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PROFESSOR: LÚCIO VALENTE
Olá amigos
Minha missão durante nosso curso é trabalhar muito para facilitar a sua
aprovação. Vou ser teu companheiro nessa caminhada e quero que confie em
Todas as aulas são preparadas de uma forma em que você tenha a exata
Federal. Por isso quero que você leia a seguinte notícia do Jornal Folha Dirigida
Polícia Federal
vencimentos iniciais do cargo, que tem como requisito o nível superior completo
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seleção e vagas disponíveis para isso. Segundo dados levantados pela CNAPF,
intenção é realizar esse concurso com turma única, para 400 escrivães e 200
(...)
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CURSO O
ON‐LINE – DIREITO PENA
AL – POLÍCIA FEDERAL
PROFESSSOR: LÚCIO V
VALENTE
A p
prova foi elaborada
e pelo CESP
PE e apressentarei se
empre o p
posicionam
mento
divergentes. Só
ó vou ensinar como o CESPE cobra,
c o qu
ue eu costu
umo chama
ar de
“jurissprudência
a do CESPE
E”.
de outras
o banccas se for interessant
i te didaticamente.
As a
aulas vão cobrir tod
do o conte
eúdo, mass quero qu
ue fique cciente que
e não
segu
uirei exata e eu ensine a
amente a sequência do edital. É importante que
maté
éria de aco
ordo com a minha did
dática da matéria,
m de
e modo qu
ue você ten
nha o
exatto conhecim
mento para
a gabaritarr os itens de
d Direito Penal.
P Confie em mim
m!
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c. Não administre dúvidas! Claro que pode existir um ponto ou outro da matéria
que não possa ter ficado claro pra você. Por isso, espero que você me
d. Direito Penal aprende-se pelos exemplos! Preste atenção aos conceitos, mas
guarde os exemplos em seu coração. A alma das minhas aulas está em meus
exemplos!
Lei/Del2848compilado.htm.
estrito;
estudo de Culpabilidade);
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AULA 0
O DIREITO PENAL
deles, com 19 anos de idade portando uma pistola de calibre .40, o outro, com
movimento da data.
Esses fatos ocorrem por volta das 18 horas, e quando chegam ao local, por
fatídica coincidência, ali também chega outro rapaz, a quem vou dar o nome de
JOSÉ.
primo que era borracheiro nesse mesmo posto. José, assim como seu primo,
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automotivos e passou a trabalhar com isso. Como seu trabalho era muito bom e
como José era muito inventivo, começou a prestar serviços para pessoas que
José começou a ganhar algum dinheiro, pelo menos o suficiente para que ele
com isso trazer sua esposa e seu filho pequeno que estavam em seu estado de
origem.
carro tipo PICK UP. Nesse carro, José instalou vários acessórios e um
participasse.
e levar seu carro. É o que os bandidos chamam de “cavalo doido”, quer dizer,
rapazes efetuou vários disparos que acabaram por atingi-la e a levar à morte.
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Esse fato verídico tem se tornado comum no dia-a-dia das grandes cidades
brasileiras.
Isso nem sempre foi assim. Até a primeira teoria jurídica do crime, surgida por
volta de 1900 na Alemanha, não existiam métodos jurídicos para correta análise
de um fato social danoso como esse que relatei acima. Então, o Juiz “A”
O que vamos estudar são justamente as etapas que devem ser analisadas para
que, ao final, possa-se afirmar que fulano cometeu uma infração penal.
Bom, nos propusemos a estudar o DIREITO PENAL. O que seria isso então?
“INFRAÇÕES PENAIS”.
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O qu
ue significa
a o termo INFRAÇÃO
I PENAL?
CON
NCEITO DE
D INFRAÇ
ÇÃO PENA
AL
No B
Brasil, exisstem duas
s maneirass de se infringir uma
a lei penal.. Digo, existem
duas maneira
as de se co
ometer um
ma “infraçã
ão penal”. A primeirra forma de
d se
infra
ação penal é cometen
ndo uma C
CONTRAVENÇÃO PEN
NAL.
Resu
umindo, po
odemos dizzer que Crrime e Con
ntravenção
o são espé
écies do gê
ênero
Infra
ação Penal.
C
Crimes
Infrações
Pen
nais
Con
ntraveçções
Penaiss
DIFERENÇAS
S ENTRE CRIME
C (O
OU DELITO
O) E CON
NTRAVENÇ
ÇÃO PENA
AL
(con
ntravenção penal) sem conhece
er a letra da
d lei. A decisão sob
bre um fato
o ser
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Contravenções Penais.
é considerado crime. Quero dizer com isso que não existe uma diferença
situações muito menos graves do que o Código Penal, por exemplo. É por isso
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CR
RIMES CONTRA
C AVENÇÕ
ÕES
Uma
a segund
da diferen
nça, entã
ão, entre crime e contrave
enção serria o
fato
o de que
e os crimes cos
stumam ser mais
s graves do que
e as
conttravençõe
es e até por
p isso a
as penas dos
d crime
es são, em
m regra, mais
m
grav
ves.
Imag
gine que você este
eja assistindo uma peça de
e teatro, uma peça
a de
desrrespeitoso, em solen
nidade ou ato oficia
al, em asssembléia o
ou espetá
áculo
púb
blico, se o fato não constitui
c inffração pen
nal mais gra
rave;(grifei)
i)
Pena – prisão
p simp
ples, de qui
uinze dias a seis mesees, ou mult
lta, de duzeentos
Outra difere
ença, a terceira, refere-s
se às pe
enas do crime e da
conttravenção
o.
Os ccrimes são
o apenados com recclusão, dettenção e multa.
m As Contraven
nções
Qua
al a difere
ença entre
e eles?
b. D
Detenção: o agente pode
p iniciar o cum
mprimento
o em regim
me semi-ab
berto
ou a
aberto. Casso descum
mpra as reg
gras de taiis regimes,, pode regredir pa
ara o
regiime fecha
ado, mas nunca
n inicia
ar nesse re
egime;
penal (Lei das Contravenções Penais - Decreto Lei nº3.688/1941). Somente são
em caso de regressão.
Eu digo que os crimes podem admitir tentativa porque existem situações que
não se admite tentativa em crime. Vamos ter uma aula específica sobre
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CR
RIMES CONTTRAVENÇÕES
PEG
GANDO O FIO DA MEADA
M
1. N
No Brasil há duas espécies
s de infração pena
al: crime (ou delitto) e
conttravenção
o;
2. O
Os crime
es estão previstos
s no Cód
digo Pena
al e nas
s Leis Pe
enais
Espe
eciais, como na Le
ei de Drog
gas (Lei 11.343/20
006);
3. A
As contrav
venções estão
e prev
vistas na Lei de Co
ontravenções Penais;
5. O crime ad
dmite recllusão, dettenção e multa;
6. A contrave
enção só admite
a prrisão simp
ples e mu
ulta;
7. N
Não existe
e possibiliidade de ttentativa em contrravenção penal.
O CRIME
FATO TÍPICO I
etc) se depara com um fato, quais são as etapas que ele deve seguir para
Essa resposta nos é dada pela Teoria Geral do Crime, que se ocupa,
Tenha calma!Vou tentar ser mais claro sobre o que falei acima! Respire fundo,
etapas forem preenchidas. E quais seriam essas etapas (ou requisitos)? É isso
culpável.
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CESPE)
Será que podemos dividir o corpo humano de fato? Claro que não! O corpo
Existe corpo humano perfeito sem cabeça, tronco ou membros? Claro que não!
O que a professora Mariquinha fez foi dividir o nosso estudo em partes. E para
Assim como o corpo humano deve ser dividido pelo anatomista para seu
seguir:
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VALENTE
O qu
ue vou te apresentarr agora é a estrutura
a de toda a teoria do
o crime. Quero
Q
Esqu
ueleto do crime:
c [M2] Comen ntário:
(CESPE/ESC CRIVÃO E AGE ENTE DPF
2009) São e elementos do fatto típico:
conduta, resuultado, nexo de
causalidade, tipicidade e culp
pabilidade,
fato
co
típic
ilicitu
ude culpa
abilidad
de de forma que e, ausente qualq
quer dos
elementos, a conduta será atípica
a para
o direito pena
al, mas poderá ser
valorada peloos outros ramoss do direito,
podendo conffigurar, por exeemplo, ilícito
es
stado de administrativoo.
cond
duta imputabilidad
de GABARITO: VEER QUESTÃO 01.
nec
cessidade
[M3] Comen ntário: ( CESSPE -
2010 - TRE E-BA - Analissta
Judiciário - Área
legíttima po
otencial con nsciência Administra ativa) A
resu
ultado imputabilidaade penal é um dos
deffesa da ilicitu
ude
elementos q que constituemma
culpabilidadde e não integ
gra a
tipicidade.
GABARITO: VER QUESTÃ ÃO 14.
es
stado de ex
xigibilidade de
nexo causal
c
nec
cessidade conduta diverrsa
e
estrito
tipiciidade cump
primento doo
dev
ver legal
Os m
mnemônico
os para lem
mbrar o esq
queleto do crime são
o:
Fato
o típico: CO.RE.NE.
C .TI – CONDUTA, RESULTA
ADO, NEX
XO CAUSA
AL E
TIPIICIDADE
Ilicitude: Calça
a L.E.E.E - LEGÍTIMA DEFESA, ESTA
ADO DE NE
ECESSIDA
ADE,
ESTRITO CUM
MPRIMEN
NTO DE UM DEVER
R LEGAL E EXERCÍC
CIO REGU
ULAR
DO DIREITO
O, (além do
d Conse
entimento
o do ofen
ndido: o “C” da calça
c
LEEE.);
Atenção! Quero que você memorize o esquema acima, pois ele vai ser nosso
guia para o estudo da teoria do crime. Você vai perceber que a abordagem que
prova. Para isso primo pelo didatismo. Contudo, preciso muito que você faça
sua parte. Passar em concurso é uma maratona, mas as pernas são tuas e não
minhas.
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fato
o iliciitude culpab
bilidade
e
típico
o
condutta
Lembre-se que
e o Direito
o Penal é uma ciênccia e, por isso, tem
m seus pró
óprios
conccepções co
orretas para
a os termo
os que utilizzaremos.
Com
mo o Direito ncebe o termo “conduta”?
o Penal con
volu
untária vo
oltada parra uma fin
inalidade.
Tem
mos, então, os seguintes elemen
ntos dentro
o desse conceito apre
esentado:
AÇÃO OU
U
OMISSÃO
O
HUMANAA
VONT
TADE CONDUTA
A CON
NSCIENTE
FINALIDAD
DE
a. aç
ção ou om
missão de
eve ser humana (p
praticada por ser h
humano)
Som
mente o se
er human a conduta.
no pratica
ser u
utilizados como
c verda
adeiras arm
mas por se
eus donos. A “condutta” do cach
horro
de m
morder alg
guém só te
erá relevância para o Direito Penal se por trás desse
d
ataq
que houverr um ser humano
h qu
ue, por exxemplo, o provocou ou o esqu
ueceu
solto
o. A condutta foi do homem e não do anim
mal.
pesssoa jurídica
a (criada pelo
p direito
o, como um
ma empressa, por exe
emplo) com
meter
crimes?
É verdade sim que a pessoa jurídica não pode praticar condutas, mas pode
Como isso é possível? Calma, eu explico. Mas para isso vamos nos lembrar das
Como vimos, somente o ser humano pode praticar condutas com relevância
para o Direito Penal. Pessoa Jurídica não é ser humano (óbvio), mas responde
promulgou a nossa Constituição de 1988, achou por bem colocar ali duas
determinado fato.
Poderia sim, uma vez que uma das características do poder que elabora uma
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de 1988, sim.
Ora, o que está na Constituição Federal, pois é assim que o CESPE, por
Como vimos, então, pessoa jurídica pratica crime, uma vez que a Constituição
definidos em lei.”
(...)
economia popular.”
Essa situação ainda não pode ser aplicada porque, apesar de estar previsto na
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uma lei que tenha complementado essa possibilidade na prática. Quero dizer
que tem que existir uma lei infraconstitucional (inferior à Constituição) que
“
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
(...)
sua entidade.”
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“Pará
rágrafo úniico. A resp
sponsabilid
idade dass pessoass jurídicass não exc
clui a
sobrre a impo
ossibilidade
e da pesso
oa jurídica
a praticar conduta foi que a Lei
Amb
biental detterminou que as p
pessoas fíísicas resp
ponsáveis pela pes
ssoa
juríd
dica em questão responde
erão em coautoria
c a ou participação pelo
crim
me desta última.
ú
A Le
ei sabe qu
ue quem praticou,
p e fato, a conduta criminosa ffoi uma pe
de essoa
física
a ou um
m grupo de
d pessoa
as físicas em nom
me da pe
essoa juríídica,
simp
plesmente porque pessoas
p jurídicas não
n praticam condu
utas, com
mo já
jogados resídu
uos em um rio, agindo
o em nome
e da empresa e em sseu benefíccio.
Quem
m praticou
u o crime ambiental?? O Funcio
onário em coautoria com a pe
essoa
juríd
dica. É o qu
ue a doutriina denomina de TEO
ORIA DA DUPLA IM
MPUTAÇÃ
ÃO.
amb
biental, com
m ela respo
onderá um
ma pessoa física.
f [M4] Comen ntário: (CESPE E/ESCRIV
ÃO E AGENT TE DPF 2009) Com
relação à resp ponsabilidade penal
p da
pessoa jurídicca, tem-se adottado a
teoria da duppla imputação, segundo
s a
Essa
a teoria se
e justifica porque, muitas ve
ezes, as decisões
d de
e uma pe
essoa qual se respoonsabiliza não soomente a
pessoa jurídicca, mas também m a pessoa
física que ag u em nome do ente
juríd
dica são im
mpessoais,, depende
endo do ta
amanho da
d empressa. É por esse coletivo, ou sseja, há a possib
bilidade de
se responsab bilizar simultaneaamente a
pessoa física e a jurídica.
motiivo que a lei diz qu
ue a resp
ponsabilidade da pesssoa jurídiica vai occorrer GABARITO: Q QUESTÃO 03
[M5] Comen ntário: (CESPE E_Procura
etida por decisão de
sempre que a infração for come d seu representa
r tante dor do MP_T TC_GO_2007)) A pessoa
jurídica pode ser sujeito ativvo de crime,
dependendo da sua responsabilização
lega
al ou con
ontratual, ou de sseu órgã
ão colegia
iado, no interesse
e ou penal, consoaante entendime ento do STJ,
da existência da intervenção o de uma
pessoa física que atue em no ome e em
ben
nefício da sua entid
dade. benefício do e
ente moral.
GABARITO: QU UESTÃO 06
b. co
onsciente
e;
Por e
exemplo, em
e estado de sonambulismo, hipnose,
h co
oma, sono profundo.
funccionária de um superrmercado p
para fazer com que ela
e lhe enttregasse to
odo o
duta algum
cond ma, mas é um merro instrum
mento nas mãos do ladrão. Quem
Q
pratiica a condu
uta é ele ( o ladrão) e não a ca
aixa.
Cuid
dado só co
om uma co
oisa! Caso
o a pessoa
a se colo
oque em u
uma situa
ação
de iinconsciê
ência sabe
endo que
e pode ca
ausar um
m resultad
do crimin
noso,
pode respond
der por es
sse resulttado a títu
ulo de Do
olo ou Culpa.
É o exemplo do
d caminh
honeiro que em dormirr faz 18 horas.
e está na estrada se
Mesm
mo sabend
do que pode causar um acide
ente, contin
nua a viag
gem. Se do
ormir
sentido contrá
ário em outro
o carrro, vai ressponder criminalme
c nte por essas
e
morttes. É o qu
ue a doutrin O LIBERA IN CAUSA
na chama de ACTIO A.
A teoria da actio libera in causa ( a ação é livre na causa) ensina que a conduta
por ter dormido ao volante? A resposta é sim. Então ele é culpado pelo acidente
que decorreu de seu sono. Ele era livre para continuar a viagem ou não,
É muito parecido com o que ocorre com aquele sujeito que vai ao bar com os
dirigindo para casa. Se ele dormir ao volante, deve responder por um eventual
acidente uma vez que a AÇÃO ERA LIVRE NA CAUSA, quer dizer, ele era livre
inesperado desmaio. Caso atropele uma pessoa, deverá responder por esse
resultado? Agora não, porque em estado de inconsciência não há crime por não
haver conduta.
c. voluntária;
Conduta requer vontade. O que significa “vontade”? Significa que o ânimo que
corpo.
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Imagine que você deseje beber água para matar a sede. Para tanto, você pega
um copo com água e passa a bebê-la. Veja que sua VONTADE foi a de beber
água, mas a sua FINALIDADE foi de matar a sede. São duas coisas
Importante que eu fale agora de uma situação que se pode afastar a vontade
Como eu afasto a vontade livre de alguém praticar uma conduta? Posso fazer
IRRESISTÍVEL.
A coação física irresistível ( vis corporalis ou vis absoluta) [M6] Comentário: ( CESPE - 2010
- TRE-BA - Analista Judiciário -
Área Administrativa / Direito
Penal / Crime; )A coação física
A coação física ocorre quando a força física de alguém se sobrepõe à força irresistível afasta a tipicidade,
excluindo o crime.
GABARITO: VER QUESTÃO 15
física de outra pessoa. Veja o exemplo: [M7] Comentário: (CESPE – Agente
de Polícia Federal 2004) A coação
física e a coação moral irresistíveis
afastam a própria ação, não
Dagmar diz para seu esposo Alceu que vai para a casa de uma amiga estudar. respondendo o agente pelo crime. Em
tais casos, responderá pelo crime o
coator.
Por volta das 23 horas, Alceu recebe uma ligação de um conhecido: GABARITO: QUESTÃO 12
com um sujeito!
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Alceu inconformado com a possível traição de Dagmar vai até o forró dirigindo
prevendo uma confusão no recinto. Então, Alceu invade o bar utilizando sua
caminhonete.
Um sujeito que não tinha nada a ver com a estória, é atingido pelo impacto do
veículo e acaba por acertar um golpe no rosto de uma moça, uma vez que ele
Claro que do Alceu. O rapaz estava sob coação física irresistível. Sobre ele foi
Quem deve responder pela lesão corporal causada? O Alceu, por ter praticado a
conduta criminosa e não o rapaz que estava sob coação física irresistível.
Por fim, deve esclarecer que existe outro tipo de coação, a “coação moral”, que
agora.
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d. co
om finalid
dade.
Cond
duta requ
uer vonta
ade, cons
sciência e finalid
dade. Ato
os sem estes
e
elem
mentos não
o podem se
er considerados cond
dutas pena
almente re
elevantes. Toda
T
a açção human
na é eivada
a da capa
acidade de
d ação final,
f ou sseja, toda ação
Lembre-se que
e quando você
v bebe água, você
ê tem a fin
nalidade de
e matar a sede.
s
uma forma de
e o corpo te avisar que você precisa de ão. Como você
e hidrataçã
e que o melhor
sabe m líquido para e
esse fim é a água, a ingere em
e quantidade
suficciente para
a matá-la.
finalidade, a sua
s vontade final. Então, um
m dado muito imporrtante sob
bre a
finalidade hum
mana é qu
ue a possibilidade de
d realizar uma ação determinada
Ocorre que, caso a mãe da vítima venha a morrer ao ter notícia da trágica
morte de seu filho, não podemos atribuir essa morte ao agente, uma vez que
consequências).
Vamos supor que Dicró queira matar Bezerra. Dicró, sabe que as pessoas
respiram para viver, e que se houver impedimento das vias áreas de uma
pessoa isso levará à morte. Então, Dicró aperta o pescoço da vítima até que
Pois bem, a finalidade de Dicró por ser a de matar, dirige a sua vontade livre
(esganar e matar).
É por isso que a teoria adotada pelo código pena é a TEORIA FINALISTA DA
AÇÃO, pois se entende que toda a conduta tem vontade livre e dirigida a uma
finalidade.
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Com
mo último exemplo, podemos citar a sittuação do sujeito q
que sai de
e seu
traba
alho apresssado para
a assistir a
ao jogo de
e futebol. Para tanto
o, dirige a sua
e: chegar a casa ma
vonttade livre para essa finalidade ais cedo p
para assisttir ao
jogo
o. Ocorre que
q nesse
e processo ele acaba
a aceleran
ndo o carrro muito acima
a
daqu
uela de segurança
s da via e acaba por atro
opelar e matar alg
guém
finalidade.
seja
a ela dolo
osa ou culposa,
c p
por ação ou omis
ssão, pos
ssui todos os
elem
mentos ac
cima estu
udados:
AÇÃO OU
OMISSÃO
HUMANA
VONT
TADE CONDUTA
A CONS
SCIENTE
F
FINALIDAD
DE
Form
mas de co
onduta – ação
a e om
missão.
Conduta Com
missiva (p
por ação).
A conduta pode ser exteriorizada por um ato positivo (um fazer). Por
subtrair um objeto.
comissivas. É, inclusive, a forma com que a grande maioria dos crimes são
praticados. A lei, em geral, descreve condutas que nos levam à ideia de ação,
Penal? Ao ler essa frase você pensa em uma conduta por ação ou por omissão
(não fazer)? Claro que por fazer, por comissão. Então, em regra, mata-se
As infrações penais também podem ser praticadas por um “não fazer”. Nesse
próprios”;
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já de
escreve um
m não fazer (uma om
missão).
Com
mo eu disse
e antes, a maioria do
os tipos pe
enais descrreve uma cconduta qu
ue dá
a ide
eia de açã
ão (homicíd
dio, furto, falsificação
o). Ocorre
e que algun
ns tipos pe
enais
“De
eixar de prestar
p ass
ssistência, q
quando po
ossível fazê
zê-lo sem rrisco pesso
oal, à
crian
nça aband
donada ou
u extraviaada, ou à pessoa inválida ou ferida
a, ao
desaamparo ou
u em gravve e imineente perigo
go; ou não
o pedir, ne
nesses caso
os, o
soco
orro da auttoridade pú
ública.” (Ar
Art. 135 do CPB,
C Omisssão de Soc
ocorro).
A exxpressão “d
deixar de” do crime de omissão de socorrro no trazz ideia de fazer
ou n
não fazer?
Não fazer.
UMA OMISSÃO.
Observe, por fim, que nos tipos omissivos próprios, como a omissão de socorro,
a lei não proíbe uma determinada conduta. Na verdade, ela exige que o sujeito
pratique aquela conduta. Explico: o art. 121 (homicídio) descreve uma conduta
ao contrário, exige que o agente preste socorro. A lei não proíbe, ela manda.
mandamental, o sujeito não faz o que ela manda que ele faça.
244 do CPB.
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lei descreve um fazer, mas o sujeito atinge o resultado por um não fazer.
Exemplo: mãe, com vontade de dar fim ao seu filho neonato, deixa de
Pensamos no verbo “matar” como algo que se faz por ação (desferir tiros,
facadas, pauladas, etc.). Ocorre que a lei admite que o verbo “matar” seja
atingido por um “não fazer”, como no exemplo dado. [M9] Comentário: (CESPE/ESCRIV
ÃO E AGENTE DPF 2009) Os crimes
comissivos por omissão — também
chamados de crimes omissivos
Pense na seguinte proposição: É possível o sujeito responder pelo crime de impróprios — são aqueles para os quais
o tipo penal descreve uma ação, mas o
resultado é obtido por inação.
estupro por um “não fazer”, aplicando-se o mesmo raciocínio utilizado no GABARITO: VER QUESTÃO 02
exemplo anterior?
Uma professora de educação primária percebe que sua aluna Ana, com doze
anos de idade, está triste e cabisbaixa, atitude incomum para ela. A professora
passa a conversar com a criança, quando ouve desta uma revelação terrível.
Seu padrasto, Jorge, de 35 anos de idade, pediu que Ana praticasse sexo oral
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vezes com Ana, sendo que Socorro, mesmo consciente do que ocorria, nada
fazia para evitar a violência sexual. Também se verificou que Jorge contava
tudo a um amigo e vizinho seu de nome Carlos. Este, da mesma forma, nada
Jorge, sem dúvida, responderá pelo tipo hoje descrito como “estupro de
Como eu expliquei, Socorro, mesmo sabendo dos atos praticados por seu
companheiro, nada fez para evitar o resultado. Então, deverá ela responder
Porque Socorro tinha em relação à Ana, por ser sua mãe, um dever especial
tinha o dever de evitar que sua filha sofresse tal violência. Tem ela, portanto, o
Perceba que o tipo de estupro nos traz a ideia de “fazer” (comissivo), mas
Socorro responde não por ter praticado a violência, mas por não tê-la evitado
quando devia e poderia fazê-lo (omissão imprópria). Por isso que a doutrina
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CPB).
Por fim, Carlos, apesar de tomar consciência da violência, não tinha nenhuma
deverá responder pela mera omissão (omissão de socorro, art. 135 do CPB).
ex.: pais, médico, policiais, filhos em relação aos pais idosos, tutor, etc.
um preso recolhido na delegacia está para ser estuprado por outros internos,
nada faz para evitar essa conduta. Como o delegado é garante ( ou seja, tem
por lei o dever de cuidado proteção e vigilância ) do preso, caso não haja
esse motivo, caso não haja em condição de fazê-lo, deverá responder pelo
resultado.
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sabia nadar muito bem, tendo comentado tal fato ao chefe deles.
O tal chefe determinou que ele pulasse no lago mesmo assim, pois era a forma
que aprenderia a nadar. O garoto acabou se afogando, sem ser salvo pelo
Imagine que você seja aprovado no concurso dos seus sonhos. Já no primeiro
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Quem é esse moleque? Ele mesmo. O Alceu Júnior, filho da Dagmar com o
Alceu (supostamente).
Alceu tinha saído para jogar bola com os amigos e Dagmar foi ao clube com o
Alceuzinho. Mas como Dagmar, você sabe, era muito danadinha, começou a
Dagmar pede, então, que você fique de olho no moleque por dez minutinhos
para que ela vá comprar um refrigerante pra ele (Goianinho Cola, hehe). Na
Você aceitou?
Se ele cair na piscina, meu amigo, minha amiga, trate de pular para salvá-lo.
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1. Dividimos
s o Crim
me em três parrtes: fatto típico,, ilicitud
de e
culp
pabilidade
e;
1. Estamos estudando
o o FATO T
TÍPICO;
2. D
Dentro do Fato Típico
T estudamos a COND
DUTA e d
dois de seus
s
elem
mentos (a
ação e om
missão);
3. A omissão
o pode ser
s própria (crime
e omissiv
vo próprio
o), quand
do a
próp
pria lei de
escreve um não faz
zer;
4. A omissã
ão pode ser imprrópria (crrime com
missivo p
por omiss
são),
uma
a “não - fa
azer”;
Para terminar a primeira aula, me deixa falar só de mais uma coisa que é
muito importante, até porque consta do edital. Tratam-se dos sujeitos do crime.
Sujeitos do Crime
1. Sujeito Ativo
O sujeito ativo do crime é tanto aquele que pratica a conduta descrita no verbo
do tipo penal (matar, subtrair, falsificar), como aquele que, mesmo não
O sujeito passivo pode ser o homem, como no Homicídio, art. 121; a pessoa
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cadáver, art. 212, estes últimos são chamados crimes vagos. “Entidade sem
etc.
amigo, o qual é vítima de furto, continuo sendo o sujeito passivo. Isso porque
foi meu bem jurídico (patrimônio) que foi atacado. Bem jurídico é tudo que tem
Sempre que alguém comete um crime, acaba por desrespeitar uma lei criada
pelo Estado. Por esse motivo, diz-se que o Estado sempre é vítima
indiretamente.
Pode ocorrer de o Estado ser sujeito passivo direito. Lembra-se do furto que
(pessoa jurídica).
5. Observações:
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b. Re
ecém-Nasccido - pode
e ser sujeitto passivo de crime (art.
( 123, in
nfanticídio);
c. A
Animais- não
n podem eitos passivvos de criime. Os crimes conttra a
m ser suje
faun
na (Lei 9.60
05.98) são crime con
ntra a humanidade.
PER
RGUNTA IMPORTA
I NTE: Pode
e uma pesssoa ser, ao
a mesmo tempo, su
ujeito
ativo
o e passivo
o de crime?? [M13] Come entário: ( MPE
E-MG -
2010 - MPE-MG – PROMO OTOR DE
JUSTIÇA ) A pessoa pode e ser, ao
mesmo tem mpo, sujeito attivo e
R. R
Regra gerall, não. Excceção é o ccrime de Rixa
R (art. 137
1 CP). N
Nesse crim
me há passivo de um delito em face de
sua própria conduta.
GABARITO: VER QUESTÃ ÃO 13
uma briga generalizada onde
o todo mundo bate em todo
o mundo.
Suje
eito Passsivo
QUE
ESTÕES
1. (C
CESPE/ES
SCRIVÃO E AGENT
TE DPF 20
009) São elementos
e s do fato tíípico:
cond
duta, resultado, nexo
o de causa
alidade, tipicidade e culpabilid
dade, de fo
orma
que, ausente qualquer dos elementos, a conduta será atípica para o direito
penal, mas poderá ser valorada pelos outros ramos do direito, podendo
para os quais o tipo penal descreve uma ação, mas o resultado é obtido por
inação.
subseqüentes.
julgue os itens:
De acordo com o ordenamento penal vigente, o homem morto pode ser sujeito
passivo de crime.
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causalidade e tipicidade.
de pena;
denúncia ou da queixa;
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superior hierárquico.
COMENTÁRIOS
que, ausente qualquer dos elementos, a conduta será atípica para o direito
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penal, mas poderá ser valorada pelos outros ramos do direito, podendo
GABARITO: ERRADO.
para os quais o tipo penal descreve uma ação, mas o resultado é obtido por
inação.
filho recém nascido por negar-lhe o peito. Lembre-se que só responde por esse
GABARITO: CORRETO
mas também a pessoa física que agiu em nome do ente coletivo, ou seja, há a
Comentário: Para essa teoria, sempre que uma pessoa jurídica responder por
GABARITO: CORRETO
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subseqüentes.
GABARITO: ERRADO
julgue os itens:
De acordo com o ordenamento penal vigente, o homem morto pode ser sujeito
passivo de crime.
feto vivo. No delito de vilipêndio à cadáver, por exemplo, art. 212 CP, o sujeito
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GABARITO: ERRADO
Comentário: Para essa teoria, sempre que uma pessoa jurídica responder por
GABARITO: CERTO
ou não.
GABARITO: ERRADO
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causalidade e tipicidade.
de pena;
denúncia ou da queixa;
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superior hierárquico.
por uma inação, por exemplo, a mãe que mata o filho neonato por não
fornecer-lhe o peito.
Para ser responsabilizado pelo resultado, o agente deve estar em uma das
GABARITO: A
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GABARITO: ERRADO
GABARITO: ERRADO
pode ser, ao mesmo tempo, sujeito ativo e passivo de um delito em face de sua
própria conduta.
crime, como ocorre no crime de Rixa (Participar de rixa, salvo para separar os
GABARITO: CERTO
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GABARITO: CERTO
crime.
típico (tipicidade em sentido amplo), está ficará afastada sem esse elemento.
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