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Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL

Índice 
 

1.  OBJECTIVO ........................................................................................................................ 3 

2.  INTRODUÇÃO DO TRABALHO ...................................................................................... 4 

3. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ...................................................................................... 4 

3.1. Descrição e Apresentação da empresa ...................................................................... 5 

3.2. Recursos Humanos ........................................................................................................ 7 

4.  DESCRIÇÃO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS E


LIXIVIANTES ............................................................................................................................. 11 

4.1.  Descrição das Instalações ...................................................................................... 11 

4.2.  Descrição dos Tratamentos .................................................................................... 12 

4.2.1. Tratamento Biológico ............................................................................................ 13 

4.2.2. Tratamento Físico-Químico ................................................................................. 15 

4.2.3. Tratamento na Instalação de Osmose Inversa ................................................. 17 

5. TEORIA DA AVALIAÇÃO DE RISCOS ............................................................................ 20 

5.1. Descrição geral ............................................................................................................ 20 

5.2. Descrição dos métodos usados ................................................................................. 21 

5.3. Descrição do tipo de riscos ........................................................................................ 24 

5.3.1. Risco químico ......................................................................................................... 24 

5.3.2. Risco Biológico ...................................................................................................... 26 

5.3.3. Risco Físico ............................................................................................................ 27 

5.3.4. Risco ergonómico .................................................................................................. 32 

5.3.5. Riscos eléctricos .................................................................................................... 33 

6. TABELA DE AVALIAÇÃO DE RISCOS ............................................................................ 34 

6.1. Tabelas com a primeira Avaliação de Riscos ......................................................... 34 

6.1.1. Tratamento Biológico ............................................................................................ 34 

6.1.2. Tratamento Físico-Químico ................................................................................. 39 

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6.1.3. Tratamento da Instalação de Osmose Inversa ................................................. 49 

6.1.4. Condições sociais e outras .................................................................................. 60 

6.2. Tabelas com a segunda Avaliação de Riscos ......................................................... 61 

7. MEDIDAS PREVENTIVAS ................................................................................................. 66 

8. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 69 

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 71 

10. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL .............................................................................................. 73 

ANEXOS I ‐ Tabelas de medições efectuadas 

ANEXO II – Tabela de comparação de valores limite dos químicos usados 

ANEXO III – Fichas de Segurança dos químicos usados  

ANEXO IV – PID da Estação de Tratamento de Águas Residuais e Lixiviantes 

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1. OBJECTIVO

É objectivo deste trabalho a identificação dos perigos e valoração dos


diferentes riscos a que os trabalhadores estão expostos na Estação de Tratamento de
águas Residuais e Lixiviantes (ETAR/ETAL) da Estação de tratamento de resíduos
sólidos (ETRS) da Região autónoma da Madeira. A avaliação destes riscos é realizada
através de dois métodos, são ainda indicadas medidas preventivas a fim de controlar
ou eliminar os riscos para as actividades desenvolvidas nesta Estação.

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2. INTRODUÇÃO DO TRABALHO

A Higiene e Segurança dos locais de trabalho é parte integrante e fundamental


do desenvolvimento da empresa, constitui um legítimo anseio dos trabalhadores e
seus patrões e é, cada vez mais, objecto de legislação mais adequada.

A Avaliação de riscos é então uma ferramenta de importância fundamental para


que seja possível fazer uma prevenção conveniente a fim de eliminar e na
impossibilidade desta, devem ser propostas medidas para reduzir os riscos a que
estão expostos os trabalhadores.

O presente trabalho tem como objectivo principal a Avaliação de Riscos de


uma das Instalações integrantes da ETRS - Meia Serra. No âmbito deste trabalho será
explorado o funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais e
Lixiviantes.

Esta avaliação contempla todos os colaboradores da OTRS que intervêm


diariamente e também ocasionalmente nesta Estação. Não são consideradas as
pessoas que realizam visitas à ETRS - Meia Serra porque esta Estação não faz parte
do trajecto de visitas.

O trabalho pretende apresentar um todo coerente, pelo que se inicia por uma
descrição sumária da empresa, localização, actividades e recursos humanos. Segue-
se uma descrição pormenorizada dos três tratamentos que integram a Estação de
Tratamento de Águas Residuais e Lixiviantes. Posteriormente é feita uma breve
referência à teoria da avaliação de riscos e uma descrição dos dois métodos usados –
“William Fine Simplificado” e Matriz de falhas. De seguida é realizada uma descrição
dos tipos de risco considerados como mais significativos tendo em conta a realidade
desta Estação. Por fim, surgem as tabelas com a análise dos riscos das actividades
desenvolvidas, incluindo a respectiva valoração do risco e no final sugerem-se as
medidas preventivas mais adequadas e recomendações a todos os factores de risco
identificados.

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3. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

3.1. Descrição e Apresentação da empresa


 

A Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos (ETRS) da Meia Serra está


localizada na freguesia da Camacha, na cidade de Santa Cruz na Ilha da Madeira, a
uma altitude de 1140 m. O início da ETRS da Meia Serra remonta ao final da década
de oitenta. Posteriormente foi alvo de uma ampliação e remodelação entrou em
Operação comercial no final de 2003.

Esta Estação faz parte de um sistema integrado de tratamento de resíduos da


Ilha da Madeira e Porto Santo e é gerida pela Valor Ambiente S. A. (V.A.). O principal
objectivo desta Sociedade é a exploração e gestão do sistema de transferência,
triagem, valorização e tratamento dos resíduos sólidos da Região Autónoma da
Madeira.

A OTRS – Operação da ETRS da Meia Serra, ACE, é a empresa que presta


serviços de manutenção e Operação na ETRS, e tem contrato com a Valor Ambiente
S.A. até ao final de Novembro de 2008. A OTRS - Operação da ETRS da Meia Serra,
ACE, é constituída pelas seguintes empresas:

• GSA (65%) – empresa local formada pela PRIMA (50%) e pela HIDURBE
(50%) (grupo Somague);
• SALUBRIMAD (20%) – empresa local;
• SOTECTRAT (15%) – empresa alemã (100% SOTEC Gmbh).

Figura 1‐ Vista geral da ETRS – Meia Serra. 

A ETRS da Meia Serra é composta pelas instalações de tratamento de resíduos


sólidos e por edifícios e instalações de apoio, destacando-se pela sua importância:
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ƒ Instalação de Incineração de Resíduos Sólidos Urbanos – IIRSU;


ƒ Instalação de Compostagem de Resíduos Sólidos Urbanos – ICRSU;
ƒ Instalação de Incineração de Resíduos Hospitalares e de Matadouros – IIRHM;
• Aterros de RSU, escórias e de cinzas inertizadas - Aterros encerrados e em
exploração;
• Estação de Tratamento de Águas Residuais e Lixiviantes – ETAR/ETAL
• Instalação de Compactação de Ferrosos;
• Estações elevatórias do Ribeiro Serrão e Ribeira da Boa Ventura;
• Plataforma de armazenagem, trituração e acondicionamento de pneus usados;
• Plataforma de armazenagem, trituração e acondicionamento de madeiras de
embalagem.
• Os edifícios e instalações de apoio são constituídos por: báscula/portaria,
oficinas e armazéns, um edifício administrativo, um edifício social e de apoio
que contém, entre outros, a cantina.

A ETRS é operada 24 horas por dia, durante todos os dias do ano através de
regime de trabalho por turnos, nas instalações vitais.

Instalação de Incineração de Resíduos Sólidos


Urbanos- IIRSU
Instalação de Incineração de Resíduos
- -IRHM 
Hospitalares e de Matadouros
 
Instalação de Compostagem de Resíduos Sólidos
Urbanos- ICRSU

Estação de Tratamento de Águas Residuais e


Lixiviantes- ETAR

Plataforma de Armazenamento, Trituração e


Acondicionamento de Madeiras de embalagens 
 
Plataforma deArmazenamento, Trituração e
Acondicionamento de Pneus Usados
 
Edifício deCompactação de Sucata Ferrosa

– Em Exploração 
Aterro Cinzas Inertizadas
 
Aterro Sanitário- Em Exploração

Aterros Selados- Fechados

 
 
  

Figura 2 ‐ Disposição das instalações da ETRS ‐ Meia Serra

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3.2. Recursos Humanos

A empresa tem actualmente 99 trabalhadores a contrato com termo incerto no


entanto, quando o volume ou especificidade do trabalho assim o exige, recorre a
empresas prestadoras de serviços.
A média de idades dos colaboradores da OTRS é de 39 anos variando entre 21 a
59 anos. Destes trabalhadores apenas 21% são do sexo feminino. A distribuição dos
escalões etários pelo número de funcionários de empresa encontra-se descrita na
seguinte tabela:

Tabela 1- Tabela com a distribuição de funcionários por escalões etários e sexo.

Escalões Etários OTRS Nº de trabalhadores Nº de trabalhadores Nº de trabalhadores


Masculinos Femininos

21 a 29 14 11 3

30 a 39 40 33 7

40 a 49 32 24 8

50 a 54 6 4 2

55 a 59 7 6 1

Total 99 78 21

A distribuição dos funcionários por escalões e sexo poderá ser observada no


seguinte gráfico.

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Gráfico 1- Gráfico com a distribuição dos funcionários da OTRS pela faixa etária e sexo.

As habilitações literárias dos colaboradores da OTRS é muito diversa sendo que


mais de 20% dos funcionários possuem formação académica superior, como está
indicado no seguinte gráfico.

1º Ciclo Ensino
Básico 
2º Ciclo Ensino
23% 18%   Básico 
 

.  Ciclo Ensino
  25%
Básico. 
 
20%
12º ano
  14%

Licenciatura 

Gráfico 2‐ Gráfico com as habilitações dos colaboradores da OTRS.

Relativamente à ETAR/ETAL, esta é operada por 6 trabalhadores em regime de


turnos, todos do sexo masculino e a média de idades situa-se nos 40 anos. Quatro
destes trabalhadores transitaram da antiga empresa que operava com a estação de

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tratamento de resíduos sólidos, ou seja, operam na ETAR/ETAL desde Dezembro de


2003, sendo que o trabalhador mais recente iniciou a prestação em Janeiro de 2005.
Intervêm na ETAR para trabalhos de manutenção preventiva e curativa os técnicos
de manutenção e Técnicos de ACI (Automação, Controle e Instrumentação). As
manutenções curativas e preventivas são realizadas pelos técnicos de manutenção
curativa que são todos do sexo masculino e com idades médias de 40 anos, e pelos
técnicos de ACI que também são todos do sexo masculino e têm cerca de 30 anos. Os
técnicos de manutenção curativa são 9, sendo que 5 deles praticam regime de turnos,
enquanto os 3 elementos de ACI praticam regime de prevenção permanente.
Os técnicos de manutenção preventiva, 3 elementos sendo que 1 é do sexo
feminino, são responsáveis por planear as intervenções preventivas dos equipamentos
e também supervisionar as manutenções preventivas anuais que ocorrem na
ETAR/ETAL. Estas intervenções são realizadas durante uma semana com a
Instalação parada, e nesta são também intervenientes empresas prestadoras de
serviço.
Uma pessoa dos serviços gerais, geralmente do sexo feminino é responsável pela
limpeza no interior das instalações pelo que se desloca à ETAR/ETAL uma vez por
semana. Há intervenção também de um condutor que se desloca em média 2 vezes à
ETAR/ETAL apenas durante no turno da manhã, ou seja entre as 8h e as 16h, para
levar o contentor com as lamas para as depositar em Aterro.
Existem ainda dois técnicos de Laboratório em que uma é do sexo feminino. Estes
técnicos deslocam-se pelo menos uma vez por mês à ETAR/ETAL com a finalidade de
efectuar amostragens, com a ajuda dos operadores, de água nos diversos pontos de
tratamento e também de Lamas. É feito ainda o acondicionamento das amostras para
envio para um Laboratório externo e algumas das análises químicas são realizadas no
Laboratório da ETRS.
Dos trabalhadores anteriormente referidos com intervenção na ETAR/ETAL,
apenas os operadores cumprem serviço exclusivamente nesta instalação, sendo que
os outros intervêm de acordo com as necessidades nas restantes.
A ETAR/ETAL é dirigida pelo Director de Serviços Gerais e é chefiada pelo
supervisor que trabalha com exclusividade na nesta Instalação e que colabora
activamente nas tarefas pelo que foi contabilizado anteriormente como Operador.
A manutenção curativa é chefiada por um Supervisor, e por um director de
manutenção que por vezes se deslocam juntamente com os técnicos para realizar
manutenções menos usuais.

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Na tabela de avaliação de Riscos assumiu-se que o Director dos Serviços Gerais,


o Director de Manutenção, assim com o Supervisor de Manutenção Curativa são
considerados respectivamente como Operadores e como Técnicos de Manutenção
porque podem ajudar em alguma das intervenções, assumiu-se portanto o maior risco.
Todos os funcionários executam turnos de 8 horas com paragem de 30 minutos a
meio do turno para alimentação e outra de 15 minutos na primeira parte do turno.
Apenas em situações excepcionais é que os colaboradores têm de realizar horas
extraordinárias.

A OTRS possui serviços internos de Segurança e Higiene no Trabalho, e serviços


externos de saúde com a realização regular, de acordo com a legislação de consultas
de Medicina no trabalho e cumpre os procedimentos legais de vigilância médica
periódica.

Como foi referido da Descrição da Empresa, o OTRS presta serviços de


manutenção e operação, no entanto é Fiscalizada pela Valor Ambiente S.A. pelo que
na Avaliação de Riscos foi considerada uma pessoa desta Sociedade designada por
Fiscal. Um dos Fiscais desloca-se à ETAR/ETAL uma vez por turno para fazer rondas
e leituras.

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4. DESCRIÇÃO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE


ÁGUAS RESIDUAIS E LIXIVIANTES

A Estação Tratamento de Águas Residuais e Lixiviantes (ETAR/ETAL) entrou


em funcionamento no final de 2001, dois anos antes da Instalação de Incineração de
Resíduos Sólidos Urbanos. Esta estação efectuava dois tratamentos designados por
Biológico e Físico-Químico. Posteriormente foi construída, a jusante desta, uma
Instalação de Osmose Inversa com a finalidade de tratar a água proveniente do
tratamento Físico-Químico. Esta Instalação faz parte integrante da Estação de
Tratamento de Águas Lixiviantes e Residuais, e iniciou o seu funcionamento no ano de
2005.

Funciona 24 h por dia, todos os dias do ano, e como opera de forma


automática, não exige a permanência de muitos funcionários, em comparação com a
magnitude da Instalação.

Para facilitar a leitura do trabalho, coloca-se a partir deste ponto Estação de


Tratamento de Águas Residuais (ETAR) em vez de Estação de Tratamento de Águas
Residuais e Lixiviantes (ETAR/ETAL). Optou-se por esta designação simplificada
porque é assim que é denominada pelos trabalhadores, apesar de a percentagem de
lixiviados ser muito superior a quantidade de água residual.

4.1. Descrição das Instalações

A Estação de tratamento de águas residuais está localizada na Parte Este da ETRS e


ocupa uma área de 12000 m2 e divide-se nas seguintes partes:

• Conduta de acesso e lagoa de arejamento onde é realizado o tratamento


biológico.

• Tanque de tratamento físico-químico, Sala de Preparação de Reagentes


(com casa de banho que contém duche e cacifos), Lagoa de Lamas e Sala
da Prensa de Lamas. No Edifício de Preparação de Reagentes, além dos
reagentes, está localizada uma casa de banho, um quadro eléctrico e uma
pequena secretária. O pavimento de toda esta área é antiderrapante. A sala

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da prensa de lamas contém uma secretária, e é este local que é usado


como gabinete dos operadores e supervisor da ETAR.

• A Instalação de Osmose Inversa é constituída por 4 contentores, um de 40


pés e três de 20 pés. No primeiro está situada a sala de comando e os
quadros eléctricos principais desta instalação, no contentor seguinte
localizam-se os tanques com os químicos e um tanque com a água
resultante do tratamento da Osmose (com desgasificação), no terceiro os
filtros de cartucho, filtros de alta pressão e dois tanques: um onde é
depositada a água a ser tratada e o outro corresponde ao concentrado de
saída que é enviado para o tanque de concentrado. No último situam-se os
filtros de bolsa (filtro de peneira), filtros de cascalho (areia), os de cartucho
e os módulos de baixa pressão, e os módulos de tratamento do permeado.
Na área envolvente na parte de cima situa-se a zona de armazenagem de
ácido clorídrico, e o tanque de “neutralização”, abaixo da Instalação de
Osmose localiza-se a Sala de bombas desta Instalação e dois grandes
tanques (um que recebe a água proveniente do tratamento Físico-Químico
e outro que armazena o permeado que resulta do tratamento de Osmose).

Na Zona circundante à Estação de Tratamento de Águas Residuais e Lixiviantes


encontra-se o Destroçador de Madeiras e também o Destroçador de Pneus. A Cantina
da ETRS e o Vestiário para mudança de farda dos colaboradores estão localizados
fora da área desta Estação de Tratamento de Águas.

4.2. Descrição dos Tratamentos

Como foi referenciado anteriormente são realizados três tratamentos na


Estação de Tratamento de Águas Residuais e Lixiviantes. Estes tratamentos são
descritos pormenorizadamente a seguir.

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Tratamento 
Biológico 

Tratamento 
Físico ‐ Químico 

Osmose 
Inversa 
 

Figura 3 ‐ Esquema do funcionamento da ETAR (distinção dos três tipos de tratamento).

4.2.1. Tratamento Biológico

Convergem para esta estação de tratamento as águas lixiviantes que provêm dos
aterros (encerrados e dos que estão em Operação), águas lixiviantes originárias de
outras instalações e também água resultante do saneamento designadas por
residuais. A percentagem de água correspondente ao saneamento é mínima sendo
que a maioria da água recebida para tratamento provém dos aterros.

Estas águas deslocam-se através de uma conduta aberta até ao canal de


Parshall, que faz a contabilização continua do caudal de entrada de água para o
tratamento. A água é posteriormente recebida na lagoa de arejamento que tem uma
capacidade de 17500 m3.

Nesta lagoa é realizado o primeiro tratamento do processo que é designado por


tratamento biológico. Consiste na degradação da matéria orgânica que se apresenta
de forma coloidal e/ou dissolvida, através de microrganismos. [1]

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O processo é auxiliado com quatro arejadores /agitadores e com adição de


nutrientes à Lagoa.

Os arejadores funcionam dois a dois e localizam-se em sentidos opostos, ou seja,


funcionam em simultâneo os arejadores número 1 e 3 ou o número 2 e 4.

Figura 4 – Fotografia da lagoa de arejamento (tratamento biológico).

A remoção de matérias dissolvidas e estabilização de matéria orgânica presente


na água residual é acompanhada biologicamente, usando uma variedade de
microrganismos, principalmente bactérias. Os microrganismos oxidam a matéria
orgânica e originam produtos finais simples e biomassa adicional, como representado
pela equação para oxidação biológica aeróbia da matéria orgânica:

ν1 (mat. orgânica) + ν2 O2 + ν3 NH3 + ν4 PO43- --->ν5 (células novas) + ν6 CO2+ ν7 H2O

Onde νi é o coeficiente estequiométrico. Na equação o Oxigénio (O2), amónia (NH3) e


fosfato (PO43- ) são usados para representar os nutrientes necessários para conversão
da matéria orgânica em produtos finais simples como dióxido de carbono(CO2) e
água(H2O). [2]

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As análises realizadas à água antes do tratamento biológico estão de acordo com


o estabelecido no Anexo XVIII do Decreto-Lei 236/98 de 1 de Agosto. Estas análises
não têm carácter vinculativo legal, servem apenas para caracterização da água
recebida na Lagoa e posterior avaliação operacional.

4.2.2. Tratamento Físico-Químico

Após o tratamento biológico a água é enviada continuamente para um “tanque”


onde é realizado o Tratamento Físico-Químico. Este tratamento consiste na adição de
químicos sob acção de agitação para efectuar a floculação/coagulação. Os três
reagentes usados neste processo são agrupados na seguinte forma:

• O cloreto de férrico é o coagulante que tem como objectivo a aglomeração das


impurezas da água que se encontram em suspensões ou dissolvidas.

• O Hidróxido de cálcio que é o alcalinizante e confere a alcalinidade necessária


à coagulação. O Hidróxido de Cálcio é misturado com água antes da adição ao
tanque de tratamento físico-químico, esta preparação é designada por leite de
cal.

• O polielectrólito é designado por coadjuvante e tem como função auxiliar a


coagulação através da formação de partículas mais densas, resultando flocos
maiores e mais pesados.

Assim para efectuar o Tratamento Físico-Químico, no primeiro compartimento é


adicionado cloreto férrico, de seguida passa para o segundo compartimento onde é
acrescentado o leite de cal e no terceiro faz-se a adição do polielectrólito, no último
compartimento não são adicionados químicos pelo que funciona como
homogeneizador. A mistura no primeiro compartimento é auxiliada por dois agitadores,
enquanto nos restantes é usado um agitador em cada.

Da sequência deste tratamento formam-se aglomerados de lamas, pelo que o


passo seguinte é a decantação do efluente. O decantador/sedimentador faz a
separação física entre o lixiviado, que passa por cima, e as lamas que ficam
depositadas no fundo. Deste processo resultam então as lamas e o efluente tratado;
estes dois produtos têm destinos diferentes.

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O tanque contendo as lamas é drenado e estas são bombeadas para prensa de


lamas onde são desidratadas. A prensa de Lamas possui um dispositivo protector
móvel constituído por portas de correr à volta de toda a prensa que, se não estiverem
totalmente fechadas, impede o funcionamento da prensa.

Quando os operadores se apercebem que as lamas estão menos densas e por


isso mais líquidas, adicionam outro tipo de polielectrólito antes de aplicarem a força
mecânica da prensa. As Lamas Desidratadas são descarregadas num contentor, que
quando está cheio é transportado e depositado em aterro. Quando as lamas
resultantes do tratamento físico-químico são em maior quantidade do que as que se
consegue desidratar, são armazenadas na lagoa de sedimentação e daqui seguem
para deposição em aterro.

O lixiviado tratado é enviado para a Instalação de Osmose Inversa a fim de


produzir água com qualidade elevada para reutilização Industrial ou para ser usada na
rega. Não é neste caso adicionado cloro ao lixiviado antes do tratamento de osmose
inversa, porque as membranas dos módulos não são resistentes a este químico, pelo
que ficariam danificadas.

O lixiviado tratado resultante do tratamento físico-químico poderia ser clorado e


descarregado no colector e este ser posteriormente tratado na Estação de Tratamento
do Porto Novo, no entanto não acontece actualmente.

A capacidade de tratamento do tanque Físico - Químico é de 20 m3/h de água.

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Figura 5 – Fotografia das Instalações do tratamento físico – químico.

As análises realizadas à água após o tratamento estão de acordo com o


estabelecido no Anexo XVIII do Decreto-Lei 236/98 de 1 de Agosto, são realizadas
ainda análises operacionais.

4.2.3. Tratamento na Instalação de Osmose Inversa


   

O lixiviado tratado que resulta do tratamento físico-químico inicia o processo na


Instalação de Osmose Inversa. Este processo tem em conta os princípios da osmose,
mas funciona de forma inversa. A osmose consiste na passagem de moléculas de
determinado tamanho por uma membrana semi-permeável que separa dois líquidos, a
migração de moléculas de água acontece do menos para o mais concentrado, até as
concentrações dos dois líquidos ficarem iguais. A Osmose Inversa reflecte o mesmo
princípio, contudo o objectivo é concentrar ainda mais o líquido com concentração
mais elevada a fim de o outro ficar cada vez mais puro. Assim, a migração das
moléculas de água na Osmose Inversa dá-se do mais concentrado para o menos.

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Pressão
Osmótica

Pressão
Osmótica

Água Água
pura pura

Figura  6  –  Esquemas  representativos  do  funcionamento  de  osmose  e  osmose  inversa  (segundo 
esquema).

De uma forma geral, o processo de Osmose Inversa (O.I.) consiste em aplicar


pressão superior à pressão osmótica a fim de fazer passar a água a tratar por filtros.
Estes filtros são constituídos por membranas com diâmetros de filtração muito
reduzidos (2 a 5 μm) pelo que apenas as moléculas de água conseguem passar,
retendo deste modo os contaminantes. Deste processo resultam o permeado que é a
água purificada que passa pelas membranas e o concentrado que se refere à água
contaminada, mas com concentração mais elevada de contaminante, relativamente à
água que entra inicialmente neste processo.

Explicando de uma forma mais pormenorizada, relativamente à nossa


Instalação de Osmose Inversa a água resultante do tratamento da ETAR é então
enviada para um tanque de capacidade elevada. Esta água passa pelo filtro de bolsa
que retêm as impurezas de maior dimensão. É de seguida armazenada num tanque
onde é feito o ajuste de pH, daqui passa pelo filtro de areia ou cascalho e
posteriormente por filtros de cartucho, com a finalidade de reter sólidos em suspensão.

A água é então encaminhada para o primeiro estágio, que é constituído por 3 módulos:
dois são formados por 29 filtros de membranas e o último por 30, todos são sujeitos a
uma pressão máxima de 60 bar. Deste processo resulta uma água mais limpa que é
designada por permeado, e a mais amarela é designada por concentrado.

O permeado é de seguida enviado para o segundo estágio para novo tratamento


constituído por 30 filtros de membrana. O “novo” permeado passa por um ajuste de pH
antes de ser enviado para tanque de Armazenamento de água proveniente da
Osmose e é introduzido na Instalação de Desmineralização da Estação de Tratamento
de Resíduos Sólidos Urbanos ou lançado na “nascente”.
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O concentrado é enviado para os dois módulos de alta pressão (pressão máxima 120
bar) constituídos cada um por 2 módulos de 10 filtros de membrana que funcionam de
forma independente. Deste tratamento resulta o permeado que é enviado para o 2º
estágio e o concentrado final que é armazenado num tanque é posteriormente enviado
para o aterro.

A Instalação de Osmose Inversa funciona com 80% de recuperação, do que


resulta uma capacidade de tratamento de 10m3/h.

Figura 7 – Fotografia da Instalação da Osmose Inversa.

As análises realizadas à água após o tratamento da Osmose estão de acordo com


o estabelecido no Anexo XVI do Decreto-Lei 236/98 de 1 de Agosto, são ainda
realizadas variadas análises operacionais e contratuais.

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 19


 
 
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5. TEORIA DA AVALIAÇÃO DE RISCOS


 

5.1. Descrição geral

De acordo com a norma NP 4397:2001, Perigo é a fonte ou situação com um


potencial para o dano, em termos de lesões ou ferimentos para o corpo humano ou de
danos para a saúde, para o património, para o ambiente do local de trabalho, ou uma
combinação destes.

Risco é definido, pela mesma norma, como a combinação da probabilidade e


da(s) consequência(s) de um determinado acontecimento perigoso, pode ser então
definida pela seguinte equação:

R=PxS

Onde: R - Risco; P- Probabilidade; S – Severidade (consequência, gravidade


da Ocorrência). O Risco varia então na proporção directa com a Probabilidade e
Severidade, pelo que o Risco é maior se estes forem maiores e menor se a
Probabilidade e severidade forem menores. A Probabilidade é inversamente
proporcional da Severidade pelo que à medida que a Probabilidade cresce a
Severidade diminui, e com a diminuição da Probabilidade cresce a Severidade. [3]

A Avaliação de Riscos Profissionais é um processo dinâmico com o objectivo


de estimar a magnitude do Risco para a saúde e a Segurança dos Trabalhadores com
a finalidade de estudar a necessidade de adoptar medidas preventivas. [4]

A análise de risco implica uma decomposição detalhada do objecto


seleccionado como alvo de estudo, que neste caso é um local de trabalho, através da
qual se pretende uma caracterização dos Riscos através da relação com a sua fonte,
modo de desenvolvimento, probabilidade da ocorrência, a sua extensão e potencial. [4]

A avaliação de riscos compreende os seguintes passos: em primeiro a


identificação dos perigos, de seguida a identificação dos trabalhadores, depois a
estimativa (qualitativa ou quantitativa) dos riscos identificados, valorando o risco com a
finalidade de apresentar medidas para eliminar o risco, mas se tal não for possível
reduzir ou minimizar. [5]

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 20


 
 
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Existem diversos métodos de avaliação de riscos podendo ser divididos em


qualitativos e quantitativos, podem ser métodos pró-activos se identificarem riscos de
acidentes antes de se tornarem efectivos, mas após estes terem acontecido podem
ser aplicados métodos reactivos a fim de eliminarem as causas que lhes deram
origem. Os métodos podem ainda ser classificados de indutivos quando se parte das
causas prováveis de um acontecimento, ou dedutivo quando se analisa um acidente
procurando razões para o seu desencadeamento. A escolha do tipo de método para
usar na avaliação de riscos é então dependente dos resultados que se querem obter.

Uma das teorias mais importantes e frequentes na bibliografia de Higiene e


Segurança no trabalho, porque deu origem a outras, é a de Heinrich, também
designada por teoria de dominó. A referida teoria foi publicada em 1931 na 1ª edição
do Manual “Industrial Accident Prevention: A Scientific Approach” do mesmo autor.
Esta considera que um acidente é o resultado de uma sequência de 5 factores e que
resulta num dano pessoal. Os vários factores desenvolvem-se pela seguinte ordem
cronológica: Ascendência e ambiente social (relacionados com a cultura, educação e
desenvolvimento social do individuo), falha humana (factores temperamentais de
individuo, tais como irritabilidade, imprudência…), acto inseguro (neste é que se pode
actuar), acidente e dano pessoal. Cada um destes factores actuaria sobre o seguinte
até ocorrência de uma lesão ou outro dano pessoal, mas ao eliminar-se um dos
factores evitava-se a ocorrência do acidente ou dano. [3,6]

5.2. Descrição dos métodos usados

Os métodos escolhidos para efectuar a avaliação de Riscos da ETAR da OTRS


foram métodos semi-quantitativos em que a importância relativa dos riscos
identificados e determinada através de factores.

1ª Avaliação – Aplica-se o método mais generalista em que se assume a


determinação do risco pela relação referenciada anteriormente em que:

Risco = Probabilidade x Severidade

Este método é designado por “William Fine simplificado” e consiste na


avaliação através de uma matriz de três entradas em que a numeração de 1 a 3
corresponde as seguintes designações de Probabilidade e Severidade:

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 21


 
 
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Tabela 2- Correspondência de Probabilidade e Severidade com a numeração e significado.

Probabilidade Severidade
Probabilidade de Sem danos materiais e/ou
1 1
ocorrência próximo de zero físicos
Pode ocorrer pelo menos 1
Sem danos materiais e/ou
2 vez durante a vida da 2
físicos significativos
Instalação
Com danos graves
3 Ocorre com frequência 3 Materiais e/ou físicos
(morte)

A partir da matriz resultante desta avaliação concluímos que os valores entre 1


e 2 correspondem a um Risco baixo, os valores entre 3 e 4 correspondem a um risco
médio enquanto os entre 6 e 9 são designados por riscos elevados. As ausências
relativas à legislação e normas, não são avaliadas, no entanto são colocadas a
vermelho (risco elevado).

Tabela 3- Calculo do risco com a Probabilidade e Severidade.

Probabilidade
1 2 3
Severidade

1 1 2 3

2 2 4 6

3 3 6 9

Os Riscos que forem considerados como elevados a partir desta tabela, serão
objecto de uma nova avaliação, considerando desta vez a Matriz de Falhas

2ª Avaliação – Usa-se o método da Matriz de Falhas em que se relaciona a


Frequência com a Gravidade de acordo com a seguinte tabela:

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 22


 
 
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Tabela 4- Relação do factor de Frequência e Gravidade com a sua descrição.

Frequência Gravidade

Factor Descrição Factor Descrição


Situação que ocorre
Morte e perdas
Frequente continuamente ou várias Catastrófica
assinaláveis
vezes por dia
Danos Graves,
Incapacidade temporária
Provável Ocorrência diária Crítica
ou definitiva relevante ou
perda parcial do sistema
Danos com alguma
Ocasional Ocorrência ocasional Marginal expressão, ainda que sem
gravidade assinalável
Danos Pouco relevantes
Remota Ocorrência muito rara Negligenciável ou ausência de danos e
lesões
Não se sabe se alguma vez
Improvável
ocorrerá

A matriz de falhas permite ainda uma análise mais pormenorizada relacionando


a frequência de exposição (F), a gravidade do acidente (G) e a probabilidade de
ocorrência (P) com o grau de risco (GR).

GR = F x G x P

Esta análise mais pormenorizada será realizada apenas quando é considerada


na primeira avaliação como risco importante (a cor vermelha), efectua-se o cálculo
considerando a seguinte tabela:

Tabela 5- Correspondência da Frequência, Gravidade e Probabilidade com a numeração e significado.

Frequência Gravidade Probabilidade


Resultado mais
Frequente 10 Catastrófica 50 10
provável
Provável 6 Crítica 25 Probabilidade de 50% 6

Ocasional 3 Marginal 15 Probabilidade 10% 3


Probabilidade remota
Remota 1 Negligenciável 5 1
1%
Não ocorre em muitos
Improvável 0,1 0,5
anos

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 23


 
 
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Desta avaliação concluímos que se o valor obtido for:

• GR > 200 - É imperativo a aplicação imediata de medidas de prevenção,


o processo operativo deve ser interrompido. (Risco elevado)

• 85 < GR < 200 – É necessária intervenção urgente (Risco moderado).

• GR<85 – O risco deve ser eliminado embora “não muito urgente” (Risco
Baixo).

5.3. Descrição do tipo de riscos


 

Existem variados riscos a que os trabalhadores poderão estar expostos, de


seguida é feita uma breve introdução aos riscos que se consideram mais relevantes
relativamente ao trabalho realizado na ETAR considerando todos os seus
intervenientes. São vários os riscos a que os trabalhadores podem ser expostos, de
seguida é feita uma análise dos que se consideram mais relevantes.

5.3.1. Risco químico


 

Os agentes químicos estão cada vez mais presentes quer no nosso quotidiano
como na vida profissional. Têm sido alvo de estudos aprofundados a fim de evitar
acidentes de trabalho, acidentes industriais e doenças profissionais. Alguns agentes
químicos têm causado graves danos na saúde, como intoxicações, queimaduras,
asfixia.
Os agentes químicos apresentam-se sob a forma dos três seguintes estados, são eles
o Sólido (poeiras, fibras e fumos), Liquido (nevoeiros ou aerossóis) e gasoso (gases
ou vapores). A penetração de químicos pode efectuar-se por 3 vias:

• Via percutânea, ou seja, através da pele durante o manuseamento dos


produtos. Apenas podem passar através da pele os produtos solúveis na água,
assim como solventes orgânicos. A penetração é favorecida pela sudação e
pela desidratação da pele (mau estado da pele).

• Via digestiva, não é muito frequente e só acontece acidentalmente.

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 24


 
 
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Via respiratória - Todas as matérias ou suspensões no ar, quer sob a forma de
aerossóis líquidos ou sólidos (poeiras finas), assim como gases. As poeiras
grossas são retidas nas fossas nasais e nas vias respiratórias superiores, são
designadas por “inaláveis”, tem dimensões entre 10 a 15 micro. As que
penetram nos alvéolos pulmonares tem dimensões inferiores a 10 micrómetros
[7,8]
e são chamadas de “respiráveis”

Como foi referenciado anteriormente, convergem para a ETAR águas


lixiviantes dos aterros, das Instalações e águas residuais, estão presentes portanto
diferentes compostos químicos na água. Das análises que têm sido realizadas a este
tipo de água conclui-se que tem pequena percentagem de metais pesados, elevados
valores de azoto total e amoniacal, CBO5 e CQO devido à actividade microbiológica.

Esta avaliação contempla o risco de exposição quando os trabalhadores estão


em contacto com esta água antes, durante e após o tratamento, mas também tem em
consideração o manuseamento e preparação dos reagentes químicos que são
inseridos para realização dos vários processos.

• Químicos usados no tratamento biológico: Fosfato monoamônico,

• Químicos usados no tratamento Físico-Químico: Hipoclorito de sódio, Hidróxido


de cálcio (cal hidratada), Polielectrólito floculante - Magnafloc 1011,
Polielectrólito para a prensa de Lamas –Magnafloc 338, Cloreto de férrico em
solução,

• Químicos usados na Osmose: Ácido Clorídrico, Hidróxido de Sódio, RO cleaner


C, Tender Perlac, Dispergo ou Roinib, Ceaner D (quando a Instalação é parada
durante muito tempo, nunca foi usado).

Estes reagentes são classificados como corrosivos (em contacto com tecidos vivos,
podem exercer sobre eles uma acção destrutiva) e outros como Irritantes (por contacto
imediato, prolongado ou repetido com a pele ou a mucosa podem provocar uma
reacção inflamatória), são fogos de classe A, B e podem todos ser combatidos com
extintores de CO2 e pó químico.

Os limites de exposição dos reagentes usados no tratamento da ETAR são


referenciados em tabela no anexo II, e as Fichas de segurança encontram-se no
anexo III. As fichas ainda não estão de acordo com o Decreto-Lei 63/2008 de 2 de
Abril (em conformidade com o guia para elaboração das fichas de dados de

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segurança, constante do anexo II do Regulamento CE nº 1907/2006, do parlamento


Europeu e do Concelho, de 18 de Dezembro).

5.3.2. Risco Biológico


 

De acordo com o Decreto-Lei nº 84/97 de 16 de Abril os agentes biológicos são


definidos como “os microrganismos, incluindo os geneticamente modificados, as
culturas de células e os endoparasitas humanos susceptíveis de provocar infecções,
alergias ou intoxicações”. No mesmo Decreto-Lei é ainda definido Microrganismo
como “ qualquer entidade microbiológica, celular ou não celular, dotada de capacidade
de reprodução ou de transferência do material genético”.

Os agentes biológicos podem ser transmitidos através das seguintes vias:


contacto (directo ou indirecto), via aérea, ingestão e percutânea. [9]

As águas residuais domésticas e industriais contêm uma quantidade elevada


de microrganismos, parte dos quais são patogénicos. É necessário prestar uma
atenção especial a estes últimos com a finalidade de evitar a ocorrências de
problemas de saúde aos trabalhadores que contactam mais directamente com este
tipo de água. [1]

As características biológicas são de importância fundamental no controlo de


doenças causadas por organismos patogénicos de origem humana. Os organismos
encontrados na superfície da água residual incluem bactérias, fungos, algas,
protozoários, vírus, animais e plantas. Com a excepção dos dois últimos, todos os
outros só são observados ao microscópio. [2]

Como não possuímos a caracterização de agentes biológicos da água tratada na


ETAR e como não foi encontrada bibliografia, foram consideradas como semelhantes
as águas residuais. Após consulta bibliográfica[2,10] transcreveram-se os agentes
potencialmente infecciosos presentes em águas residuais domésticas não tratadas:

• Bactérias - campylobacter jejuni; Escherichia Coli, Legionella pneumophila,


Leptospira interrogans, Salmonella ssp , Salmonela typhi, shigella spp, Vibrio
Cholerae, Yersinia enterocolitica, Klebsiellae pneumoniae, Mycobacterium
tuberculosis, Bacillus anthracis, Actinomyces , Pseudomonas aeruginosa,
Clostridium tetani , Clostridium perfringens e Clostridium botulinum .

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 26


 
 
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• Protozoários (Parasitas) - Balantidium coli, Cryptosporidium parvum,


Cyclospora cayetanensis, Entamoeba histolytica, Giardia Lamblia

• Helmintas (Parasitas) - Ascaris Lumbricoides, Enterobius vermicularis,


Fasciola hepática, Hymenolepis nana, Taenia Saginata, Taenia solium,
Trichuris trichiura, Ankylostoma duodenale , Anguillula intestinalis, Toxocara
canis, Toxocara catis , Toxoplasma gondii, Echinococcus spp

• Vírus – Adenovírus (31 tipos), Enterovírus (mais de 100 tipos, dos quais
Coxsackie A y B, Echovirus e Poliovirus), Vírus de Hepatite A, agente Norwalk,
Parvovírus (2 tipos), rotavírus, Influenzavirus, Reovirus, Coranovirus.

• Fungos - Candida albicans , Cryptococcus neoformans, Aspergillus spp,


Trichophyton spp, Epidermophyton spp.

Classificam-se os agentes biológicos anteriormente referidos de acordo com a


portaria 1036/98 de 15 de Dezembro. Todos os que foram encontrados são
classificados como agentes do grupo 2, sendo que no caso Escherichia Coli,
Salmonella, shigella, há algumas estirpes classificadas como 3. As bactérias
Mycobacterium tuberculosis e Bacillus anthracis são classificadas com 3. Não foram
encontrados 3 dos vírus ( Enterovíruse, rotavírus e Influenzavirus), 6 Helmitas (
Enterobius vermicularis e T. solium, Ankylostoma duodenale , Anguillula intestinalis,
Toxocara catis , Echinococcus spp).

Os agentes do grupo 2 têm pouca probabilidade de se propagar aos trabalhadores


e geralmente possuem meios de profilaxia ou tratamento, os de grupo 3 podem-se
propagar à colectividade no entanto têm meios de profilaxia e tratamento. [9]

Contam-se, entre outras, as seguintes medidas preventivas: formação aos


trabalhadores sobre os riscos e medidas de protecção, realização de exames médicos,
vacinação dos trabalhadores, manutenção de condições de higiene nas instalações
sanitárias e vestiários. [1]

5.3.3. Risco Físico

Em seguida serão abordados, de forma sucinta o Ruído, Ventilação, Vibrações,


Ambiente Térmico e Iluminação.

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Ruído - O Ruído é todo o som não desejado ou toda a energia acústica susceptível de
alterar o bem-estar fisiológico ou psicológico. Os efeitos sobre o organismo humano
podem ser variados e poderão afectar o sistema cardiovascular, o aparelho digestivo,
visão, sistema nervoso central, equilíbrio, interferência na comunicação devido à
diminuição da capacidade auditiva, fadiga, entre outros. No caso da diminuição
auditiva as lesões podem ser temporárias ou permanentes podendo levar, em casos
limite, à surdez profissional.

Os trabalhadores expostos ao ruído devem ser sujeitos a vigilância médica através de


testes audiométricos que são designados por Audiogramas, podendo-se realizar ainda
cartas de ruído. A medição do ruído a que os trabalhadores estão expostos poderá ser
efectuada através de sonómetros ou dosímetros (aplicação individual), analisador de
frequência e registador magnético. [5]

Os valores limite de exposição e valores de acção referenciados no artigo 3º, Decreto-


Lei nº 182/2006 de 6 de Setembro, são os seguintes:

a) Valores Limites de exposição: LEX, 8h= L EX, 8h =87 dB(A) e LCpico =140 dB(C)
equivalente a 200Pa;

b) Valores de acção superiores: LEX, 8h= L EX, 8h =85 dB(A) e LCpico =137 dB(C)
equivalente a 140Pa;

c) Valores Limites de exposição: LEX, 8h= L EX, 8h =80 dB(A) e LCpico =135
dB(C)equivalente a 112Pa;

onde LEX, 8h é a exposição pessoal diária ao ruído; L EX, 8h corresponde à media


semanal dos valores diários considerando 40 horas e LCpico refere-se à pressão sonora
de pico, ou seja o valor máximo instantâneo.

O controlo do ruído poderá ser conseguido, dependente do caso, de diversas


maneiras, tais como: redução do ruído na fonte, encapsulamento da fonte
(insonorização), apoios antivibráteis, tratamento acústico (tecto e painéis),
manutenção regular, substituição de máquinas, distancia à fonte sonora, redução do
tempo de exposição, protecção individual entre outras. A utilização de protecção
individual deverá ser usada como última medida ou temporária, está protecção poderá
ser efectuada através de protectores de concha e tampões auditivos.

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Na Instalação de Osmose Inversa se sente um ruído bastante incomodativo. A


OTRS dispõe de um sonómetro que não se encontra calibrado, optei por mesmo
assim fazer medições. O valor das medições efectuadas encontra-se no anexo I, no
entanto não podem ser considerados como valores vinculativos, pelo que se
recomenda que se façam novas medições de ruído.

Ventilação – A ventilação permite a substituição do ar de um ambiente interior por ar


exterior, pode ser natural ou forçada. A ventilação é importante para garantir o conforto
e a eficiência do trabalhador, conservação de materiais e equipamentos, protecção da
saúde e segurança do trabalhador.

A má qualidade do ar interior pode desencadear os seguintes efeitos fisiológicos:


reacções alérgicas, enjoos, dores de cabeça, fadiga, irritação dos olhos nariz e
garganta, infecções respiratórias e cancro no pulmão. [5]

Nos espaços confinados nem sempre se verifica os valores de mínimos de oxigénio,


pelo que se torna importantíssimo a sua medição antes da realização de qualquer
trabalho nesse espaço. O funcionamento satisfatório do organismo é a 21% de
oxigénio, abaixo de 18% já se podem sentir alguns sintomas como dificuldade na
coordenação muscular e a 16% leva à morte em poucos minutos. A baixa
concentração de oxigénio pode levar à asfixia, e a elevada concentração de químicos
poderá levar à morte por intoxicação.

Vibrações – As vibrações assim como o ruído têm manifestação físicas muito


semelhante, no entanto os efeitos do ruído são mais localizados enquanto as
vibrações causam diversas desordens nas funções fisiológicas. [5]

As vibrações podem afectar o conforto, reduzir o rendimento do trabalho e causar


desordens das funções fisiológicas. Quando a exposição é intensa origina
[7]
desenvolvimento de doenças. As lesões poderão ser permanentes pelo que são
consideradas doenças profissionais.

Os riscos de lesões dependem de diversos factores tais como, amplitude de vibrações,


tempo de exposição, área e localização exposta, ruído, agentes que afectam a
circulação periférica (tabaco, medicamento etc.), predisposição individual.

O Homem apercebe-se das vibrações compreendidas entre uma fracção do Hertz (Hz)
até 1000 Hz, mas os efeitos diferem segundo a frequências. As frequências muito

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baixas (inferiores a 1 Hz) provocam náuseas e vómitos, as de frequência baixa (de


alguns Hz a algumas dezenas de Hz) provocam inibição de reflexos e patologias de
coluna vertebral (hérnias discais, lombalgias, etc.), afecções do aparelho digestivo,
perturbações da visão, perturbações da função respiratória e cardio-respiratória. As
vibrações superiores a 150 Hz afectam sobretudo os dedos, as que se situam entre 70
e 150 afectam a mão; as ferramentas que vibram a baixa frequência provocam lesões
nos ossos e as frequências elevadas (superiores a 600 Hz) têm efeitos
neuromusculares. Na maioria das vezes os trabalhadores estão sujeitos a frequências
entre 40 e 125 que são responsáveis por efeitos vasculares. [5,7]

O medidor de vibrações e o acelerómetro são os equipamentos usados para avaliar a


exposição às vibrações, este deverá ser colocado no ponto da superfície através da
qual são transmitidos ao trabalhador.

Radiação – As radiações dividem-se em ionizantes e não ionizantes, dependente da


sua alteração com a matéria. No primeiro grupo é exemplo os raios alfa, beta e gama,
os raios X, no segundo são as radiações electromagnéticas como ultravioleta, visível,
[6]
infravermelha, micro-ondas, ondas rádio. Este tema não é mais explorado pois
considerou-se que a exposição dos trabalhadores à radiação é semelhante dentro e
fora do trabalho.

Ambiente Térmico – O corpo possui mecanismos reguladores que controlam as


trocas de calor com o ambiente, para que o interior do corpo se mantenha sem
variações. A temperatura do ambiente é importante pois determina a velocidade da
transferência de calor entre o corpo e o ambiente. A realização de trabalhos em
condições ambientais severas reduz o bem-estar do trabalhador e consecutivamente a
eficiência do trabalho executado.

Os sintomas devido a altas temperaturas são o aumento da sudação (desequilíbrio


mineral e água), aumento da frequência cardíaca e temperatura corporal, cãibras
musculares nos membros e abdómen, termodermatites e afecções oculares,
diminuição da agilidade mental, choque térmico, queimaduras, erupção, efeitos
psicológicos (alterações emocionais, redução da motivação, etc.), esgotamento por
calor. A temperatura baixa causa hipotermia e também é responsável por alguns
sintomas como mal-estar geral, redução da capacidade motora, diminuição da
sensibilidade táctil, Eritrocianose, congelamento dos membros, alucinações,
inconsciência e até mesmo a morte.

Existem ainda outros factores que têm influência no ambiente térmico, tais como:
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• O calor radiante pode ser uma causa de desconforto térmico devido ao


aquecimento local da superfície de pele exposta. A exposição prolongada a
correntes de ar produz sensações desagradáveis devido à irritação dos
receptores tácteis,

• A humidade relativa elevada causa perdas de calor por evaporação baixa,


condensação das superfícies frias e crescimento microbiano enquanto que, a
Humidade baixa é responsável pelas mucosas secas, maior probabilidade de
inflamações e bronquites, mau estar, irritação ao fumo do tabaco, aumento da
concentração de poeiras de pequena dimensão no ar e aparecimento de
determinadas bactérias.

Existem vários equipamentos para medição do ambiente térmico, os termómetros


medem a temperatura seca, os termómetros de globo medem a temperatura radiante,
a velocidade do ar é feita através de anemómetros, a humidade absoluta por
psicrómetro de rotação, a humidade relativa através de higrómetro e carta
psicometrica. [5]

O ambiente térmico e as restantes condições ambientais no local em estudo é variável


e em muitos dias é adverso. A temperatura média diária varia entre 4ºC e 30 ºC, a
humidade pode chegar aos 94%, a precipitação máxima diária a 87L/m2 enquanto a
velocidade do vento pode atingir 11 m/s. A norma ISO 7730 estipula os limites de
conforto térmico em que a temperatura varia entre 20 e 24 no verão e 23 e 26 no
inverno, e a velocidade do ar é menor que 0,25 no verão m/s e 0,15 m/s no inverno.

Iluminação - A iluminação adequada é imprescindível para um bom ambiente de


trabalho, a iluminação ideal é a luz natural mas como nem sempre é possível deve-se
avaliar a qualidade da iluminação artificial nos postos de trabalho. A iluminação
insuficiente diminui a eficácia da visão, gestos menos rápidos e pouco precisos, erros
mais frequentes que podem originar mais acidentes. A necessidade de iluminação é
variável com o tipo de tarefa que se desempenha.

[6]
A norma DIN 5035-2: 1990 relaciona os níveis de iluminação com as actividades.
As tarefas visuais ligeiras com contrastes elevados necessitam entre 120 a 250Lx, as
tarefas visuais normais com detalhe médio de 250 a 500Lx, as tarefas visuais
exigentes com pequenos detalhes necessitam de 1000 a 1500 Lx , em oposição com
as que necessitam de um trabalho muito preciso em que é necessário mais de 2000lx.

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A Luminosidade artificial pode ser obtida através da Iluminância que é medida por um
luxímetros ou através da Luminância usando um Luminancímetro.

Foram realizadas medições apesar de o equipamento não estar calibrado, as


medições estão no anexo I.

5.3.4. Risco ergonómico

A Ergonomia é a ciência pluridisciplinar que estuda a actividade profissional com a


finalidade de adaptar a situação de trabalho às capacidades e limitações do indivíduo,
perspectivando máximo conforto, segurança, e eficácia, e consecutivamente maior e
melhor produtividade.

Os riscos ergonómicos mais frequentes são devidos a esforços repetitivos, posturas


incorrectas e movimentação manual de cargas.

Os esforços repetitivos - São designados como esforços repetitivos o conjunto de


movimentos contínuos mantidos com uma determinada frequência e que implicam a
acção conjunta dos músculos, ossos, articulações e nervos. Estes movimentos
provocam fadiga muscular, dores e doenças. Consideram-se lesões por esforços
repetitivos (LER) as patologias, síndromes e/ou sintomas músculo-esqueléticos que
afectam particularmente os membros superiores.

Posturas incorrectas – As posturas incorrectas resultam das posturas adoptadas no


desenrolar de diversos tipos de tarefas mais ou menos frequentes, estas constituem a
principal causa de problemas de coluna. A adopção de posturas incorrectas pode
ainda originar sintomas de fadiga física, lesões e outros traumatismos. São exemplos
de lesões dorso lombares as contusões, feridas, fracturas, cortes e sobretudo lesões
diversas de ordem músculo-esqueléticas. Estas lesões podem originar hérnias discais
e fracturas vertebrais devidas a esforços associados a posturas incorrectas.

Movimentação manual de cargas - A movimentação manual de cargas pressupõe a


utilização do corpo do trabalhador como um “instrumento de trabalho”, pelo que esta
actividade é susceptível de envolver vários riscos devido geralmente a pesos elevados
ou métodos de trabalhos não adequados. Daqui podem resultar distracções e fadiga
que podem originar erros, traumatismos músculo-esqueleticos, lesões nos pés e mão,
e aparecimento de patologias como Lumbagos (em dores na região lombar) e

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lombalgias, ciática (dor muito intensa localizada ao longo do nervo ciático) e hérnias
discais (ruptura parcial do disco intervertebral). A fim de evitar ou reduzir estes efeitos
no trabalhador deverão ser realizadas formações com as recomendações para este
manuseamento, assim como arranjar outras formas de transportar cargas pesadas, ou
muito volumosas. [5]

5.3.5. Riscos eléctricos


 

A electricidade é a forma de energia mais discreta e consequentemente mais perigosa


pois não se vê, não se ouve e não tem cheiro. As medidas preventivas incluem os
procedimentos técnicos e administrativos, formação e manutenção adequada.

Os acidentes com a electricidade podem resultar em electrização (manifestações


fisiológicas devidas à passagem da corrente eléctrica) ou electrocussão (morte
produzida pela passagem de corrente eléctrica). As lesões variam com a intensidade
da corrente e podem causar contracções musculares, tetanização dos músculos
respiratórios, fibrilhação ventricular, inibição dos centros nervosos, queimaduras
(electrotérmicas ou por arco).

Existem alguns dispositivos que podem evitar acidentes de origem eléctrica, tais como
os fusíveis que protegem as instalações contra curto circuitos, os interruptores que são
aparelhos de corte de corrente e de comando. A protecção simultânea contra
sobrecargas e curto-circuitos é feita através de disjuntores enquanto os diferenciais
tem função de protecção contra os choques.

Os Incêndios nas Instalações eléctricas podem resultar de curtos circuitos e incêndios


de origem eléctrica (por exemplo: elevação de temperatura devida a uma
sobreintensidade em parte da instalação eléctrica). O tipo de extintor mais adequado
na presença de electricidade é o de dióxido de carbono. [6]

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 33


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

6. TABELA DE AVALIAÇÃO DE RISCOS

6.1. Tabelas com a primeira Avaliação de Riscos


 

Apenas são objecto deste projecto as actividades realizadas exclusivamente na


ETAR pelo que, por exemplo, não são incluídos nestas tabelas, os riscos das análises
no Laboratório.
As Tabelas de Avaliação de Risco são divididas de acordo com o Local,
manteve-se a mesma divisão que a efectuada na descrição do processo, assim é
dividida em Tratamento Biológico, Tratamento Físico-químico e Tratamento da
Instalação de Osmose Inversa.

6.1.1. Tratamento Biológico


 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Limpeza do Traumatismo
01
canal de / lesões
acesso à devido a 2 2 4 02
Operadores lagoa (sem queda na
da grades) conduta 03
ETAR Limpeza do Lesões
04
canal de devido ao
acesso à mau 1 2 2
Antes da Lagoa de arejamento

lagoa (com posicioname


pás) nto e peso
Operadores Limpeza do Traumatismo
da ETAR canal de / lesões
Parsall devido a 01
queda 1 2 2

Técnicos de Recolha de Traumatismo


01
Laboratório + amostras / lesões
Operadores devido a 05
ETAR queda 2 2 4

Técnicos de Recolha de Dermatoses


06
Laboratório + amostras por contacto
Operadores com água 2 2 4
ETAR

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 34


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


ACI Manutenção Electrização
07
sensor de
nível –
Antes da Lagoa de arejamento
Parshall
2 1 2

Todos Qualquer Traumatismo


01
actividade / lesões
em que o devido a 09
trabalhador quedas no
se coloque canal
2 2 4
em cima (possível
das redes corrosão das
do canal de redes de
acesso à protecção)
Lagoa
Operadores Adicionar o Afogamento,
02
da ETAR fosfato à lesões
lagoa 08
1 3 3

Operadores Limpeza da Afogamento,


02
da ETAR envolvente lesões
10
1 3 3
11
Lagoa de Arejamento

Manutenção Manutenção Afogamento,


02
dos 4 lesões por
arejadores queda 12
2 3 6
na lagoa
R1

Manutenção Manutenção Infecções,


02
dos 4 alergias e
arejadores intoxicações 2 3 6 11
na lagoa
13
Manutenção  Manutenção Cortes,
14
dos contusões e
arejadores entalamento 2 2 4

Manutenção  Manutenção Electrização


10
dos
arejadores
2 3 6

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 35


 
 
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Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Manutenção  Levantar o Alergias
15
cabo dos (risco
1 2 2
arejadores biológico)

Manutenção Substituir o Traumatismo


02
cabo dos / lesões
arejadores devido a 10
Lagoa de Arejamento

quedas na 2 3 6
11
Lagoa,
afogamento
Manutenção Manutenção Traumatismo
02
do / lesões
descarrega devido a 2 2 4 16
dor de queda em
fundo (cais) altura 17
Intoxicação /
18
asfixia
1 2 2

Betoneira de paragem de emergência no cais da Lagoa de arejamento


(norma NP EN 12255-10 : 2007)
Operadores Limpeza Intoxicação /
02
da ETAR das asfixia
1 2 2
estações 18
elevatórias
Operadores de adução Traumatismo
02
da ETAR do / lesões por
2 3 6
tratamento queda em 17
Físico/quími altura
Operadores co Picadas de
(intervenção 19
da ETAR animais
feita na como 1 3 3
parte de abelhas
Após a Lagoa de Arejamento

fora)
Operadores Lesões
R2
da ETAR lombares
devido ao
peso 2 2 4
excessivo
das tampas

Operadores Lesões
20
da ETAR devido ao
peso e má
posição (tirar 1 2 2
e limpar o
filtro)

Operadores Limpeza Queda ao


02
da ETAR das mesmo nível
estações dentro da 21
elevatórias estação
de adução elevatória 2 2 4
do
tratamento
Físico-
Químico

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 36


 
 
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Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Operadores (intervenção Constipação
21
da ETAR feita na (resfriado)
parte de
2 2 4
dentro)

Manutenção Manutenção Electrização


22
da
electrobomb
2 3 6
a (dentro da
estação
elevatória

Manutenção Manutenção Entalamento,


07
de válvulas lesões
manuais musculares
devido a 1 2 2
esforço

Manutenção Manutenção Traumatismo


Após a Lagoa de Arejamento

02
da válvula / Lesões
descarga devido a
total da queda 1 2 2
Lagoa

Manutenção Intervençõe Intoxicação


16
+ ACI s dentro da
1 2 2
estação 18
elevatória
Manutenção Intervençõe Traumatismo
02
+ ACI s dentro da / lesões
estação devido a 2 3 6
elevatória queda em
altura
Manutenção Intervençõe Picadas de
19
+ ACI s dentro da animais
1 3 3
estação como
elevatória abelhas
Manutenção Tirar e levar Lesões
R2
+ ACI equipament devido ao
o para peso das
2 2 4
dentro da tampas
estação
elevatória
Manutenção Tirar e levar Lesões
R3
+ ACI equipament devido a
o para queda de
dentro da material em 2 2 4
estação cima de um
elevatória trabalhador

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 37


 
 
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Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


ACI Manutenção Lesões
07
da válvula devida à
de movimentaçã
borboleta o da
1 2 2
pneumática alavanca da
(dentro da válvula
estação
elevatória)
ACI Manutenção Electrização
22
e
Substituição
de peças do
2 3 6
caudalimetr
o (dentro da
estação
elevatória)
Técnicos de Recolha de Traumatismo
02
Laboratório + amostras / lesões
Operadores devido a 1 2 2 05
Após a Lagoa de Arejamento

da ETAR queda
Técnicos de Recolha de Dermatoses
06
Laboratório + amostras por contacto
Operadores (alergias etc.) 2 2 4 13
da ETAR

ACI+ Manutenção Traumatismo


23
Manutenção+ curativa à / lesões
Operadores noite devido a
2 2 4
da ETAR quedas

ACI+ Manutenção Entalamentos


23
Manutenção+ curativa à e lesões
Operadores noite devido a
da ETAR erros de
montagens 2 2 4

Todos Passagem Traumatismo


24
/ lesões
devido a
quedas em
altura 1 3 3
(tropeçar)

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 38


 
 
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6.1.2. Tratamento Físico-Químico


 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Operadores Enchimento Lesões dorso-
da ETAR do silo da cal lombares
(diariamente (carga pesada, 07
10 sacos de torção do
22Kg) tronco e 3 2 6 08
inexistência de R4
espaço para o
trabalhador se
movimentar)
Operadores Enchimento Irritação das
13
da ETAR do silo da cal vias aéreas,
(diariamente) queimaduras 2 2 4 25
26
Operadores Preparação Irritação
27
da ETAR do leite de cal devido à
mistura do pó
muito fino de 2 2 4
Hidróxido de
cálcio com
água
Sala de preparação de reagentes

Operadores Preparação Traumatismos


28
da ETAR do / lesões devido
polielectrólito a quedas ao
ou lavagem mesmo nível
da área (polielectrólito
2 2 4
circundante fica
ao tanque extremamente
escorregadio
em contacto
com água)
Operadores Descarregar Lesões por
29
da ETAR contentores e atingir um
transportar os trabalhador
químicos. com carga ou 2 2 4
queda de
carga

Operadores Descarregar Alergia,


02
da ETAR contentores e intoxicação,
transportar os queimaduras 08
químicos. devido a 1 2 2
derrame da 30
carga

Operadores Transporte Lesões


31
da ETAR dos outros lombares
químicos
2 2 4

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 39


 
 
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Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Operadores Transferência Lesões por
32
da ETAR de Cloreto bater
Férrico para acidentalment
Tanque e na carga
2 2 4
(carga
suspensa no
empilhador)

Operadores Transferência Lesões devido


30
da ETAR de Cloreto a queda do
Férrico para Tanque 32
Tanque de colocado na
2 2 4
preparação posição
elevada do
empilhador

Operadores Preparação Intoxicação


33
da ETAR de químicos devido a
produção de 34
gases por
35
reacções 2 3 6
acidentais com
químicos
Sala de preparação de reagentes

(Troca de
químicos)
Manutenção Manutenção Queimaduras
13
das bombas por contacto 2 2 4
doseadoras com químicos
Manutenção Manutenção Electrização
07
das bombas
doseadoras 22
2 3 6

Manutenção Manutenção Dermatoses


13
dos por contacto
agitadores com químicos
2 2 4

Manutenção Manutenção Electrização


07
dos
agitadores 22
2 3 6

Manutenção Manutenção Electrização


07
da
electroválvula 22
(tanque do
2 3 6
leite de cal)

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 40


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Manutenção Manutenção Electrização
07
do
transportador 22
sem-fim 2 3 6

ACI Manutenção Electrização


07
do quadro
eléctrico
(reapertos ou
2 2 4
substituição
de material
eléctrico)

ACI Manutenção Dores


04
do quadro lombares
eléctrico (esforço 08
(reapertos ou repetitivo e má
2 2 4
substituição posicionament
Sala de preparação de reagentes

de material o)
eléctrico)

ACI Limpeza do Lesões


25
quadro oculares
eléctrico devido a
entrada de 1 2 2
poeiras

ACI Limpeza dos Dermatoses


13
2 níveis do por contacto 2 2 4
Leite de cal com químicos
ACI Limpeza dos Lesões
08
2 níveis do lombares 1 2 2
Leite de cal
ACI Manutenção Traumatismos
02
do sinalizador / lesões devido
sonoro do a quedas em 36
telefone altura 2 3 6

Serviços Limpeza da Queimaduras


07
Gerais casa de devido a
banho detergentes e 08
químicos de
2 2 4
limpeza

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 41


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Serviços Limpeza da Queimaduras
07
Gerais sala de devido aos
preparação químicos 08
de químicos presentes no 2 2 4
chão, paredes
ou à volta dos
tanques
Fiscais + Rondas e Traumatismos
02
Operadores Leituras (à / lesões devido 1 2 2
da ETAR noite) a quedas
Todos Passagem Traumatismos
37
/ lesões devido
a queda ao R5
mesmo nível
1 2 2
(choque contra
os bidões)
Sala de preparação de reagentes

Todos Tarefas Intoxicação


38
dentro da sala devido a
de vapores,
preparação poeiras…, 1 2 2
de reagentes resultantes da
preparação de
químicos
Todos Passagem Traumatismos
39
pelo jardim / lesões devido
a quedas R6
dentro da 2 2 4
fossa desta
sala

Fornecedores Entregar os Lesões devido


R7
contentores a queda do
camião
1 3 3

Criar uma zona de armazenagem com bacia de retenção, ao abrigo da


luz solar, protecção da humidade e zonas molhadas entre outras.
(recomendações dos fornecedores de químicos)

Colocar Lava-olhos e chuveiro de emergência (recomendações do


fornecedor de Químicos)
Operadores Lavar sondas Dermatoses
13
da ETAR por contacto
Tanque do Tratamento
Físico-Químico

1 2 2

Operadores Lavar Dermatoses


13
da ETAR agitadores por contacto
1 2 2 40

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 42


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

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Operadores Lavar Afogamento,
02
da ETAR agitadores traumatismo,
(retiram 40
2 3 6
grelhas)
41

Manutenção Manutenção Dermatoses


13
dos por contacto
agitadores com água 2 2 4
lixiviante e
químicos
Manutenção Manutenção Electrização
22
dos
2 3 6
agitadores

Técnicos de Recolha de Traumatismos


02
Laboratório + amostras / lesões devido
Operadores a quedas no 05
Tanque do Tratamento Físico-Químico

da ETAR tanque
1 3 3

  
Técnicos de Recolha de Dermatoses
06
Laboratório + amostras por contacto
Operadores 13
da ETAR 2 2 4

ACI Calibração de Dermatoses


13
sondas por contacto
com água
lixiviante,
químicos 2 2 4
adicionados e
soluções de
calibração

ACI Substituição Dermatoses


13
de sondas por contacto
com água
2 2 4
lixiviante,
químicos
adicionados
ACI Substituição Traumatismos
02
de sondas / lesões devido
a queda
dentro do 1 2 2
tanque por se
extraírem as
grelhas

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 43


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


ACI Substituição Electrização
07
Tanque do Tratamento Físico- de sondas
(quadro
eléctrico das
2 1 2
sondas)
Químico

ACI Substituição Dermatoses


13
da sonda de devido a
caudal contacto com
água
2 2 4

Operadores Lavar o Traumatismo /


02
da ETAR tanque de lesões por
transferência queda em 41
de lamas altura 2 3 6
(retiram as
protecções)

Operadores Activação Traumatismo /


02
da ETAR manual da lesões devido
electroválvula a queda 2 3 6 R3
s (caixa de
visita)
Operadores Activação Intoxicação
18
da ETAR manual da
electroválvula 1 2 2
s (caixa de
Após o tanque

visita)
ACI Verificação da Electrização
07
electroválvula (380 V)
- junto ao 22
tanque 2 3 6

ACI Verificação da Electrização


07
electroválvula (380 V)
-caixa de 22
visita 2 3 6

ACI Verificação da Traumatismos


02
electroválvula / lesões devido
-caixa de a queda em
visita altura (4 m) 2 3 6

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 44


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


ACI Verificação da Escorregar e
42
válvula cair dentro da
Após o tanque monitorizada água da chuva R9
2 2 4
eléctrica - depositada no
caixa de visita fundo da caixa
de visita
ACI Intervenções Intoxicação
02
dentro da
1 2 2
caixa de 18
visita)
Operadores Lavar a Lagoa Traumatismos
02
da ETAR (quando está / lesões devido
vazia ) a queda em 36
altura 2 3 6
43
Lagoa de sedimentação

Operadores Lavar a Lagoa Dermatoses


13
da ETAR (quando está devido a
vazia )e contacto com 21
2 2 4
arrastar o lamas
restante das
Lamas
Operadores Lavar a Lagoa Lesões
04
da ETAR (quando está lombares
vazia) e 08
2 2 4
arrastar o
restante das
Lamas
Operadores Lavagem da Traumatismos
44
da ETAR prensa (1 x / lesões devido
semana; tiram a queda em 1 3 3
protecções altura
móveis)
Operadores Lavagem da Dermatoses
13
da ETAR prensa por contacto 2 2 4
com lama 45
Sala de Prensa de Lamas

Operadores Lavagem do Traumatismos


02
da ETAR circuito da / lesões devido
2 3 6
prensa até ao a queda em 44
contentor (1 x altura
semana; tiram Dermatoses
13
protecções por contacto
móveis) com lama 45
2 2 4

ACI Manutenção Electrização


07
do quadro de 380 v
eléctrico do 46
doseamento
2 3 6
de Lamas

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 45


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


ACI Manutenção Electrização
07
do quadro de 380 v
eléctrico da 46
prensa
2 3 6

ACI Limpar os Traumatismos


44
substituir o / lesões devido
sensor de a queda 1 3 3
posição da dentro do
prensa contentor
ACI Limpar os Entalamentos
07
substituir o
sensor de 1 1 1
posição da
prensa
ACI Retirar o Lesões devido
07
manómetro à pressão
para calibrar / elevada 1 2 2
verificação
metrológica
ACI Manutenção Lesões devido
07
Sala de Prensa de Lamas

do à pressão
pressoestato elevada 1 2 2

ACI Manutenção Dermatoses e


13
de sondas de outras alergias
nível das devido ao
Lamas (andar contacto com
2 2 4
de baixo) as lamas

ACI Manutenção Electrização


07
do quadro de
Lamas (andar 46
de baixo) 1 3 3

Manutenção Manutenção Electrização


07
da bomba de
alimentação à 47
prensa (andar 2 3 6
de baixo)

Manutenção Manutenção Electrização


07
da
electrobomba 47
de
2 3 6
alimentação
aos tanques
(andar de
baixo)

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 46


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Manutenção Manutenção Electrização
07
das bombas
47
doseadora e
agitador de 2 3 6
floculante
(andar de
baixo)
Manutenção Manutenção Electrização
07
do agitador
47
2 3 6

Manutenção Manutenção Lesões devido


07
do ao
1 3 3
compressor rebentamento,
do reservatório
Manutenção Manutenção Electrização
07
do 2 3 6
compressor 47
Sala de Prensa de Lamas

Manutenção Manutenção Perda de


48
do audição, 1 2 2
compressor stress e outros
Manutenção Manutenção Queimaduras
07
do devido a
compressor temperatura 2 1 2
elevada do
motor
ACI Manutenção Lesões devido
07
das válvulas à pressão
pneumáticas 49
2 1 2

Técnicos de Recolha de Dermatoses


13
Laboratório + amostras por contacto
2 2 4
Operadores com lama
de ETAR
Técnicos de Recolha de Traumatismos
02
Laboratório + amostras / lesões devido
Operadores a queda no
2 3 6
de ETAR contentor de
lamas

Motoristas Transporte do Lesões em


R7
(da OTRS e contentor de trabalhadores
fornecedores) Lamas até ao devido a
Aterro queda do
1 3 3
contentor de
lamas na
estrada

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 47


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Fiscais + Rondas e Traumatismos
02
Operadores Leituras / lesões devido 1 2 2
da ETAR a quedas
Todos Passagem Dermatoses e
01
alergias
devido a
2 1 2
respingos de
lamas da
prensa
Todos Trabalhos na Intoxicação
R8
(principalmen sala com
1 3 3
te operadores porta fechada
da ETAR)
Sala de Prensa de Lamas

Todos Subir as Traumatismos


02
escadas / lesões devido
a queda
2 3 6

Colocar sinalização da Aumentar as


localização do estojo de lesões devido
primeiros socorros (norma NP à não
EN 12255-10:2007); Coloca- assistência
lo noutro lugar (ex: junto à rápida de
porta) primeiros
socorros

Operadores Trabalhos Problemas


50
da ETAR escritos no oculares
Gabinete devido à
iluminação
1 2 2
insuficiente
durante a noite

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 48


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

6.1.3. Tratamento da Instalação de Osmose Inversa


 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Operadores Preparação de Queimadura e
13
da ETAR reagentes alergias
devido ao
contacto com
2 2 4
químicos

Operadores Transporte de Lesões devido


08
da ETAR reagentes ao peso
manualmente (movimentaçã
o de cargas) 2 2 4

Operadores Transporte de Lesões


29
da ETAR reagentes com devidas a
1 2 2
empilhador ou quedas de 32
carrinha carga
Operadores Mudança do Irritação /
26
Fora / Zona superior

da ETAR tanque de ácido intoxicação


2 2 4
devido aos
vapores
Operadores Transporte dos Queimaduras
13
da ETAR tanques de e irritação
químicos devido ao 2 2 4 26
rebentamento
do tanque
ACI Manutenção da Lesões devido
04
sonda de nível do a má postura
tanque preto
1 2 2

ACI Manutenção da Traumatismos


02
sonda de pH do / lesões devido
tanque de acerto a queda em 2 3 6 36
de pH (cima) altura

ACI Manutenção/calibr Contacto com


13
ação da sonda de soluções de
pH do tanque calibração,
preto água lixiviante 2 2 4
e ácido

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 49


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

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Manutenção Manutenção do Traumatismos
02
agitador no topo / lesões devido
36
do tanque a queda em
altura 2 3 6

ACI Manutenção de Contacto com


13
bombas ácido
doseadoras de 2 2 4 26
impulso do ácido
clorídrico
ACI Manutenção de Electrização
07
bombas de 220 v
Fora / Zona superior

doseadoras de 2 3 6 47
impulso do ácido
clorídrico
Todos Transporte do Queimaduras
13
tanque, ou com ácido;
realização de irritação 51
alguma actividade devido aos
onde possa vapores 2 2 4
ocorrer um
contacto acidental
com HCL devido
ao respiro
Todos Recomendação do
52
fornecedor -
Proteger os
tanques de HCl
das fontes de
calor e luz solar

Todos Armazenamento de químicos (recomendação do fornecedor)

Operadores Trabalho no Risco


04
da ETAR computador/ ergonómico
Consulta de dados
1 2 2
operacionais

Operadores Trabalho no Problemas


04
da ETAR computador/ oculares
Sala 1

Consulta de dados
1 2 2
operacionais

Operadores Trabalho no Lesões devido


48
da ETAR computador/ ao ruído
Consulta de dados
1 2 2
operacionais

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 50


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


ACI Manutenção e Lesões nos
25
limpeza do quadro olhos devido a
eléctrico principal poeiras por 2 2 4
limpezas com
ar comprimido
ACI Reapertos e Electrização
07
limpeza do quadro
eléctrico principal 2 3 6 47

ACI/Manuten Manutenção do Electrização


07
ção equipamento de
ventilação e 47
aquecimento das
portas 2 2 4

Serviços Limpeza do Queimaduras


07
Gerais gabinete devido a
detergentes e 08
2 2 4
químicos de
limpeza

Serviços Limpeza do Lesões devido


04
Sala 1

Gerais gabinete a esforços


repetitivos 2 2 4
(LER)

Colocar instruções do extintor em


Português, ou comprar um novo

Colocar a uma altura indicada


(norma NP 3064 – Segurança
contra incêndios - extintores)

Colocar sinalização da caixa de


1.º socorros e extintor

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 51


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Operadores Preparação de um Dermatoses e
13
dos químicos queimaduras
semi- devido ao 26
automaticamente contacto com
2 2 4
(introdução da químicos
bomba em cada
reservatório)

Operadores Preparação de um Dermatoses e


13
da ETAR dos químicos queimaduras
26
manualmente devido ao
(roinib ou contacto com
2 2 4
dispergo) químicos

Manutenção Manutenção de Electrização


07
bombas
doseadoras 47
2 3 6

ACI/Manuten Manutenção do Electrização


07
ção equipamento de
ventilação e 47
aquecimento das 2 2 4
Sala 2

portas

ACI Manutenção de Electrização


07
caudalímetro,
sensores de nível 47
2 2 4

ACI Manutenção de Dermatoses


13
sondas de pH e devido a
condutividade contacto com 2 2 4
as soluções e
sondas sujas
ACI Calibração de Lesões devido
08
sondas de pH e a má postura
condutividade 2 2 4

ACI Manutenção de Lesões devido


07
válvulas à pressão
pneumáticas elevada (levar 49
com o tubo na
cara) 2 1 2

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 52


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Todos Todas as Perda de
48
intervenções audição,
realizadas dentro stress e outros
do contentor sintomas
Sala 2

(incluindo rondas) devido ao 2 2 4


ruído

Operadores Substituição dos Dermatoses


13
da ETAR filtros de cartucho devido a
contacto com
o lixiviado 2 2 4

Manutenção Manutenção Entalamentos,


07
Unidade de alta cortes 2 2 4
pressão 14
Manutenção Manutenção Electrização
07
Unidade de alta
pressão 47
2 3 6

Manutenção Manutenção de Lesões devido


08
membranas HT à tarefa
(verificar o binário repetitiva
de aperto)
1 2 2
Sala 3

Manutenção Substituição de Lesões devido


53
membranas HT ao esforço
2 2 4
(alta pressão) físico e
repetitivo
Manutenção Substituição de Contacto com
13
membranas HT água lixiviante
(alta pressão)
2 1 2

Manutenção Manutenção de Electrização


07
bomba 2 3 6
47
Manutenção Manutenção de Lesões devido
08
bomba a má postura
1 2 2

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 53


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Manutenção Manutenção da Cortes e
14
ventilação entalamento 2 2 4

Manutenção Manutenção da Electrização


07
ventilação 2 3 6
47
Manutenção Manutenção da Lesões devido
08
ventilação à postura 2 2 4
(mau acesso)
Manutenção Manutenção da Traumatismos
02
ventilação / lesões devido 2 2 4
a queda
ACI/Manuten Manutenção do Electrização
07
ção equipamento de
ventilação e 47
aquecimento das
2 2 4
portas

ACI Manutenção Lesões devido


08
sondas a má postura
(tiram a 1 2 2
grelha)
Sala 3

ACI Manutenção do Electrização


07
quadro operativo
47
2 3 6

ACI Manutenção de Lesões devido


07
válvulas à pressão
pneumáticas elevada (levar 49
com o tubo na 2 1 2
cara)

ACI Manutenção de Electrização


07
válvula reguladora
(electroválvulas) 47
2 3 6

Todos Todas as Surdez e


48
intervenções outros
realizadas dentro sintomas
do contentor devido ao
2 2 4
(incluindo rondas) ruído

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 54


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Todos Todas as Lesões devido
04
intervenções à vibração
realizadas dentro
Sala 3

do contentor
2 2 4
(incluindo rondas)

Operadores Substituição de Contacto com


13
da ETAR filtros de cartucho água lixiviante

2 2 4

Manutenção Manutenção de Electrização


07
bombas
47
2 3 6

Manutenção Manutenção Entalamentos,


07
Unidade de alta cortes 2 2 4
pressão 14
Manutenção Manutenção Electrização
07
Unidade de alta
pressão 2 3 6 47
Sala 4

Manutenção Manutenção de Lesões devido


08
membranas DT à tarefa
(verificar o binário repetitiva
de aperto)
1 2 2

Manutenção Substituição de Lesões devido


53
membranas DT ao esforço
(baixa pressão) = físico e
49Kg repetitivo
2 2 4

Manutenção Substituição de Contacto com


13
membranas DT água lixiviante
(baixa pressão) =
49Kg
2 1 2

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 55


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Manutenção Manutenção do Lesões devido
07
compressor ao 1 2 3
rebentamento
Manutenção Manutenção do Electrização
07
compressor 2 3 6
47
Manutenção Manutenção do Perda de
48
compressor audição stress 1 2 2
e outros
Manutenção Manutenção do Queimaduras
07
compressor devido à
temperatura 2 1 2
elevada do
motor
Manutenção Manutenção dos Cortes e
14
ventiladores entalamento 2 2 4

Manutenção Manutenção dos Electrização


07
ventiladores 2 3 6
47
Manutenção Manutenção dos Lesões devido
08
ventiladores ao mau 2 2 4
acesso
Manutenção Manutenção dos Traumatismos
Sala 4

02
ventiladores / lesões devido 2 2 4
a queda
Manutenção Manutenção dos Lesões devido
08
amortecedores de a má postura
pulsações das
bombas do 1º e
2ºestágio de baixa 1 2 2
pressão

ACI / Manutenção do Electrização


07
Manutenção equipamento de
ventilação e 47
aquecimento das
2 2 4
portas

ACI Manutenção de Electrização


07
sondas de pH,
condutividade e 47
caudalímetro
2 1 2

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 56


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


ACI Substituição/calibr Contacto com
13
ação de sondas Soluções de
de pH, calibração e
condutividade e água lixiviante
2 2 4
caudalímetro

ACI Substituição/calibr Lesões devido


08
ação de sondas a má postura
de pH,
condutividade e
caudalímetro
2 2 4

ACI Manutenção do Electrização


07
quadro operativo
47
2 3 6
Sala 4

ACI Manutenção de Lesões devido


válvulas à pressão
pneumáticas elevada (levar 07
com o tubo na 2 1 2
49
cara)

ACI Manutenção de Electrização


07
válvula reguladora
(electroválvula) 47
2 3 6

Todos Trabalhos dentro Perda de


48
do contentor audição, 2 2 4
(incluindo rondas) stress e outros
Todos Trabalhos dentro Lesões
04
do contentor associadas à
(incluindo rondas) vibração 2 2 4

Manutenção Manutenção Electrização


(apertos,
Sala 4 - fora

intervenção) do 02
distribuidor de
07
alimentação 2 3 6
47

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 57


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Manutenção Manutenção de Electrização
07
bombas
submersíveis que 47
enviam a água de 2 3 6
lavagem para o
tanque

Manutenção Manutenção de Contacto com


Fora das Salas

13
bombas água de
submersíveis que lavagem
enviam a água de 2 2 4
lavagem para o
tanque

Manutenção Manutenção de Lesões


08
bombas Lombares
submersíveis que devido ao
enviam a água de peso das 1 2 2
lavagem para o bombas (estas
tanque são içadas)

ACI Manutenção do Electrização


07
Quadro eléctrico
47
2 3 6

Manutenção Manutenção das Electrização


07
bombas (10)
47
2 3 6

Manutenção Manutenção das Entalamento e


Sala de bombas

07
Válvulas lesões
musculares
devido à 2 2 4
torção

ACI Retirar o Lesões devido


49
manómetro para à pressão
calibrar elevada
2 2 4

ACI Manutenção de Electrização


07
caudalímetro
47
2 2 4

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 58


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Imagem Risco P S R M


Técnicos de Recolha de Dermatoses
13
Laboratório + amostras por contacto
Operadores
da ETAR
Sala de bombas

2 1 2

Fiscais + Rondas Traumatismos


07
operadores / lesões devido
1 2 2
da ETAR a queda ao
mesmo nível
Colocar um extintor de CO2 para quadros eléctricos
ACI Calibração e Traumatismos
02
manutenção das / lesões devido
2 Tanques na parte de baixo da sala de bombas

sondas de nível da a queda por


parte de cima dos escorregament
2 tanques o em escada 1 2 2
(permeado, (fixas com
concentrado e de guarda
Lavagens) corpos)

ACI Calibração e Traumatismos


02
manutenção da / lesões devido
sonda de nível da a queda em 36
parte de cima do altura
tanque de 2 3 6
Lavagens

ACI Calibração e Afogamento


02
manutenção da devido a
sonda de nível da queda dentro 07
2 3 6
parte de cima do do tanque
tanque de
Lavagens
 

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 59


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

6.1.4. Condições sociais e outras


 

Local Profissional Condições Risco P S R M


Todos Poucos Lesões devido a
trabalhadores erros operacionais 2 2 4 54
(maiores conflitos)

Todos Situação da Lesões devido à


empresa (futuro Desmotivação e
3 2 6 54
incerto) desinteresse que
provoca erros
Operadores da Condições Constipação,
ETAR atmosféricas pneumonias 3 2 6 55
adversas
ETAR

Restantes Condições Constipação,


profissionais atmosféricas pneumonias 55
2 2 4
adversas R10
Operadores da À noite operam Risco de queda
ETAR sozinhos ou outro problema
e não serem 2 2 4 56
prestados os 1ºs
socorros
Operadores da Trabalho por turnos Lesões devido a
ETAR erros na operação 2 2 4 04

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 60


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

6.2. Tabelas com a segunda Avaliação de Riscos


 

Na tabela seguinte é feita uma nova avaliação de riscos mas considerando o método
das matrizes de Falhas em que: grau de risco (GR)= Frequência de exposição(F) X
gravidade do acidente (G) X Probabilidade da ocorrência (P).

Local Profissional Actividade Risco F G P GR


Manutenção Manutenção dos Afogamento,
4 arejadores na lesões por 3  50  1  150
lagoa queda
Manutenção Manutenção dos Infecções,
4 arejadores na alergias 3  15  1  45 
lagoa intoxicações
Manutenção Manutenção dos Electrização
Lagoa de arejadores 3  50  0,5  75 
arejamento
Manutenção Substituir o Traumatismo
cabo dos / lesões
arejadores devido a
quedas na 3  50  1  150
Lagoa,
afogamento

Operadores Traumatismo
da ETAR / lesões por
queda em
3  50  0,5  75 
altura
Lagoa 

Manutenção Manutenção da Electrização


electrobomba
(dentro da 3  50  0,5  75 
estação
elevatória
Manutenção Intervenções Traumatismo
+ ACI dentro da / lesões
estação devido a
Após a Lagoa elevatória queda em
altura
3  50  1  150

ACI Manutenção e Electrização


Substituição de
peças do
caudalimetro
(dentro da
3  50  0,5  75 
estação
elevatória)

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 61


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Risco F G P GR


Operadores Enchimento do Lesões
da ETAR silo da cal dorso-
(diariamente 10
lombares
sacos de 22Kg) (carga
pesada,
torção do
tronco e 6  15  3  270
inexistência
de espaço
para o
trabalhador
se
movimentar)
Preparação de Intoxicação
químicos devido a
produção de
gases por
reacções 6  50  0,5  150
Sala de acidentais
preparação com químicos
de reagentes (Troca de
químicos)
Manutenção das Electrização
Tratamento Físico /químico

Operadores bombas 3  50  0,5  75 


da ETAR doseadoras
Manutenção dos Electrização
agitadores 3  50  0,5  75 
Manutenção da Electrização
electroválvula
3  50  0,5  75 
(tanque do leite
de cal)
Manutenção do Electrização
transportador 3  50  0,5  75 
sem-fim
ACI Manutenção do Traumatismos
sinalizador / lesões
sonoro do devido a 1  50  3  150
telefone quedas em
altura
Operadores Lavar Afogamento,
da ETAR agitadores traumatismo,
(retiram grelhas) 3  50  0,5  75 
Tanque do
tratamento
Manutenção Manutenção dos Electrização
agitadores 3  50  0,5  75 
Operadores Lavar o tanque Traumatismo
da ETAR de transferência / lesões por
de lamas queda em 3  50  0,5  75 
(retiram as altura
Após o protecções)
tanque Operadores Activação Traumatismo/
da ETAR manual da lesões devido
electroválvulas a queda 3  50  0,5  75 
(caixa de visita)

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 62


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Risco F G P GR


ACI Verificação da Electrização
electroválvulas - (380 V) 3  50  0,5  75 
junto ao tanque
ACI Verificação da Electrização
electroválvula - (380 V) 3  50  0,5  75 
Após o
caixa de visita
tanque
ACI Verificação da Traumatismos
electroválvula - / lesões
caixa de visita devido a 3  50  0,5  75 
queda em
altura (4 m)
Operadores Lavar a Lagoa Traumatismos
da ETAR (quando está / lesões
Lagoa de
vazia ) devido a 3  50  1  150
sedimentação
queda em
altura
Operadores Lavagem do Traumatismos
da ETAR circuito da / lesões
prensa até ao devido a
6  50  0,5  150
Tratamento Físico /químico

contentor (1 x queda em
semana; tiram altura
protecções
móveis)
ACI Manutenção do Electrização
quadro eléctrico de 380 v
3  50  0,5  75 
do doseamento
de Lamas
ACI Manutenção do Electrização
quadro eléctrico de 380 v 3  50  0,5  75 
da prensa
Manutenção Manutenção da Electrização
bomba de
Sala de alimentação à 3  50  0,5  75 
prensa de prensa (andar
lamas de baixo)
Manutenção Manutenção da Electrização
electrobomba
de alimentação 3  50  0,5  75 
aos tanques
(andar de baixo)
Manutenção Manutenção das Electrização
bombas
doseadora e
3  50  0,5  75 
agitador de
floculante
(andar de baixo)
Manutenção Manutenção do Electrização
3  50  0,5  75 
electroagitador
Manutenção Manutenção do Electrização
compressor 3  50  0,5  75 

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 63


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Risco F G P GR


Técnicos de Recolha de Traumatismos
Laboratório amostras / lesões
Tratamento Físico

+ devido a
Operadores queda no 3  50  0,5  75 
/químico

Sala de de ETAR contentor de


prensa de lamas
lamas
Todos Subir as Traumatismos
escadas / lesões
10  25  0,5  125
devido a
queda
ACI Manutenção da Traumatismos
sonda de pH do / lesões
tanque de devido a 3  50  1  150
acerto de pH queda em
(cima) altura
Manutenção Manutenção do Traumatismos
agitador no topo / lesões
Fora/parte de
do tanque devido a 3  50  1  150
cima
queda em
altura
ACI Manutenção de Electrização
bombas de 220 v
doseadoras de 3  50  0,5  75 
impulso do
ácido clorídrico
ACI Reapertos e Electrização
limpeza do
Sala 1 3  50  0,5  75 
quadro eléctrico
principal
Manutenção Manutenção de Electrização
bombas 3  50  0,5  75 
Osmose

doseadoras
ACI / Manutenção do Electrização
Sala 2
Manutenção equipamento de
ventilação e 3  50  0,5  75 
aquecimento
das portas
Manutenção Manutenção Electrização
Unidade de alta 3  50  0,5  75 
pressão
Manutenção Manutenção de Electrização
bomba 3  50  0,5  75 
Manutenção Manutenção da Electrização
ventilação 3  50  0,5  75 
ACI Manutenção do Electrização
Sala 3  quadro 3  50  0,5  75 
operativo
ACI Manutenção de Electrização
válvula
reguladora
(electroválvulas) 3  50  0,5  75 

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 64


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

Local Profissional Actividade Risco F G P GR


Manutenção Manutenção de Electrização
3  50  0,5  75 
bombas
Manutenção Manutenção Electrização
Unidade de alta 3  50  0,5  75 
pressão
Manutenção Manutenção do Electrização
compressor 3  50  0,5  75 
Manutenção Manutenção dos Electrização
Sala 4 3  50  0,5  75 
ventiladores
ACIManutenção do Electrização
quadro 3  50  0,5  75 
operativo
ACI Manutenção de Electrização
válvula
3  50  0,5  75 
reguladora
(electroválvula)
Manutenção Manutenção Electrização
(apertos,
Sala 4-fora intervenção) do 3  50  0,5  75 
distribuidor de
Osmose

alimentação
Manutenção Manutenção de Electrização
bombas
submersíveis
Fora das
que enviam a 3  50  0,5  75 
Salas
água de
lavagem para o
tanque
ACI Manutenção do Electrização
Quadro eléctrico
3  50  0,5  75 
Sala de
bombas Manutenção Manutenção das Electrização
3  50  0,5  75 
bombas (10)
ACI Calibração e Traumatismos
manutenção da / lesões
sonda de nível devido a
3  50  1  150
da parte de queda em
3 Tanques na  cima do tanque altura
parte de baixo  de Lavagens
da sala de  ACI Calibração e Afogamento
bombas  manutenção da devido a
sonda de nível queda dentro
3  50  0,5  75 
da parte de do tanque
cima do tanque
de Lavagens
Todos Situação da Lesões
empresa (futuro devido à
incerto) desmotivação
e 6  15  1  90 
desinteresse
Outros

ETAR que origina


erros
Operadores Condições Constipação,
da ETAR atmosféricas pneumonias
adversas 3  15  3  90 

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 65


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

7. MEDIDAS PREVENTIVAS
 

As medidas preventivas devem em primeiro lugar actuar no risco, ou seja


eliminar/reduzir e circunscrever, se não for possível então deverá focar-se no homem
através do afastamento deste à fonte emissora e em último caso protege-lo com
equipamentos de protecção. Na avaliação de riscos foi colocado uma coluna com a
letra “M” que corresponde às medidas preventivas e recomendações. De seguida é
apresentado sob a forma de quadro as medidas e recomendações sugeridas para os
riscos das tarefas encontradas.

M Medidas
1 Trabalhar o mais afastado possível do local de perigo.
Efectuar a tarefa com mais um trabalhador e com rádio de comunicação (se risco
2
for baixo, não necessita de acompanhamento).
3 Efectuar a tarefa de preferência no turno da manhã.
4 Pausa na execução de tarefas; rotação de trabalhadores quando possível.
5 Usar toma amostras.
6 Usar luvas e funil.
7 Formação adequada à tarefa a realizar.
Formação adequada à prevenção do risco envolvido ou primeiros socorros e
8
combate a incêndios.
9 Verificação do estado da rede e sua manutenção.
10 Corte de corrente eléctrica dos arejadores (consignação).
11 Bóia e barra no cais da Lagoa.
12 Barco e coletes salva vidas.
13 Luvas de protecção (químicos e biológicos); lavar as mãos.
14 Luvas contra cortes de contusões.
Luvas com protecção biológica grandes ou usar barra com gancho de madeira na
15
ponta.
16 Fechar a entrada de lixiviado.
17 Limpar as escadas e usar Luvas de borracha para descer.
Abrir as tampas e medir gases antes de entrar um trabalhador (equipamento
18
"EX").
19 Uso de repelente e abrir a tampa tempo antes da intervenção.
20 Limpar mais vezes o filtro para não ficar tão pesado.
21 Usar botas de borracha e calças impermeáveis ou fato integral (fato tyvec).
22 Desligar a tensão.
Se possível esperar que amanheça, senão aumentar a visibilidade (além dos
23
holofotes usar lanternas individuais).
24 Manter as tampas fechadas; passar por fora da vedação.
25 Usar óculos de protecção (com protecção lateral).
26 Usar fato integral (tyvec) e máscara.

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 66


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

M Medidas
27 Nunca abrir as aberturas de inspecção durante o processo de mistura.
28 Antes de Lavar com água devem ser varrido os grânulos polielectrólito.
Formação em empilhador; transporte com garras em posição baixa; confirmar a
29
existência de outros trabalhadores.
Reter o derrame com sacas de areia, avisar imediatamente o técnico de
30
segurança.
Transporte através de empilhador e dentro da sala através de carretas ou
31
transporte de bidões.
32 Assinalar com barreira de acesso; evitar fazer operações próximo do empilhador.
33 Sair da zona contaminada, avisar os colegas e técnico de segurança.
34 Identificação dos reagentes em cima dos tanques.
Evitar que o fornecedor envie químicos diferentes com tanque semelhante no
35
mesmo contentor.
Usar escadas com fixadores de borracha (antiderrapante), se possível fixar a
36
escada no cimo.
37 Retirar material /reagentes nas zonas de passagem.
38 Sistema de ventilação adequado para se fechar a janela.
39 Manter a fossa tapada, no caso de bombagem colocar barreiras.
40 Desligar os agitadores; Consignação.
41 Lavar com água de cima, lavar compartimento um a um (retirar apenas 1 grelha).
42 Drenar a zona molhada antes da intervenção ou evitar contacto.
43 Linha de vida com arnês.
44 Colocar barreiras laterais.
45 Usar um raspador para tirar as lamas.
Desligar o quadro (quando não for impeditivo); Realização de procedimentos de
46
trabalho.
Desligar a tensão (consignar sempre que necessário); Realização de
47
procedimentos de trabalho.
48 Usar protectores auriculares (tampões ou abafadores).
49 Desligar a pressão e eventual realização de procedimentos de trabalho.
50 Colocar candeeiro extra na secretária.
51 Colocar um bidão de 50 L ligado ao dispositivo de absorção de vapores de HCL.
52 Colocar na zona sul placas de protecção; armazenar na parte norte.
53 Usar a alavanca apropriada para Levantar os filtros.
54 Promover ajuda psicológica e esclarecimentos.
55 Vestuário adequado e aquecimento.
Estabelecer contacto com a Sala de Comando da Incineradora de Resíduos
56
Urbanos (IIRSU) logo após a realização da ronda (3 rondas)

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 67


 
 
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Recomendações
Colocação de passadiço ou colocar sistema para retirar o arejador por elevação
R1 ou rotação.
R2 Substituir as tampas por mais pequenas ou "de correr".
Sistema tipo mochila para transporte ; material desce com a primeira pessoa ou
R3 colocado por corda antes de entrada de cada trabalhador.
Alterações urgentes para introdução da cal no silo (sistema de alavanca e Big-
R4 Bag).
Colocar os bidões de Hipoclorito de sódio e de Hidróxido de Sódio e potássio no
R5 armazém de reagentes gerais (devolver ao fornecedor ou dar outro uso).
Fazer protecção à volta da tampa da fossa, ou arranjar outro sistema de
R6 bombagem.
R7 Colocação de sinal de curva perigosa.
R8 Sistema de ventilação adequado e aquecimento.
R9 Fazer uma plataforma de apoio fixo para os pés.
R10 Colocar um telhado na parte da frente da Instalação de Osmose.

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 68


 
 
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8. CONCLUSÃO

A maior parte do trabalho realizado na ETAR é efectuado pelos operadores, no


entanto intervêm também a manutenção, os técnicos de ACI (Automação, Controlo e
Instrumentação), os Técnicos de Laboratórios, Condutores do camião de lamas e a
Funcionária responsável pela Limpeza. São considerados ainda os Fiscais da ETRS
que fazem trabalhos de vigilância.

Atendendo ao curto prazo para a realização deste projecto não foi possível
assistir a todas as actividades de manutenção. A maioria das actividades corresponde
à manutenção preventiva e seguem Planos de Intervenção. Estes planos têm
diferentes periodicidades (semanais, quinzenais, mensais, trimestrais, semestrais e
anuais) e dependem do equipamento ou máquina, das recomendações dos
fornecedores entre outros. As intervenções mais profundas são realizadas uma vez
por ano e são efectuadas com a Instalação totalmente parada durante uma semana. A
próxima paragem anual está programada para o mês de Setembro de 2008, nesta
intervêm técnicos especializados de empresas prestadoras de serviço. Estes realizam
os trabalhos de manutenção com os técnicos de manutenção e ACI (Automação
controlo e Instrumentação) da OTRS, pelo que estão incluídos na avaliação de risco.
Tentou-se suprimir a impossibilidade de acompanhamento das paragens para
manutenção, através de entrevistas aos técnicos da OTRS que executam estes
trabalhos.

Na primeira avaliação de risco efectuada foram detectadas 59 actividades com


risco elevado, relacionadas na generalidade com electrização, traumatismos/ lesões
devido a queda em altura e afogamento. Foram ainda assinaladas nas tabelas de
avaliação algumas recomendações de fornecedores e ainda se levou em consideração
a Legislação aplicável.

Posteriormente as actividades com um risco elevado associado foram sujeitas


a uma segunda avaliação recorrendo a um método mais específico com três variáveis
(Matriz de falhas). Após a avaliação foi detectada uma actividade com valor superior a
200, que indica que é um risco elevado. Esta actividade refere-se ao enchimento do
tanque de cal realizada manualmente pelos operadores, com risco de lesões
lombares. Foram observadas cerca de 20% de actividades de risco moderado e
referem-se na sua maioria a traumatismos / lesões devido a quedas.

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 69


 
 
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Para complementar esta avaliação de riscos sugere-se que se faça uma


medição do ruído, vibração, medição da qualidade do ar na Sala de prensa e Sala de
Preparação de reagentes e análise microbiológicas da água lixiviante.

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 70


 
 
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] - Sousa, João Paulo; Franco, Maria Helena et all; “Riscos dos Agentes Biológicos -
Manual de Prevenção (Informação Técnica 10-Segurança e saúde no trabalho) ”,
IDICT, Lisboa, 200.

[2] – Metcalf & Eddy, In-c. ;“Wastewater Engineering- Treatment and Reuse”, Mc Graw
Hill, 4ª Edição, 2003.

[3]- Cabral, Fernando “Higiene, Segurança, Saúde e Prevenção de Acidentes de


Trabalho - Um guia prático imprescindível para a sua actividade diária”; Dashöfer
Holding e Verlag Dashöfer Edições Profissionais Lda, 1999-2004, Lisboa

[4] - Roxo, Manuel M.; “Segurança e saúde do trabalho: Avaliação e controlo de


Riscos”, Livraria Almedina, 2004.

[5] -Sebentas e documentos de apoio distribuídos nas aulas

[6] – Miguel, Alberto Sérgio S. R. “Manual de Higiene e Segurança do Trabalho”, Porto


Editora, 8ª Edição 2005.

[7] - Macedo, Ricardo; “ Manual de Higiene do Trabalho na Indústria”, Fundação


Calouste Gulbenkian”, 2ª edição, 2004

[8] - Series de divulgação de Saúde e Segurança e Saúde no Trabalho nº13


“Exposição a Agentes Químicos”, IDICT.

[9] Direcção Geral de Saúde, “ Medidas de controlo de agentes biológicos nocivos à


saúde dos trabalhadores - Recomendações gerais”, 2004, Lisboa.

[10] – Site: www.mtas.es/insht

Outras consultas:

• Manuais de equipamentos e planos de manutenção.

• Legislação aplicável

• Normas :

a) NP 4397:2001 – Sistemas de gestão da segurança e saúde do trabalho -


Especificações.

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 71


 
 
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b) NP 1796:2007 – Segurança e Higiene no Trabalho - Valores de limite de


exposição profissional a agentes químicos.

c) NP EN 12255-10 : 2007- Estações de Tratamento de águas residuais – Parte


10: Princípios de segurança.

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 72


 
 
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10. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Regime jurídico de enquadramento (lei de bases):

• Lei n.º 99/2003 de 27 Agosto, Capítulo IV (artigo 272º e seguintes) - Aprova o


Código do Trabalho; e Declaração de Rectificação nº 15/2003 de 28 de
Outubro - rectifica o nº 3 do artigo 166º da Lei e também a alínea b do nº1 do
artigo 296º da mesma Lei.

• Decreto Legislativo Regional. n.º 3/2004/M de 18 Março - Adapta à Região


Autónoma da Madeira o Código do Trabalho.

• Decreto-Lei n.º 441/91 de 14 Novembro (Directiva n.º 89/391/CEE de 12 de


Junho) - Estabelece o regime jurídico do enquadramento da segurança, higiene
e saúde no trabalho.

• Decreto-Lei n.º 133/99 21 de Abril - Altera o Decreto-Lei n.º 441/91 de 14


Novembro.

Locais de trabalho

• Decreto-Lei n.º 347/93 de 1 Outubro - a)- Transpõe a Directiva n.º 89/654/CEE


de 30 Novembro, relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde nos
locais de trabalho.

• Portaria n.º 987/93 de 6 Outubro - Estabelece as prescrições mínimas.

Utilização de equipamentos de trabalho

• Decreto-lei n.º 50/05 de 25 de Fevereiro - Transpõe a Directiva n.º 2001/45/CE


de 27 Junho, relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde para a
utilização pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho.

Movimentação manual de cargas

• Decreto-Lei n.º 330/93 de 25 Setembro - Transpõe a Directiva n.º 90/269/CEE


de 29 Maio, relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde na
movimentação manual de cargas.

Equipamentos dotados de visor

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 73


 
 
Projecto Final do Curso de TSSHT – Avaliação de Riscos da ETAR/ETAL
 

• Decreto-Lei n.º 349/93 de 1 Outubro - Transpõe a Directiva n.º 90/270/CEE, de


29 Maio, relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde respeitantes
ao trabalho com equipamentos dotados de visor.

• Portaria n.º 989/93 de 6 Outubro - Estabelece as prescrições mínimas.

Utilização de equipamento de protecção individual

• Decreto-Lei n.º 348/93 de 1 Outubro - Transpõe a Directiva n.º 89/656/CEE de


30 Novembro, relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde para a
utilização pelos trabalhadores de equipamento de protecção individual no
trabalho.

• Portaria n.º 988/93 de 6 Outubro - Estabelece as prescrições mínimas.

Sinalização de segurança e de saúde

• Decreto-Lei n.º 141/95 de 14 Junho - Transpõe a Directiva n.º 92/58/CEE de 24


Junho, relativa às prescrições mínimas para a sinalização de segurança e de
saúde no trabalho.

• Portaria n.º 1456 - A/95 de 11 Dezembro - Regulamenta as prescrições


mínimas de colocação e utilização da sinalização de segurança e de saúde no
trabalho.

Exposição a substâncias químicas

• Decreto-Lei n.º 275/91 de 7 Agosto - Regulamenta as medidas especiais de


prevenção e protecção da saúde dos trabalhadores contra os riscos de
exposição a algumas substâncias químicas.

• Decreto-Lei n.º 290/2001 de 16 Novembro - Transpõe a Directiva n.º 98/24/CE


de 7 Abril, relativa à protecção da segurança e saúde dos trabalhadores contra
os riscos ligados à exposição a agentes químicos no trabalho, bem como as
Directivas nºs 91/322/CEE de 29 Maio e 2000/39/CE de 8 Junho, sobre valores
limite de exposição profissional a agentes químicos.

• Decreto-Lei n.º 305/2007 de 24 Agosto - Transpõe a Directiva n.º 2006/15/CE


de 7 Fevereiro, que estabelece a segunda lista de valores limite de exposição
profissional indicativos para execução da Directiva n.º 98/24/CE de 7 Abril.
Altera o anexo ao Decreto-Lei n.º 290/2001.

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 74


 
 
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Exposição a agentes biológicos

• Decreto-Lei n.º 84/97 de 16 Abril - Relativo à protecção da segurança e saúde


dos trabalhadores contra os riscos resultantes da exposição a agentes
biológicos durante o trabalho. (Directiva n.º 2000/54/CE de 18 Setembro)

• Portaria n.º 1036/98 de 15 Dezembro - altera a lista de agentes biológicos


classificados para efeitos da prevenção de riscos profissionais, aprovada pela
Portaria n.º 405/98 de 11 Julho.

Exposição ao ruído no trabalho

• Decreto-Lei n.º 182/2006 de 6 Setembro - Prescrições mínimas de segurança e


de saúde em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos
agentes físicos (ruído) - transpõe a Directiva n.º 2003/10/CE de 6 Fevereiro.

Exposição às vibrações no trabalho

• Decreto-Lei n.º 46/2006 de 24 de Fevereiro - Protecção da saúde e segurança


dos trabalhadores em caso de exposição aos riscos devidos a agentes físicos
(Vibrações) – Transpõe a Directiva n.º 2002/44/CE de 25 Junho.

Segurança, higiene e saúde no trabalho na exploração dos sistemas públicos de


distribuição de água e de drenagem de águas residuais

• Portaria n.º 762/2002 de 1 Julho - Aprova o regulamento de segurança, higiene


e saúde no trabalho.

Segurança e higiene do trabalho nos estabelecimentos industriais

• Decreto-Lei n.º 348/93 de 1 Outubro - Transpõe a Directiva n.º 89/656/CEE de


30 Novembro, relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde para a
utilização pelos trabalhadores de equipamento de protecção individual no
trabalho.

• Portaria n.º 988/93 de 6 Outubro - Estabelece as prescrições mínimas.

Ana Catarina Caetano Paiva de Carvalho Página 75


 
 

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