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BLINKSTEIN, Izidoro. Técnicas de Comunicação Escrita. São Paulo: Ática, 2005.

A história começa com um bilhete deixado pelo gerente apressado à sua


secretária, neste mesmo bilhete foram identificados alguns erros pela secretaria e a
partir daí se desenrola no livro toda a metodologia de como escrever bem.
Descobrimos que, para isso, basta apenas obedecer às regras gramaticais, procurar ser
claro e agradar ao leitor. Cumprindo essas regras o resultado será necessariamente a
obtenção de uma resposta correta, ou seja, a resposta que esperamos.

No decorrer do livro, o autor mostra diversas maneiras para se obter uma


comunicação escrita eficaz, como: Tornar comum aos outros as nossas idéias,
estimular ou persuadir o destinatário a produzir a resposta desejada, usando
elementos que provoquem a simpatia do leitor.

Bem, além de nos mostrar os métodos acima descritos, o autor também nos
alerta sobre as interferências que podem abalar esta metodologia. Estas
interferências, também chamadas de ruídos, podem ser no mínimo de três tipos:
Ruídos físicos devido a dificuldade visual, má grafia de palavras, cansaço, falta de
iluminação etc.(p.24); Ruídos culturais provenientes de palavras ou frases complicadas
ou ambíguas, diferenças de nível social etc.(p.24); Ruídos psicológicos, onde
predomina-se a agressividade, aspereza, antipatia entre outros. Para combater estes
tipos de ruídos é preciso saber em que ponto a comunicação pode ser vulnerável e
para isso nos é aconselhado conhecermos a estrutura da comunicação, que é formada
por remetente, mensagem e destinatário.

O remetente deve transformar suas idéias em mensagem, que é constituída de


unidades denominadas signos, que por sua vez é resultado da associação entre
significante (estímulo físico) e o significado (idéia ou conceito) (p.33), sendo assim,
para que haja uma relação entre o significante e o significado foi criado uma norma ou
código, que cria e depois controla esta relação. Nem sempre esse código é visível, mas
é uma peça essencial na estrutura da comunicação, pois ela faz com que um estímulo
físico vire um signo. O código pode ser aberto, porém a flutuação faz com que, para
um mesmo significante, haja mais de uma descodificação, mais de um significado e
mais de uma resposta, perfeitamente utilizado quando o remetente deseja produzir
signos ambíguos, misteriosos ou enigmáticos (p.44.3), já no código fechado sempre se
estabelece uma relação estável, imutável e unívoca entre o significante e o significado,
não havendo assim problemas de descodificação (p.40), obtendo assim sempre
respostas uniformes.

O autor ainda nos mostra peças importantes para a comunicação, como a


bagagem cultural ou repertório, essencial para identificarmos a experiência do
indivíduo que vai ler a mensagem, pois repertórios diferentes levam a diferentes
percepções e visões do mundo. Na formação do repertório, enquanto vão se
acumulando idéias e conhecimentos estes vão se cristalizando e endurecendo, criando
assim o estereotipo (p.52).

Para que qualquer mensagem chegue ao seu destinatário, é necessário a


utilização de um veículo, este pode ter variações de acordo com a necessidade do
remetente em obter uma resposta ou também com a quantidade de destinatários que
se quer atingir com a mensagem.

Segundo o livro, existem segredos para se ganhar o leitor, um deles é usar os


ganchos frios, que são mensagens com informações mais simples e acessíveis, menos
sobrecarregadas, exigindo assim menos esforço para a descodificação, depois de
agarrado o leitor aí sim as mensagens quentes podem chegar com informações
complementares, mais rígidas e precisas. Outro segredo para que o leitor dê a devida
atenção à mensagem é a utilização de imagens, como encontramos no próprio texto:
“uma imagem vale mais do que mil palavras”. (p.68 §9) E para terminar, um último
segredo, não menos importante, que é a utilização de elementos emotivos e poéticos,
a fim de atrair a simpatia do leitor (p.83 §.1).

“Quem não escreve bem... perde o trem!”

“Escrever bem, implica necessariamente a obtenção da resposta correta.” (p.15)

O objetivo proposto pelo autor do livro foi satisfatoriamente alcançado de


maneira simples, com exemplos cotidianos de fácil compreensão, criando no leitor um
senso crítico ao redigir suas próprias mensagens endereçadas a diversos tipos de
destinatários. Pessoalmente, o livro foi bastante instrutivo e ajudou na escrita de uma
maneira mais técnica.

Leandro Duarte Campos Matr: C680005 Eng. de Controle e Automação

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