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Os humanos têm usado os    


 e suas reações por milhares de anos. Sua primeira
experiência deliberada com uma reação orgânica data, provavelmente, da descoberta do fogo. Os
egípcios antigos usavam os compostos orgânicos (índigo e alizarina) para tingir roupas. Tanto a
fermentação de uvas, para produzir álcool etílico, quanto a qualidade ácida do "vinho azedo" são descritas
na Bíblia.

O álcool faz parte de um rol de compostos orgânicos que já ultrapassa em muito a casa dos milhões e
que é estudado por uma divisão da química responsável por analisar os compostos que apresentam o
elemento carbono em sua composição: a Química Orgânica.

Os compostos de carbono são centrais para a vida em nosso planeta, incluindo-se desde o DNA - as
moléculas helicoidais gigantes que contêm toda a informação genética (Figura 1) - até o metano, que
contém um único átomo de carbono (Figura 2).

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Uma grande vantagem da teoria estrutural é que ela nos permite classificar o grande número de
compostos orgânicos em um número relativamente pequeno de famílias, com base nas suas estruturas.

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As moléculas de compostos orgânicos de uma família são caracterizadas pela presença de um
determinado arranjo de átomos denominado  
.
Um grupo funcional é a parte da molécula onde as suas reações químicas ocorrem; é a parte que
efetivamente determina as propriedades químicas do composto (e muitas das suas propriedades físicas
também).

Os hidrocarbonetos - um grupo funcional bastante estudado no Ensino Médio - são compostos cujas
moléculas contêm apenas átomos de carbono e hidrogênio. Vejamos alguns exemplos na tabela a seguir:

Vejamos também exemplos de estrutura de outros hidrocarbonetos:

O etano apresenta dois átomos de carbono e seis átomos de hidrogênios; o eteno, conhecido como
etileno, é composto por dois átomos de carbono e quatro de hidrogênio; já o acetileno (ou etino) é
composto por dois átomos de carbono e apenas dois átomos de hidrogênio; quanto ao benzeno, por seis
átomos de carbono e de hidrogênio (Figura 3).

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Na família dos hidrocarbonetos também existe uma subclassificação, formada
pelos    (hidrocarbonetos formados por ligações simples: metano, etano e propano); pelos alcenos
(hidrocarbonetos formados por ligações duplas carbono-carbono: eteno e propeno); e
pelos 
 (hidrocarbonetos formados por ligações triplas carbono-carbono, como, por exemplo, o
etino e o propino).

Essas substâncias apresentam, além de outras funções orgânicas, regras específicas que justificam seus
nomes. Mas essas regras não serão abordadas neste texto.

Conhecer a estrutura dos compostos orgânicos ajuda a identificar as substâncias orgânicas e as famílias
(grupos funcionais) a que elas pertencem. Examine a tabela a seguir, que reúne vários dos grupos
funcionais. Para simplificar o entendimento das funções na tabela, identifica-se apenas o grupo funcional,
sendo "R" um substituinte alquila (radicais derivados de alcanos) ou arila (um radical orgânico derivado de
um anel benzênico).

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A função orgânica álcool, citada no ínicio do texto, apresenta em sua estrutura uma ou mais hidroxilas
ligadas a carbonos saturados (carbonos com ligações simples), ou seja, o grupo OH ligado a algum
carbono. Veja o exemplo do 1-propanol na tabela.

O grupo carbonila - uma ligação dupla ligada ao oxigênio - é, provavelmente, o grupo funcional mais
importante encontrado nas substâncias orgânicas. Substâncias que contêm o grupo carbonila são
abundantes na natureza. Muitas desempenham um papel importante nos processos biológicos.
Hormônios, vitaminas, aminoácidos, fármacos e flavonóides são apenas alguns exemplos de substâncias
carboniladas que nos afetam diariamente.

Um grupo acila consiste em um grupo carbonila ligado a um grupo alquila ou arila:

Enfim, podemos identificar muitas das substâncias orgânicas com facilidade se observarmos como suas
estruturas se apresentam. Essa identificação é importante para que possamos verificar o comportamento
dos compostos orgânicos nas reações químicas - e até mesmo nomeá-los.

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