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SENAI Modatec- Aprendizagem Industrial em Confecção

Centro de Desenvolvimento Tecnológico para Vestuário

APRENDIZAGEM INDUSTRIAL EM
CONFECÇÃO

EMPREENDEDORISMO

APRENDIZAGEM INDUSTRIAL- MÓDULO EMPREENDEDORISMO


SENAI Modatec- Aprendizagem Industrial em Confecção

Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade

Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica

Diretor Regional do SENAI e


Superintendente de Conhecimento e Tecnologia
Alexandre Magno Leão dos Santos

Gerente de Educação e Tecnologia


Edmar Fernando de Alcântara

Unidade Operacional

Centro de Desenvolvimento Tecnológico para Vestuário

APRENDIZAGEM INDUSTRIAL- MÓDULO EMPREENDEDORISMO


SENAI Modatec- Aprendizagem Industrial em Confecção

Sumário
SUMÁRIO ........................................................................................................................................ I

APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................III

1. BRASIL: UM GIGANTE SUSTENTADO POR MICRO E PEQUENOS ....................................4

1.1 DESCRIÇÃO GERAL ..............................................................................................................4


1.2 CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS: ..........................................................................................5
1.3 ATIVIDADES: ....................................................................................................................6

2. CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA: .................................................................7

2.1 A ESCOLHA DO TIPO SOCIETÁRIO: .........................................................................................7


2.2 SOCIEDADE EM NOME COLETIVO ...........................................................................................7
2.3 O NOME DA EMPRESA:..........................................................................................................8

3. OCUPAÇÕES EMERGENTES ..................................................................................................9

3.1 METODOLOGIA DE PESQUISA DE OCUPAÇÕES EMERGENTES- EUA......................................10


3.2 ATIVIDADE:.....................................................................................................................10

4. CONCEITO DE IDÉIA E OPORTUNIDADE ............................................................................11

4.1 OITO FÓRMULAS PARA IDENTIFICAR OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS. ....................................11

5. EMPREGABILIDADE: O QUE É ISSO? .................................................................................12

5.1 CURRÍCULO: ........................................................................................................................1


5.2 ATIVIDADE:.......................................................................................................................3

6. EMPREENDEDORISMO E NEGÓCIO......................................................................................4

6.1 PREPARO PARA EMPREENDER UM NEGÓCIO PRÓPRIO ............................................................4


6.2 ASPECTOS QUE OCULTAM O POTENCIAL EMPREENDEDOR.......................................................5

7. O CONCEITO DE NEGÓCIO ....................................................................................................7

7.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A FORMAÇÃO DE UM NEGÓCIO ......................................................7


7.2 OS MEIOS MAIS IMPORTANTES PARA SER UM GRANDE EMPREENDEDOR:..................................7
7.3 PERFIL DE UM BOM EMPREENDEDOR .....................................................................................8
7.4 PILARES DE UM NEGÓCIO DE SUCESSO..................................................................................8
7.5 ANÁLISE DE MERCADO ..........................................................................................................9

8. DEFINIÇÃO DO PRODUTO ....................................................................................................10

8.1 COMO CONSEGUIR DINHEIRO PARA INVESTIR NO NEGÓCIO ...................................................10

9. PROGRAMAÇÃO DE PRODUÇÃO........................................................................................11

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9.1 PDCA: PLANEJAR, DESENVOLVER, CHECAR E AGIR ...........................................................11

10. COMPOSTO DE MARKETING: ..........................................................................................12

10.1 OS 4 P’S ESSENCIAIS ...................................................................................................12


10.2 PRODUTO: CONDIÇÃO PARA O SUCESSO .............................................................................12
10.3 ESTABELEÇA PREÇOS ADEQUADOS ....................................................................................12
10.4 PONTO DE VENDA: ONDE ENCONTRAR SEU PRODUTO ...........................................................12
10.5 SEJA CRIATIVO NAS PROMOÇÕES ....................................................................................12
10.6 ATIVIDADES: ..................................................................................................................14

11. EMPREENDEDOR EM CONFECÇÃO – ANEXO...............................................................15

11.1 MERCADO CONSUMIDOR ............................................................................................15


11.2 IDENTIFICAÇÃO DO CLIENTE: .....................................................................................15
11.3 EMPREENDEDOR EM CONFECÇÃO: AS FORMAS DE ATUAÇÃO NESSE RAMO DE
ATIVIDADE...................................................................................................................................15
11.4 IDADE MÍNIMA PARA SER EMPRESÁRIO: ..................................................................16

12. ANEXO I: PARA ATIVIDADE DE CONFECÇÃO ...............................................................17

12.1 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA: ..........................................................................................17


12.2 MARCAS E PATENTES..................................................................................................17

13. ANEXO II: PARA ATIVIDADE DE CONFECÇÃO ..............................................................19

13.1 MATÉRIA- PRIMA: ..........................................................................................................19

14. ANEXO III: PARA ATIVIDADE DE CONFECÇÃO .............................................................21

14.1 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: ...................................................................................21

15. ANEXO IV: PARA ATIVIDADE DE CONFECÇÃO ............................................................22

15.1 PROCESSO DE FABRICAÇÃO:.....................................................................................22

16. ANEXO V: PARA ATIVIDADE DE CONFECÇÃO .............................................................23

16.1 ETIQUETAS DE VESTUÁRIO: .......................................................................................23

17. ANEXO VI: PARA ATIVIDADE DE CONFECÇÃO ............................................................25

17.1 NORMAS TÉCNICAS:.....................................................................................................25


17.2 NORMAS TÉCNICAS RELATIVAS A VESTUÁRIO: ......................................................25

18. ANEXO VII: PARA ATIVIDADE DE CONFECÇÃO ...........................................................26

18.1 ETIQUETAS DE COMPOSIÇÃO: ...................................................................................26

19. GLOSSÁRIO .......................................................................................................................27

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Apresentação

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do


conhecimento”.
Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os


perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país,sabe disso , e


,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito
da competência:” formar o profissional com responsabilidade no processo
produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos
técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e
consciência da necessidade de educação continuada.”

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área


tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se
faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia,
da conexão de suas escolas à rede mundial de informações – internet- é tão
importante quanto zelar pela produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre
os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada!

Gerência de Educação e Tecnologia

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1. BRASIL: Um gigante sustentado por micro e


pequenos

1.1 Descrição Geral

A força dos pequenos negócios move a economia brasileira. No Brasil dos


números e das estatísticas, as micro e pequenas empresas geram 13,6 milhões de
empregos, representam 98,9% dos estabelecimentos formais e respondem por 99,8%
das novas empresas nascidas a cada ano. No Brasil real, essas empresas são
sinônimos de distribuição de renda e reintegração dos desempregados ao mercado de
trabalho.
Essa reintegração se deve, principalmente às microempresas que podem ser
individuais ou familiares. Segundo Olival Gonzaga de Rezende, presidente do
Conselho da Microempresa da Associação Comercial de Minas Gerais, “a importância
da micro e da pequena empresa vem sendo reconhecida pela sociedade e pelo
governo, principalmente pela sua capacidade de gerar emprego e renda com baixo
nível de investimento”.
A declaração de Rezende reforça o que já é senso comum: o desenvolvimento
econômico e social do país passam pelos micro e pequenos negócios, sejam eles
formais ou não.
A potencialidade das micro e pequenas empresas ultrapassam as fronteiras do
território nacional. Em 2001, 64% das firmas exportadoras brasileiras se enquadravam
no padrão dos micro e pequenos negócios. Isso representou US$7,6 bilhões em
vendas para o mercado externo. Segundo o diretor da APEX (Agência de Promoção
de Exportações Brasil), Alessandro Teixeira, “a base produtiva brasileira está
assentada em pequenas empresas. A nossa missão é cada vez mais aumentar as
exportações deste segmento e ampliar a pauta de produtos exportados”.
“São as micro e pequenas empresas que viabilizam o desenvolvimento, a
atividade econômica e a geração de emprego e renda” avalia o gerente de políticas
publicas do SEBRAE, Bruno Quick.
Estamos empenhados em promover o fortalecimento da economia brasileira e
isso, sem dúvida, envolve as micro e pequenas empresas afirma o diretor do ministério
do desenvolvimento, César Rech.
A vocação do Brasil como berços de pequenos negócios não é apenas uma
peculiaridade tupiniquim. Em países como Estados Unidos, Itália e Alemanha, as
microempresas funcionam como mola propulsora da economia. Nesses países, a
pequena empresa tem , por exemplo, papel central na inovação tecnológica do país,

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além de criar novos produtos e tornarem-se grandes corporações, proporcionando


uma oxigenação do mercado.

1.2 Classificação das empresas:

• Indústrias: matéria-prima bruta ou produto acabado;


• Comércio: revenda do produto;
• Serviços: relações sociais / manutenção.

• Micro empresa: até 19 empregados para a indústria; até 9 empregados para


comércio e serviços;
• Pequena empresa: de 20 a 99 empregados para a indústria; 10 a 49
empregados para o comércio e serviços;
• Média empresa: de 100 a 499 empregados para a indústria; 50 a 99
empregados para o comércio e serviços;
• Grande empresa: mais de 500 empregados para a indústria; acima de 100
empregados para o comércio e serviços;

Distribuição percentual do número de empresas no Brasil, por porte e


setor de atividade

Micro e pequena Média e grande Total(%)

Setor 1996 2001 2001 1996 2001

Indústri 97,9 98,3 2,1 1,7 100,0 100,0


a
Comérci 99,6 99,7 0,4 0,3 100,0 100,0
o
Serviços 98,3 98,8 1,7 1,2 100,0 100,0
TOTAL 98,9 99,2 1,1 0,8 100,0 100,0

Fonte: IBGE Elaboração:

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1.3 ATIVIDADES:
1) Segundo o texto “BRASIL: Um gigante sustentado por micro e pequenos” o
mercado tem apresentado crescimento em diversas áreas, principalmente no que diz
respeito ao pequeno negócio. De acordo com o texto e com os seus conhecimentos
sobre o assunto, a que se deve esse crescimento do pequeno negócio? Redija um
pequeno texto expondo as suas opiniões e comprove-os com dados do texto acima.

2) Classifique os seguintes itens de acordo com seu tipo:


a) fornecimento de energia elétrica:
____________________________________________________________
b) metalurgia;
______________________________________________________________
c) informações (telefonista)
______________________________________________________________
d) balconista;
______________________________________________________________
e) manutenção de micro;
______________________________________________________________
f) ascensorista;
______________________________________________________________
g) psicólogo;
______________________________________________________________
h) operador de CAD.
______________________________________________________________

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2. CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE
EMPRESÁRIA:

2.1 A escolha do tipo societário:


A Legislação brasileira estabelece cinco tipos de sociedade entre os quais a
“sociedade empresária” deverá optar:

Sociedade em nome coletivo;


Sociedade em Comandita Simples;
Sociedade em Comandita por Ações;
Sociedade Anônima;
Sociedade Limitada.

2.2 Sociedade em nome coletivo


As sociedades Anônima e Limitada são as mais comuns no Brasil em
virtude da responsabilidade dos sócios ser limitada em relação às obrigações
assumidas pela empresa. Os demais tipos societários possuem sócios que
respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais, portanto não são
aconselháveis. Para se ter uma idéia, segundo dados divulgados pelo
Departamento Nacional de Registro do Comércio aproximadamente 99% das
sociedades registradas entre 1985 e 2001 foram do tipo "Sociedades por Cotas de
Responsabilidade Limitada".
A "Sociedade Anônima" é mais adequada aos grandes empreendimentos,
ou seja, ás grandes empresas, em virtude da rigidez das normas que a
regulamentam, portanto não é uma boa opção para as pequenas empresas. A
melhor opção nesse caso é a Sociedade Limitada, uma vez que possui normas
mais simples que as demais, além de preservar melhor a figura dos sócios.

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2.3 O nome da empresa:


O passo seguinte é a escolha do nome da empresa. Dependendo do tipo de
sociedade escolhida, esse nome pode ser em forma de denominação social ou
firma.
A Sociedade Limitada pode adotar tanto firma ou denominação social, mas
ao final do nome deve constar a palavra Limitada ou a sigla LTDA.
A firma será denominada com o nome de um ou mais sócios, desde que
pessoas físicas de modo indicativo da relação social. Ex: José Terra e Luiz Marte -
Indústria de Confecções LTDA.
A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela
figurar o nome de um ou mais sócios. Ex.: Indústria de Confecções Imperador
LTDA.
Cuidado: A omissão da palavra limitada ou a sua sigla, LTDA determina a
responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem
a firma ou a denominação da sociedade.

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3. Ocupações emergentes
Os recentes avanços tecnológicos e os
impactos da globalização econômica vêm causando
significantes mudanças em mercados de trabalho.
Estas mudanças, que envolvem entre outros
aspectos, novos conteúdos, condições e requisitos
de trabalho, contribuíram para o surgimento de
oportunidades em novas ocupações, comumente
denominadas emergentes.
Ocupações emergentes representam novas
oportunidades no mercado de trabalho, que surgem
em função da adoção de novas tecnologias, da
criação de novas regulamentações ou de mudanças
estruturais em mercados. O termo emergente compreende ocupações que: são
novas, estão apresentando crescimento de demanda ou estão passando por
profundas transformações.
Ao longo dos últimos anos vem sendo observado o surgimento de
ocupações emergentes nos setores aeroespacial, de meio ambiente,
biotecnologia, telecomunicações, multimídia e eletrônica. Em cada um
desses setores, as ocupações emergentes são o resultado
de um conjunto de aspectos específicos, que interagem para sua
conformação.
O estudo de ocupações emergentes tem importante papel
na conformação de novas diretrizes para a formação profissional.
As ocupações emergentes descritas neste estudo, com base em
dados secundários da Austrália, Canadá e Estados Unidos conformam-se num
primeiro passo para a elaboração de estudos mais aprofundados e
correspondentes à realidade brasileira.

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3.1 Metodologia de Pesquisa de Ocupações Emergentes- EUA


Pesquisas sobre ocupações emergentes nos Estados Unidos têm como
ponto de partida a OES (Occupational Employment Statistics). A OES é uma
survey de periodicidade anual, realizada através do envio de questionário a
empresas dos diversos setores econômicos. Empresas com mais de 50
empregados devem relatar, no final do questionário, títulos e descrições de
ocupações que julgam ser quantitativamente expressivas ou emergentes, devido a
mudanças tecnológicas. Empresas com menos de 50 empregados devem apontar
ocupações que não se enquadram nas categorias estabelecidas na classificação
ocupacional do país. Os dados coletados através da OES são analisados e
tratados estatisticamente. O resultado final é repassado a cada um dos estados
americanos.

3.2 ATIVIDADE:
Fazer um estudo de ocupações emergentes no Brasil e explicar qual a função do
profissional da área escolhida, de onde ela é proveniente e se essa profissão
substitui uma já existente, agora extinta.

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4. Conceito de idéia e oportunidade


Idéias não são necessariamente oportunidades. A idéia de um negócio
próprio pode vir de uma oportunidade imperdível. Mas o empreendedor verá e
deverá analisar o que realmente está pensando ou pretendendo.
A oportunidade deverá de ajustar ao empreendedor. O empreendedor
habilidoso dá forma a uma oportunidade onde os outros nada vêem ou vêem
muito tarde. Para isto, torna-se necessária a busca de novas idéias provenientes
de experiências vividas, observações, situações, adaptações de idéias, buscar
informações de idéias de sucesso já existentes, etc.
Essa forma de busca e análise chamamos de empreendedorismo
visionário.

4.1 Oito fórmulas para identificar oportunidades de negócios.


1) descoberta de necessidades;
2) observação de deficiências;
3) observação de tendências;
4) derivação da ocupação atual;
5) procura de outras aplicações;
6) exploração de hobbies;
7) lançamento de moda;
8) imitação do sucesso alheio.

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5. Empregabilidade: O que é isso?


Empregabilidade é a tradução do vocábulo inglês “Employability”. Significa
“condições de se tornar empregável”, “manter-se ocupado”. Foi usado pela
primeira vez em 1989 pela professora de administração de Empresas da
Universidade de Harvard, Rosabeth Moss Kanter.
Também pode ser entendida como a capacidade de conseguir aumentar as
chances de obter trabalho, e logicamente, remuneração, sem a preocupação do
vínculo empregatício. Ter empregabilidade não resolve todos os problemas.
Muita gente boa está desempregada. Mas ser empregável é, no mínimo, o
mínimo.
Segundo a empresa Gutemberg Consultores, para ter empregabilidade é
preciso:
• Curiosidade;
• Eficiência;
• Proatividade; (ver glossário)
• Preocupação;
• Auto avaliação;
• Disciplina e autocontrole;
• Adaptabilidade; (ver glossário)
• Objetividade perceptiva; (ver
glossário)
• Apreciação positiva; ; (ver
glossário)
• Liderança;
• Comunicação.

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5.1 Currículo:
O currículo é uma das ferramentas mais importantes para conseguir um
emprego ou contratar pessoal. Você precisa tomar o máximo de cuidados para
fazer um currículo bem feito. Ele é o registro de sua história profissional. É a sua
propaganda. Não pode ser feito de qualquer jeito. Deve ser feito de maneira
elegante e agradável. E nunca se esqueça: deve ser breve!....recomenda-se uma
ou duas páginas. Com três ou mais, corre o risco de ser condenado ao
esquecimento....
Geralmente, o currículo chega antes de você. Se ele causar uma má
impressão, você nem vai ter a chance de explicar por que não vai conseguir ser
entrevistado.
Candidato a presidente, vereador ou Office-boy, seu currículo deve evidenciar
habilidades, conquistas e experiências. Isto é ser atual e eficaz.
• Essa é a sua oportunidade de apresentação pessoal, por isso são
necessários zelos diversos. São precisos cuidados para que o
currículo tenha as informações necessárias tanto para a divulgação
dos seus conhecimentos, quanto para o empregador, mas sem que
ele se torne cansativo (longo demais). Por isso cuide para que ele
tenha o seguinte:
1) Seus objetivos;
2) Resumo de suas qualificações;
3) Sua formação escolar;
4) Suas experiências profissionais;
5) Seus pontos fortes;
6) Seus conhecimentos adicionais, especialmente em informática

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Exemplo de currículo: SEU NOME COMPLETO


Rua e número- Bairro- Cidade- Estado- CEP
Telefone- endereço de correio eletrônico
Aqui você escreve por que está enviando o currículo. Pode
Objetivo ser algo simples como “Candidato à vaga de...” ou mais
completo.
Neste espaço você digita as escolas onde estudou. Primeiro
coloque a ultima escola, depois a penúltima e segue-se assim
Formação até a primeira.
19XX-19XX Nome da escola Cidade / Estado
Aqui você escreve o que cursou nesta escola: primeiro
grau, graduação, etc.
Neste campo você lista os últimos empregos em ordem
inversa: o último emprego aparece no alto da lista e assim por
Experiência
diante. Em geral, coloca-se os últimos cinco.
Profissional 19XX-19XX Nome da empresa Cidade / Estado
Cargo
Detalhes do Cargo, certificados ou realizações
Escreva o idioma que você domina e em que nível: se lê, fala
ou escreve fluentemente ou com alguma dificuldade. Por
Idiomas exemplo.
Inglês: leio e falo fluentemente. Escrevo com restrições.
Espanhol: intermediário. Falo bem, mas leio e escrevo
pouco.
Neste campo, você pode fazer uma lista de qualificações ou
uma pequena redação. Se dominar alguma ferramenta de
informática, é aqui que você a destaca. Exemplo:
“Publicitário e profissional de marketing, destaco a
Resumo das
elaboração de planejamento em marketing, criação de
Qualificações textos publicitários, definição dos meios de divulgação e
execução de peças publicitárias.
Domino o uso de ferramentas de informática,
principalmente editores de texto, manipuladores de
imagens, apresentações e Internet.”
Caso você desenvolva atividades interessantes que possam
Outras Atividades ajudar a se destacar para a vaga, coloque-as aqui. Podem ser
trabalhos voluntários ou mesmo um hobbie que tenha alguma
coisa a ver com o trabalho.
Liste seus últimos certificados e os mais importantes para a
vaga em questão, em ordem inversa.Não se esqueça das
Certificados
datas e duração dos eventos.
Recebidos 2002- Formação e Aperfeiçoamento de Gerentes- 20
horas- SENAI-RN
2001- EMPRETEC (ONU-SEBRAE)- 72 horas
Sempre temos alguns pontos dos quais nos orgulhamos por
fazer bem feito. Coloque-os aqui. Exemplo:
Pontos Fortes “Técnico Tradutor e Intérprete, domino a estrutura
lingüística de Inglês, Francês,Espanhol e Alemão, além de
redigir bem na Língua Portuguesa.”

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5.2 ATIVIDADE:
Fazer um currículo profissional para enviar a uma grande empresa, simulando algumas informações.

__________________________________

Objetivo

Formação

Experiência
Profissional

Idiomas

Resumo das
Qualificações

Outras Atividades

Certificados
Recebidos

Pontos Fortes

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6. Empreendedorismo e negócio
Numa determinada época, um professor de História
Internacional da PUC de Belo Horizonte, fez uma pergunta
aos alunos do quarto ano de administração: “O que é
economia?”.
Ninguém soube responder com precisão. Apesar de
no dicionário Aurélio o termo economia estar definido
como “a arte de bem administrar uma casa ou um estabelecimento”, ou a “Ciência
que trata dos fenômenos relativos à produção, distribuição, acumulação e
consumo dos bens materiais”, o professor, naquela aula, deu uma interpretação
interessante:
“Economia é a arte e ciência que trata dos bens úteis e raros”. Ou
seja, para possuir um valor econômico, o bem em questão terá que ter utilidade e
pressupor raridade. Do contrário, não tem valor para a Economia.
Essa noção inicial é de muita importância para quem quer ser um
empreendedor. Seu negócio estará o tempo todo voltado para oferecer aos
clientes algo que possa ajudá-los em sua vida pessoal ou profissional e, ao
mesmo tempo, um produto ou serviço que não seja fácil de ser copiado pela
concorrência. Quanto maior essa escala, maior a chance de lucros.

6.1 Preparo para empreender um negócio próprio


A avaliação mais objetiva do nosso preparo para empreender um negócio
próprio é a percepção que temos de nós próprios, que se reflete em nossa
autoconfiança.
Por analogia, é raro alguém ousar fazer uma travessia a nado, se não se
considerar razoavelmente preparado para realizá-la, tendo, por isto mesmo, a
autoconfiança necessária.
O mesmo acontece com o potencial empreendedor. Ele se sente preparado
para iniciar um negócio próprio, em função do domínio que possui sobre as
tarefas que deverá desenvolver nesse negócio.
O preparo de um indivíduo para iniciar um negócio próprio cresce com o
seu domínio sobre as tarefas necessárias para o seu desenvolvimento, com
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aumento se sua capacidade gerencial e com o crescimento de sua visão


empreendedora refletida sobre a complexidade do negócio.

6.2 Aspectos que ocultam o potencial empreendedor


Há muitos fatores que inibem o surgimento de novos empreendedores. Os
três mais importantes são:
• Imagem social;
Grandes partes das pessoas que possui condições para ser
empreendedoras não estão dispostas a “sujar as mãos” com atividades
necessárias a fim de iniciar um empreendimento próprio.
A realidade é que todo empreendedor que deseja ter sucesso precisa
estar disposto a, no início, desenvolver, ele mesmo, todas as atividades na
sua empresa. É preciso fazer compras, atender pessoalmente a clientes e
fornecedores, vender, entregar, fazer contabilidade e, eventualmente, até
limpeza.
Não há nenhuma vergonha no trabalho honesto. Porém, muitos pensam
que, após terem atingido uma boa posição como empregados, as tarefas
necessárias para iniciar um novo negócio vão prejudicar sua imagem social.
• Disposição para assumir riscos;
Nem todas as pessoas têm a mesma condição par assumir risco. Muitos
precisam de uma vida regrada, horários certos, salário garantido no fim do
mês , etc. esse tipo de pessoa não foi feita para ser empreendedor. O
empreendedor, por definição, tem de assumir riscos e o seu negócio está na
sua capacidade de conviver com eles e sobreviver a eles. Riscos fazem parte
de qualquer atividade e é preciso aprender a administrá-los. O empreendedor
não é mal sucedido nos seus negócios porque sofre revezes, mas porque não
sabe superá-los.

• Capital social.
São os valores e idéias que nos foram transmitidos por nossos pais, amigos e
pessoas que nos influenciaram na nossa formação intelectual e que,
inconscientemente, orientam nossas vidas.
Um pai engenheiro pode, por exemplo despertar nos filhos o ideal de seguir
a mesma carreira. Dificilmente vão considerar a opção de serem
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empreendedores, pois o sucesso, para eles, estão ligados ao desenvolvimento de


suas carreiras como engenheiros.
Outro exemplo de capital social como fator inibidor de potenciais empreendedores
é uma forte formação religiosa que levam muitos a considerarem o lucro como
imoral.

!" #

• 70% dos casos bem-sucedidos são liderados por pessoas que


identificaram uma boa oportunidade de negócio.

• 30% das pequenas e médias empresas costumam fechar as portas


depois do primeiro ano de vida

• 1 em cada 8 brasileiros entre 18 e 64 anos é empreendedor


• 37% das pequenas empresas vão à falência antes de completar o
segundo ano
• Apenas 3% dos novos negócios sobrevivem mais de 5 anos

• 12,3% da população adulta no Brasil tem um negócio próprio


• 25 a 30% do faturamento das micro e pequenas empresas vão parar nos
cofres do governo por meio de impostos federais, estaduais e municipais.
Por isso, é importante ficar de olho na contabilidade
• O pequeno empresário experimenta, em média, três fracassos antes de
consolidar o seu negócio. Essa performance pode melhorar com o
planejamento. Quem quer vencer não pode desanimar. O sucesso virá!

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7. O conceito de negócio
O conceito de negócio constitui-se na organização de informações em um
documento, com o objetivo de definir de maneira clara e exata o tipo de negócio
que se está explorando, a clientela que se pretende atingir, os produtos e os
serviços que se pretende oferecer, etc. algumas perguntas devem ser
respondidas com argumentos sólidos e concretos.
Como é o negócio?
Qual é o seu porte?
Qual é o publico que será atendido?
Quais produtos serão comercializados?
Qual é a estratégia de atendimento?

7.1 Princípios básicos para a formação de um negócio


• Estabelecer objetivos;
• Fazer o cronograma (planejamento e criação do Master Plann);
• Dividir tarefas;
• Responsabilidades (coletivismo e individualismo);
• Informatização constante, que inclui: empreendedores, credoras,
funcionários, concorrentes, clientes e o mercado consumidor;
• Inovação;
• Oportunidades;
• Iniciativa.

7.2 Os meios mais importantes para ser um grande


empreendedor:
Organização;
Comunicação:

escuta explica interpretar atenção Conhecimento


básico
duvida pergunta

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7.3 Perfil de um bom empreendedor


• O empreendedor tem um modelo que o influencia. Este modelo reduzirá
bastante a probabilidade de fracasso de seu empreendimento e,
simultaneamente, terá um começo de carreira menos traumático.
• Ter iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo, necessidade de
realização. O empresário é aquele que gosta do lucro (embora não
subestime sua função social). O empreendedor é aquele que gosta da
realização (embora não antipatize com o lucro).
• O fracasso é visto como resultado. Inúmeras pesquisas mostram que o
empreendedor novato obtém mais sucesso no seu terceiro ou quarto
negócio, consolidando-se no mercado. Isso mostra que, na maioria das
vezes, os pequenos empreendimentos fracassam por desespero de seus
proprietários. Por outro lado, o empreendedor melhor preparado consegue
implantar um negócio viável.
• Tem a capacidade de ocupar um intervalo não ocupado por outros no
mercado.
• Tem forte intuição. Como no esporte, o que importa não é o que se sabe,
mas o que se faz.
• Comprometimento. Ele crê no que faz. Orientado para resultados.
• Define metas. Traduz seus pensamentos em ações.
• Aprende indefinidamente. Aprende a partir do que faz.
• É inovador e criativo.
• Assume riscos moderados;
• Alta tolerância à ambigüidade e incerteza.

7.4 Pilares de um negócio de sucesso


• Novos produtos;
A importância da criação e busca continua de informações que visam
exclusividade. Quanto mais exclusivo, diferente e útil, maior sucesso entre os
clientes.
• Novos métodos de produção;

____________________________________________________________ 8
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A busca de informações para serem aplicadas na produção, com a


preocupação de atender bem aos clientes e também visando o processo
dentro da empresa, como economia e agilidade sem perder a qualidade.
• Novos mercados.
A preocupação em criar produtos cada vez mais diferenciados de maneira que
atendam a um maior tipo de consumidor amplia o mercado e,
conseqüentemente, a produção.

7.5 Análise de mercado


As considerações aqui apresentadas não pretendem ser definitiva. Espera-se que
elas funcionem como um ponto de partida para que você possa complementá-las
e adequá-las à sua realidade, verificando o que se passa especificamente na
região onde esteja instalado ou será instalado o seu empreendimento.
Desta forma, procure pensar:
• A que tipo de cliente meu produto/serviço se destina?
• Que clientes quero atingir?
• Quais são os anseios da clientela?
• Que características meus produtos/serviços devem apresentar?
• Onde está a concorrência?
• Qual a sua dimensão/
• Que recursos (financeiros,materiais,humanos) serão necessários para
adequar o empreendimento às necessidades de mercado?
• Definir: mercado consumidor e mercado fornecedor.

____________________________________________________________ 9
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8. Definição do produto
Agora chegou o momento de definir o alvo central. A definição do produto é
um dos processos mais trabalhosos e cautelosos em qualquer tipo de empresa,
seja ela micro, pequena, média ou grande.
O produto deve ser escolhido a partir de alguns critérios além daqueles
que não dependem somente do empreendedor, como, por exemplo, afinidade. O
mercado deve ser levado em conta para que se deduza então se vale mesmo
investir neste produto.

8.1 Como conseguir dinheiro para investir no negócio


Vários bancos brasileiros têm linhas de
crédito para ajudar os pequenos
empreendedores a iniciar um negócio. O
melhor caminho para agarrar o dinheiro é pedir
ajuda ao SEBRAE do seu estado. Mas
atenção, ele não financia ninguém. Apenas
presta consultoria sobre linhas de crédito
concedidas por agentes financeiros oficiais, como o Banco do Povo do Estado de
São Paulo e bancos públicos ou privados.
Nos balcões do SEBRAE, você saberá os critérios usados pelos bancos
para conceder dinheiro, os prazos de pagamento, as taxas de juros, as garantias
exigidas, etc. Além disso, o SEBRAE dá aval ao micro e pequeno empreendedor
que quer ter acesso ao crédito em bancos.
Como isso é feito? O novo empreendedor deve pedir ajuda ao Fundo de
Aval às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (FAMPE). Ele avaliza o
novo negócio complementando as garantias exigidas pelos bancos na concessão
de empréstimos. Não é uma linha de crédito.
Em São Paulo, Por exemplo, existem convênios com a Caixa Econômica
Federal e o Banco do Brasil. Essas linhas repassam recursos vindo do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT). Em cada um dos 12 estados onde o SEBRAE
funciona, há convênios específicos com bancos.
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____________________________________________________________ 10
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9. Programação de produção
O planejamento mensal da produção (chamado plano mestre ou MASTER
PLANN) fornece informações que servem de bases para as decisões gerenciais.
No Master Plann são evidenciadas as necessidades de mão de obra e
horas, equipamentos de todos os centros de trabalho.
Para a elaboração de um Master Plann são necessárias algumas
informações básicas:
Previsão de demanda;
Etapas de operações;
Quantidade de funcionários;
Tempos padrões de execução, etc.
A programação diária de produção projeta a nível operacional as decisões
fornecidas pelo Master Plann.

PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO
DE PRODUÇÃO DIÁRIA DE PRODUÇÃO

PRODUÇÃO

9.1 PDCA: Planejar, Desenvolver, Checar e Agir


Planejar: antes da execução de qualquer processo, as atividades devem ser
planejadas definindo-se onde se quer chegar (meta) e como chegar onde se
pretende (método)
Desenvolver: é a execução do plano. Deve-se educar e treinar as pessoas para
executá-lo e recolher dados que permita o seu controle posterior.
Checar: é a fase de monitoração e avaliação do processo, através de itens de
controle e verificação, onde os resultados da execução são comparados com os
dados do planejamento (metas e métodos) e registrados os desvios (problemas)
encontrados.
Agir: é a fase de definição da solução para os problemas encontrados,
aperfeiçoando-se o processo.

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10. Composto de Marketing:

10.1 OS 4 P’S ESSENCIAIS


) Um bom PRODUTO;
) PREÇOS adequados;
) PONTO de venda;
) Criatividade nas PROMOÇÕES;

10.2 Produto: condição para o sucesso


Definido o cliente a ser atendido, é importante agora pensar no produto mais
adequado. Você poderá melhorar seu produto a partir da opinião dos seus
clientes.

10.3 Estabeleça Preços Adequados


O produto é, sem dúvida, muito importante para decisão de compra do cliente.
Mas não se deve ignorar os outros aspectos da escolha: o preço, por exemplo.
Uma estratégia de preço mal desenvolvida pode fazer com que o consumidor,
mesmo interessado no produto, acabe não comprando.

10.4 Ponto de venda: onde encontrar seu produto


Não se pode esquecer, na seqüência, da escolha de um bom ponto de venda
para os produtos. De nada adianta um bom produto a um preço justo de o
consumidor não sabe onde encontrá-lo.

10.5 Seja CRIATIVO nas promoções


Finalmente, mesmo depois de ter escolhido um bom produto, uma boa estratégia
de preço e um bom ponto de venda para sua empresa, não se esqueça que o
ambiente competitivo de hoje não permite que nenhuma empresa “descanse”:
você deve comunicar aos seus clientes as vantagens de adquirir os seus
produtos, o conforto do seu ponto de venda ou então os baixos preços que sua
empresa oferece.

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MARKETING
COMUNICAÇÃO
VEÍCULOS PROCESSOS:
TV; Propaganda- anúncios ou comerciais
Radio; pagos, explícitos, divulgados através de
Publicações; comunicação. Há também a
Mala direta; propaganda dirigida, por mala direta
Faixas; através de outros recursos como cartaz
Cartazes; e e-mails.
Outdoors; Publicidade- divulgação através de
Outros. noticias veiculadas sem custos pelos
jornais, revistas, emissoras, etc.
Promoções- participação em feiras,
eventos, realização de concursos e
sorteios, distribuição de brindes, etc.

DISTRIBUIÇÃO E VENDAS
Modalidades Processos
Vendedores próprios Venda pessoal no balcão;
Vendedores autônomos; Venda porta-a-porta;
Distribuidores autônomos; Venda por telefone
Lojas próprias; Vendas por mala direta;
Grandes varejistas; Vendas através da Internet;
Lojas temporárias Franquias.
Feiras e exposições;
Atacadistas;
Outros.

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10.6 ATIVIDADES:
1) Escolher de jornais ou revistas uma propaganda qualquer e reformular a
propaganda daquele produto.
2) Escolher uma figura de uma peça de roupa e criar uma marca que inclua o
nome escolhido e logomarca. Criar uma propaganda promocional (incluindo textos
curtos e/ou frases-efeito) para a peça a ser vendida e inserir a logomarca,
divulgando a loja.

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11. EMPREENDEDOR EM CONFECÇÃO –


ANEXO

11.1 MERCADO CONSUMIDOR


• Qual será o principal o principal produto que a empresa venderá?
• Quem são seus clientes?
• Por que este cliente compra ou compraria os produtos/ serviços da sua
empresa?
• Em quais locais os clientes costumam comprar este tipo de produto ou
serviço?

11.2 IDENTIFICAÇÃO DO CLIENTE:


Sexo:
Idade (faixa etária):
Local de Residência:
Quantas pessoas na família:
Posição na família (pai, mãe, filho, etc.):
Trabalhador (s/n):
Renda mensal média?
Grau de instrução:

11.3 EMPREENDEDOR EM CONFECÇÃO: AS FORMAS DE


ATUAÇÃO NESSE RAMO DE ATIVIDADE
Se você pretende uma Confecção, saiba que poderá atuar com um ou mais
sócios, ou sozinho sem sócio.
Se você preferir assumir os riscos do negócio sozinho, deverá registrar-se
como Empresário. Porém se você optar por montar o empreendimento em
sociedade, você deverá constituir uma Sociedade Empresária. Tanto uma quanto
a outra deverão ser feitas na Junta Comercial do Estado.
A vantagem de atuar individualmente como empresário é que você terá
toda autonomia para tomar as decisões relacionadas ao funcionamento da sua
empresa sem ter que submetê-la à apreciação do sócio. Ocorre, porém, que a
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responsabilidade pelas obrigações assumidas pelo empresário é ILIMITADA. Isto


quer dizer que caso a empresa não tenha recursos suficientes para honrar seus
compromissos com os credores (Fisco, empregados, fornecedores, bancos, etc.)
e o titular da empresa, no caso o empresário, responde com SEUS BENS
PARTICULARES PARA SUPRIR O VALOR RESTANTE DA DÍVIDA, mesmo
tendo agido com cautela e boa fé na condução dos negócios da sua empresa.
Por outro lado, atuando com um ou mais sócios a sociedade formada
deverá ter a contribuição com recursos de todos os sócios, suficientes para
constituir a empresa a alavancar as atividades.
Neste caso, a Sociedade Empresária poderá ser LIMITADA e essa
sociedade é a preferida pelas pequenas empresas porque os sócios não
respondem com seus bens pessoais caso a empresa não tenha recursos para
honrar seus compromissos. Entretanto, se os sócios tomarem decisões contrárias
ao interesse da sociedade ou que manifestarem interesse em prejudicar terceiros,
poderão responder com seus bens pessoais para cobrir os prejuízos causados. O
novo Código Civil dispõe claramente que os sócios têm o dever de exercer suas
funções com responsabilidades, assim como costumam agir na administração de
seus próprios negócios.

11.4 IDADE MÍNIMA PARA SER EMPRESÁRIO:


Com o Novo Código Civil Brasileiro, a capacidade civil para ser empresário
baixou de 21 anos para 18 anos. A idade para emancipação do menor também foi
reduzida e agora poderá dar-se entre 16 e 18 anos. Lembramos que só podem
exercer atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade
civil e não forem legalmente impedidos.

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12. ANEXO I: para atividade de Confecção

12.1 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA:


Não existe uma legislação específica para o setor de confecção, portanto, o
empreendimento voltado para este fim está dispensado de obter registro ou
autorização de funcionamento específico, junto a entidades ou órgãos
fiscalizadores de atividades regulamentadas, bastando ao empreendedor obter a
inscrição junto aos órgãos exigíveis das sociedades empresárias em geral.
A Pessoa Jurídica também não está sujeita a Responsabilidade Técnica,
ou seja, não se exige do empreendimento a manutenção em seus quadros, de
profissional habilitado junto ao órgão ou conselho de classe fiscalizador de
profissão regulamentada.

12.2 MARCAS E PATENTES


Registrar a marca da empresa significa ter uma garantia sobre o uso de um
nome (nome fantasia), um sinal visual ou mesmo uma figura.
É a marca que identifica e distingue uma empresa, um produto, uma
mercadoria ou um serviço dos demais no mercado em que atua.
O registro da marca é de fundamental importância para a empresa e para o
empreendedor, porque:
• A marca tem um grande valor, agindo como fator básico na
comercialização de produtos e serviços.
• A marca se constitui em elemento essencial para defesa do consumidor,
garantindo a qualidade daquilo que se aplica e atestando sua
autenticidade;
• O não registro da marca pela empresa abre espaço para que outros o
façam, perdendo a mesma os referidos direitos;
• A marca pode e deve ser contabilizada no ativo da empresa, pois a mesma
é um BEM da empresa.
De acordo com o princípio da propriedade industrial, o registro da empresa
na Junta Comercial ou cartório competente garante a exclusividade do uso do
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nome comercial (razão social, denominação social), mas não garante a proteção
no uso da marca ou do nome fantasia.
Por isso é relevante que seja feito o registro da marca junto ao INPI
(Instituto nacional de Propriedade Industrial), para que seja garantido o uso
exclusivo da marca em benefício do titular da mesma, coibindo o seu uso indevido
por terceiros.
Para o registro da marca junto ao INPI, inicialmente é providenciada a
“busca de marca" objetivando saber se já existe registro anterior em vigência de
marca igual ou semelhante à desejada. Não havendo, é iniciado o processo de
registro com taxas que variam de acordo com o serviço pedido e pode ser
registrado como Pessoa Jurídica, Pessoa Física e Marca Mista.

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13. ANEXO II: para atividade de Confecção

13.1 MATÉRIA- PRIMA:


• Fibras naturais
A seguir, são descritas algumas fibras naturais mais usadas em vestuário:

Quente e confortável. Excelente isolante, resistente a rugas e fungos. Absorve
bem a umidade e a transpiração e desbota com o sol, como as fibras naturais em
geral. Resiste mal ao atrito e é atacada por traças, outros insetos e alguns fungos.
Não suporta produtos químicos. Exige precauções na lavagem e no tratamento.
Seda
Muito macia, leve e adequada a todas as estações, pois é má condutora de calor.
Não provoca irritações na pele, mas é, em geral, de resistência limitada ao uso.
Perde solidez com a luz do sol e a transpiração. Não suporta ácidos e bases
(vinagre e produtos químicos). Resiste mal às traças e insetos. Exige muitos
cuidados na lavagem e no tratamento.
Algodão
É fresco e muito flexível. Durável e resistente ao uso e à lavagem. Também
resiste às traças e outros insetos. É facilmente lavável, mas tem tendência e
encolher e amarrotar. É atacado pelos fungos. Queima com facilidade. Não
suporta ácidos.
Linho
É muito resistente, flexível e fresco. Não deforma e nem é atacado por traça. É
facilmente lavável, porém encolhe e amarrota com facilidade. É atacado por
fungos, mas sem apodrecimento. Queima com facilidade.
• Fibras sintéticas
Atualmente o mercado têxtil está inundado de fibras não naturais. A variedade é
grande e a possibilidade de combinações entre elas é maior ainda. Abaixo são
listadas algumas dessas fibras, bem como suas principais características.
Viscose
Macia, fresca, agradável para o verão. Absorve bem a umidade e a transpiração.
Encolhe e amarrota com facilidade e é sensível ao ácido acético e ao vinagre.
Desbota com a transpiração. Queima com facilidade.
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Poliamida (nylon)
Leve e macia. Não deforma. É resistente ao uso, aos fungos e às traças. É de
fácil tratamento e seca rapidamente. Porém é sensível à luz, tende a reter poeiras
e sujeiras, manchando com facilidade. Não absorve umidade, aquece pouco e
favorece a transpiração do corpo, como as fibras em geral. Derrete e encolhe com
o calor, formando gotas que aderem à superfície em contato. Não suporta
produtos químicos.
Poliéster:
Tem boa resistência à luz e ao uso. Pode receber tratamento para não encolher.
Tem boa elasticidade e resiste à maior parte dos produtos químicos. É fácil de
tratar e seca rapidamente. Mas é áspero e tem tendência a fazer bolinhas. Altera-
se com a luz solar. Derrete e encolhe com o calor, formando gotas que aderem à
superfície em contato.
Acrílico:
De toque macio, é muito leve e quente. É anti-rugas e flexível, tem muito boa
resistência à luz, as traças, aos fungos e a maior parte dos produtos químicos.
Não encolhe. É fácil de tratar, mas deforma e faz bolinhas com facilidade. É
sensível ao calor e a produtos químicos.
• Misturas
Muitos tecidos são compostos por diferentes fibras. Teoricamente, as
características e a manutenção destes tecidos são determinadas pela fibra que
contribui com mais de 50% para a sua composição.
Um tecido constituído por 55% de fibra acrílica e 45% de lã é considerado acrílico.
Mas na prática, o mais seguro é tratá-lo de acordo com as características da fibra
menos resistente (no caso a lã), mesmo que tenha menor percentagem.
Misturas corretamente usadas:
Algodão e viscose: embaratece o produto;
Linho, viscose e poliéster: Produz um artigo com as características estéticas do
linho, que não enruga (devido ao poliéster) e de preço acessível (por causa da
viscose);
Lã e poliéster: Produz um artigo com as características da lã, mas com muito
mais capacidade para não enrugar e manter o vinco nas calças e nos plissados.
Acrílico e lã: Embaratece o artigo sem prejudicar muito o toque característico da
lã, diminuindo o encolhimento e conservando o poder isolante;
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14. ANEXO III: para atividade de Confecção

14.1 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS:


Para executar as tarefas de produção, as principais máquinas que
compõem o investimento fixo são:
Máquina de corte: indicada para trabalhos de corte e refilação em linha reta ou
curvas graduadas, com dispositivo automático de afiação, protetores exteriores e
posteriores, mancais selados e vedação contra fios;
Máquina de costura reta: usada para costurar todos os tipos de tecidos,
equipadas com sistema de lubrificação automática, mecanismos de reversão de
ponto, rolamentos no puxa - fio articulado e um mecanismo de conexão de barra
de agulha;
Máquina de overloque industrial: para fechamentos laterais de calças,
colocação e fechamento de mangas e vestidos, chulear e fazer overloque em
tecidos leves, médios e pesados.
Máquina caseadeira e botoneira: Equipada para colocação de colchetes de
pressão, ganchos e botões de massa.
Completam o investimento fixo: Ferro elétrico industrial, mesas de passar,
mesas de corte e marcação, cavaletes, tesouras, araras, manequins, agulhas e
réguas, etc.
Os equipamentos a serem utilizados estão diretamente ligados ao tipo de
tecido a ser trabalhado. Caso a opção seja por malha ou lycra, isto é, tecidos com
elasticidade, são necessárias as máquinas: interloque, galoneira e máquina de
corte; Para tecidos em geral, são utilizadas as seguintes máquinas: interloque,
máquina de costura reta, máquina de cortar, caseadeira, botoneira,
pespontadeira.
Quem está iniciando o negócio e não deseja realizar um investimento
elevado, pode optar pela aquisição de máquinas de corte, costura reta e
overloque.
As máquinas caseadeira e botoneira requerem um investimento mais
elevado e, no entanto são utilizadas para grandes produções em série.
Uma outra opção na redução de custos iniciais é a aquisição de máquinas
usadas, também encontradas nas lojas que vendem máquinas novas.
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15. ANEXO IV: para atividade de Confecção

15.1 PROCESSO DE FABRICAÇÃO:


É composto pelas seguintes etapas:
1) definição das peças a serem produzidas a partir de pesquisas de
tendências;
2) elaboração de moldes e encaixes, pelos quais se darão o plano e o corte
das peças;
3) corte e costura das peças;
4) acabamento;
5) inspeção final (possíveis defeitos em embalagens e nas próprias peças);
6) remessa ou estocagem;
As coleções usualmente são definidas de acordo com a estação do ano.
Assim, a confecção deve ter flexibilidade para adequar-se às mudanças do
mercado;
A terceirização de serviços como estampagem, acabamento, bordado, etc;
tem crescido bastante. Esta alternativa permite a redução de custos de
contratação de pessoal especializado e do valor do investimento inicial necessário
para aquisição de máquinas e equipamentos.
Apesar das vantagens da terceirização, o empreendedor deve ficar atento
a aspectos como a qualidade dos serviços prestados e o tipo de matéria-prima
empregada, verificando a compatibilidade entre eles e o tipo de produto que se
pretende produzir. Ainda deve ser observado se os custos dos serviços
terceirizados superam os custos que a empresa teria, caso ela mesma realizasse
a atividade.
Assim, é indispensável fazer uma análise de cada caso, para garantir a
vantagem da terceirização.A gestão de compras e estoques é outro aspecto a ser
cuidadosamente considerado. Uma vez que as coleções devem ser preparadas
com antecedência, a aquisição de matérias - primas tem que ocorrer previamente,
para não sofrer com a falta delas durante a estação.
Além disso, o empreendedor deve ter o fornecedor como parceiro, que seja
capaz de fornecer importantes informações sobre o mercado e as ações da
concorrência.
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16. ANEXO V: para atividade de Confecção

16.1 ETIQUETAS DE VESTUÁRIO:


As roupas a serem fabricadas devem ter etiquetas, apresentando as
especificações abaixo.
1) Os nomes das fibras ou filamentos, que virão acompanhados dos respectivos
percentuais de participação no produto, relacionados em ordem decrescente e em
igual destaque. O produto 100% é aquele que contém, em sua composição,
somente uma determinada fibra ou filamento. A indicação não é obrigatória para
as partes que não representam 30% da massa total do produto.
2) O produto de lã não poderá ser qualificado como "lã virgem ou lã de tosa" ou
ter outra qualquer designação nacional ou estrangeira correspondente, se tiver
sido incorporada na sua composição, no todo ou em parte, lã recuperada,
proveniente de qualquer outro procedimento que a descaracterize como matéria-
prima original.
3) Os produtos têxteis e assemelhados só poderão ser comercializados em forma
de matéria-prima bruta ou de produtos intermediários das diversas fases do ciclo
industrial ou como produto acabado, destinado ao consumo.
4) O produtor, o comerciante e quem nele põe sua marca exclusiva ou razão
social são responsáveis pela falta de indicativos da composição do produto têxtil,
pelo uso de denominação não admitida, assim como qualquer outra inobservância
ao Regulamento Técnico.
5) O número de registro como pessoa jurídica - CNPJ - Cadastro Geral dos
Contribuintes.
6) A marca da empresa.
7) A etiqueta não poderá desprender-se, dissolver-se ou ser removida facilmente,
devendo servir ao consumidor como informativo contínuo para conservação do
produto.
8) A localização da etiqueta deve ser de fácil e imediata leitura pelo consumidor.
9) Os caracteres tipográficos da composição do produto devem ser uniformes,
nunca podendo ser inferiores aos caracteres de corpo 8 - caixa alta, ou seja, ter,
no mínimo, 2mm de altura.

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10) O atendimento das normas do INMETRO é indispensável à legalidade das


operações de comércio de roupas, ainda que de origem estrangeira, cabendo ao
comerciante diligenciar a fixação de etiquetas contendo as informações
legalmente exigíveis, sob penas específicas (multas, apreensões das
mercadorias).

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17. ANEXO VI: para atividade de Confecção

17.1 NORMAS TÉCNICAS:


Norma Técnica é um documento de caráter universal, simples e eficiente,
no qual são indicadas regras, linhas básicas ou características mínimas, que
devem ser seguidas por determinado produto, processo ou serviço.
Devidamente utilizada, a Norma Técnica proporciona a perfeita ordenação
das atividades e obtenção de resultados semelhantes e padronizados, para que
um mesmo produto possa ser adotado em diferentes países.
As Normas Técnicas podem ser utilizadas para:
• Racionalizar processos, eliminando desperdício de tempo, matéria - prima
e mão-de-obra;
• Assegurar a qualidade do produto oferecido ao mercado;
• Incrementar as vendas de produtos em outros mercados;
• Reduzir as trocas e devoluções de produtos;
• Reverter o produto, processo ou serviço em patrimônio tecnológico,
industrial e comercial para o País, quando da relação com o mercado
internacional.
• Reforçar o prestígio de serviços prestados;
• Aumentar o prestígio de determinada marca;
• Garantir saúde e segurança.

17.2 NORMAS TÉCNICAS RELATIVAS A VESTUÁRIO:


Título: Medidas do corpo humano para o vestuário - Padrões
Referenciais - Código: NBR13377- publicação 05/1995;

Título: Artigos confeccionados para vestuário - Determinação das


Dimensões - Código: NBR12071 / MB3408 - publicação 03/2002.

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18. ANEXO VII: para atividade de Confecção

18.1 ETIQUETAS DE COMPOSIÇÃO:


Desde junho de 1975, a Lei brasileira obriga a indústria têxtil a indicar a
composição das fibras têxteis constituintes dos artigos fabricados, com as
respectivas percentagens e instruções em português:
• Nos tecidos em peça - marcação na ourela ou etiqueta ou no rolo da peça
à venda;
• Nos fios para tricô e crochê - marcação na cinta do novelo;
• Nos artigos confeccionados - marcação ou etiqueta em cada peça.

Fontes bibliográficas:
MATOS, Antônio Carlos de. VALLIM, Cláudio Roberto de. MELCHOR, Paulo.
Consultores da U. O. Orientação Empresarial.
Indústria de Confecção. Brasília. SEBRAE, 2004. Publicação com
distribuição gratuita. 37p.

CDI - Centro de Documentação e Informação. SRT - Serviço de Resposta


Técnica. Ponto de Partida para início de negócio - Confecção.
Brasília. SEBRAE, 2004. Atualização 31/01/2005.

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19. Glossário
ABORDADE ANALÍTICA= conhecimento dos problemas identificados e
estratégias a serem adotadas nas suas respectivas soluções.
ACUIDADE= habilidade
ADAPTABILIDADE= capacidade de tornar-se adequado; dar respostas rápidas e
eficientes as eventuais dúvidas e problemas.
APRECIAÇÃO POSITIVA= Apreciar pessoas como elas são;
CAPITAL DE GIRO= recurso destinado à compra de mercadorias, reposição de
estoques, despesas administrativas, etc.
ERP (Enterprise Resource Plaining)= sistema que consegue suportar todas as
necessidades de informação, de forma integrada para a tomada de decisões,
principalmente gerenciais.
FINANCIAMENTO= quantia de dinheiro obtida com o objetivo de suprir
determinada necessidade, cuja liquidação dar-se-á ao longo do prazo e com
encargos financeiros pactuados entre credor e devedor. São três os tipos de
financiamento: os destinados a financiar a atividade operacional da empresa,
conhecido como capital de giro, os destinados á aquisição de ativo fixo,
conhecidos como investimento fixo e investimento misto. FLUÊNCIA DE
IDÉIAS= capacidade de gerar idéias sobre um determinado assunto. Refere-se à
quantidade de idéias geradas. Não envolve a qualidade, criatividade ou
veracidade.
INVESTIMENTO FIXO= recurso destinado a aquisição de bens moveis e imóveis,
destinado a gerar o resultado operacional da empresa. Consideram-se ativo fixo
maquinas e equipamentos e construção civil indispensáveis ao funcionamento ou
ampliação da empresa, aquisição de veículos utilitários, etc.
INVESTIMENTO MISTO= associa financiamento para aquisição de ativo fixo com
financiamento para capital de giro.
MASTER PLANN= conhecido como plano mestre ou plano diretor é o
responsável pelo planejamento e execução das metas da empresa, envolvendo
os funcionários, equipamentos, demanda e funcionamento de todos os setores
buscando evidenciar áreas de necessitem ou não de suporte.

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(OES) OCCUPATIONAL EMPLOYMENT STATISTICS= estatísticas empregos


por cargos
ORIGINALIDADE= capacidade de gerar idéias não-usuais ou inteligentes a
respeito de um dado assunto ou situação, ou desenvolver soluções criativas para
resolver problemas.
ORIENTAÇÃO ESPACIAL= capacidade de reconhecer sua localização em
relação ao entorno ou a localização de objetos em relação a si próprio.
OBJETIVIDADE PERCEPTIVA= habilidade para avaliar objetivamente os dados;
PROATIVIDADE= habilidade para se antecipar aos fatos, ver antes que os outros
vejam, agir rápido e decidir corajosamente a fim de solucionar problema, superar
obstáculos, bater recordes e ultrapassar metas definidas.
PACIÊNCIA= capacidade de tratar situações difíceis ou inconvenientes
mantendo o autocontrole.
PERSUASÃO= capacidade de induzir o curso de uma ação através do exercício
de influência.
PRECISÃO= habilidade de executar ajustes rápidos e seguros de forma repetida.
RACIOCÍNIO CRÍTICO= capacidade de avaliar argumentos baseados em
critérios.
RACIOCÍNIO DEDUTIVO= capacidade de aplicar regras gerais a problemas e
específicos para obter respostas lógicas. Envolve decidir se uma determinada
resposta faz sentido.
RACIOCÍNIO INDUTIVO= capacidade de combinar ou separar partes de
informações ou respostas especificas para formar regras gerais ou conclusões.
Envolve gerar explicações lógicas sobre a ocorrência de eventos aparentemente
não relacionados.
SPREAD (bancário)= diferença entre o que é pago pelos bancos na captação de
dinheiro e o que eles cobram nos empréstimos concedidos.
O Prostyle é um programa gráfico que possui não só as funções habituais.

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20. Fontes bibliográficas:


MATOS, Antônio Carlos de. VALLIM, Cláudio Roberto de. MELCHOR, Paulo.
Consultores da U. O. Orientação Empresarial. Indústria da Confecção.
Brasília. SEBRAE, 2004. Publicação com distribuição gratuita. 37p.

CDI - Centro de Documentação e Informação. SRT - Serviço de Resposta


Técnica. Ponto de Partida para início de negócio - Confecção.
Brasília. SEBRAE, 2004. Atualização 31/01/2005.

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Diretor Regional do Senai MG


Alexandre Magno Leão dos Santos

Modatec – Centro de Desenvolvimento Tecnológico para Vestuário


Gerente – Jorge Domingos Peixoto

Endereço :

Rua Santo Agostinho, 1717 – Horto


Belo Horizonte / MG – 31035-490
Tel: (31) 3482-5611 – 3482-5613
Fax: (31) 3482-5612
E-MAIL: modatec@fiemg.com.br
HOME-PAGE: www.fiemg.com.br/modatec

Ficha Catalográfica

SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DE MINAS GERAIS

Todos os direitos reservados ao SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.


Departamento Regional de Minas Gerais. É proibida a reprodução ou duplicação deste volume, ou
parte do mesmo sob quaisquer meios, sem autorização expressa do SENAI.

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O SENAI Modatec, integrado ao Sistema FIEMG, em


parceria com o SEBRAE/MG é um Centro de Referência de
MODA tec Criação e Produção do Vestuário. Visa a capacitação e a
formação profissional de recursos humanos,
desenvolvimento e transferência de tecnologia, além da
prestação de serviços às empresas do setor de confecção e
calçadista, com o apoio do SINDIVEST e SINDICALÇADOS.
Como apoio à indústria do vestuário, atuamos nas áreas:
CONFECÇÃO CALÇADOS E BOLSAS
1- PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS:
Desenvolvimento de Estilo Desenvolvimento de Modelagem de Bolsa
Desenvolvimento de Modelagem via CAD/ CAM Escalação de Calçados via CAD/CAM
Ampliação e Redução e Encaixe via CAD/CAM Corte de bolsas e calçados via CAD/CAM
Elaboração da peça pré-piloto Cálculo de consumo
2 – CURSOS REGULARES
Modelagem Industrial Vestuário Feminino Cronometragem e Cronoanálise
Modelagem Industrial Vestuário Masculino Acabamentos em Alta Costura e Costura
Modelagem Ind. – Interpretação de Modelos Industrial
conforme Tendências Modelagem de Calçados
Modelagem Industrial Moda Praia e Ginástica Pesponto de Calçados e Bolsas
Modelagem Industrial Vestuário Infantil Modelagem de Bolsas
Operador de Modelagem via CAD/CAM da Lectra Mecânica de Máquina de Costura
Systèmes Qualificação em Desenho de Calçados
Operador de Modelagem via CAD/CAM da
Audaces
Planejamento e Desenvolvimento de Coleção
Qualificação em Costura Industrial
Planejamento e Controle de Produção/Formação
de Preço de Venda
Gestão Empresarial para Confecção
Qualificação em Desenho de Moda
Desenho de Moda Via CAD
Qualificação em Encarregado de Produção
Mecânica de Máquina de Costura
3- CONSULTORIA
Organização e Métodos para operadores do CAD Lectra Systèmes Suporte
Suporte técnico para melhoria da qualidade do produto. técnico
Elaboração e Avaliação de Normas Técnicas para confecção de Uniformes para
Elaboração de Ensaios e Laudos Técnicos dentro das normas ABNT melhoria
da
qualidad
e do
produto
Realizamos eventos de tendência de moda duas vezes ao ano.
Trabalhamos com o projeto SEBRAETEC, consultoria para melhoria do processo produtivo, o
qual, proporciona subsídio de até 70% do valor do projeto, para atendimento às indústrias de
confecção e calçados.

Para associados dos sindicatos, o Modatec oferece descontos especiais.

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