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A origem do Programa Saúde da Família ou PSF no Brasil, teve início, em 1994

como um dos programas propostos pelo governo federal aos municípios para
implementar a atenção primária. O PSF é tido como uma das principais estratégias de
reorganização dos serviços e de reorientação das práticas profissionais neste nível de
assistência, promoção da saúde , prevenção de doenças e reabilitação. Traz, portanto,
muitos e complexos desafios a serem superados para consolidar-se enquanto tal. No
âmbito da reorganização dos serviços de saúde, a estratégia da saúde da família vai ao
encontro dos debates e análises referentes ao processo de mudança do paradigma que
orienta o modelo de atenção à saúde vigente e que vem sendo enfrentada, desde a
década de 1970, pelo conjunto de atores e sujeitos sociais comprometidos com um novo
modelo que valorize as ações de promoção e proteção da saúde, prevenção das doenças
e atenção integral às pessoas. Estes pressupostos, tidos como capazes de produzir um
impacto positivo na orientação do novo modelo e na superação do anterior, calcado na
supervalorização das práticas da assistência curativa, especializada e hospitalar, e que
induz ao excesso de procedimentos tecnológicos e medicamentosos e, sobretudo, na
fragmentação do cuidado, encontra, em relação aos recursos humanos para o Sistema
Único de Saúde (SUS), um outro desafio. Tema também recorrente nos debates sobre a
reforma sanitária brasileira, verifica-se que, ao longo do tempo, tem sido unânime o
reconhecimento acerca da importância de se criar um "novo modo de fazer saúde".

Desde há alguns anos, o PSF é definido com Estratégia Saúde da Família (ESF), ao
invés de programa, visto que o termo programa aponta para uma atividade com início,
desenvolvimento e finalização. O PSF é uma estrátégia de reorganização da atenção
primária e não prevê um tempo para finalizar esta reorganização.

No Brasil a origem do PSF remonta criação do Programa de Agentes Comunitários de


Saúde (PACS) em 1991, como parte do processo de reforma do setor da saúde, desde a
Constituição, com intenção de aumentar a acessibilidade ao sistema de saúde e
incrementar as ações de prevenção e promoção da saúde. Em 1994 o Ministério da
Saúde, lançou o PSF como política nacional de atenção básica, com caráter organizativo
e substitutivo, fazendo frente ao modelo tradicional de assistência primária baseada em
profissionais médicos especialistas focais. Atualmente, reconhece-se que não é mais um
programa e sim uma Estratégia para uma Atenção Primária à Saúde qualificada e
resolutiva.

Percebendo a expansão do Programa Saúde da Família que se consolidou como


estratégia prioritária para a reaorganização da Atenção Básica no Brasil, o governo
emitiu a Portaria Nº 648, de 28 de Março de 2006, onde ficava estabelecido que o PSF é
a estratégia prioritária do Ministério da Saúde para organizar a Atenção Básica — que
tem como um dos seus fundamentos possibilitar o acesso universal e contínuo a
serviços de saúde de qualidade, reafirmando os princípios básicos do SUS:
universalização, equidade, descentralização, integralidade e participação da comunidade
- mediante o cadastramento e a vinculação dos usuários.

Como conseqüência de um processo de des_hospitalização e humanização do Sistema


Único de Saúde, o programa tem como ponto positivo a valorização dos aspectos que
influenciam a saúde das pessoas fora do ambiente hospitalar.

==Características e composição==A Saúde da Família é entendida como uma estratégia


de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de
equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são
responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em
uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde,
prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na
manutenção da saúde desta comunidade. Conheça mais sobre as estratégias de atenção
básica à saúde

De acordo com a Portaria Nº 648, de 28 de Março de 2006, além das características do


processo de trabalho das equipes de Atenção Básica ficou definido as características do
processo de trabalho da Saúde da Família:

1. manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos e utilizar, de


forma sistemática, os dados para a análise da situação de saúde considerando as
características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do
território;
2. definição precisa do território de atuação, mapeamento e reconhecimento da área
adstrita, que compreenda o segmento populacional determinado, com
atualização contínua;
3. diagnóstico, programação e implementação das atividades segundo critérios de
risco à saúde, priorizando solução dos problemas de saúde mais freqüentes;
4. prática do cuidado familiar ampliado, efetivada por meio do conhecimento da
estrutura e da funcionalidade das famílias que visa propor intervenções que
influenciem os processos de saúde doença dos indivíduos, das famílias e da
própria comunidade;
5. trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e profissionais
de diferentes formações;
6. promoção e desenvolvimento de ações intersetoriais, buscando parcerias e
integrando projetos sociais e setores afins, voltados para a promoção da saúde,
de acordo com prioridades e sob a coordenação da gestão municipal;
7. valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem
integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética,
compromisso e respeito;
8. promoção e estímulo à participação da comunidade no controle social, no
planejamento, na execução e na avaliação das ações; e
9. acompanhamento e avaliação sistematica das ações implementadas, visando à
readequação do processo de trabalho.

Baseado nesta mesma portaria foi estabelecido que para a implantação das Equipes de
Saúde da Família deva existir (entre outros quesitos) uma equipe multiprofissional
responsável por, no máximo, 4.000 habitantes, sendo que a média recomendada é de
3.000. A equipe básica é composta por no mínimo: médico, enfermeiro, auxiliar de
enfermagem (ou técnico de enfermagem) e Agentes Comunitários de Saúde (em número
máximo de 1 ACS para cada 400 pessoas no urbano e 1 ACS para cada 280 pessoas no
rural). Todos os integrtantes devem ter jornada de trabalho de 40 horas semanais, e é
função da Administração Municipal: "assegurar o cumprimento de horário integral –
jornada de 40 horas semanais – de todos os profissionais nas equipes de saúde da
família, de saúde bucal e de agentes comunitários de saúde, com exceção daqueles que
devem dedicar ao menos 32 horas de sua carga horária para atividades na equipe de SF
e até 8 horas do total de sua carga horária para atividades de residência multiprofissional
e/ou de medicina de família e de comunidade, ou trabalho em hospitais de pequeno
porte, conforme regulamentação específica da Política Nacional dos Hospitais de
Pequeno Porte" [1].

Inúmeras cidades brasileiras contratam outros profissionais como farmacêuticos,


nutricionistas, educadores físicos, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos,
terapeutas ocupacionais, etc.

Índice
[esconder]

• 1 Atribuições dos membros da Equipe de Saúde da Família


o 1.1 Atribuições comuns a todos os Profissionais que integram as equipes
o 1.2 Do Enfermeiro do Programa Agentes Comunitários de Saúde
o 1.3 Do Enfermeiro
o 1.4 Do Médico
o 1.5 Do Auxiliar e do Técnico de Enfermagem
o 1.6 Do Cirurgião Dentista
o 1.7 Do Técnico em Higiene Dental (THD)
o 1.8 Do auxiliar de Consultório Dentário (ACD)
• 2 Atribuições específicas do Agente Comunitário de Saúde
• 3 Núcleos de Apoio da Saúde da Família (NASF)
• 4 A trajetória do Programa
• 5 Referências
• 6 Ligações externas
o 6.1 Legislação (Portarias e Leis)
o 6.2 Fontes

• 7 Ver também

[editar] Atribuições dos membros da Equipe de Saúde


da Família
As atribuições dos profissionais pertencentes à Equipe ficaram estabelecidos também
pela Portaria Nº 648, de 28 de Março de 2006, podendo ser complementadas pela gestão
local.

[editar] Atribuições comuns a todos os Profissionais que integram as


equipes

1. participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da


equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos, inclusive
aqueles relativos ao trabalho, e da atualização contínua dessas informações,
priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local;
2. realizar o cuidado em saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito
da unidade de saúde, no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas,
associações,entre outros), quando necessário;
3. realizar ações de atenção integral conforme a necessidade de saúde da população
local, bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local;
4. garantir a integralidade da atenção por meio da realização de ações de promoção
da saúde, prevenção de agravos e curativas; e da garantia de atendimento da
demanda espontânea, da realização das ações programáticas e de vigilância à
saúde;
5. realizar busca ativa e notificação de doenças e agravos de notificação
compulsória e de outros agravos e situações de importância local;
6. realizar a escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações,
proporcionando atendimento humanizado e viabilizando o estabelecimento do
vínculo;
7. responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado
mesmo quando esta necessita de atenção em outros serviços do sistema de
saúde;
8. participar das atividades de planejamento e avaliação das ações da equipe, a
partir da utilização dos dados disponíveis;
9. promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o
controle social;
10. identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações
intersetoriais com a equipe, sob coordenação da SMS;
11. garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas nacionais de
informação na Atenção Básica;
12. participar das atividades de educação permanente; e
13. realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades
locais.

[editar] Do Enfermeiro do Programa Agentes Comunitários de Saúde

1. planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS;


2. supervisionar, coordenar e realizar atividades de qualificação e educação
permanente dos ACS, com vistas ao desempenho de suas funções;
3. facilitar a relação entre os profissionais da Unidade Básica de Saúde e ACS,
contribuindo para a organização da demanda referenciada;
4. realizar consultas e procedimentos de enfermagem na Unidade Básica de Saúde
e, quando necessário, no domicílio e na comunidade;
5. solicitar exames complementares e prescrever medicações, conforme protocolos
ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal ou do Distrito
Federal, observadas as disposições legais da profissão;
6. organizar e coordenar grupos específicos de indivíduos e famílias em situação de
risco da área de atuação dos ACS; e
7. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da UBS.

[editar] Do Enfermeiro

1. realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de


agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos
indivíduos e famílias na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio
e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc), em todas as
fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e
terceira idade;durante o tempo e frequencia necessarios de acordo com as
necessidades de cada paciente;
2. conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo Conselho
Federal de Enfermagem (COFEN) aprova a Resolução n.º 195, de 18/02/97,
observadas as disposições legais da profissão, realizar consulta de enfermagem,
solicitar exames complementares e prescrever medicações;
3. planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS;
4. supervisionar, coordenar e realizar atividades de educação permanente dos ACS
e da equipe de enfermagem;
5. contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do Auxiliar de
Enfermagem, ACD e THD; e
6. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da USF.
7. Planejar, gerenciar, coordenar, executar e avaliar a USF.

[editar] Do Médico

1. realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de


agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos
indivíduos e famílias em todas as fases do desenvolvimento humano: infância,
adolescência, idade adulta e terceira idade;
2. realizar consultas clínicas e procedimentos na USF e, quando indicado ou
necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas,
associações etc);
3. realizar atividades de demanda espontânea e programada em clínica médica,
pediatria, ginecoobstetrícia, cirurgias ambulatoriais, pequenas urgências clínico-
cirúrgicas e procedimentos para fins de diagnósticos;
4. encaminhar, quando necessário, usuários a serviços de média e alta
complexidade, respeitando fluxos de referência e contrareferência locais,
mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do
usuário, proposto pela referência;
5. indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a
responsabilização pelo acompanhamento do usuário;
6. contribuir e participar das atividades de Educação Permanente dos ACS,
Auxiliares de Enfermagem, ACD e THD; e
7. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da USF.

[editar] Do Auxiliar e do Técnico de Enfermagem

1. participar das atividades de assistência básica realizando procedimentos


regulamentados no exercício de sua profissão na USF e, quando indicado ou
necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas,
associações etc);
2. realizar ações de educação em saúde a grupos específicos e a famílias em
situação de risco, conforme planejamento da equipe; e
3. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da USF.

[editar] Do Cirurgião Dentista


1. realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o
planejamento e a programação em saúde bucal;
2. realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo
atendimento das urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais;
3. realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção e proteção da saúde,
prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da
saúde) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos
específicos, de acordo com planejamento local, com resolubilidade;
4. encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de
assistência, mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento do usuário e
o segmento do tratamento;
5. coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à
prevenção de doenças bucais;
6. acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os
demais membros da Equipe de Saúde da Família, buscando aproximar e integrar
ações de saúde de forma multidisciplinar.
7. contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do THD, ACD e
ESF;
8. realizar supervisão técnica do THD e ACD; e
9. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da USF.

[editar] Do Técnico em Higiene Dental (THD)

1. realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção, prevenção, assistência e


reabilitação) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos
específicos, segundo programação e de acordo com suas competências técnicas e
legais;
2. coordenar e realizar a manutenção e a conservação dos equipamentos
odontológicos;
3. acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os
demais membros da equipe de Saúde da Família, buscando aproximar e integrar
ações de saúde de forma multidisciplinar.
4. apoiar as atividades dos ACD e dos ACS nas ações de prevenção e promoção da
saúde bucal; e
5. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da USF.

[editar] Do auxiliar de Consultório Dentário (ACD)

1. realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famílias, grupos


e indivíduos, mediante planejamento local e protocolos de atenção à saúde;
2. proceder à desinfecção e à esterilização de materiais e instrumentos utilizados;
3. preparar e organizar instrumental e materiais necessários;
4. instrumentalizar e auxiliar o cirurgião dentista e/ou o THD nos procedimentos
clínicos;
5. cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos;
6. organizar a agenda clínica;
7. acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os
demais membros da equipe de saúde da família, buscando aproximar e integrar
ações de saúde de forma multidisciplinar; e
8. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da USF.

[editar] Atribuições específicas do Agente Comunitário


de Saúde
Agente Comunitário de Saúde (ACS) mora na comunidade e está vinculado à USF que
atende a comunidade. Ele faz parte do time da Saúde da Família! Quem é o agente
comunitário? È alguém que se destaca na comunidade, pela capacidade de se comunicar
com as pessoas, pela liderança natural que exerce. O ACS funciona como elo entre o
programa e a comunidade. Está em contato permanente com as famílias, o que facilita o
trabalho de vigilância e promoção da saúde, realizado por toda a equipe. É também um
elo cultural, que dá mais força ao trabalho educativo, ao unir dois universos culturais
distintos: o do saber científico e o do saber popular.

O seu trabalho é feito nos domicílios de sua área de abrangência. As atribuições


específicas do ACS são as seguintes:

1. Realizar mapeamento de sua área; 2. Cadastrar as famílias e atualizar


permanentemente esse cadastro; 3. Identificar indivíduos e famílias expostos a situações
de risco; 4. Identificar área de risco; 5. Orientar as famílias para utilização adequada dos
serviços de saúde, encaminhando-as e até agendando consultas, exames e atendimento
odontólogico, quando necessário; 6. Realizar ações e atividades, no nível de suas
competências, na áreas prioritárias da Atenção Básicas; 7. Realizar, por meio da visita
domiciliar, acompanhamento mensal de todas as famílias sob sua responsabilidade; 8.
Estar sempre bem informado, e informar aos demais membros da equipe, sobre a
situação das família acompanhadas, particularmente aquelas em situações de risco; 9.
Desenvolver ações de educação e vigilância à saúde, com ênfase na promoção da saúde
e na prevenção de doenças; 10. Promover a educação e a mobilização comunitária,
visando desenvolver ações coletivas de saneamento e melhoria do meio ambiente, entre
outras; 11. Traduzir para a ESF a dinâmica social da comunidade, suas necessidades,
potencialidades e limites; 12. Identificar parceiros e recursos existentes na comunidade
que possa ser potencializados pela equipe.

[editar] Núcleos de Apoio da Saúde da Família (NASF)


Considerando, dentre outras questões, o Inciso II do Art. 198 da Constituição da
República Federativa do Brasil, de 1988, que dispõe sobre a integralidade da atenção
como diretriz do Sistema Único de Saúde – SUS, o Ministério da Saúde criou os
Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) – através da [Portaria Nº154, de 24 de
janeiro de 2008].

Segundo o Art. 1º da Portaria, os NASF têm por objetivo “ampliar a abrangência e o


escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade, apoiando a
inserção da estratégia de Saúde da Família na rede de serviços e o processo de
territorialização e regionalização a partir da atenção básica”.
Para isso, a Portaria classifica os NASF em duas modalidades: NASF 1 e NASF 2. Para
cada uma das modalidades, estipula um mínimo de profissionais de nível superior,
como o Profissional de Educação Física, o Assistente Social, o Fisioterapeuta, o
Fonoaudiólogo, dentre outros, conforme descrito no Art. 3º (abaixo):

Art. 3º - Determinar que os NASF estejam classificados em duas modalidades, NASF 1


e NASF 2, ficando vedada a implantação das duas modalidades de forma concomitante
nos Municípios e no Distrito Federal.

§ 1º - O NASF 1 deverá ser composto por, no mínimo cinco profissionais de nível


superior de ocupações não-coincidentes entre as listadas no § 2º deste artigo.

§ 2º - Para efeito de repasse de recursos federais, poderão compor os NASF 1 as


seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações - CBO: Médico Acupunturista;
Assistente Social; Profissional da Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta;
Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista; Médico Homeopata; Nutricionista; Médico
Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; e Terapeuta Ocupacional.

§ 3º - O NASF 2 deverá ser composto por no mínimo três profissionais de nível superior
de ocupações não-coincidentes entre as listadas no § 4º deste artigo.

§ 4º - Para efeito de repasse de recursos federais, poderão compor os NASF 2 as


seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações - CBO: Assistente Social;
Profissional da Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo;
Nutricionista; Psicólogo; e Terapeuta Ocupacional.

[editar] A trajetória do Programa


Década de 70

1974 Projeto de Saúde Comunitária da Unidade São José do Murialdoda Secretaria de


Saúde do Rio Grande do Sulcom Projeto Voluntários de Saúde (pessoal da comunidade
atuando junto à equipe de saúde comunitária do Murialdo.

1976 PIASS

Início dos primeiros programas de Residênia Médica na área (Saúde Comunitária,


Medicina Integal e Medicina Comunitária.

Década de 80 - início da experiência de Agentes Comunitários e Saúde pelo Ministério


da Saúde.

1991 – Criação oficial do PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde) pelo


Ministério da Saúde

1994 – Realização do estudo “Avaliação Qualitativa do PACS”; criação do Programa


Saúde da Família; primeiro documento oficial “Programa Saúde da Família: dentro de
casa”; e criação de procedimentos vinculados ao PSF e ao PACS na tabela do Sistema
de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS); a população coberta pelo PSF era
em torno de 1 milhão de pessoas.
1996 – Legalização da Norma Operacional Básica (NOB 01/96) para definição de um
novo modelo de financiamento para a atenção básica à saúde.

1997 – Lançamento do Reforsus, um projeto de financiamento para impulsionar a


implantação dos Pólos de Capacitação, Formação e Educação Permanente de Recursos
Humanos para Saúde da Família; publicação de um segundo documento oficial “PSF:
uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial”, dirigido aos gestores e
trabalhadores do SUS e instituições de ensino; PACS e PSF são incluídos na agenda de
prioridade da Política de Saúde; publicação da Portaria MS/GM nº. 1882, criando o Piso
de Atenção Básica (PAB), e da portaria MS/GM nº. 1886, com as normais de
funcionamento do PSF e do PACS.

1998 — O PSF passa a ser considerado estratégia estruturante da organização do SUS;


início da transferência dos incentivos financeiros fundo a fundo destinados ao PSF e ao
PACS, do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Municipais de Saúde; primeiro
grande evento: “I Seminário de Experiências Internacionais em Saúde da Família”;
edição do “Manual para a Organização da Atenção Básica”, que ser serviu como
importante respaldo organizacional para o PSF; definição, pela primeira vez, de
orçamento próprio para o PSF, estabelecido no Plano Plurianual.

1999 — Realização do 1º Pacto da Atenção Básica e do segundo grande evento, “I


Mostra Nacional de Produção em Saúde da Família — construindo um novo modelo”;
realização do estudo “Avaliação da implantação e funcionamento do Programa Saúde
da Família”; edição da Portaria nº. 1.329, que estabelece as faixas de incentivo ao PSF
por cobertura populacional.

2000 — Criação do Departamento de Atenção Básica para consolidar a Estratégia de


Saúde da Família; publicação dos Indicadores 1999 do Sistema de Informação da
Atenção Básica; a população atendida alcança o percentual de 20% da população
brasileira.

2001 — Edição da “Norma Operacional da Assistência à Saúde — NOAS/01”, ênfase


na qualificação da atenção básica; realização de um terceiro evento, “II Seminário
Internacional de Experiências em Atenção Básica/Saúde da Família”; apoio à entrega de
medicamentos básicos às Equipe de Saúde da Família (ESF); incorporação das ações de
saúde bucal ao PSF; realização da primeira fase do estudo “Monitoramento das equipes
de Saúde da Família no Brasil”.

2002 — Realização de um quarto evento: “PSF — A saúde mais perto de 50 milhões de


brasileiros” e da segunda fase do estudo “Monitoramento das equipes de Saúde da
Família no Brasil”; A população coberta pelo PSF ultrapassa os 50 milhões de pessoas.

2003 — Início da execução do Programa de Expansão e Consolidação da Estratégia de


Saúde da Família (Proesf), cuja proposta inicial era a ampliação do programa em
municípios de grande porte, ou seja, com mais de 100 mil habitantes, e publicação dos
Indicadores 2000, 2001 e 2002 do Sistema de Informação da Atenção Básica.

2006 — Considerando a expansão do PSF, que se consolidou como estratégia prioritária


para reorganização da atenção básica no Brasil e primeiro nível da atenção à saúde no
SUS, o Ministério da Saúde publicou a Portaria Nº 648, de 28 de Março de 2006 e
outras de importância.

Referências
1. ↑ PORTARIA Nº 648/GM DE 28 DE MARÇO DE 2006 -
http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2006/GM/GM-648.htm

[editar] Ligações externas


[editar] Legislação (Portarias e Leis)

• LEI No 5.991, DE 17 DE DEZEMBRO DE 1973 Dispõe sobre o Controle


Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e
Correlatos, e dá outras Providências.
• Portaria Nº 044 de 03 de janeiro de 2002 - Define as atribuições do Agente
Comunitário de Saúde – ACS – na prevenção e no controle da malária e da
dengue.
• Lei Nº 10.507 de 10 de julho de 2002 - Cria a Profissão de Agente Comunitário
de Saúde e dá outras providências.
• Portaria Nº 979 de 24 de maio de 2004 - Atualizar, na forma do Anexo desta
Portaria, os valores do Piso da Atenção Básica (PAB) e do Piso da Atenção
Básica Ampliado (PAB-A), utilizando a estimativa da população para Estados e
Municípios relativa ao ano de 2003.
• Portaria Nº 1.043 de 01 de junho de 2004 - Reajusta o valor do incentivo
financeiro ao Programa de Agentes Comunitários de Saúde
• Portaria Nº 1.433 de 14 de julho de 2004 - Redefine critérios de avaliação para
habilitação de municípios em Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada -
GPAB-A e em Gestão Plena do Sistema Municipal, e dá outras providências.
• Portaria Nº 1.572 de 29 de julho de 2004 - Estabelece o pagamento de próteses
dentárias totais em Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias - LRPD
• Portaria Nº 2.513 de 23 de novembro de 2004 - Atualiza o valor do incentivo
adicional aos Agentes Comunitários de Saúde, integrantes do Programa Agentes
Comunitários de Saúde ou do Programa Saúde da Família.
• Portaria Nº 021 de 05 de janeiro de 2005 - Estabelece os mecanismos e as
responsabilidades para o financiamento da Assistência Farmacêutica na Atenção
Básica e dá outras providências.
• Portaria Nº 543 de 08 de abril de 2005 - Autoriza repasse do Fundo Nacional de
Saúde para os Fundos Municipais de Saúde, para intensificação das ações de
vigilância e controle da tuberculose, e dá outras providências.
• Portaria Nº 1.072 de 04 de julho de 2005 - Estabelecer aditivo de valor
concedido a Municípios do Projeto de Expansão e Consolidação da Saúde da
Família - PROESF.
• Portaria Nº 2.084 de 26 de outrubro de 2005 - Estabelece os mecanismos e as
responsabilidades para o financiamento da Assistência Farmacêutica na Atenção
Básica e dá outras providências.
• Portaria Nº 156 de 19 de janeiro de 2006 - Dispõe sobre o uso da penicilina na
atenção básica à saúde e nas demais unidades do Sistema Único de Saúde
(SUS).
• Portaria Nº 648 de 28 de março de 2006 - Aprova a Política Nacional de
Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a
organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o
Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
• Portaria Nº 649 de 28 de março de 2006 - Define valores de financiamento para
o ano de 2006, com vistas à estruturação de Unidades Básicas de Saúde para as
equipes Saúde da Família, como parte da Política Nacional de Atenção Básica.
• Portaria Nº 650 de 28 de março de 2006 - Define valores de financiamento do
PAB fixo e variável mediante a revisão de diretrizes e normas para a
organização da Atenção Básica, para a estratégia de Saúde da Família e para o
Programa de Agentes Comunitários de Saúde, instituídos pela Política Nacional
de Atenção Básica.
• Portaria Nº 687 de 30 de março de 2006 - Aprova a Política de Promoção da
Saúde.
• Portaria Nº 822 de 17 de abril de 2006 - Altera critérios para definição de
modalidades das ESF dispostos na Política Nacional de Atenção Básica.
• Portaria Nº 971 de 03 de maio de 2006 - Aprova a Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde.
• Portaria Nº 1010 de 08 de maio de 2006 - Institui as diretrizes para a Promoção
da Alimentação Saudável nas escolas de educação infantil, fundamental e nível
médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional.
• Portaria Nº 1027 de 10 de maio de 2006 - Define os novos tetos financeiros, os
procedimentos para programação do POA/PA e o prazo de execução e prestação
de contas da Fase I do Componente 1 PROESF.
• Portaria Conjunta Nº 48 de 30 de junho de 2006 - Divulga os municípios que
integram os planos de trabalho do Pró-Saúde(Programa Nacional de
Reorientação da Formação Profissional em Saúde) e das Residências Médicas
em Medicina de Família e Comunidade.
• Portaria Nº 1.600 de 17 de julho de 2006 - Aprova a constituição do
Observatório das Experiências de Medicina Antroposófica no Sistema Único de
Saúde (SUS).
• Portaria Nº 2.133 de 11 de setembro de 2006 - Define o valor mínimo da parte
fixa do Piso de Atenção Básica - PAB, para efeito do cálculo do montante de
recursos a ser transferido do Fundo Nacional de Saúde aos municípios e ao
Distrito Federal, e divulga os valores anuais/mensais da parte fixa do PAB, por
município e Distrito Federal.
• Portaria Nº748 de 10 de outubro de 2006 - Residencial Terapêutico em Saúde
Mental e sua classificação.
• Portaria Nº749 de 10 de outubro de 2006 - Atenção a Saúde do Sistema
Penitenciário.
• Portaria Nº750 de 10 de outubro de 2006 - Normas de cadastramento das
equipes da Estratégia de Saúde da Família, nos tipos: Equipe de Saúde da
Família - ESF, Equipe de Saúde da Família com Saúde Bucal - ESFSB e Equipe
de Agentes Comunitários de Saúde - ACS, no Cadastro Nacional de
Estabelecimento de Saúde - CNES.
• Portaria Nº 2.527 de 19 de outubro de 2006 - Define os conteúdos mínimos do
Curso Introdutório para profissionais da Saúde da Família.
• Portaria Nº 853 de 11 de novembro de 2006 - Incluir na Tabela de
Serviços/classificações do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde - SCNES de Informações do SUS, o serviço de código 068 - Práticas
Integrativas e Complementares
• Portaria Nº 154 de 24 de janeiro de 2008 - Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da
Família - NASF

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