas do mundo pop, não imaginava que
seria bombardeada pelas porradas do mundo
crítico. Com seu vídeo com mais de 135 milhões
de acessos no YouTube (woow!), é difícil encontrar
quem não a conheça, quem nunca tenha assistido
só pra criticar, ou aqueles que juram que nunca
ouviram... Com infinitas versões de sua música
(Como a “Foda Flakes” e “Sexta-Feira” de Davis
Reimbery), ela foi criticada, ouvida, entrevistada e
aplaudida.
Sinceramente, não importa quais sejam as críti-
cas... Ela bate recordes de acesso no YouTube, foi
defendida e apoiada pelo fenômeno pop Lady
Gaga, homenageada por Glee (seriado musical
de maior ibope americano), viu seu “hit” cantado
por Katy Perry, e é a 45ª música mais vendida no
Embora a Amazon, com o Kindle,
iTunes.
e a Sony, com o Reader, estejam
brigando pela liderança nesse tipo
Bom... Se ela não foi bem sucedida...
de negócio, os leitores que vivem
viajando preferem o celular. Apesar
da tela limitada, eles ganham na
preferência pela mobilidade que
os PCs e notebooks não dispõem,
além da economia com a compra do
e-reader (o Kindle é o mais barato e
custa em média R$ 500).
Renan Gonçalves é um típico leitor
de livros digitais. Mas você não o verá
lendo seus livros em tablets como o
iPad. Gonçalves lê tudo pelo celular.
“Aproveito para ler quando estou
esperando em alguma fila, e até em
uma aula chata”, comenta. Além disso,
a mobilidade que o aparato propor-
ciona ajuda Gonçalves no cotidiano.
“É mais prático levar tudo no celular,
que está sempre comigo, do carregar
um livro pra todo canto”, conclui.
Gonçalves é um dos muitos que
consomem esse tipo de conteúdo. De
www.hiperlink.abril.com.br
Mesmo com os avanços tecnológicos e a popularização dos meios, grande
parte dos jovens que usam seus celulares para acessarem a internet se
limita a visitas as redes sociais – não explorando o máximo de suas poten-
cialidades – e ainda optam por aparelhos pouco modernos para os dias
atuais.
Apesar de receberem grande atenção na mídia, os smartphones, como
iPhone e BlackBerry, ainda não são utilizados por muitos consumidores.
De acordo com uma pesquisa feita pela ABI Research os aparelhos mais
simples e que costumam estar distantes dos holofotes do mundo tec-
nológico, representaram mais de 75% do mercado de telefonia móvel.
Livros digitais
pelo celular
livros digitais, como um meio de
atingir um público maior. A ideia é
de que pessoas que nunca entrariam
em uma livraria possam se interessar
pelos virtuais. Os lucros obtidos dos
livros digitais poderão ser maiores
do que a receita do livro tradicional,
porque não há custos de impressão e
distribuição.
Para Matt Shatz, vice-presidente de
acordo com a revista americana Busi-
livro digitais da Random House, “a
ness Week, hoje é mais fácil conseguir
telefonia móvel se tornará o meio
livros pelos telefones celulares, pois
mais popular de se ler livros digitais
as empresas têm criado páginas na
nos próximos anos”. Será que o livro
internet, permitindo baixar dezenas
tradicional, ao contrário do que muita
de livros – especialmente os clássicos,
gente pensa, está realmente com
que não têm proteção de direitos
os dias contados? Enquanto isso, a
autorais.
função primordial do celular perde
O preço também parece ser outro
seu valor... Possilitar a fala entre duas
atrativo. Enquanto títulos recentes,
pessoas.
como os da saga Twilight, podem
custar tanto quanto um livro impres-
so, muitos clássicos estão disponíveis
por US$ 0,99 ou menos. Um dos tops
de venda na loja online da Apple é
uma coleção, que contém 14 livros
infantis, vendida a US$ 0,99 o pacote,
a coleção inclui obras como “Alice no
País das Maravilhas”, “As viagens de
Gulliver” e “Robinson Crusoé”.
As editoras estão apostando nos
21

@Juliana77 as
20:30: Boa noite,
XYZ professor...
Segundo uma pesquisa realizada
pelo IPEA (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada), um em
cada dez internautas já fez ou faz
cursos online.
Através do método de ensino
e aprendizagem, esse processo
se dá por meio de tecnologias
onde professores e alunos ficam
interligados, através da internet
ou outros meios de comuni-
cação como o rádio, a televisão,
o telefone e outras tecnologias
semelhantes.
O IPEA relata que no Brasil
a procura por esse tipo de
curso vem crescendo. O perfil do
usuário? Estudos indicam que ho-
mens com formação profissional
e com renda mensal acima da
Literatura digital
Um dos artefatos mais antigos
já criados pelo homem, o livro,
passou por várias transformações
para ser o que é hoje. Com a
evolução da internet – e com o
uso de texto, imagem, áudio e
vídeo ao mesmo tempo, na rede,
os impressos tiveram que encon-
trar novas alternativas. Aliado a
portabilidade, o e-book foi criado A questão do cansaço visual e
para explorar as novas possibili- toda a história de que o cérebro,
dades, barateando sua produção
e consumo.
Já é razoável que alguns jovens
optem pelo e-book em vez do
livro impresso. Com os iPads, a
questão se populariza ainda mais. já tem sido tratada com novos
A falta de mobilidade do livro im- modelos de aparelhos adequados
presso não supera a portabilidade em tamanho, peso e leiturabili-
e muito menos a quantidade de
Links
outros aplicativos para
celular veja a página 14
hiperlink maio 2011
média são os que mais procuram
por esse tipo de curso. Dos sete
milhões de brasileiros que já
fizeram cursos pela internet, 22%
possui o ensino superior Mas
então o que leva esse público,
graduado e trabalhando a buscar
outras áreas ou especializações?
Resposta A: muitas pessoas
escolhem essa opção pela
falta de tempo ou problemas
de locomoção. Resposta B: uma
mudança repentina na hierarquia
do trabalho ou a necessidade de
se especializar em algumas áreas
com urgência.
Resposta C: as duas alternativas
anteriores mais o trabalho efetivo
e bombardeantes das empresas e
redes de ensino à distância.
Karina Dias Soeiro, 23 anos, fez
o curso Controle de Estoque no
títulos que se pode ter arquivados
em um dispositivo móvel. “É mel-
hor levar 10 livros em um tablet
do que 10 livros em uma mochila,
deixando-a pesada, e ainda é fácil
de encontrar na rede”, constata
Jean Lopes, estudante de Admin-
istração da Unaes.
quando exposto a iluminação,
continuada e direta sobre os
olhos, tem a produção de mela-
tonina (substância reguladora
do sono e liberada em ambientes
calmos e escuros) e é prejudicado,
dade.
No entanto, a experiência com
Sest Senat em Belém, Pará. Ela
procurou o curso porque só tinha
tempo para estudar a noite. “Os
cursos são bastante procurados
por que ajudam na economia de
gastos com transportes”, afirma.
Segundo Karina uma das desvan-
tagens é que apesar de todos os
materiais que eram oferecidos,
havia a necessidade do esclare-
cimento dos professores. As
avaliações eram feitas online e a
interação entre os alunos aconte-
cia por meio de chats e e-mails.
o digital continua sendo diferente.
Há quem trate o e-book com certo
distanciamento. “Não gosto da ideia
do livro digital. Não se compara com
a experiência que tenho ao ler um
impresso”, afirma Jessica dos Passos,
estudante de Relações Internacionais
da Uniderp. A concentração, e o efeito
das literaturas não alcançam a mesma
profundidade de um livro impresso,
além de denotarem uma ideia de fácil
descarte, afirma.
Ainda assim, a forma de distribuição
dos e-books traz uma vantagem, já que
seu custo de produção e de entrega
é, normalmente, inferior ao livro im-
presso e em determinados casos é até
gratuito. Normalmente porque quando
se trata de livros novos, o processo de
editoração, formatação já é adequado a
realidade digital, ao contrário de livros
antigos que precisam de uma série de
mudanças.
Vantagens e desvantagens:
- O curso à distância tem uma maior
flexibilidade quanto aos horários, já
- No curso à distância se obtém certifi-
cado de qualquer lugar do Brasil, porém
no presencial os horários são fixos. em alguns casos a certificação poderá
- O presencial estará sempre à dis-
posição, independente de conexão
via web, enquanto que o à distância
dependerá da internet, que às vezes
pode não funcionar.
não ser valorizada.
- À distância é mais barato, o presencial
custa mais caro podendo ser o dobro ou
triplo do anterior.
Intercâmbio através
de redes sociais
Você conhece a rede social e assim o perfil do interessado em que eles são obrigatórios,
EduFindMe? Para quem sonha em estará disponível para diversas a grande desilusão acontece
fazer intercâmbio é uma opor- instituições. quando o intercambista já esta
tunidade de realizar. Edufindme no seu país de destino. Interesses
é uma rede social desenvolvida Há uma expectativa dos produ- e contratos, destinos e pequenos
pelo site brasileiro EstudeNoEx- tores para que haja um investi- detalhes que, por falta de uma
terior.com. A rede foi lançada no mento de instituições, para que comunicação mais sincera de
mês passado com objetivo de fa- estudantes sejam beneficiados desejos e negócios. Ou seja, a
cilitar o contato entre instituições com bolsas integrais e parciais a grande sacada é aproximar o des-
e estudantes. fim de realizar o sonho de estudar tinatário com o destino, criar um
e morar no exterior. vinculo prévio que possa facilitar
EstudeNoExterior.com atua no desde as transações técnicas com
mercado de intercâmbio há 14 Para quem olha de fora, pode hospedagem, período de estadia
anos e é a primeira rede social no parecer mais uma daquelas ten- e o tipo de escola de língua ou
mundo voltado completamente tativas de criar bancos de dados técnica a ser frequentada.
à educação. Os interessados de interessados, sonhadores, que
podem criar seu perfil no site desejam viajar. Mas a proposta Os interessados em embarcar
EduFindMe ou então conectar- vai mais além. Um dos principais nessa nova tendência podem se
se através de um aplicativo com problemas na hora de viajar cadastrar gratuitamente no site
o seu Facebook. Estudantes e não é pagar pela passagem ou www.edufindme.com ou usar o
instituições podem se cadastrar conseguir um visto para os países Facebook Connect.
#ficaadica
Conivência com a ilegalidade (Submarino, Saraiva) aqueles Eles não podem ser alterados,
que deveriam combater a plagiados, distribuídos ou
pirataria. comercializados de nenhuma
O que preocupa é que, ainda assim,
há vários sites que lidam com pira- forma, sem a expressa autori-
taria de e-books – não apenas blogs, O fato dos e-readers ainda zação de seu autor. No caso
não estarem disponíveis em dos livros digitais gratuitos,
mas sim também sites que usam
preços populares contribui devem ser observadas as
domínios –, e inclusive disponibili-
zam banners de patrocinadores que para o panorama, mas não regras e leis que regem as
lucram a partir de pageviews. O muda o fato de que o livro obras de domínio público ou
curioso é que alguns destes blogs digital é protegido pelas leis registros de códigos abertos
chegaram a usar banners de empre- de direitos autorais, bem para distribuição livre.
como um livro tradicional.
sas que realmente vendem livros
23
www.hiperlink.abril.com.br
jeito de A Alma do perfil
ser
Muito tempo é gasto com
o que se coloca nas redes
sociais. Fotos, frases, comen-
tários, vídeos, tudo é feito
para deixar a sua página o
mais parecido possível com
você. Cada canto e detalhe foi
pensado de acordo com o seu
jeito. Grande círculo de ami-
gos é cultivado, e nada é tão
limitado assim quando se tem
a internet nas mãos, afinal,
você pode chegar onde e em
quem quiser, com apenas um
clique. Pode-se até dizer que
estamos inseridos em dois
mundos, que podem tanto se
juntar quanto se separar. A or-
dem e a rotina das atividades
podem ser tranquilas: verificar
emails, trocar mensagens
com amigos, atualizar fotos...
Mas fica uma pergunta: O
que acontece se alguma
fatalidade ocorrer com você?
O que fazer quando a rotina
for quebrada? Vamos deixar
mais claro: E se você morrer,
o que acontecerá com suas
diversas contas no mundo
online? Afinal, ali é sua vida só
que exposta de uma maneira
mais ‘lúdica’.
Luigi Almeida, analista de mí-
dias e professor de português
e inglês, diz que já pensou
nisso e por este motivo, três
meses atrás, criou sua her-
ança digital. Bem prevenido,
dividiu suas mais de 20 contas
online entre cinco pessoas
de sua confiança. Em seu
‘testamento’ só está apenas
metade de suas contas, pois
segundo ele, as outras não
são tão relevantes. Quando
questionado sobre o porquê
hiperlink maio 2011
de utilizar esse serviço, ele
afirma: “Porque cada vez
mais pessoas estão online.
E me preocupo com o que
vai acontecer com minhas
contas quando eu morrer.
A vida online hoje deve ser
pensada tanto quanto a
offline, isso quer dizer que o
pós morte online também
deve ser planejado”. Muitas
pessoas que estão no anoni-
mato passam a ganhar espaço
após algo de muito trágico
acontecer. E suas redes sociais
começar a ser visitadas como
se fossem palco de algum
espetáculo.
Percebe-se através do caso
Eloá, a garota de 15 anos que
foi morta pelo ex-namorado,
em 2008. O Brasil paralisou
nos dias de angústia vividos
pela garota, ao ser mantida
refém em seu próprio apar-
tamento, por Lindemberg,
seu ex-namorado. O final não
foi feliz, Eloá acabou sendo
assassinada, mas continuou
“viva” nas ondas da internet.
Sua página do Orkut foi con-
stantemente visitada e vários
recados de força foram deixa-
dos como se ela realmente
pudesse ver e responder.
Outro caso é da jovem Yumi
Faraci, 18 anos, que morreu
soterrada devido às fortes
chuvas ocorridas em Angra
dos Reis no início do ano de
2010. Muitas pessoas se co-
moveram, e novamente suas
contas também foram lotadas
com mensagens de solidar-
iedade e conforto. Após um
ano, seus vídeos no Youtube
ainda são vistos e comenta-
dos, seu blog com sua última
postagem, antes da tragédia,
ainda é percebido. “Yumi,
não dascanse, vc é jovem...
vc apenas mudou a roupa...
um artista nunca morre...ele
se imortaliza... é isso que vc
é agora...uma imortal... nos
corações das pessoas que
te amam... e que do melhor
lugar que vc esteja agora faça
muita festa e leve seus sonhos
a frente, todos estamos aqui
de passagem... vc foi chamada
pra um plano a cima de nós...”
este foi o último comentário
deixado no blog de Yumi, este
ano, por um músico que se
comoveu com sua história.
O mais recente caso é o de
Cibele Dorsa, escritora e atriz,
que no dia 26 de março pulou
da janela do 7º andar do seu
apartamento na zona sul de
São Paulo. O suicídio da atriz
casou repercussão no seu per-
fil na internet, principalmente
pelo fato de dois meses antes
seu namorado ter cometido
suicídio no mesmo lugar.
As contas de todas essas
vítimas continuam ativadas.
Pessoas continuam mandan-
do recados mesmo depois de
algum tempo da morte. Por
que isso? Parece que as pes-
soas sentem a necessidade
de externalizar a saudade ou,
até mesmo sem conhecer a
pessoa, de prestar sua solidar-
iedade. Pode-se dizer que as
redes se tornaram “cemitérios
virtuais”. São válvulas de
escape para os íntimos ou até
mesmo aqueles que tiverem
vontade, de deixar viva a pessoa
que, em seu dia-a-dia, em sua
realidade, não está mais presente
entre eles. Isso é fácil, porque
em apenas um clique você pode
revivê-la em seus pensamentos,
ao relembrar momentos felizes
da vida da pessoa deixados na
internet.
Uma hora após o falecimento de
Cibele, Carla Dorsa Gimelli postou
um recado no Facebook da sua
irmã dizendo: “Queridos amigos,
Hj é o dia mais triste da minha
vida, minha irmã faleceu as 2
da manhã! Sei que ela está com
Jesus, mas a dor e a saudade são
muito forte!!!”(sic). Rapidamente,
o mural do perfil de Cibele se
transformou em um memorial à
atriz. Centenas de pessoas deix-
aram os mais diversos recados
na página. Muitos lamentaram
sua morte, outros deixaram de
condolências à família, alguns
ainda pareciam não entender o
que tinha acontecido e determi-
nados textos eram escritos para
a atriz como se ela pudesse ler
e responder. O perfil de Cibele
no Twitter, onde ela deixou uma
espécie de frase de despedida,
ganhou vários seguidores após
a sua morte. Esse caso parece
excepcional pela circunstância da
morte e pela cobertura da imp-
rensa, mas serve de exemplo para
uma questão que cada dia ganha
mais importância, o que acontece
com o legado digital depois da
morte?
Túmulos Digitais
Pensando nisso, o Facebook criou
uma ferramenta que permite
aos familiares e amigos de quem
morreu tornarem sua página um
memorial. O próprio site explica
o que é necessário fazer para que
isso aconteça.
Muitos não contam sua senha
para ninguém, o que pode dificul-
tar o processo de quem quer apa-
www.hiperlink.abril.com.br
gar a conta de um ente querido
que já “não está mais entre nós”.
Para isso se utiliza a herança digi-
tal. São empresas, como a Legacy
Locker, escolha do Luigi, e a En-
trustet, que se responsabilizam
em passar seus logins e senhas
para alguém de sua escolha que
se responsabilizará em realizar
seus desejos em relação às suas
contas online. Mas isso também
depende do destino que você
planejará para as suas contas
após a sua morte. Luigi revela o
seu: “...a ideia é enviar um último
post/tweet/algo que o valha,
informando da minha morte,
aguardar uma semana pra ter as
respostas que vierem de consolo
e conforto, e depois encerrar a
conta”. Segundo ele, a necessi-
dade de se cadastrar num site
como esse, veio do tempo que ele
gasta na frente do computador,
em torno de 15 a 18 horas por dia.
Isso reflete que sua vida online é
tão importante quanto a offline.
“Quando esse tempo aumentou,
parei pra pensar no que acon-
teceria se eu sofresse um acidente
e morresse na dificuldade que
minha família teria pra conseguir
encerrar essas contas e talz e aí,
achei melhor ir atrás”.
A morte em cima da morte
Mas esse caso não se aplica a
todas as redes sociais. De acordo
com Afonso de Albuquerque,
professor de estudos de mídia da
Universidade Federal Fluminense
(UFF), e autor do artigo “Viver e
morrer no Orkut”, a rede já não
se encaixa tanto nesse perfil. Ele
define o Orkut como uma rede
de “encontros de estranhos”. De
acordo com ele, as pessoas se
conectam quando estranhos,
em comunidades de interesses
em comum, mas quando elas se
conhecem, migram para outras
redes de contato mais pessoal,
como o FB. Para Albuquerque isso
é, em parte, culpa do próprio site,
que traz “tudo (falando de acesso
às informações pessoais, fotos, e
até comunidades) já é meio auto-
maticamente travado”.E continua
“o Orkut criou uma rede fechada,
no formato mais próximo do
Facebook, só que menos bem re-
solvido que ele”. Isso faz com que
as pessoas que morrem, e tem
suas contas no Orkut, acabem
sendo esquecidas, pois os rela-
cionamentos próximos na rede,
também já estão morrendo.
Chris Mohney, é americano e resolveu calcular
o número de pessoas mortas que existem no
facebook. Ele fez o cálculo baseado na política
de informação de falecimento do site, na linha
do tempo da rede, e na taxa de mortalidade
mundial. O resultado que ele conseguiu foi de
mais de 5 milhões de mortos. Não há quem
comprove esse número, mas como ele disse
em seu blog (http://migre.me/4wksZ) ele é
bem preciso. Alguém se arrisca a confrontar o
gringo?
25
Realidade mascarada
Allan Murilo da Silva é psicólogo e conversou com a HiperLink
sobre as questões psicológicas por trás dos tão comuns perfis
falsos. Confira:
Revista HiperLinK - Fazer um perfil fake é uma fuga da
realidade?
Allan Murilo - Essa falsa identidade é que muitas vezes a pes-
soa está passando por alguma crise, algum sofrimento em
que ela acaba negando a realidade em que está inserida se
comportando ou criando uma falsa identidade como se fosse
uma máscara para esconder esse sofrimento. É a tentativa
de mascarar/esconder a realidade que está causando sofri-
mento dela.
Pode ser um por um transtorno, ou por uma personalidade
não adaptada, e a pessoa acaba fazendo isso tentando en-
ganar ou tirar proveito da situação. Tentativa de manipular
e enganar, de estar mostrando que não é ela. São pessoas
perturbadas e carentes. O antissocial é um exemplo, a pessoa
antissocial tem uma capacidade enorme de manipular e de
mentir para as pessoas. Ela cria um perfil fake para fazer as
pessoas acreditarem que aquela foto falsa é dela.
RH - Até que ponto isso pode se tornar prejudicial?
AM - Isso depende do período em que acontece e para que
fins. Se for um adolescente que faz um perfil para se aproxi-
mar de um ídolo pode ser algo natural. Agora quando a pes-
soa mistura a realidade com a ficção, isso se torna preocu-
pante, pode ser que ela acabe assumindo essa vida. Então
isso varia da intenção da pessoa e há quanto tempo ela está
usando isso.
RH - Você acredita que isso pode ser uma tendência?
AM - Eu acho que pode ser tendência o uso de redes sociais,
mas a criação de perfis fakes, até pelo fato de que são poucas
as pessoas que tem um perfil falso. Não acredito que seja uma
tendência, mas sim uma personalidade perturbada mesmo.
Principalmente agora, que as crianças estão tendo acesso à
internet cada vez mais cedo. Facilmente uma pessoa transtor-
nada pode criar um perfil falso numa rede social e enganar
e iludir essa criança, marcar um encontro então é perigoso.
hiperlink maio 2011
RH – Exatamente na tentativa de esconderem sua
identidade, os usuários de perfis fakes normalmente
usam de imagens e informações que não são deles.
Copiar fotos e perfis de outras pessoas pode ser con-
siderado pirataria na internet?
AM - Tem toda a questão de leis e direitos. Mas no mo-
mento em que uma imagem/foto de alguma pessoa está
na internet e está disponível para ser copiada, isso poderá
acontecer muitas vezes e o indivíduo não será punido.
Mas é lógico que depende para que essa imagem está
sendo usada ela pode ser punida ou não.
COLUNA
Por Ellen Miranda
Mostrar o corpo na internet se tornou um
hábito tanto quanto checar e-mails. O exibi-
cionismo da geração Y é surpreendente. A
privacidade praticamente não existe e o di-
tado mineiro de “comer quieto” é ignorado
ao máximo. As pessoas usam a internet sem
moderação alguma quando se trata de expor a
imagem, das diversas formas. Fazer uma twit-
cam tirando a roupa de acordo com os pedidos
dos viewers, ou mesmo colocar fotos sensuais
na net no lingerie’s day, infelizmente pode ser
citado como exemplo.
Não sejamos hipócritas, a internet é livre, assim
como cada ser humano. Não estou discutindo
se é certo ou errado, acredito que as pessoas
sabem muito bem o que estão fazendo com
tud que rola ao redor do próprio nariz. Porém,
ninguém pensa em como essas fotos ou videos
se comportam na internet. Caiu na rede, é gol!
ASs informações saem do seu controle para
sempre. Todo dia alguém é vítima da própria
ignorância e ve o sol se por sobre com um vid-
eozinho de sexo na rede. E não existe lado bom
nisso, a vida real não é tão distante da virtual
como ás vezes a gente pensa que é.
Lembre-se, você não é pra sempre, a internet
sim. A diversão é imediata, mas as consequên-
cias serão duradouras e podem custar muito,
muito, caro na posteridade. Quando se trata de
privacidade, é melhor pensar uma, duas, tres,
dez vezes. Cada um tem sua liberdade de es-
colha e sabe como aplicar-la melhor, mas em
tempos de “liberdade sexual” é bom, ás vezes,
recordar o conselho do dramaturgo Nelson
Rodrigues “ se todos conhecessem a intimi-
dade sexual uns dos outros, ninguém cumpri-
mentaria ninguém”.
Se tratando de sexualidade, tem coisas que é
melhor deixar em OFF.
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 #prontofalei

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 Editorial
Fazer tudo isso aqui deu trabalho. E quem disser que não
teria que ser assim, que atire os primeiros teclados e mouses

Expediente
da redação. Falar sobre cibercultura é querer falar de tendên-
cias em um mundo que muda todo dia. É falar de um mundo
que, de um jeito ou de outro, ainda esta sendo descoberto.

E nos sabemos que internet é o quintal de todo mundo, por

isso Hiperlink oferece uma leitura inteligente, de interpre- Diretor de redação
tação dessa ferramenta. Nosso principal objetivo é estar Liane Prestes
atento ao que acontece na rede e tentar decodificar todos
esses algarismos e códigos, cheios de conteúdo que você Diretor da House
recebe todos os dias. Jessika Winnie

E agora que você já leu, convidamos você a fazer uma nova Diretor Comercial
leitura! Porque só na Hiperlink você encontra um conteúdo Helber Frasson
camuflado, dentro da diversidade dos assuntos abordados.
Mas a brincadeira não tem graça se nós contássemos assim, Diretor de marketing
tão facilmente, qual é o Tema Bônus desta edição. Então, Guilherme Vinicius
leia, releia, analise e depois vá até nosso site ou twitter e
diga para nós qual é o tema Bônus que você encontrou. Editor Executivo
Willian Vieira
Essa brincadeira permitirá que você faça uma leitura, de
todo conteúdo preparado para você, de maneira mais Secretaria de redação
atenta. Ellen Miranda

Pode parecer meio fora de moda mas nós defendemos a Editor

ideia de que apenas o texto impresso, que parece desafiar a Jessica Guidolin e Lais Macedo
nova lógica do mundo, é capaz de nos levar a uma reflexão
mais aprofundada. Ou, em outras palavras, fornecer um Q Revisão
a mais do que os caracteres e a dinâmica da internet pode Tatiane Virmes
oferecer.
Diretor de arte
Ao navegar no conjunto de artigos, textos, infográficos e Guilherme Vinicius
outras idéias expressadas através dos símbolos linguísti-
cos aqui na Hiperlink, permitimos ao leitor ter sua própria Executivo de Contas
opinião no caso dessas idéias não fazerem nenhum sentido Helber Frasson e Guilherme Vinicius
para você.
Chefe de arte
Equipe Hiperlink. Vinny Alencar e Alessandra Lang

Designer
Guilherme Vinicius

Fotografia
Mariane Troc e Vinny Alencar

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