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Resumo
O artigo enfoca a evolução dos trabalhos desenvolvidos pelos Grupos
Tarefas instituídos pela International Organization of Standadization
na construção da Norma ISO 26000 de Responsabilidade Social, dada
a importância do estabelecimento de um conceito mundialmente
aceitável e aplicável, que promova o fortalecimento das relações e
ações, oferecendo diretrizes e orientações a organizações de quaisquer
portes, naturezas e localização quanto a sua inclusão em seus próprios
sistemas de gestão.
Como contribuição, apresenta um panorama de reconhecimento da
matéria através de pesquisa aplicada em instituição de ensino de
cursos profissionalizantes do país.
A pesquisa classifica-se como: Aplicada, por tratar-se de material de
contribuição instrutiva. Qualitativa, por sua consistência analítica e
interpretativa quanto aos instrumentos literários específicos
disponíveis. Bibliográfica, por advir de material já publicado,
constituído por Documentos Legais, Normas, artigos, livros e notas.
Apresenta uma revisão literária de material existente relacionado à
Responsabilidade Social, concluindo com as considerações potenciais
observadas para os próximos trabalhos rumo a ISO26000.
Abstract
The article focuses the evolution of the works developed for the Groups
Tasks instituted for the International Organization of Standardization
in the construction of Norma ISO 26000 of Social Responsibility, given
the importance of the establishment of a world-wide acceptable and
applicable concept, that promotes and fortify relations and action,
offering lines of direction and orientation the organizations of
transports, natures and localization how much its inclusion in its
proper systems of management.
As contribution, it presents a view of recognition of the substance
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1. INTRODUÇÃO
Estudiosos dos mais diversos segmentos políticos e ideológicos observam que nossos
dias assinalam o ressurgimento de um espírito ativo e participativo de cidadania a refletir-se
em âmbito mundial, imputando tanto à sociedade quanto às empresas a manutenção de uma
postura digna diante do cumprimento dos próprios deveres e obrigações, considerando o
descontentamento ante a vulnerabilidade de sobrevivência e sustentabilidade.
Ressalta Smith (1776) que:
“A riqueza das nações decretará a superioridade da indústria sobre a agricultura, do
lucro e da mais valia sobre a renda, da moeda sobre a troca, do egoísmo sobre a
caridade”.
“Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos o
nosso almoço, mas do interesse que têm no próprio lucro pessoal”.
“Deus implantou no homem certos instintos, entre os quais o de trocar. Os homens
são naturalmente assim. Se o governo se abstiver de intervir nos negócios, a “ordem
natural” atuará”.
Nesta citação sente-se claramente que dia-a-dia o considerado imprescindível ontem
pode não ocupar posição tão privilegiada no hoje e no amanhã. Torna-se de vital importância
que toda a essência do obtido não seja descartada ou menosprezada, pois pode encerrar
facilitadores à evolução. É de pleno conhecimento da humanidade que a maior dádiva nos foi
concedida: a vida! Cabe promovê-la conscienciosa e dignamente para poder usufruí-la com
qualidade.
Porém, como anda tal promoção?
– Notícias locais e externas das mais diversas áreas do planeta denotam o momento
preocupante que designa um imediato e consistente levante rumo à restauração de uma
sociedade fragilizada por tantos desafios, carente de competências até então fugazes,
enlevando o espírito de cumplicidade da humanidade.
Contudo, simples homens terão tal capacidade?
-Há muito, salienta a antropóloga Margaret Mead (1962) em sua sapiência:
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Neste aspecto, observa-se que por insegurança ou cobiça, diversos países envolvem-
se em pesquisas e processos para produção de armas que garantam de alguma forma a
estabilidade e continuidade de sua espécie, sem ater-se ao fato de que a humanidade constitui
“uma espécie única”, que se vê ameaçada de extinção pela própria sombra e semelhança.
Tanta complexidade advinda do ser humano, ainda permite que diversidades regionais
estabeleçam agravante no contexto mundial, demandando que a simples adoção diferencial de
credos, instigue e culmine em desconfiança e desavença.
Como se observa, os desafios discriminados remetem ao descaso à cadeia de
princípios estabelecidos desde a antiguidade, cabendo à humanidade ainda não contaminada
por tais efeitos, uma ação imediata no resgate da própria essência, considerando o resguardo
individual das particularidades, bem como os direitos, deveres e obrigações de todos para com
a sociedade.
Ressalta Amoroso (2002) que, a linha mestra das ações sociais deve nascer de uma
visão profunda da relação “governo – empresa – homem – natureza”, estabelecendo um ciclo
natural ou cadeia de ligação que, como um Princípio deve ser cultivado.
Assim surge a Responsabilidade Social empresarial, como o produto de uma mudança
radical no modo de pensar e negociar, considerando a obrigatoriedade da inserção de padrões
éticos nos trabalhos a desenvolver, uma vez seus adeptos promoverem, absorverem e
utilizarem regras “comuns”, considerando-as fator fundamental tanto ao crescimento quanto à
sustentabilidade dos sistemas.
2. OBJETIVO
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3. METODOLOGIA
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4. DESENVOLVIMENTO
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1ª Reunião Plenária
Realizada de 07 e 11 de março de 2005, em Salvador-BA, Brasil, estabeleceu a forma
organizacional para a discussão de aspectos, fundamentos e estratégias visando à promoção e
distribuição dos trabalhos.
2ª Reunião Plenária
Realizada de 26 a 30 de setembro de 2005, em Bangkok, Tailândia, estabeleceu a
estrutura da norma, considerando a discussão de 1200 (hum mil e duzentos) comentários
emitidos.
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3ª Reunião Plenária
Realizada de 15 a 19 de maio de 2006, em Lisboa, Portugal, promoveu a análise
crítica da primeira minuta da norma, definindo conceitos essenciais, articulação e abrangência
de princípios gerais, substantivos e operacionais, considerando a discussão de 2140 (dois mil,
cento e quarenta) comentários emitidos.
4ª Reunião Plenária
Realizada de 29 de janeiro a 02 de fevereiro de 2007, em Sidney, Austrália, promoveu
a análise crítica da segunda minuta da norma e assuntos gerais, considerando a discussão de
5176 (cinco mil cento e setenta e seis) comentários emitidos.
5ª Reunião Plenária
Realizada de 05 a 09 de novembro de 2007, em Viena, Áustria, promoveu a análise
crítica da terceira minuta da norma e assuntos gerais, considerando a discussão de 7225 (sete
mil, duzentos e vinte e cinco mil) comentários emitidos.
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direta dos resultados obtidos pela transformação almejada - em sua maioria parece
desconhecer a própria realidade ou até mesmo, por falta de engajamento no processo, age com
descaso ou negligência ao amanhã.
Procurando constituir bases a tais questões, a autora elabora pesquisa estabelecida
através de amostra composta por 158 (cento e cinqüenta e oito) freqüentadores de cursos
técnicos especiais, submetidos a processo seletivo com exigência de conclusão de, no mínimo,
o nível médio de ensino, revelando a precariedade de informações disponibilizadas à faixa da
população em formação, cuja atuação é imprescindível na sustentação das intenções a serem
formuladas, sem descartar a probabilidade do próprio desinteresse sobre o tema, vistas à
realidade degradante evidenciada na atualidade.
Assim, demonstram-se através dos gráficos abaixo, as características da amostra.
11%
Homens
Mulheres
89%
50% 50%
De 18 a 25 anos De 26 a 40 anos
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16%
84%
Ensino Médio Graduação
38%
62%
Atuante Desempregado
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12%
cursos específicos
35%
atuação profissional
25%
cursos
profissionalizantes
publicações e mídia
28%
Qualidade
Saúde e Segurança
Trabalho
6% Responsabilidade
Social
13%
18% Nenhum
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Sim
Não
4. “A maioria das empresas tentam ser socialmente responsáveis para melhorar a própria
imagem e não por que querem realmente contribuir positivamente com a sociedade.”
10%
18%
Concordam
Não concordam
Não sabem
72%
5% 4%
Pobreza e
Desigualdade
Degradação e
Exploração Amb.
53%
38% Terrorismo e
Armamento
Conflitos
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10%
Conhecem e
acompanham
Não conhecem
90%
5. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
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população ativa e, não uma inserção eletiva ou optativa após o ensino médio, quando o
indivíduo busca o aprimoramento ou especialização de sua formação. Tal cenário denota uma
necessária e intensa divulgação intensa atingindo os diversos segmentos da economia do país,
visando impactar positivamente a conscientização e participação da população nacional,
promovendo o fortalecimento da educação e formação dos indivíduos, de maneira a não se
prover um instrumento de atuação imediata e sim, que estabeleça soluções permanentes e
confiáveis. Assim, no atual momento crítico evidenciado por aflições e promessas, permite
almejar a equanimidade de uma sociedade universalmente sustentável, objetivando que esse
notório esforço, além de reconhecido, não seja desperdiçado pelas futuras gerações.
6. REFERÊNCIAS
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