You are on page 1of 4

GD DE PARASITOLOGIA MÉDICA

Nome: Cristiano Alex Moreira Nº 2007032249

DOENÇA DE CHAGAS CONGÊNITA

Alguns apontamentos:

• Terceira forma mais importante de transmissão da doença de


chagas.

• 9 em cada 10 casos são subdiagnosticados.

• Observa-se, ultimamente, um aumento significativo de casos.


(Emergent Infectious Diseases 02/2005-EUA)

• Pode ocorrer por via transplacentária (mais comum), pela geléia


de Wharton, pelo líquido amniótico e através do contato do
sangue materno com as mucosas do RN (intra-útero, durante ou
após o parto).

• Para afirmar que se trata de infecção congênita é necessária a


demonstração do T. cruzi no RN até 5 dias após o nascimento e
antes da primeira mamada.

• Incidência de 0,5% a 3% nos RNs de mães com doença crônica


e de 71% nos RNs de mães na fase aguda (Bittencourt et
al.,1992).

• Quanto mais precoce se dá a infecção aguda durante a


gestação maior o risco de transmissão para o feto. (Moretti et
al., 02/2005).

• Ocorre principalmente após o terceiro mês de gestação.

• Placenta na maioria dos casos encontra-se alterada


(volumosa ,edemaciada e com placas esbraquinçadas).

• Causa de prematuridade, baixo peso e risco aumentado de


morbimortalidade.

• Agente infeccioso responsável por lesões inflamatórias, sendo


que os tecidos mais frequentemente lesados são: SNC, coração,
fígado, trato digestório e pele.

Manifestações clínicas:

• Febre (pouco freqüente), taquicardia, baixo peso ao nascer;


• Estado geral comprometido, palidez cutâneo-mucosa;

• Icterícia, geralmente há aumento da bili.indireta (ambas podem


estar aumentadas);

• Petéquias, edema (tipo mixedematoso); Hidropsia

• Sinais neurológicos (tremores finos generalizados, convulsões


focais ou generalizadas, retardo mental);

• Opacidade da córnea, alterações de fundo de olho, uveíte,


coriorrenite;

• Parasitemia alta (geralmente entre 10 e 20 dias de vida; valores


máximos: 1-2 meses-Reiche e cl, 1996)

• Taquicardia (devido à miocardite e anemia);

• Inapetência, vômitos, diarréia, regurgitação;

• Hepatoesplenomegalia (muito freqüente);

• Edema de genitália externa;

• Hematúria, proteinúria, piúria, cilindrúria;

• Anemia, leucocitose com linfocitose, plaquetopenia;

• Hipoalbuminemia e hipergamaglobulinemia.

• Complicações:

• Insuficiência cardíaca (raramente); Cardites;

• Meningoencefalite (hipotonia, hiporreflexia, apnéia,


hipercelularidade com predomínio de linfócitos.

• Calcificações cerebrais; Metafisite; Infecções intercorrentes;


Óbito.

Diagnóstico Laboratorial:

• Parasitológico (métodos diretos):

• Esfregaço de sangue periférico;

• Gota espessa;

• Técnica do microhematócrito;
• Método de Strout;

• Técnica da tríplice centrifugação com sangue coagulado.

• Parasitológico (métodos indiretos):

• Xenodiagnóstico (alta positividade);

• Hemocultivo (cerca de 60% de positividade);

• Inoculação em animais de laboratório.

• Obs: os três são técnicas de multiplicação do parasita.

• Sorológicos:

• Fixação de complemento (Machado Guerreiro), pouco


específico;

• Imunoflorescência Indireta: IgG e IgM específica;

• ELISA: IgG e IgM. Alta sensibilidade e especificidade.

Tratamento:

• Benzonidazol (Rochagan, Rodaniz): 7a 10 mg/kg/dia em duas


doses diárias (12/12hrs), por no mínimo 30 dias e idealmente
por 60 dias. (kirchhoff,1995). Negativação da parasitemia por
volta do 6º e 20º dia de tramento. Efeitos colaterais: dermatite
urticariforme, leucopenia, polineuropatia periférica, astenia,
inapetência, náuseas, dores abdominais.

• Nifurtimox (Lampit): 10 a 15mg/kg/dia tomados em duas doses


diárias (12/12 hrs). Negativação da parasitemia entre o 7º e 33º
dia de tratamento. Efeitos colaterais: inapetência, náuseas,
tremores, excitação, insônia, convulsões, dermatite.

Seguimento:

• Crianças infectadas: exame físico mensal. Exames


complementares: hemograma, provas de função hepática,
quinzenalmente, durante o tratamento.
• Crianças não infectadas: sorologia trimestral enquanto estiver
amamentando e dois meses após a interrupção da
amamentação.

Prevenção:

• Controle do vetor;

• Controle da transmissão transfusional;

• Controle das transmissões acidentais, por transplantes de


órgãos e evitar a contaminação de alimentos.

• Aleitamento materno - discutível pelo baixo número de casos


relatados de transmissão, porém não aconselhavél (Medina
1983).

• Especificamente para chagas congênito:

• Pré-natal(diagnóstico materno precoce);

Critério de cura:

• Negativação total e permanente das provas parasitólogicas


(xenodiagnóstico e hemocultura) e imunológicas (sorologia
convencional e testes especiais- dosagem de anticorpos líticos).

• Critério clínico é considerado como secundário, funcionando


como suporte apenas na fase aguda.

Fontes:

• DOENÇA DE CHAGAS CONGÊNITA : Gustavo Lessa, Gustavo


Santana, Mathias John Thiago Almendra, Prof. Dr. Paulo R
Margotto, Escola Superior de Ciências da Saúde
(ESCS0/SES/DF).

• www.paulomargotto.com.br/documentos/doenca_de_chagas.ppt

You might also like