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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

HOSPITAL DAS CLÍNICAS


SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES


Manual do Acadêmico

2008
DIRETORIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS (HC)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG)

José Garcia Neto - Diretor Geral


Luiz Arantes Rezende - Diretor Técnico
Maria Alice Coelho - Diretora de Enfermagem
Cleusa de Queiroz Machado - Diretora Administrativa
Ale xandrina Maria No
Alexandrina gueir
gueiraa GG.. Ador
Nogueir no - Diretora de
Adorno
Gestão de Pessoas

ELABORAÇÃO
Mar ta Antunes de Souza – Médica Infectologista e Gerente
Marta
do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH)/HC/UFG.
Mar
Maryy RRoc
oc ha Car
ocha neir
neiroo Gar
Carneir cia Za
Garcia pa
Zapa ta – Enfermeira do
pata
SCIH/HC/UFG.
Mariusa Gomes Bor Borgges Primo – Enfermeira do SCIH/
HC/UFG.
Suel
Suelyy Cunha Alber naz Sirico – Enfermeira do SCIH/
Albernaz
HC/UFG.
Adriana Oli
Olivveir
eiraa Guilar de – Professora do Departamento
Guilarde
de Medicina Tropical e Dermatologia do IPTESP/UFG.
Josela Palmeira Pacheco – Médica Infectologista do SCIH
do HC/UFG
Sabrina Sgambatti Andrade – Médica Residente R3 de
Doenças Infecciosas e Parasitárias da FM/UFG.

Prevenção e Controle de Infecções 2


APRESENTAÇÃO

Prezado(a) acadêmico(a),

É com grande prazer que o (a) recebemos


em nosso Hospital.

Pretendemos que este Manual sirva de


instrumento para que você conheça um pouco
mais sobre a metodologia de prevenção e controle
das infecções hospitalares adotada em nossa
instituição.

Neste material você encontrará


informações sobre condutas básicas para evitar a
transmissão de infecções aos pacientes e para se
proteger delas.

3 Prevenção e Controle de Infecções


• Manter cabelos presos; CONDUTAS
• Utilizar calçados fechados e impermeáveis;
• Manter as mãos distantes da face; OBRIGATÓRIAS
• Evitar o uso de adornos (anéis, pulseiras, NO AMBIENTE
brincos longos etc.);
• Higienizar adequadamente as mãos, antes
HOSPITALAR
(medidas de proteção
e após o contato com o paciente; individual e coletiva)
• Entrar nas enfermarias sem objetos de uso
pessoal, como bolsas, livros ou outros de
natureza semelhante;
• Nunca utilizar camas desocupadas para
sentar ou colocar pertences;
• Evitar encostar-se nos leitos para não
contaminar as suas roupas nem a dos
pacientes;
• Manter as unhas naturais e sempre curtas;
• Transportar o estetoscópio no bolso do jaleco
e fazer sua desinfecção com álcool 70%
antes e depois do uso.
• Não utilizar roupas privativas das unidades
(unissex) fora das respectivas áreas.

Quanto ao uso do celular, convém restringi-lo somente


aos casos de extrema necessidade (higienizar as
mãos antes e depois do seu uso).

Prevenção e Controle de Infecções 4


EPIDEMIOLOGIA Para entender os mecanismos de disseminação de
um microrganismo dentro de um hospital, é
BÁSICA DA necessário que se conheça pelo menos três elementos:
a fonte, o mecanismo de transmissão e o hospedeiro
TRANSMISSÃO susceptível.
DA INFECÇÃO
FONTE Geralmente são os profissionais de saúde, alunos,
pacientes e visitantes, bem como fômites ou artigos
e equipamentos infectados/colonizados por
microrganismos patogênicos.

TRANSMISSÃO A transmissão de microrganismos em hospitais pode


se dar por diferentes vias. As principais são:

- Tr ansmissão aér ea por ggotículas:


aérea otículas:
Ocorre pela disseminação por gotículas maiores
que 5µm. Podem ser geradas durante tosse,
espirro, conversação ou realização de diversos
procedimentos (broncoscopia, inalação, etc.). Por
serem partículas pesadas e não permanecerem
suspensas no ar, não são necessários sistemas
especiais de circulação e purificação do ar. As
precauções devem ser tomadas por aqueles que
se aproximam a menos de um metro da fonte.

- Tr ansmissão aér ea por aer


aérea ossóis:
aerossóis:
Ocorre pela disseminação de partículas cujo
tamanho é de 5µm ou menos. Tais partículas
permanecem suspensas no ar por longos períodos
e podem ser dispersas a longas distâncias. São
recomendadas medidas especiais para impedir a

5 Prevenção e Controle de Infecções


recirculação do ar contaminado além de sua
descontaminação. Consistem em exemplos os
agentes da varicela, sarampo e tuberculose.

- Tr ansmissão por conta to:


contato:
É o modo mais comum de transmissão de
infecções hospitalares. Envolve o contato direto
(pessoa-pessoa) ou indireto (objetos
contaminados, superfícies ambientais, itens de
uso do paciente, roupas etc.), promovendo a
transferência física de microrganismos epidemio-
logicamente importantes para o hospedeiro
susceptível.

Pacientes expostos a um mesmo agente HOSPEDEIRO


patogênico podem desenvolver doença clínica ou
simplesmente estabelecer uma relação comensal
com o microrganismo, tornando-se pacientes
colonizados. Fatores como idade, doença de
base, uso de corticosteróides, antimicrobianos,
drogas imunossupressoras, procedimentos
cirúrgicos ou invasivos podem tornar os pacientes
mais susceptíveis às infecções.

São medidas para a prevenção da transmissão de PRECAUÇÕES


microrganismos de um paciente para outro
paciente, de um paciente para um profissional
de saúde, de um portador são ou doente para
outro (tanto na forma direta como na indireta).
Esta prevenção abrange medidas referentes não

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só aos pacientes, mas também aos profissionais
de saúde que podem servir de veículo de
transmissão destes microrganismos.

I – PRECAUÇÕES É a estratégia primária para o controle de


PADRÃO infecção. Está indicada para todos os pacientes
independentemente do diagnóstico (CDC, 2007).
As medidas previstas têm como objetivo a
proteção tanto dos pacientes quanto dos alunos
e profissionais.

O QUE FAZER?

H I G I E N I Z A Ç Ã O É considerada a ação isolada mais importante


D A S M Ã O S no controle de infecções. O termo engloba a
higienização simples, a higienização anti-séptica,
a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das
mãos.
As mãos constituem a principal via de
transmissão de microrganismos durante a
assistência prestada aos pacientes.
A pele das mãos alberga, principalmente, duas
populações de microrganismos:

– Microbiota Residente: é constituída por


microrganismos de baixa virulência, como
estafilococos, corinebactérias e micrococos, pouco
associados às infecções veiculadas pelas mãos. É
mais difícil de ser removida pela higienização das
mãos com água e sabão, uma vez que coloniza as
camadas mais profundas da pele. Exige uso de

7 Prevenção e Controle de Infecções


escovação associada a substâncias químicas para
sua remoção.

– Micr obiota Tr ansitória: coloniza a camada mais


Microbiota
superficial da pele, o que permite sua remoção
mecânica pela higienização das mãos com água
e sabão. É representada, tipicamente, pelas
bactérias Gram-negativas, como enterobactérias
(ex.: Escherichia coli), bactérias não
fermentadoras (ex: Pseudomonas aeruginosa), além
de fungos e vírus.

Os patógenos hospitalares mais relevantes são:


Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis,
Enterococcus spp, Pseudomonas aeruginosa,
Klebsiella spp, Enterobacter spp e leveduras do
gênero Candida. As infecções relacionadas à
assistência à saúde geralmente são causadas por
diversos microrganismos resistentes aos
antimicrobianos, tais como: S. aureus resistente à
oxacilina/meticilina; Enterococcus spp., resistente
a vancomicina; Enterobacteriaceae, resistentes às
cefalosporinas de 3ª. geração e Pseudomonas
aeruginosa, resistente a carbapenêmicos.

Prevenção e Controle de Infecções 8


– Com o quê e quando fazer a higienização das
mãos?

USO DE ÁGUA E SABÃO


Indicações:

• Quando as mãos estiverem visivelmente


sujas ou contaminadas com sangue e/ou
outros fluidos corporais;
• Ao iniciar o turno de trabalho;
• Antes e depois de ir ao banheiro;
• Antes e depois das refeições;
• Antes do preparo e manipulação de
medicamentos;
• Antes e depois do uso de luvas;
• Antes e depois do contato com cada paciente;
• Após o contato com objetos inanimados
próximos aos pacientes.

USO DE ÁLCOOL
Indicações:

Quando as mãos não estiverem visivelmente sujas


e em todas as situações descritas a seguir:

• Antes e depois do contato com cada


paciente;
• Entre procedimentos no mesmo paciente
quando houver risco de infecção cruzada
de diferentes sítios anatômicos;
9 Prevenção e Controle de Infecções
• Após contato com objetos inanimados e FASES DA
superfícies imediatamente próximas ao
paciente; HIGIENIZAÇÃO
• Antes de calçar e após remover luvas; BÁSICA DAS MÃOS
• Após atividades diárias, como a
alimentação e o uso do banheiro.

O uso de sabão comum líquido é suficiente para a lavagem


de rotina das mãos, exceto em situações especiais como:
pacientes em pr ecauções em vir tude de
micr or
orgg anismos
micror m ultir r esistentes
multir esistentes,, sur tos
tos,,
cateterismo vesical, manuseio e inserção de
acesso venoso central, punção lombar e outros
procedimentos que necessitam do uso de anti-séptico
Palma a palma
(PVPI ou Clorexidina degermante).

– Como fazer a higienização das mãos?

A LAVAGEM PRÉVIA A PROCEDIMENTOS DE ROTINA (NÃO


CIRÚRGICOS) DEVE SER FEITA DA SEGUINTE MANEIRA: Palma sobre o dorso
das mãos

• Retire anéis, relógio e pulseiras;


• Ensaboe as mãos e a metade dos
antebraços por, no mínimo, 40 segundos.
O sabão dever ser líquido;
• Enxágüe com água corrente em Espaços interdigitais

abundância;
• Seque com toalhas de papel;
• Feche a torneira com toalha de papel.
Nunca toque a torneira depois de haver
lavado as mãos. Articulações

Prevenção e Controle de Infecções 10


ANTI-SEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS:

• Retirar anéis, relógio e pulseiras antes de


iniciar a escovação cirúrgica;
Polegar e punho
• Use sabão anti-séptico e escova;
• Escove, nesta ordem: unhas, dedos, palma e
dorso das mãos e antebraços, até o cotovelo;
• Enxágüe com água corrente em abundância;
• Seque com compressas estéreis;

Unhas e extremidades
Tempo de escovação: 5 minutos para a primeira cirurgia e
3 minutos para as seguintes.
As luvas cirúrgicas devem ser calçadas assepticamente.

USO DE – Luvas
E Q U I PPAA M E N TTO
OS
DE PROTEÇÃO • Usar luvas somente quando indicados;
INDIVIDUAL • Usar luvas limpas, não estéreis, quando
(EPI) OU existir a possibilidade de contato com
COLETIV
COLETIVAA (EPC) sangue, fluidos corpóreos, secreções e
excreções, membranas mucosas, pele não
íntegra e qualquer item contaminado;
• Utilizar luvas estéreis em procedimentos
como cateterismo vesical, manuseio de acesso
venoso central, punção lombar e aspiração
traqueal;
• Mudar de luvas entre procedimentos no
mesmo paciente;

11 Prevenção e Controle de Infecções


• Trocar as luvas quando estiverem
danificadas;
• Enquanto estiver de luvas não manipular
objetos fora do campo de trabalho (leito do
paciente, canetas, papeletas, fichas de
pacientes, maçanetas, telefone etc);
• Retirar as luvas imediatamente após o
término do atendimento ao paciente;
• Lavar as mãos assim que retirar as luvas.

– Máscara e óculos protetores


A máscara constitui a principal medida de proteção
das vias aéreas superiores contra microrganismos
presentes nas partículas de aerossóis produzidas
durante os procedimentos clínicos ou durante um
acesso de tosse, espirro ou fala.
Assim como os óculos, é indicada em situações
nas quais possam ocorrer espirros e respingos de
sangue ou secreções.

• A máscara deve cobrir completamente o nariz


e a boca
• Não deverá permanecer pendurada no
pescoço após o uso.
• Os óculos protetores deverão ser lavados
com água e sabão após cada uso.
• O descarte de luvas e máscaras cirúrgicas
deverá ser feito em lixeiras para infectantes
(saco de lixo branco).

Prevenção e Controle de Infecções 12


– Avental
Usar avental limpo, não estéril, para proteger
roupas e superfícies corporais sempre que houver
possibilidade de ocorrer contaminação por
fluidos corporais e sangue. Este deve ter
colarinho alto e mangas longas.
O jaleco (preferencialmente manga 3/4) e a
roupa branca não são considerados EPI; portanto,
não substituem o avental.

A retirada do avental deve ser feita o mais breve


possível com posterior lavagem das mãos.

– Gor r o
Usar quando houver possibilidade de
contaminação do cabelo com gotículas de saliva,
aerossóis, fluidos corpóreos e sangue.
Deve ser trocado após a assistência ao paciente.
Para descartá-lo utilizar saco de lixo infectante
(branco).

– Obser v ações Necessárias:

• A colocação dos EPIs deverá obedecer à


seguinte ordem (CDC, 2007):
Avental > Máscara > Óculos protetores > Luva.
• A retirada dos EPIs deverá obedecer à
seguinte ordem (CDC, 2007):
Luvas > Óculos protetores> Avental > Máscara.
• As mãos deverão ser higienizadas imediata-
mente após a remoção de qualquer EPI.

13 Prevenção e Controle de Infecções


Devem ser manuseados com proteção, se sujos E Q U I PPAA M E N TTO
OS
de sangue ou fluidos corpóreos. Sua reutilização DE CUIDADOS
em outros pacientes deve ser precedida de A O PPAA C I E N T E
limpeza e/ou desinfecção.

Manusear, transportar e processar as roupas R O U PPAA S


usadas, sujas de sangue, fluidos corpóreos,
secreções e excreções de forma a prevenir a
exposição da pele e da mucosa, bem como a
contaminação de roupas pessoais. Tais cuidados
evitam a transferência de microrganismos para
outros pacientes e para o ambiente.

Para prevenir acidentes com materiais pérfuro- SAÚDE


cortantes, recomenda-se atenção ao uso, O C U PPAA C I O N A L
manuseio, limpeza e descarte de agulhas, bisturis E PPAA T Ó G E N O S
e outros materiais perfurocortantes. Não retirar VEICULADOS
agulhas usadas das seringas descartáveis, não PELO SANGUE
dobrá-las e não reencapá-las (caso necessário o
reencape, utilize uma única mão – técnica de
repescagem). O descarte desses materiais deve ser
feito em caixas apropriadas e de paredes
resistentes.

Use luvas para o manuseio de todo e qualquer material


perfurocortante.
Procure seguir criteriosamente as recomendações deste
manual. Contudo, caso venha a acontecer algum
acidente com material biológico, comunique ao seu
Prevenção e Controle de Infecções 14
professor e procure imediatamente atendimento no
Pronto Socorro do HC – UFG, com o objetivo de seguir
o fluxograma de atendimento a acidentes existente em
todas as unidades de internação deste Hospital.

– Imunização:
O Ministério da Saúde, com a Portaria 597/
2004, torna obrigatório em todo o território
nacional, para efeito de matrícula em
Universidades, o comprovante de vacinação
atualizado e prevê as seguintes vacinas: hepatite
B, tétano, difteria, rubéola, sarampo, caxumba,
febre amarela, tuberculose.
Vacinação contra hepatite B – são recomendadas
as três doses da vacina contra a doença. Os
intervalos após a primeira dose deverão ser de 1
(um) e 6 (seis) meses, respectivamente.

É fundamental a realização do teste anti-HBs para


conhecimento da resposta vacinal. Ele tem como objetivo
conferir se o indivíduo adquiriu imunidade.

Recomendamos ainda as seguintes vacinas:


contra Varicela e Hepatite A.
No ambiente hospitalar, a transmissão de
microrganismos ocorre, na maioria das vezes, por
contato, por via aérea e pela exposição a sangue
e fluidos corpóreos ou indiretamente, através de
um vetor ou fômite.

15 Prevenção e Controle de Infecções


II – PRECAUÇÕES
POR MODO DE
TRANSMISSÃO
Os microrganismos podem ser transmitidos de TRANSMISSÃO
uma pessoa a outra através do contato com a A T R AAVV É S D E
pele ou mucosa. Podemos classificar este modo C O N TTAA T O
de transmissão em duas categorias:

– Contato direto:
Ocorre quando um microrganismo é transmitido
de um paciente a outro, através do contato direto
da pele, sem que haja a participação de um
veículo inanimado ou fômite, como, por
exemplo, herpes simples, herpes-zoster não
disseminado em paciente imunocompetente,
feridas exsudativas não contidas e diarréia
infecciosa em paciente incontinente.

– Contato indireto:
Quando a transmissão ocorre pelo contato da
pele e mucosas com superfícies ambientais e com
artigos e equipamentos de cuidados aos pacientes
contaminados por microrganismos, (Enterococo
resistente à vancomicina, por exemplo).

Prevenção e Controle de Infecções 16


Estas precauções devem ser P R E C A U Ç Õ E S PPAA R A T R A N S M I S S Ã O
somadas às precauções padrão A T R AAVV É S D E C O N TTAA T O

Quar to
Privativo ou comum para pacientes com o mesmo
microrganismo.

Luvas e Avental
Deverão ser utilizadas ao contato com o paciente ou com material
infectante.

Tr anspor te do paciente
Deverá ser evitado, e, quando necessário, o material infectante
deverá ser isolado com curativo, avental ou lençol, para evitar a
contaminação de superfícies.

Ar tig os e equipamentos ( estetoscópio, termômetro,


tigos
esfigmomanômetro)
Deverão ser de uso exclusivo para cada paciente

Higienização
As mãos serão obrigatoriamente higienizadas com solução anti-
séptica degermante (PVPI ou clorexidina) antes e depois do
contato com o paciente e do uso de EPIs.

T R A N S M I S S Ã O A transmissão de microrganismos por via aérea


P O R V I A ou respiratória é dividida em transmissão por
A É R E A O U gotículas ou por aerossóis.
R E S P I R AATT Ó R I A
17 Prevenção e Controle de Infecções
– Tr ansmissão por ggotículas
otículas
Ocorre através do contato próximo com o
paciente, por gotículas eliminadas pela fala, tosse,
espirros e pela realização de procedimentos como
aspiração de secreções. As gotículas de tamanho
considerado grande (>5µm) atingem até um
metro de distância e rapidamente se depositam
no chão. Exemplos: doença meningogócica, gripe,
coqueluche, difteria, caxumba e rubéola.

PRECA UÇÕES RESPIRA


PRECAUÇÕES TÓRIAS PPARA
RESPIRATÓRIAS ARA Estas precauções devem ser
GOTÍCULAS somadas às precauções padrão

Quar to
Privativo ou comum para pacientes com o mesmo microrganismo.
Manter a porta fechada.

Máscara
É obrigatório o uso de máscara comum, durante o período de
transmissibilidade de cada doença, e para todas as pessoas
que entrarem no quarto.

Tr anspor te do pa
pacc iente
Deverá ser evitado, e, quando necesário, o paciente deverá sair
do quarto usando máscara comum.

Ar tig os e equipamentos ( estetoscópio, termômetro,


tigos
esfigmomanômetro)
Deverão ser de uso exclusivo para cada paciente ou comuns para
pacientes com o mesmo microrganismo.

Prevenção e Controle de Infecções 18


Higienização
É obrigatório a higienização das mãos antes de colocar os EPIs
e imediatamente após removê-los.

– Tr ansmissão por aeraerossóis


ossóis
Ocorre em virtude de partículas eliminadas
durante a respiração, fala, tosse ou espirro. Quando
ressecadas, essas partículas permanecem suspensas
no ar, podendo permanecer por horas e atingir
outros ambientes, inclusive áreas adjacentes, pois
podem ser carreadas por correntes de ar. Como
exemplos temos a transmissão de tuberculose,
sarampo, varicela, gripe aviária e SARS.

Estas precauções devem ser


somadas às precauções padrão
PRECA UÇÕES RESPIRA
PRECAUÇÕES TÓRIAS PPARA
RESPIRATÓRIAS ARA AER OSSÓIS
AEROSSÓIS

Quar to
Privativo, com porta fechada; idealmente, o quarto deverá
dispor de sistema de ventilação com pressão negativa e 6
trocas de ar por hora, com uso do filtro HEPA.

Máscara
É obrigatório o uso de máscara tipo N95 (com capacidade de
filtrar partículas < 3 µm de diâmetro), para entrar no quarto de
pacientes com suspeita ou confirmação das doenças
supracitadas. A máscara deverá ser colocada antes de entrar no
quarto e retirada somente após sair dele.

Tr anspor te do pa
pacc iente
Deverá ser evitado, e, quando necesário, o paciente deverá sair
do quarto usando máscara comum.

19 Prevenção e Controle de Infecções


Ar tig os e equipamentos ( estetoscópio, termômetro,
tigos
esfigmomanômetro)
Deverão ser de uso exclusivo para cada paciente ou comuns para
pacientes com o mesmo microrganismo.

Higienização
É obrigatório a higienização das mãos antes de colocar os EPIs
e imediatamente após removê-los.

A máscara (respirador) N95 poderá ser reutilizada desde


que não esteja amassada, suja ou úmida. Para posterior
uso, ela deverá ser guardada em recipientes que permi-
tam aeração, como por exemplo, o envelope de papel.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional


de Vigilância Sanitária. Curso Básico de Controle
Referências
de Infecção Hospitalar. Caderno C. Métodos de
Proteção antiinfecciosa. 2000
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no. 597,
de 8 de abril de 2004. Institui em todo o
território nacional os calendários de imunização
do Programa Nacional de Imunizações, vinculado
ao Departamento de Vigilância Epidemiológica
(DEVEP), da Secretaria de Vigilância em Saúde.
Subsecretaria de Informações. Brasília, 2004.
Disponível em: <http://dtr2001.saude.gov.br/
sas/portarias/port2004/gm/gm-597.htm.>
Acesso em: out. 2007.

Prevenção e Controle de Infecções 20


BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional
de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em
Serviços de Saúde. Impresso especial. 2007
CENTER FOR DISEASE CONTROL END
PREVENTION (CDC). Guideline for isolation
precautions: Prevenction transmission of
infectious agents in healthcare settings. 2007.
Disponível em: <http://www.cdc.gov/ncidod/
dhqp/pdf/isolation2007.pdf>. Acesso em: set.
2007.

Seja bem
bem-- vindo!
Estamos felizes por contar com a sua parceria na
prevenção e no controle das infecções no HC – UFG
UFG..

21 Prevenção e Controle de Infecções


Campus Samambaia, C. P. 131
Fones: (62) 521.1107 - 521.1358
Fax: (62) 521.1814 - grafica@cegraf.ufg.br
CEP 74 001-970 - Goiânia - Goiás - Brasil

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