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NOÇÕES DE CUSTOS
Despesas Resultado
Fonte: C.R.C do estado de São Paulo. Curso de contabilidade de custos. Adaptada 1992, p. 18.
produtivo.
Nota-se que os gastos são diferenciados de acordo com sua aplicação, podendo ser
considerados como: custo, despesa ou investimento quando os serviços ou bens adquiridos
são prestados ou passam a ser de propriedade da empresa.
Ao comprar a matéria-prima, por exemplo, pode-se denominá-la como gasto de
investimento, uma vez que a mesma ainda não foi utilizada no processo produtivo e será
contabilizada temporariamente em uma conta do ativo circulante (estoque); mas quando ela
for requisitada pelo setor de produção para integrar o processo de fabricação, será
considerada como custo, pois será consumida na produção de bens ou serviços, assim sendo
será baixada da conta do ativo e transferida para custos.
Já o termo despesa, mesmo sendo considerada como gasto, não contribui para a
transformação da matéria-prima em produto acabado, por tratar-se de um sacrifício para
obtenção da receita, pois se refere a gastos administrativos com vendas e também às
despesas financeiras, integrando a demonstração de resultado do exercício do período em
que incorre.
Normalmente, as despesas são aqueles gastos administrativos e de comercialização,
necessários para colocar determinado produto no mercado.
Vale dizer que somente os valores relevantes que possuem visível e claramente uma
parte relacionada com os custos e outra relacionada com as despesas por critérios não muito
arbitrários é que devem ser divididos nos dois grupos.
Dessa forma, os gastos com embalagens, os salários dos funcionários da produção, a
matéria-prima são denominados custos enquanto participam do processo produtivo. Como
despesas pode-se ter: os salários e encargos sociais dos funcionários do departamento de
vendas, a energia elétrica consumida no escritório, os gastos com combustíveis para colocar
o produto a venda, os gastos com refeições do pessoal do escritório, os impressos e
materiais de uso no escritório, o aluguel, os impostos, as assinaturas em jornais e outros.
Além das terminologias mencionadas, há também as perdas, as quais ocorrem por
fatores externos, de força maior ou até da atividade produtiva normal da empresa.
As perdas anormais são gastos que não fazem parte dos planos da organização,
podendo ocorrer a qualquer momento e até alguns deles podem provocar a descontinuidade
da organização, como é o caso de perdas por incêndios ou enchentes, nesse caso, sendo
consideradas da mesma natureza que as despesas e lançadas diretamente contra o resultado
do período.
Já as perdas normais são aquelas pequenas quantidades de materiais que acabam
sendo desperdiçadas naturalmente durante o processo produtivo, as quais são consideradas
como custos do período por serem decorrentes de valores previsíveis que são sacrificados
na busca da obtenção de receitas.
Finalmente, o desembolso caracteriza-se como o momento do pagamento,
resultante de uma aquisição de bem ou serviço efetuada pela entidade, sendo este no
momento da ocorrência do efetivo gasto ou então após o mesmo, como é o caso do
pagamento de uma compra de materiais para o escritório com a opção de se efetuar o
pagamento a vista (no momento do gasto) ou a prazo (após a ocorrência do gasto). Há
também desembolso antes do gasto, quando, por exemplo, efetua-se um depósito na conta
do fornecedor sem que ele tenha enviado a mercadoria solicitada.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ 4
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – DCC – CURSO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
DISCIPLINA: Sistemas Contábeis - PROF.ª Kerla Mattiello
2 Elementos de Custos
MATERIAL DIRETO
Os materiais diretos são aqueles itens que são aplicados diretamente no produto
acabado, ou seja, fazem parte do produto final. Os componentes do material direto são
representados por: matéria-prima, material secundário e material de embalagem.
a) MATÉRIA- PRIMA
b) MATERIAL SECUNDÁRIO
c) MATERIAL DE EMBALAGEM
São aqueles materiais que embalam o produto para posterior venda e são
classificados dentro de material direto, porque também são facilmente identificáveis com o
produto. Para melhor identificar o material diretamente aplicado ao produto quando em sua
fase de conclusão, observe o exemplo: Na fabricação de cadeiras, a madeira é conhecida
como matéria-prima, os parafusos são identificados como materiais secundários e como
material de embalagem o papelão onde é acondicionada a cadeira que conclui o produto
acabado e deste se torna parte.
dizer que são os custos com as horas trabalhadas pela fábrica para a elaboração do produto.
A mão-de-obra direta é que transforma os materiais diretos em produto acabado.
Vale dizer que a mão-de-obra direta, que também poderá ser tratada apenas como
MOD, pode ser definida como o “custo de qualquer trabalho humano diretamente
identificável e mensurável com o produto”.(CREPALDI, 1999, p.49).
Para efetuar o cálculo da Mão-de-obra direta é necessário medir o tempo gasto para
execução das tarefas.
A base para o cálculo dos custos de mão-de-obra direta deve incluir toda a
remuneração do pessoal da produção, acrescida dos encargos sociais (INSS, Férias,
Adicional de Férias, 13o Salário etc.) decorrentes destes serviços.
a) CUSTO DIRETO
Os custos diretos são aqueles que podem ser facilmente identificados com o produto
em seu processo produtivo, pois são fáceis e diretamente apropriáveis ao mesmo em sua
fase final. Estes custos não necessitam de rateio, por serem de fácil reconhecimento, como
é o caso da matéria-prima, mão-de-obra direta, material de embalagem, entre outros.
b) CUSTO INDIRETO
Os custos indiretos, por sua vez, são aqueles incorridos dentro do processo
produtivo, mas que necessitam ser rateados aos produtos por não serem facilmente
identificados com o produto.
São custos que não são possíveis de serem vistos com objetividade e segurança a
quais produtos se referem, como aluguel, energia elétrica da fábrica, salário do supervisor,
depreciação, gastos com limpeza da fábrica, etc.
c) CUSTO FIXO
Os custos fixos são aqueles gastos que a empresa possui independente do volume
que for produzido ou vendido. Nesse caso tem seu montante fixado, como por exemplo, o
aluguel do prédio em que a empresa encontra-se instalada e precisa pagar todos os meses,
independente da quantidade produzida.
Os custos fixos são fixos em relação ao volume de produção, mas podem variar de
valor no decorrer do tempo, como por exemplo, o salário do porteiro da fábrica, mesmo
quando sofre reajuste em determinado mês, não deixa de ser considerado um custo fixo,
uma vez que terá o mesmo valor qualquer que seja a produção do mês. Embora os custos
fixos totais permaneçam estáveis, os custos fixos por unidade diminuem quando a produção
aumenta, ou seja, quanto maior a produção do período, menor será o custo fixo por unidade
produzida.
d) CUSTO VARIÁVEL
Estoque de Matéria-Prima:
São os materiais diretamente utilizados na produção. Existe somente em empresas
industriais.
Estoque de material em processo:
São os materiais que estão ao longo do processo produtivo isto é que já sofreram
alguma operação de produção ou transformação, mas que ainda não estão acabados.
Existe somente em empresas industriais.
Estoque de Componente (item comprado ou fabricado):
São itens que são incorporados no produto em alguma operação do processo
produtivo sem sofrerem nenhuma operação além da sua incorporação ao produto.
Existe somente em empresas industriais.
Estoque do produto pronto, acabado ou simplesmente estoque de produtos:
É o estoque composto pelo produto que teve seu processo de fabricação finalizado.
Em empresas comerciais é chamado de estoque de mercadorias.
Estoque de material em uso ou estoque de materiais indiretos ou de materiais de consumo:
São os itens e insumos não diretamente reconhecidos no produto final mas são
utilizados durante o processo produtivo ou mesmo pela administração do negócio.
De acordo com os princípios contábeis (no caso dos estoques, o princípio do custo
original como base de valor), deve-se trabalhar com os valores de aquisição (entrada) das
mercadorias. Porém, pode-se variar o critério adotado para sua valoração e controle. Dentre
os diversos critérios de controle dos estoques podemos citar quatro:
F
Item:
Data Descrição Entrada
Qde. Vr. Unit. To
REFERÊNCIAS
FAVERO, Hamilton L. et. al. Contabilidade: Teoria e Prática. Vol 1. São Paulo: Atlas,
1997.
GIL, Antônio Carlos. Técnicas de Pesquisa em economia.2 ª ed. São Paulo, Editora Atlas,
1996.
HORNGREN, Charles T. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1978.
LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de contabilidade de custos. São Paulo: Atlas,
1997.