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Jú lia Fragomeni Bicca

CONSTITUCIONAL I – Araldi

Kelsen diz que no ordenamento deve haver uma norma superior para garantir a
eficácia da inferior. Norma hipotética fundamental  jamais provada, sem explicações
plausíveis. Hoje a N.H.F é considerada pelo poder constituinte e pelo povo.

 CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES:
 Sentido sociológico: Lassale, constituição TEM que representar o poder
SOCIAL.
 Sentido Político: Shimmit, constituição = decisão política fundamental,
lei inserida no texto da constituição, mas não contém matéria da
decisão política fundamental. Decisão política do titular do poder
constituinte..
 Sentido jurídico: Kelsen, constituição = norma pura, sentido dever-ser,
sem pretensões sociológicas, politicas ou filosóficas.
CONSTITUIÇÃO LÓGICO JURIDICO = N.F.H, plano do suposto,
fundamento logico transcendental da validade da const. Jurídico
positivista.
PLANO JURIDICO POSITIVO: norma posta, positivada, positivada
suprema. Toda norma vinda de um órgão competente é valida não
importando seu conteúdo.
CLASSIFICAÇÕES:
 Quanto à origem:
 Outorgadas: impostas.
 Promulgadas: democrática, assembleia constituinte, povo.
 Cesarista: imperador, outorgadas, carecem de ratificação popular.
Não existe mais.
 Quanto a forma:
 Não escritas: esparsa ou fragmentada em vários textos, baseia-se
nos usos, costumes, convenções.
 Escritas: coercivas, organizadas, um único documento.
 Quanto ao modo de elaboração:
 Dogmática: escritas, teorias pré-concebidas, dogmas, assembleia
const. as elabora.
 Histórica: lento, derivado do tempo, historia e tradição. Const.
Inglesa.
 Quanto ao conteúdo:
 Materiais: Texto com normas fundamentais e estruturais do estado,
a organização de seus órgãos, os direitos e garantias fundamentais.
 Quanto a estabilidade:
 Rígidas: difícil alterar, processo mais rigoroso.
 Flexíveis: menos dificultoso.
Jú lia Fragomeni Bicca

 Semirrígidas: umas mais flexíveis, outras mais rígidas.


 Imutáveis: impossíveis de mudar.
 Superrígidas: CF 88, difíceis de mudar com algumas cláusulas
pétreas.
 Quanto a extensão e finalidade:
 Analíticas: todos os assuntos que os representante do povo
entendem como fundamentais.
 Sintéticas: enxutas, veiculadoras dos princípios fundamentais, e
estruturais do estado.
 TEORIA DA NORMA CONSTITUCIONAL
 Evolução do estado, constituições, gerações de direito.
 Estado Medievo: absolutista, primeira const. Rei João sem terra,
estado e igreja. Magna carta libertatem, nobreza e clero apenas.
 Estado Liberal: fim absolutismo, 1ª geração do direitos individuais,
estado não pode intervir nesses direitos. Direitos negativos,
burguesia domina. INADEQUADO PARA A SOCIEDADE.
 Estado social: rev. Russa, 2ª geração de direitos, melhora condições
trabalhistas. Direito positivo. Cai burguesia, sobe proletariado, estado
apropria-se de prop. Privadas, desvia dinheiro do povo. INADEQUADO
PARA SOCIEDADE.
 Estado democrático de direito: teoria const. Contemporânea, fim da
2 GM, direitos sociais. Estado liberal+social, 3ª geração, direitos
transindividuais, 4ª manip. genética, 5ª direitos virtuais.
 APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
 Eficácia plena: produzem efeitos imediatamente, não precisam de outra
norma para funcionar. ART 5º Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes...
 Eficácia Limitada: produzem os mínimos efeitos, precisam de uma
norma regulamentadora para viger, ( o que é associação beneficente?
Para alegar que na paga tributos.) ART 195/7 CF.
 Eficácia contida: passível de ser utilizada diretamente, o legislador pode
limitar. (qualquer trab, oficio ou profissão DESDE QUE esteja apto a
isso.)
 Normas programáticas: não são aplicadas ou executadas diretamente,
legislador escolhe o melhor momento para coloca-las em vigor.
 PRINCIPIOS DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
Jú lia Fragomeni Bicca

 Unidade da constituição: tenta vedar existência de antinomias dentro


da const. Sistema unitário de regras e princípios= const. UNIAO ESTAVEL
= H+M -> E OS HOMOSEXUAIS?

 Proporcionalidade e razoabilidade: mecanismos antimpactantes, que o


legislador usa para evitar antinomias, justiça, equidade, bom senso,
prudência, regra de interpretação para todo o ordenamento. Conflito
entre direitos e hierarquias, dois princípios, dois direitos fundamentais.

 ENGENHARIA CONSTITUCIONAL:
 Modos de revisar uma constituição:
 P. constituinte: poder de elaborar ou atualizar uma constituição,
mediante supressão, modificação ou acréscimo de normas
constitucionais.
 Titular do poder constituinte = POVO.
 Agentes do poder constituinte = CONGRESSISTAS ELEITOS.
 Veículos: REVOLUÇÃO, PROCESSOS CONSENSUAIS DE
TRANSIÇÃO, PROCESSOS DE DESCOLONIZAÇÃO.
 Características:
 Inicial: rompe por completo com a ordem jurídica anterior, nova
ordem.
 Autônoma: poder constituinte originário autonomamente estrutura
a nova CF.
 Ilimitado juridicamente: não precisa respeitar os limites postos pelo
direito anterior.
 Incondicionado e soberano na tomada de decisões: não se submete
a NADA.
 Poder constituinte originário: inicial ou inaugural instaura uma nova
ordem jurídica, rompendo com a precedente. Objetivo = criar um novo
estado.
 Subdivisão: histórico, (verdadeiro originário) Revolucionário,
( posterior ao histórico).
 Características: é inicial, autônomo, ilimitado juridicamente,
soberano na tomada de suas decisões.
 Poder constituinte derivado: instituído, secundário, age em decorrência
do que já esta na const. E os atualiza, criado e instituído pelo originário,
tendo que obedecer as regras deste. É reformador, decorrente, revisor.
 Poder constituinte derivado reformador: muda a constituição
através de emendas const.
 Poder constituinte derivado decorrente: estrutura a constituição dos
estados membros.
Jú lia Fragomeni Bicca

 Poder constituinte derivado revisor: devido ao art 3º do ADCT esse


poder não mais se manifesta.
 Poder constituinte supranacional= Europa, cidadania universal,
estabelece uma constituição igual para toda nação.
 Poder constituinte difuso: Subjetivo, de fato, manifesta-se através de
mutações const. Informal e espontâneo, decorre de valores sociais,
políticos e econômicos. A nova interpretação não pode macular os
princípios estruturantes. Agir da sociedade, posteriormente tribunais.
União estável = homossexuais.
 MODOS DE REVISAR UMA CONSTITUIÇÃO:
Iluministas = leis imutáveis, Mudança constante= reforma constante.
 Via permanente – emendas constitucionais:
 Caminho normal estabelecido pela CF.
 Para ter iniciativa 1/3 da câmara de deputados ou do senado fed. Do
presidente da republica, mais metade da assembleia legislativa dos
estados, manifestando-se pela maioria relativa, por iniciativa
popular.
 Votação por maioria de 3/5.
 DIREITO CONSTITUCIONAL INTERTEMPORAL:
 Teoria da revogação: Lei incompatível com a nova const. É suprimida.
 Teoria da recepção: A nova ordem const. Recebe leis e atos normativos
pré-existentes a ele desde que compatíveis com ela. O que não for será
revogado. Não exige compatibilidade formal mas sim material.
 Teoria da repristinação: não é aceita pelo direito const. Ressureição de
uma lei já revogada. A LICC no art 2 & 3 veda a repristinação.
 Teoria da desconstitucionalização: possibilidade de recepção pela nova
ordem constitucional, rebaixa uma norma const. Para lei ordinária. Não
encontra eco na ordem constitucional pátria.
 Vacatio constitutiones: período de tempo da publicação de uma
const. E sua entrada em vigor.
 Direitos adquiridos e a nova constituição: Art 5- XXXVI- a lei não
prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
Princípio da irretroatividade da lei. A constituição pode não aplicar esses
princípios.

 ESCORÇO HISTORICO DAS CONTITUIÇÕES BRASILEIRAS:


 Constituição politica do império do brazil: 1824
 Influencias de B. constant no poder moderador. Perpetuava
imperador no trono.
 Forma unitária de estado, centralização politico administrativa,
monarquia de governo.
Jú lia Fragomeni Bicca

 Território dividido em províncias e não mais capitania hereditárias,


administradas por um presidente nomeado pelo imperador e
exonerado ad nutum.
 Religião católica oficial, outras só em casa, reuniões discretas.
 Reconhece o legislativo, executivo, judiciário, moderador.
 Sufrágio baseado em condições financeiras.
 Constituição da república dos estados unidos do brazil: 1891
 Forma federativa de estado.
 Separação de competências entre união e estados membros.
 Províncias tornam-se estados-federados, com competência
legislativa própria em matéria eleitoral e processual.
 Distrito federal = neutro.
 Previsão tripartite de poder (Montesquieu)
 Habeas corpus
 Igreja e estado separados.
 Constituição da república dos estados unidos do brasil: 1934
 Ruptura da concepção liberal de estado.
 Preocupação com as questões sociais.
 Justiça do trabalho, eleitoral, voto secreto, mulheres com função
publica remunerada votam = cidadãs.
 Mandado de segurança e ação popular.
 Institucionaliza o ministério publico, tribunal de contas, conselhos
técnicos.
 Competência para união legislar sobre mateira eleitoral e
processual.
 STF composto por 11 ministros.
 Constituição dos estados unidos do brasil: 1937
 Polaca
 Federalismo nominal ( estado federal apenas na forma)
 Municípios unidos administram serviços públicos comuns.
 Presidente autoridade suprema com imunidade penal máxima.
 Reduzidos direitos e garantias individuais.
 Retirados mandado de segurança e ação popular.
 Governador nomeia prefeitos.
 Eliminada justiça federal de primeira instância.
 Constituição dos estados unidos do brasil: 1946
 Redemocratização, reconstitucionalização do país.
 Cai Getúlio.
 Repele-se correntes nazi-facistas.
 Declaração de direitos e garantias individuais.
 Traça contornos no campo econômico e social.
Jú lia Fragomeni Bicca

 Constitui postulados constitucionais.


 Bicameralismo, vice-presidente, preside senado federal.
 Propriedades desapropriadas por interesses sociais.
 Reinicia J. trabalho, cria TFRecursos.
 Reintroduz mandado de segurança, e ação popular.
 Tratamento institucional ao MP.
 Constituição do brasil: 1967
 Período crítico.
 Congresso nacional sem legitimidade politica.
 Não podia substituir os projetos apresentados pelo executivo.
 Segurança nacional, centralização orgânica, executivo.
 Modifica sistema tributário.
 Interfere na autonomia dos municípios.
 DF sem representante no senado.
 Salários MP=magistratura
 Suspende direitos individuais e políticos.
 Emenda constitucional de 1969
 Aumenta para 5 anos o mandato presidencial
 Eleições indiretas para governos estaduais
 Eliminação das imunidades parlamentares materiais e processuais.

 PREAMBULO CONSTITUCIONAL:
 Sistemática e conteúdo:
 Inexiste padrão fixo para feitura
 Varia em conteúdo e tamanho
 1824 e 1937 preambulo bastante extensos
 Manifesta os objetivos fixados pelo poder constituinte originário
 Natureza jurídica:
 Não há consenso de opiniões sobre o tema
 Três teses a respeito:
Da irrelevância jurídica: preambulo setor politico e histórico
= brasil. STF
Da eficácia idêntica: eficácia igual a qualquer outro
dispositivo da constituição.
Da relevância especifica: Participa das qualidades jurídicas
da constituição, mas não deve ser confundida com o
articulado.
 Papel do preambulo:
 Conjunto de PRINCIPIOS e não preceitos.
 Força centrípeta ( normas constitucionais e infraconstitucionais)
projeta sua relevância no nível de interpretação
Jú lia Fragomeni Bicca

 Não cria direitos e deveres, serve para interpretação é uma


introdução.
 ESPIRITO DA CONSTITUIÇÃO ( tese da eficácia idêntica) facilita a
compreensão das ideias básicas para entender o significado das
terminologias utilizadas nas disposições constitucionais.

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