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Institutos fundamentais
Direito Material: Direito que disciplina as relações sociais, assegura os direitos pertencentes a
cada cidadão. Neste direito busca a paz social.
Tutela: Art. 273 do CPC. Sempre que houver uma ameaça ou lesão do direito material surge
para o cidadão a tutela deste direito, ou seja, é a proteção do direito material.
Princípio do direito de ação: Direito que a pessoa tem de exigir do Estado a apreciação de
lesão ou ameaça ao direito.
Princípio da efetividade da tutela jurisdicional: A lei deve garantir meios para que o credor
consiga exercitar seu direito material (aquele garantido pela decisão judicial) de forma efetiva,
em tempo hábil.
Antecipação dos efeitos da tutela Art. 273 CPC: Antecipa o resultado do pedido de forma
provisória até o julgamento final da ação.
Princípio do acesso à justiça garante que o direito de ação é amplo e irrestrito, mesmo que
posteriormente o acesso à tutela (direito material) tenha sido negado, houve o acesso à justiça
(direito de ação).
Para que o direito de ação garanta a afetividade da tutela jurídica é necessário o devido
processo legal – art. 5, LIV da CF. O Processo é o instrumento utilizado pelo Estado para agir,
seja no âmbito administrativo, legislativo ou jurisdicional.
Cognição: Ato intelectual do Juiz para a análise dos fatos, atos, provas, etc. do processo para
que a partir daí o Juiz se convença da decisão, que pode ser sentença ou decisão
interlocutória. No CPC este é o processo de conhecimento. Quando o juiz não exerce cognição
não cabe recurso, é o caso de despachos de mero expediente. Então sempre que houver uma
decisão (interlocutória ou sentença) por parte do juiz haverá anterior a isto um processo de
cognição.
Cognição exauriente (vertical): Quando é feito uma análise profunda do juiz. É suscetível de
produzir coisa julgada material.
Cognição sumária (horizontal): Quando é decido de forma superficial. Pode ser para garantir
um direito que venha sofrer lesão de difícil reparação no caso de não apreciação naquele
momento. Pode ser revogável e modificado a qualquer momento desde que surja nova prova
que convença o juiz do contrário.
Coisa julgada é um atributo da sentença que surge quando exauri todos os meios de recurso,
tornando a decisão definitiva.
03/03
Tipos de cognição sumária:
Cognição plena: As partes podem alegar qualquer coisa e apresentar qualquer prova lícita.
Cognição limitada: É o caso em que as partes podem alegar somente aquilo em que a lei
permite.
Podem ocorrer as combinações: Exauriente com Plena, Exauriente com Limitada, Sumária com
Plena e Sumária com Limitada.
Os atos de execução só se dão para realizar um direito previamente reconhecido. Caso este
direito ainda não tenha sido reconhecido é necessário a realização da cognição.
10/03
O Estado Juiz só pode atuar na liberdade ou patrimônio das pessoas mediante o devido
processo legal. Art. 5º, LIV da CF - Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal;
Tutela inibitória: Defesa processual que garanta ao autor proteção contra ameaça de lesão ao
seu direito.
14/03
Direito de ação (direito subjetivo público (porque é o Estado quem tem o dever de prestá-lo))
Direito potestativo: Direito sob o qual não há contestação, ninguém pode impedir o
exercício deste direito, mesmo sofrendo efeitos sobre esta decisão. Ex, numa relação
matrimonial não há como impedir que um dos conjugues continue casado caso o outro queira
separar. Outro exemplo é quando uma das partes de um contrato queira reincidir o acordo,
não há como impedir esta vontade, porém a parte se sujeita as cláusulas do contrato.
Direito abstrato de ação: Direito que garante o mérito da ação. Sendo ou não
procedente o pedido o direito de ação se manteve, inclusive gerando efeitos também para o
RÉU.
Quando observada a ação como um direito de tutela e não mais um direito material, cria-se
então nova forma de classificação de ação. Pois nem sempre uma ação de conhecimento é
capaz de satisfazer o direito material.
Ação cautelar
17/03
Tutela do ressarcimento: Visa exclusivamente à responsabilidade civil (ato ilícito, nexo causal e
dano sofrido)
Tutela reintegratória (tutela de remoção dos efeitos do ato ilícito): Serve para voltar a situação
anterior do ato ilícito.
18/03
- Princípios
Título executivo: Não há execução sem título executivo (nulla executio sine titulo). O
título executivo é a prova de um direito, não o próprio direito. Ex. O direito à reparação de um
dano existe no momento da ofensa ao patrimônio, mas o título executivo (prova do direito) só
aparece mediante cognição exauriente. Nem todo título executivo representa prova de um
direito. Somente a lei (art. 475N do CPC) diz taxativamente quais são os títulos executivos
(documentos) que permitem a execução, que são provas suficientes do direito. Títulos
executivos extra-judiciais (art. 585) não provêem de cognição judicial. A diferença está no fato
de que os títulos extrajudiciais dependem ainda da cognição judicial.
Obs. A decisão interlocutória que manda fazer, dar, etc., é uma atividade executiva. Sendo
assim cria-se o impasse de execução sem título executivo, pois o art. 475N do CPC não traz a
decisão interlocutória como título executivo judicial. Com isto parte da doutrina diz que
acabou a regra de que não há execução sem título executivo. Outra parte da doutrina diz que a
decisão interlocutória neste sentido também é um título executivo.
Adequação: É o princípio que torna efetivo a tutela jurisdicional mesmo quando não há
tipificação na Lei Processual para garantir a execução pelo credor. Neste caso o juiz fica
autorizado para utilizar outros meios atípicos necessários ao cumprimento da tutela
jurisdicional.
Menor onerosidade: Art. 620. Quando por vários meios o credor puder promover a
execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor. Quando
possível, a execução deverá ser feita pela forma menos onerosa ao devedor.
Lealdade: Dever geral de conduta de todos os litigantes que atuam no poder judiciário.
Art. 14 à 17 do CPC. Penas aplicadas pelo art. 600 e 601 do CPC.
O autor que executa uma antecipação dos efeitos da tutela assume com ela a
responsabilidade civil objetiva (ato lícito, nexo causal e dano). Caso venha ao final receber uma
sentença negatória do direito surge para o executado o direito de requer o dano sofrido por
conta do exeqüente.
Foro e laudêmio são taxas pagas a título do instituto da enfiteuse. Enfiteuse é o direito real
que confere a alguém o pleno gozo da propriedade, e que confere a este receber foro e
laudêmio.
Foro: Quantia paga anualmente para usufruir do imóveis que estão sob o instituto da
enfiteuse.
31/03
Título Executivo
– Art. 580
Materiais
- Atributos
Formais
Estabilidade: Coisa julgada tem efeitos diferentes da eficácia da sentença. Isto porque a
eficácia da sentença permite executá-la e, a coisa julgada, nem sempre permite. Ex. A apelação
pode ter efeitos devolutivos e suspensivos, o que neste último caso torna ineficaz a sentença
de primeiro grau até o trânsito em julgado. Quando da decisão da apelação for interposto RE
ou REsp o processo é remetido somente no efeito devolutivo. Com isto o julgamento da
apelação torna a sentença eficaz, pois sem o efeito suspensivo ela pode ser executada sem o
trânsito em julgado.
Origem da dívida: Um rito específico para cada origem da dívida. Exemplo dívida por origem
de alimentos pode utilizar o rito que permite a prisão civil. Já dívida por origem de acidente de
trânsito tem outro.
Interesse processual: Interesse do Estado agir. Deverá ser Necessária, Útil e Adequada.
Título executivo é um meio de prova, mas o que importa não é o título, e sim a obrigação.
Art. 580. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa,
líquida e exigível, consubstanciada em título executivo. (requisitos para o título executivo)
11/04
Natureza jurídica do título executivo é um meio de prova como vemos no art. 580 do CPC. Não
se executa o documento, mas sim o direito representado nele. Precisa analisar o conteúdo em
que está inserido o título executivo para saber se é de fato suficiente o direito do seu titular.
Exigibilidade: A obrigação é exigível sempre que não sujeita a um termo ou uma condição. Por
exemplo, a obrigação de quitar uma conta datada em dia posterior não é exigível enquanto
não chegar este dia.
Mérito é o pedido da tutela jurisdicional. Existe na execução, mas não existe nela o julgamento
do mérito, porque este existe no processo de conhecimento. Há exceção, pode ocorrer
basicamente o julgamento do mérito na execução quando opostos embargos ou pela
averiguação de ofício do juiz quando de alguma irregularidade, como por exemplo, a
prescrição.
14/04
- Único documento capaz de deflagrar a atividade executiva. A execução só inicia a partir dele
- Parte do pressuposto que não há necessidade de reconhecer um direito obrigacional.
Eficácia abstrata é quando o título executivo representa uma presunção relativa da relação
obrigacional. Isto acontece porque a prova não representa o fato real e, o juiz promove a
execução através da prova de um direito e não de um fato constituído.
18/04
Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e,
ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a
prescrição.
Enquanto houver atividade processual não conta o prazo prescricional. Quando não
movimentado por 1 (um ) ano, começa a contar o prazo prescricional (prescrição
intercorrente). Após 5 (cinco) anos da prescrição intercorrente o processo pode ser extinto por
sentença.
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Segundo bimestre 02/05
- Pedido genérico
- Adstrição do juízo
- Quando a sentença não é capaz de dizer o valor da obrigação. Nesse caso deve-se
recorrer ao procedimento de liquidação de sentença. Necessário para executar a
sentença.
- Ocorre este tipo de sentença em alguns casos previstos em lei (art. 286 CPC). Como
por exemplo, quando o autor não puder esperar a ocorrência de todos os danos que
ainda venha a sofrer, para então propor a ação, ex. quando internado por razão de
saúde a pessoa ainda sofre com os danos provenientes da internação.
Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do ato ou do
fato ilícito;
III - quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado
pelo réu.
- Objeto
- Liquidação provisória
- Processo sumário
- Nos casos de procedimento sumário não pode o juiz proferir sentença ilíquida. Nesse
caso deverá converter a ação para procedimento ordinário. Art. 277, §5º:
Art. 277. O juiz designará a audiência de conciliação a ser realizada no prazo de trinta dias,
citando-se o réu com a antecedência mínima de dez dias e sob advertência prevista no § 2º
deste artigo, determinando o comparecimento das partes. Sendo ré a Fazenda Pública, os
prazos contar-se-ão em dobro.
TIPOS DE LIQUIDAÇÃO
Liquidação por arbitramento: É necessário quando, para apurar o montante do dano, for
necessário prova pericial.
Liquidação por artigos: Nesse caso as partes articulam fatos novos, ou seja, tudo aquilo que
elas não alegaram no processo de conhecimento podem alegar aqui, desde que relacionados à
liquidação. Observar-se-á, no que couber, o procedimento comum ordinário (art. 272).
Art. 475-E. Far-se-á a liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da condenação,
houver necessidade de alegar e provar fato novo.
09-05
Princípio da fidelidade ao título: Só poderão ser alegados fatos novos referentes à liquidação
da sentença, não se discute mais o mérito da obrigação.
O recurso da decisão que julga a liquidação de sentença é o Agravo (art. 475-H). Então conclui
que o ato que liquida o processo é uma decisão interlocutória (não sentença). Contudo foi
oportunizado as partes alegarem todo o necessário para a ampla defesa, cabendo ao juiz
então somente exercer a cognição exauriente (por fim a questão). Por isso, mesmo sendo uma
decisão do tipo interlocutória, faz coisa julgada. O STJ já publicou uma súmula que diz permitir
ação rescisória (aquela que desfaz a coisa julgada) ao ato (decisão interlocutória) que liquida a
sentença.
A cognição exauriente do dano causado, nos casos de pedidos genéricos onde o juiz não
consegue liquidar o dano, deve ser exaurido na liquidação de sentença.
Liquidação por cálculo: É por ato unilateral do credor que fará a liquidação da sentença com
base em seus pontos (art. 475-B).
Deve ser apresentado a planinha de cálculo junto com o pedido da execução da sentença. Se o
documento necessário para a apuração do montante estiver em posse de outros, o juiz
determina que em 30 dias a parte apresente os documentos necessários para o cálculo (cabe
ao autor fazer o cálculo).
§ 4º Se o credor não concordar com os cálculos feitos nos termos do § 3º deste artigo, far-se-
á a execução pelo valor originariamente pretendido, mas a penhora terá por base o valor
encontrado pelo contador. (princípio da disponibilidade)
Com isso o juiz manda penhorar aquilo que o contador apontou. Uma vez penhorado, o réu
será chamado para propor defesa a penhora, caso não provado o valor menor, a execução
continuará com a penhora da diferença apurada pelo credor.
16/05
Uma vez intimado da sentença líquida, certa e exigível, transitada em julgado, deverá o juiz
despachar e intimar o devedor para o cumprimento da obrigação (15 dias). Não requer o
requerimento do credor.
Nos casos de sentença onde foi interposto recurso de apelação sem o efeito suspensivo, não
há intimação do devedor para pagamento da obrigação, portanto não cabe multa de 10%.
Nesse caso deve-se proceder a execução provisória e proceder a penhora.
A intimação para cumprimento da obrigação pode ser feita por publicação oficial.
23/05
Penhora: É o ato que individualiza a execução sobre determinados bens do devedor, tantos
quantos bastem para satisfazer o credor.
Ação Pauliana: Ação que visa provar a fraude contra credores e anular o negócio jurídico.
Fraude contra credores: Requer que o credor comprove que o negócio jurídico realizado entre
o devedor e um terceiro, para transferência dos seus bens, constitua ato fraudulento.
Fraude à execução: Quando pendente uma execução contra o devedor, e este se desfizer de
bens para incorrer em insolvência, comete fraude a execução. Neste caso o bem alienado terá
efeito erga omnes, porém com exceção contra o credor, que ainda terá o bem como garantia
do devedor e que agora está na propriedade de terceiro. Essa fraude à execução se faz
mediante petição no processo.
Efeitos da penhora:
- Fraude a execução: O credor constitui a penhora de alguns bens do devedor, este, mesmo
não caindo na insolvência, se desfaz de algum bem mantendo outros, ainda assim essa
disposição constitui fraude a execução.
Uma forma de garantir um bolo da fatia da penhora quando se é o último credor da fila, pedir
a conversão da conversão da execução contra devedor solvente para execução contra devedor
insolvente. Neste caso todos os credores são chamados para participar de uma única penhora
onde o valor arrecado será dividido proporcionalmente para todos os credores.
26/05
Existem bens que não podem ser penhorados, isto para proteger a dignidade da pessoa
humana, que se sobressai ao direito de satisfação do credor.
Execução por quantia certa vai ocorrer via expropriação dos bens que podem ser penhorados
do devedor.
A responsabilidade patrimonial diz respeito aos bens que não podem ser penhoráveis.
Os bens que estão excluídos da penhora estão previstos no art. 649 e 650 do CPC.
- Os bens inalienáveis. Ex. O bem público, as doações com cláusula de inalienabilidade.
Tem bens que são absolutamente impenhoráveis (art. 649), ou seja, jamais poderão ser
penhorados. Há também as impenhorabilidades relativas, onde só poderá ser penhorado se o
devedor não possuir nenhum outro bem.