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Poluição atmosférica

O crescimento econômico registrado nas últimas décadas constitui o grande


responsável pela degradação da qualidade do ar, tornando a poluição atmosférica
uma questão de saúde pública.

A poluição atmosférica é definida como a introdução na atmosfera de


qualquer matéria ou energia que venha a alterar as propriedades da mesma,
afetando a vida das espécies animais ou vegetais que dependem ou tenham contato
com essa atmosfera, ou mesmo que venha a provocar modificações físico-químicas
nas espécies minerais que tenham contato com ela. (Refere-se a alterações que
pode causar impacto a nível ambiental ou a saúde humana, através da
contaminação por gases, partículas sólidas, liquidas em suspensão, material
biológico ou energia.)

Qualquer contaminação do ar por meio de desperdícios gasosos, líquidos,


sólidos, ou por quaisquer outros produtos que podem vir (direta ou indiretamente) a
ameaçar a saúde humana, animal ou vegetal, ou atacar materiais, reduzir a
visibilidade, produzir odores indesejáveis, diminuir a intensidade da luz, pode ser
considerada poluição atmosférica. Esta poluição causa ainda mais impactes no
campo ambiental, tendo ação direta no aquecimento global, sendo responsável por
degradação de ecossistemas e potenciadora de chuvas ácidas
Os países industrializados são os maiores produtores de poluentes, enviando
anualmente bilhões de toneladas para a atmosfera.
O seu nível de concentração no ar é dado pelo número de microgramas de
poluente por m3 de ar, ou, no caso do gases, em termos de partes por milhão (ppm),
o que expressa o número de moléculas do poluente por um milhão de moléculas
constituintes do ar.
Fontes de Poluição

As fontes de poluição atmosférica são variadas e classificadas como


antropogénicas ou naturais, dependendo das causas das suas emissões, ou de
acordo com a sua especificidade e dispersão territorial e temporal.

Poluição Antropogénicas Poluição gerada por carros, fábricas, aerossóis,


produção de energia, evaporação de químicos voláteis, emissão de poeiras como se
verifica nas indústrias madeireiras e de extração mineira

Naturais; Emissões provenientes de vulcões, fornirias, metanos emitidos


naturalmente por animais, fumos e fuligem de incêndios florestais, libertação de
compostos radioativos por rochas, como no caso do rádon.

Fatores que provocam alterações no ar

A alteração na constituição química do ar através dos tempos indica que o ar


continua se modificando na medida em que o homem promove alterações no meio
ambiente. Até agora esta mistura gasosa e transparente tem permitido a filtragem
dos raios solares e a retenção do calor, fundamentais à vida. Pode-se dizer, no
entanto, que a vida na Terra depende da conservação e até da melhoria das
características atuais do ar.

Os principais fatores que têm contribuído para provocar alterações no ar são:


-A
poluição atmosférica pelas indústrias, que em algumas regiões já tem provocado a
diminuição da transparência do ar;
-O aumento do número de aviões supersônicos que, por voarem em grandes
altitudes, alteram a camada de ozônio;
-Os desmatamentos, que diminuindo as áreas verdes causam uma diminuição na
produção de oxigênio;
-As explosões atômicas experimentais, que liberam na atmosfera grande
quantidade de gases, de resíduos sólidos e de energia;
-Os automóveis e indústrias, que consomem oxigênio e liberam grandes
quantidades de monóxido de carbono (CO) e dióxido de carbono (CO2). Todos
estes fatores, quando associados, colocam em risco o equilíbrio total do planeta,
podendo provocar entre outros fenômenos, o chamado efeito estufa, que pode
provocar um sério aumento da temperatura da terra, o que levará a graves
conseqüências.
Como se define poluição do ar.

A poluição do ar é definida como sendo a degradação da qualidade do ar com


resultado de atividades que direta ou indiretamente:

a- prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;


b- criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c- afetem desfavoravelmente a biota.
d- afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e- lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais

Algo sério e urgente deve ser feito, pois a grande quantidade de partículas sólidas
em suspensão e os gases tóxicos que têm sido lançados na atmosfera, a diminuição
dos níveis de oxigênio da atmosfera e a contínua interferência do homem nos ciclos
biogeoquímicos, caso não ocorra uma reversão, podem comprometer o futuro das
populações animais e vegetais. Em muitos lugares a qualidade de vida da população
já se encontra seriamente comprometida.
Os problemas do ar são as substâncias ou misturas
de substâncias, em estado líquido, sólido e gasoso, que direta ou indiretamente são
dispersos na atmosfera, provocando alterações na sua composição. Os poluentes,
pela dispersão que têm na atmosfera. Pode ser agrupados em primários e
secundários.

Poluente

Poluente; Material presente na atmosfera, a partir de fontes naturais ou


antropogénicas, atingindo uma concentração ou um nível tal, que se observa
qualquer efeito adverso. Poluentes primários
são aqueles liberados diretamente das fontes de emissão, Estão presentes na
atmosfera na forma em que são emitidos. Como o dióxido de enxofre (SO2), o sulfeto
de hidrogênio (H2S), os óxidos de nitrogênio (NOx), a amônia (NH3), o monóxido de
carbono (CO), o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4).
Poluentes secundários são aqueles formados na atmosfera através de
reação química entre poluentes primários e componentes naturais da atmosfera,
entre dois ou mais poluentes, se destacando o peróxido de hidrogênio (H2O2), o
ácido sulfúrico (H2SO4), o ácido nítrico (HNO3), o trióxido de enxofre (SO3), os
nitratos (NO3ˉ), os sulfatos (SO42-), o ozônio (O3). Exemplos: o dióxido de enxofre
(SO2) dá origem ao gás sulfúrico(SO3), pela ação do oxigênio natural do ar, ou do
ozônio, O SO3, por sua vez, reage com o vapor de água existente no ar formando
uma neblina de ácido sulfúrico. Dos poluentes apresentados têm-se como os
maiores causadores de efeitos sobre o ambiente e a saúde, o dióxido de carbono, o
monóxido de carbono, o dióxido de enxofre, o óxido de nitrogênio e o chumbo.

A atmosfera

A atmosfera é a camada gasosa da biosfera, indispensável para a vida na


Terra. Além de partículas de poeira, grãos de pólen, microorganismos e sais
marinhos, entre outros, ela é composta por uma mistura de gases: 79% de
nitrogênio, 20% de oxigênio e 1% de outros gases, entre os quais se incluem dióxido
de carbono, vapor d'água e gases raros (argônio, neônio, hélio, criptônio, ozônio,
etc.), assim chamados porque existem em quantidades muito pequenas.
Mas é na baixa atmosfera ou troposfera, porção onde vivemos que ocorrem
os efeitos nocivos dos produtos das atividades humanas. De acordo com alguns
cientistas, um aumento consecutivo da temperatura à superfície da Terra, provoca
uma alteração climática o que leva a um aumento de ondas de calor, cheias e
conseqüentemente do aumento no número de doenças infecciosas através da
proliferação de pestes.

Um caso bastante atual refere-se ao fenômeno do El Niño, um aumento de


temperatura no sistema oceânico, que deu origem a uma onda quente por todo o
mundo. Como resultado direto, verificou-se uma deslocação dos mosquitos
responsáveis pela propagação da malária e febre amarela para regiões temperadas
a altitudes mais elevadas, atacando os grupos de pessoas mais vulneráveis da
sociedade.
A variação climática irá provavelmente aumentar a freqüência de dias de
intenso calor, o que representa um aumento do número de mortes.
Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aquecimento global está
ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente,
derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc.), na atmosfera.
Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de
carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o
famoso efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois, estes gases absorvem grande
parte da radiação infravermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor.
Poluição do ar

A poluição do ar é produzida como resultado da queima de combustíveis


fósseis, como o petróleo e o carvão. Esses combustíveis foram formados durante
milhares de anos a partir de plantas e animais mortos. Os depósitos se formavam e
eram finalmente cobertos por outras rochas e comprimidos.
A poluição que sai das chaminés é levada pelo vento. Uma parte dela pode
permanecer no ar durante uma semana ou mais, antes de se depositar no solo.
Nesse período ela pode ter viajado muitos quilômetros. Mesmo um vento fraco de 16
Km/h poderia transportá-la para além de 1600 km em cinco dias. Quanto mais a
poluição permanece na atmosfera, mais a sua composição química se altera,
transformando-se num complicado coquetel de poluentes que prejudica o meio
ambiente.
A concentração dos contaminantes reduz-se à medida que estes são
dispersos na atmosfera, o que depende de factores climatológicos, como a
temperatura, a velocidade do vento, o movimento de sistemas de alta e baixa
pressão e a interação destes com a topografia local, montanhas e vales por
exemplo. A temperatura normalmente diminui com a altitude, mas quando uma
camada de ar frio fica sob uma camada de ar quente produzindo uma inversão
térmica, a dispersão ocorre muito lentamente e os contaminantes acumulam-se
perto do solo. Para analisar a dispersão, recorre-se a modelos de dispersão
atmosférica, que são modelos computorizados onde através de formas matemáticas
complexas são simulados os comportamentos físico e químicos dos contaminantes,
podendo caracterizar ou prever a acção dos mesmos no meio envolvente.

Na saúde

Em algumas regiões, respirar ar puro implica ameaças a saúde, especialmente para


os mais velhos e os que sofrem de asma, ou outros problemas respiratórios, ou,
ainda, para aqueles que têm um problema cardíaco

A concentração de poluentes atmosféricos está relacionada ao aumento de


admissões hospitalares e à mortalidade por doenças respiratórias e
cardiovasculares. Crianças, idosos e indivíduos doentes são as principais vítimas.
No entanto, mesmo as pessoas que não se enquadram nesse perfil sofrem os
efeitos da poluição. Estima-se que os níveis atuais de poluição em São Paulo
reduzam a expectativa de vida em cerca de um ano e meio, devido a três motivos
principais: câncer de pulmão e vias aéreas superiores; infarto agudo do miocárdio e
arritmias; e bronquite crônica e asma

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