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RELAÇÃO JURÍDICA
Segundo Miguel Reale, "quando uma relação de homem para homem se subsume
ao modelo normativo instaurado pelo legislador, essa realidade concreta é
reconhecida como sendo jurídica".
Relações Sociais fora do campo jurídico são controladas pela moral, religião,
etiqueta, etc.
ATENÇÃO:
SUJEITOS
- Considera-se pessoa física ou natural todo ser humano, ou seja, a criatura que
provenha da mulher.
EMANCIPAÇÃO
- No que diz respeito a idade, a incapacidade da pessoa cessa a partir dos 18
anos completos;
- Nesse passo o legislador do Código Civil não foi feliz na redação do item
mencionado, pois o próprio Código eliminou a distinção entre atividade civil e
comercial, englobando as como atividades empresariais;
- Para que o menor possa comprovar sua emancipação, neste caso, será
necessário provar perante o juiz o exercício da atividade com economia própria;
NOME
- Os DIREITOS DA PERSONALIDADE, entre eles o nome, são diferentes dos
direitos patrimoniais, sendo, com exceção dos casos previstos em lei,
intransmissíveis, irrenunciáveis, indisponíveis e absolutos, tutelando a
dignidade humana.
- O nome civil da pessoa natural é o modo como se identifica, um direito
exclusivo, tendo como elementos fundamentais o prenome e o apelido de família,
admitindo, em determinadas hipóteses, a sua alteração, acrescentando ou
substituindo, seja pela maioridade, ou exposição ao ridículo, ou ainda pelo
casamento, como exemplos.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome
e o sobrenome.
- o NOME é a individualização do ser humano na sociedade, sendo um dos
principais direitos da personalidade, e, em princípio imutável, salvo as exceções.
- NOME = PRENOME + SOBRENOME (PATRONÍMICOM ou APELIDO DE
FAMÍLIA).
- O PRENOME é o nome próprio da pessoa, ou seja, vem em primeiro lugar no
nome completo da pessoa.
- O SOBRENOME designa a família a que pertence a pessoa, sendo também
designado, como visto, apelido de família, patronímico.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em
publicações ou representações que a exponham ao desprezo público,
ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em
propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção
que se dá ao nome.
- O oficial de Registro Civil não deve fazer o registro de nascimento com nome
dado pelos pais que poderá expor o registrando ao ridículo, ou seja, sujeitar o
seu portador a chacotas e zombarias.
- Como expõe o art. 55, parágrafo único, da Lei nº 6.015/73, verbis:
“Os oficiais do Registro Civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor
ao ridículo os seus portadores.
Quando os pais não se conformarem com a recusa do oficial, este
submeterá por escrito o caso, independente da cobrança de quaisquer
emolumentos, à decisão do juiz competente.”
- Assim, nomes exóticos ou ridículos não serão registrados, mas mesmo que
haja o registro de nome ultrajante, há possibilidade de alteração do prenome.
A ALTERARAÇÃO DO NOME QUANDO DA MAIORIDADE CIVIL
- A regra é a da possibilidade de se alterar o nome após a maioridade, porém,
tal fato pode ocorrer antes, desde que o menor esteja devidamente representado
ou assistido, conforme o caso, bem como, que preencha os requisitos legais para
a alteração do registro civil.
- Nesse sentido o ensinamento de Silvio de Sálvio Venosa, in” Direito civil: parte
geral”, p. 188, ‘primeiramente, não é necessário que o menor espere a
maioridade para alterar um nome ridículo, o que fará assistido ou
representado, se for o caso.”
- A MUDANÇA VOLUNTÁRIA DO NOME DEPENDE DE AUTORIZAÇÃO
JUDICIAL, SOMENTE POR EXCEÇÃO E MOTIVADAMENTE.
- A Lei 6.015/73, em seu art. 56, assim estabelece, in verbis:
“O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá,
pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não
prejudique os apelidos de família, averbando-se a alteração que será
publicada pela imprensa.”
- O simples fato da pessoa não gostar do seu prenome, o qual além de ser
comum, não a expõe ao ridículo e não lhe traz transtorno no meio social, não
constitui motivo legal autorizador da alteração.
- JURISPRUDÊNCIA: ALTERAÇÃO HOMOSEXUAL –
APELAÇÃO. RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL.
TRANSEXUALISMO.TRAVESTISMO. ALTERAÇÃO DE PRENOME
INDEPENDENTEMENTE DA REALIZAÇÃO DE CIRURGIA DE
TRANSGENITALIZAÇÃO. DIREITO À IDENTIDADE PESSOAL E À DIGNIDADE.
A demonstração de que as características físicas e psíquicas do indivíduo, que se
apresenta como mulher, não estão em conformidade com as características que o
seu nome masculino representa coletiva e individualmente são suficientes para
determinar a sua alteração. A distinção entre transexualidade e travestismo não é
requisito para a efetivação do direito à dignidade. Tais fatos autorizam, mesmo
sem a realização da cirurgia de transgenitalização, a retificação do nome da
requerente para conformá-lo com a sua identidade social. DERAM PROVIMENTO.
(Apelação Cível Nº 70030504070, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do
RS, Relator: Rui Portanova, Julgado em 29/10/2009)
Art. 58. O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição
por APELIDOS PÚBLICOS NOTÓRIOS.
Parágrafo único. A substituição do prenome será ainda admitida em razão
de fundada coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração
de crime, por determinação, em sentença, de juiz competente, ouvido o
Ministério Público.
DOMICÍLIO
- A expressão tem origem romana = local para a família cultuar o passado.
- Art. 70 do CC: “É o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência com
ânimo definitivo”.
- DOMICÍLIO É O CENTRO DA VIDA JURÍDICA DAS PESSOAS.
- DOMICÍLIO É DIFERENTE DE MORADA: morada tem caráter provisório. Local
onde a pessoa se estabelece de maneira temporária.
- Também é diferente de RESIDÊNCIA = local onde a pessoa se estabelece com
habitualidade. Ex: casa de praia (em regra não é domicílio, mas apenas
residência).
- VÁRIAS RESIDÊNCIAS: Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas
residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer
delas.
BENS
Direito subjetivo = poder de exercer a qualquer momento o direito objetivo.
Todo direito tem seu objeto.
Em regra esse poder recai sobre um bem. Bem pode ser conceituado como tudo
aquilo que preenche as necessidades humanas.
DIFERENÇA ENTRE BEM E COISA = assunto é bastante polêmico para o próprio
direito. O Código Civil fala sempre em bem e não em coisa.
Coisa é espécie do gênero bem para a doutrina majoritária.
Bens são coisas materiais ou imateriais, que demonstram utilidade ao ser
humano, com expressão econômica, passíveis de serem apropriadas.
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS
- BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS: podem ser MÓVEIS ou IMÓVEIS.
Uma das principais diferenças está no fato de que os móveis são tranferidos por
simples tradição, sendo os imóveis transferidos por escritura pública e registro em
cartório de Registro de Imóveis.
A outorga uxória é exigida apenas para os bens imóveis.
IMÓVEIS: coisas que não podem ser removidas =
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente.
Há imóveis por determinação legal