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o olhar do Nutricionista
Profª. Drª.Julia Elba de S. Ferreira
jesferreira@globo.com
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TRANSTORNOS ALIMENTARES
TA enfermidades psiquiátricas
DSM-IV
(Diagnostic and Satistical Manual of mental Disorders – 4ª Edition)
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TRANSTORNOS ALIMENTARES
Alterações graves do
comportamento alimentar
BN Alteração na percepção
da forma corporal
(imagem corporal / peso)
TRANSTORNOS ALIMENTARES
Etiologia: multifatorial desenvolvimento
e manutenção
culturais
Fatores
biológicos
sociais psicológicos
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TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fatores biológicos:
comportamento alimentar
TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fatores socioculturais:
padrão de beleza centrado na magreza e suas
representações
X
incentivo ao consumo de alimentos hipercalóricos,
industrializados, “facilidade” no acesso aos
alimentos
Estigma da obesidade (problema Saúde Pública)
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TRANSTORNOS ALIMENTARES
FATORES PSICOLÓGICOS
HOMEM ALIMENTO
relaç
relação emocional e social
fisiológico
Combustível – pode nutrir
emocional
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Ausências ou Excessos na alimentação
X
Fase oral
Amamentação não satisfatória (mãe/filho)
BULIMIA TCAP
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Isto pode vir a ser generalizado para toda a perda que
a criança vivenciar.
Este indivíduo quando adulto tende a evitar emoções
dolorosas associadas à perda sofrida, comendo em
excesso.
Comer ‘de mais’
COMPULSÃO ALIMENTAR
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Ausências na alimentação
x
Fase oral
Já na AN, este imenso vazio interno leva essas
pessoas (simbolicamente) a ter dificuldade para
ingerir e digerir ‘o mundo externo / comida’.
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Imagem Corporal
IMAGEM CORPORAL
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IMAGEM CORPORAL
IMAGEM CORPORAL
Apesar de a imagem corporal ser imaginária, ela pode
ser vivenciada como algo tão real como o corpo
mesmo.
Imagem corporal
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ANOREXIA NERVOSA
ANOREXIA NERVOSA
Relatos isolados desde a antiguidade.
Século 19: conceito de inanição auto imposta foi diretamente
associado a alguma perturbação psiquiátrica.
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ANOREXIA NERVOSA
ANOREXIA NERVOSA
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ANOREXIA NERVOSA
Formulações psicanalíticas aspecto oral da síndrome
(forma de histeria, expressão simbólica da negação da
sexualidade).
ANOREXIA NERVOSA
QUADRO CLÍNICO
∗ Inicia-se de forma típica em mulheres jovens, geralmente na
infância ou na adolescência.
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ANOREXIA NERVOSA
Elas ficam apavoradas com a idéia de ganhar algum peso.
Medo de engordar
ANOREXIA NERVOSA
Há dois tipos de apresentação clínica da doença:
∗Anorexia Nervosa do tipo “restritiva”
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ANOREXIA NERVOSA
Prática de exercícios físicos extenuantes
ANOREXIA NERVOSA
COMPLICAÇÕES CLÍNICAS
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ANOREXIA NERVOSA
As manifestações de desnutrição pode variar, dependendo
do tipo de deficiência dietética.
Osteoporose
Hipotermia
Hipotensão e hiponatremia.
Diminuição da filtração glomerular – edema.
Diminuição do enchimento gástrico, constipação e
aumento de TGO e TGP.
Anemia, leucopenia.
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ANOREXIA NERVOSA
CURSO E EVOLUÇÃO
∗A taxa de mortalidade a longo prazo de pacientes com
anorexia nervosa que se internam em hospitais é de 10%.
ANOREXIA NERVOSA
TRATAMENTO
A integração das abordagens médicas, psicológica e nutricional é
a base da terapêutica.
Equipe Multiprofissional
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ANOREXIA NERVOSA
Internação hospitalar:
∗ pacientes com peso corporal abaixo de 75% do mínimo ideal;
∗ quando estão perdendo peso rapidamente;
ANOREXIA NERVOSA
Nutricionista: importante conhecer características
individuais das pacientes!
Iniciar o processo de orientaç
orientação nutricional com
dietas de baixo valor caló
calórico (desnutriç
(desnutrição / risco
de complicaç
complicações com dietas hipercaló
hipercalóricas
Síndrome realimentação,, ex.: falência cardí
cardíaca).
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ANOREXIA NERVOSA
OBSERVAÇÕES:
O uso de medicamentos não é o objeto principal do
tratamento, mas, na maioria das vezes, é necessária.
As pesquisa iniciais com agentes estimulantes de
apetite, não foram promissoras.
O uso de antidepressivos é comum.
Sua utilização é cautelosa, tendo em vista as
freqüentes anormalidades clínicas associadas.
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BULIMIA NERVOSA
BULIMIA NERVOSA
Aspectos históricos
Temo bulimia deriva do grego (bônus = boi;
limos= fome) “uma fome tão grande que a pessoa
poderia comer um boi”.
Os relatos médicos começaram a utilizar termos
semelhantes como bulimia desde o século 15.
Em 1940 o comportamento bulímico passou a
ganhar uma descrição mais detalhada e
independente da anorexia nervosa.
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BULIMIA NERVOSA
Aspectos históricos
A evolução gradativa do conceito passou a relacionar o
termo bulimia com uma síndrome clínica mais
específica e que não estaria, necessariamente, associada
a anorexia nervosa.
Comportamento bulímico
BULIMIA NERVOSA
Aspectos históricos
Bosking White (1976): termo ‘bulimarexia’
tentativa de descrever a síndrome
bulímica sem o transtorno do peso.
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BULIMIA NERVOSA
DSM-III
BULIMIA NERVOSA
EPIDEMIOLOGIA
Característico das mulheres jovens;
Prevalência: 1 a 3% em adolescentes ou mulheres jovens.
A BN também é rara em homens e a sua ocorrência é de
aproximadamente 1:10 daquela observada nas mulheres.
A sua incidência em serviços de atenção primária parece ser
de 11,4 por 100.000 habitantes por ano.
(APPOLINÁRIO, 2000)
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BULIMIA NERVOSA
EPIDEMIOLOGIA
BULIMIA NERVOSA
ETIOLOGIA - multifatorial
Fatores socioculturais etiologia da BN
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BULIMIA NERVOSA
QUADRO CLÍNICO
BULIMIA NERVOSA
QUADRO CLÍNICO
Vômito auto-induzido: forma de comportamento
compensatório mais freqüente (cerca de 90% dos
casos).
Serve como “alívio” para o desconforto físico
secundário à hiperalimentação e uma redução do
medo de ganhar peso.
A sua freqüência é variável, podendo ser de um até
dez ou mais episódios por dia.
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BULIMIA NERVOSA
QUADRO CLÍNICO
BULIMIA NERVOSA
QUADRO CLÍNICO
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BULIMIA NERVOSA
QUADRO CLÍNICO
BULIMIA NERVOSA
COMPLICAÇÕES
Conseqüência dos episódios de ingestão alimentar excessiva
ou das práticas compensatórias utilizadas.
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BULIMIA NERVOSA
COMPLICAÇÕES
Comportamentos bulímicos: conduzem a
desidratação e alcalose metabólica.
50% das pacientes apresentam anormalidade
hidroeletrolíticas, a hipocloremia e a
hipopotassemia as mais observadas.
A hiponatremia, hipofosfatemia e a
hipomagnesemia encontram-se também descritas.
BULIMIA NERVOSA
COMPLICAÇÕES
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BULIMIA NERVOSA
CURSO E EVOLUÇÃO
Os comportamentos alimentares alterados parecem
apresentar um padrão persistente e estável, durante vários
anos.
BULIMIA NERVOSA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Deve ser feito com a anorexia nervosa do tipo purgativo e
TCAP.
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Nutricionista: atenção para os
comportamentos de risco para TA
Avaliação Nutricional:
√ Atividade física:
- Preocupação excessiva / tipo de exercício, horas
freqüência na semana (não esquecer das “atividades
bobas”);
√ Atitudes perante os alimentos:
- Desinteresses, aversões, tabus, intolerância e
preferências alimentares;
√ Uso de medicamentos
- Laxantes, diuréticos, suplementos alimentares, fórmulas
para emagrecer;
√ Informações adicionais:
- Ingestão de líquidos, número de refeições, horários e local,
presença de outras pessoas durante as refeições (influência
das mesmas) / prazer em demonstrar auto controle.
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Nutricionista: atenção para os
comportamentos de risco para TA
Avaliação antropométrica: IMC=17,5 kg/m² +
medo engordar pode indicar quadro de AN.
Avaliação dietética: questionamentos não
indutivos sobre o consumo alimentar – dificuldade
– fidedignidade das informações:
- Conscientização da paciente (necessidades
nutricionais);
- Acreditam ter grande conhecimento sobre nutrição.
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Nutricionista: atenção para os
comportamentos de risco para TA
Características da alimentação (AN)
- Exclusão de gorduras (preparo) e CHO simples (↓ complexo);
- PTN: normalidade - utilização comprometida pelo organismo.
Melhor aceitação leite e derivados desnatados, frango e peixe.
Comum tornar-se vegetariana com evolução
- ↑ fibras; ↓ sal
- Omissão de refeições intermediárias; Refeições feitas no mesmo
horário – longa duração
- Água: alto consumo ↔ saciedade / eliminação ↔ ↓peso e
volume
- Montagem : dispostos no prato de forma isolada.
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TRATAMENTO NUTRICIONAL NOS
TRANSTORNOS ALIMENTARES
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TERAPIA NUTRICIONAL NOS TA
Terapia Nutricional
Abordagem cordial
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TERAPIA NUTRICIONAL NOS TA
educacional experimental
FASE EDUCACIONAL
- Definição de princípios e conceitos sobre alimentos
(‘por que’ e ‘como’ o corpo responde à inanição e aos episódios
de compulsão e purgação)
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TERAPIA NUTRICIONAL NOS TA
A objetivos da fase experimental:
- separar comportamentos relacionados com o alimento e com
o peso de sentimentos e questões psicológicas;
- incrementar as mudanças de comportamentos alimentares até
que o padrão de consumo alimentar esteja normalizado;
- aumentar ou diminuir o peso gradativamente;
- orientar a manutenção de um peso adequado, sem
comportamentos anormais de alimentação e controle de peso;
- orientar o comportamento com o alimento em ocasiões
sociais.
(ADA, 1994)
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Considerações finais...
Importante refletir
Culpabilização X Vitimização
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