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ubiengenharias
Cursos de Aeromodelismo
PRINCÍPIOS BÁSICOS
2 – 6 de Julho de 2001
Projecto AERONEST
Divulgação e Promoção da Imagem das Engenharias das UBI
ubiengenharias – Aeromodelismo
PRINCÍPIOS BÁSICOS
1. ...................................................Introdução
2. ..............................................Aerodinâmica
3. ................................................ Desempenho
4. .....................................................Propulsão
5. ............................. Estabilidade e Controlo
6. .................Cargas, Estruturas e Materiais
1 Introdução...................................................................................................................... 5
1.1 Princípios físicos fundamentais .................................................................................. 5
1.2 Classificação geral de aeronaves................................................................................. 8
1.3 Constituição geral de um avião................................................................................... 8
2 Aerodinâmica............................................................................................................... 16
2.1 O princípio de Bernoulli.......................................................................................... 16
2.2 A nomenclatura de um perfil alar............................................................................ 18
2.3 As forças aerodinâmicas ......................................................................................... 19
2.4 O escoamento em torno da asa................................................................................ 21
2.5 A camada limite ...................................................................................................... 23
2.6 O perfil alar e a asa finita ....................................................................................... 24
3 Desempenho ................................................................................................................ 26
3.1 Curva de sustentação ................................................................................................ 26
3.2 Curva polar de arrasto .............................................................................................. 30
3.3 Curva polar de velocidades e voo planado ................................................................ 31
3.3.1 Obtenção da curva de polares de velocidade ..................................................... 32
3.3.2 Arrasto e potência requerida ............................................................................. 34
3.4 Curva de potência requerida - curva de potência disponível...................................... 35
3.4.1 Máxima razão de subida ................................................................................... 37
3.4.2 Máxima aceleração ........................................................................................... 37
4 Propulsão ..................................................................................................................... 38
4.1 Tracção e potência disponível................................................................................... 38
4.2 Propulsão a hélice..................................................................................................... 38
4.2.1 Potência no eixo ............................................................................................... 40
4.2.2 Motor a pistão................................................................................................... 40
4.2.2.1 Motores de ignição por faísca ....................................................................... 41
4.2.2.2 Motores de vela incandescente...................................................................... 41
4.2.2.3 Motores de ignição por compressão .............................................................. 42
4.2.3 Motor eléctrico ................................................................................................. 43
4.2.4 Motor turbo-eixo .............................................................................................. 44
4.3 Propulsão a jacto ...................................................................................................... 45
5 Estabilidade e Controlo ................................................................................................ 47
5.1 Noções de equilíbrio................................................................................................. 47
5.1.1 Equilíbrio estável.............................................................................................. 48
5.1.2 Equilíbrio indiferente........................................................................................ 48
5.1.3 Equilíbrio instável ............................................................................................ 48
5.2 Estabilidade longitudinal .......................................................................................... 49
5.2.1 Estabilidade estática.......................................................................................... 49
5.2.2 Estabilidade dinâmica ....................................................................................... 50
5.2.3 Controlo de arfagem ......................................................................................... 51
5.3 Estabilidade latero-direccional.................................................................................. 51
5.3.1 Estabilidade estática.......................................................................................... 52
5.3.1.1 Estabilidade direccional ................................................................................ 52
5.3.1.2 Efeito de diedro ............................................................................................ 52
5.3.1.3 Enflechamento.............................................................................................. 53
5.3.1.4 Estabilidade dinâmica ................................................................................... 53
5.3.2 Controlo direccional ......................................................................................... 54
5.3.3 Controlo lateral................................................................................................. 54
Introdução
Este primeiro capítulo irá dar uma ideia sobre a classificação dos diferentes tipos de
aeronaves, das diferentes partes que compõem uma aeronave, assim como de alguns
princípios físicos necessários para compreender conceitos que vão ser introduzidos nos
capítulos seguintes.
Esta primeira parte irá tratar de alguns princípios físicos básicos, que são essenciais
para uma melhor compreensão de outros conceitos mais avançados que irão ser abordados
mais adiante.
Comecemos por abordar alguns conceitos básicos importantes tais como o
comprimento, que se entende como a dimensão linear, que define a distância entre dois
pontos, e que tem como unidade do sistema internacional (SI) o metro [m]. A área define-
se como sendo uma porção de uma superfície definida por duas dimensões lineares, e tem
como unidade do sistema SI o [m2]. O volume é uma porção do espaço, definido por três
dimensões lineares e tem como unidade o [m3]. O tempo é uma grandeza cuja unidade é o
[s], e serve para determinar a duração de um fenómeno ou de um acontecimento. A massa
é uma grandeza relacionada com a quantidade de matéria contida num corpo ou numa
região do espaço, assim como com a capacidade de um corpo manter o seu estado de
repouso ou de movimento, e define-se como a capacidade que esse corpo tem de produzir
força de inércia, quando sujeita a uma aceleração, a sua unidade é o [kg]. Aproveitando o
conceito de massa, a seguir apresenta-se o conceito de centro de massa, que é o ponto
conceptual que pode servir para representar o corpo ou toda a massa nele contida, se
desprezarmos as suas dimensões, já que, por aproximação, frequentemente se considera
que é no centro de massa dos corpos que se encontram aplicadas as forças.
Figura 1.1
m1 . x1 + m 2 . x 2 + m3 . x 3 m . y + m 2 . y 2 + m3 . y 3
X CM = ; YCM = 1 1
m1 + m 2 + m3 m1 + m 2 + m 3
M = F ×d
Figura 1.2
Figura 1.3
um escoamento de água, até mesmo o fumo ao sair de uma chaminé pode ser considerado
um escoamento.
Tal como no dia a dia nos deparamos com uma grande variedade de veículos
terrestres, também na actividade aeronáutica existe uma grande variedade de aeronaves,
consoante a sua finalidade ou aplicação.
De acordo com o Regulamento de Navegação Aérea Nacional e a terminologia
internacional adoptada, as aeronaves classificam-se e são definidas como se segue:
Neste capítulo mostram-se alguns dos componentes essenciais das aeronaves, assim
como a classificação de um avião consoante a forma de certos componentes.
A fuselagem é a parte onde se alojam a maior parte dos sistemas do avião, devido
ao grande volume que oferece. No caso de modelos rádio-comandados colocamos dentro
da fuselagem as baterias, o receptor e os servos. Nos aviões reais, costumam alojar-se na
fuselagem a tripulação, carga, e outros sistemas do avião.
Fuselagem
Asas
Motor
Hélice
Empenagens
Trem
de
aterragem
Figura 1.4
Uma das partes principais do avião é a asa, pois este é o componente que permite o
voo de um avião gerando a força que anula o peso. Normalmente a asa em planta pode ter
a forma rectangular, elíptica, afilada (ou trapezoidal) ou em delta.
Figura 1.5
Figura 1.6
Uma asa é delimitada pelos seus bordos, sendo eles o bordo de ataque, que é a linha
que limita a parte da frente da asa, o bordo marginal (ou ponta da asa) e o bordo de fuga
que limita a asa pela parte posterior. À zona onde a asa intersecta a fuselagem é dado o
nome de raiz da asa.
Para podermos definir uma asa devemos recorrer às suas características geométricas
que são a envergadura (b), a corda média (c), o enflechamento (Λ) e o diedro (Γ). A
envergadura é o comprimento máximo da linha recta que une os bordos marginais das asas,
a corda é o comprimento de uma linha recta que une o bordo de ataque ao bordo de fuga, e
que se pode definir em qualquer parte ao longo da envergadura da asa, sendo a corda
média nada menos que a média de todas as cordas da asa.
O diedro de uma asa é o ângulo que o plano de uma asa faz com o plano horizontal.
As asas podem ter diedro positivo, nulo e até mesmo negativo, existindo asas que têm
diedros duplos como o de gaivota. A principal razão da existência do diedro nas asas de
uma aeronave é devida à sua influência na estabilidade do avião.
O enflechamento de uma asa é o ângulo definido entre uma linha perpendicular ao
eixo longitudinal do avião e a linha de ¼ de corda, que é a linha que une o ponto situado a
1/4 da corda da raiz a partir do bordo de ataque com o ponto situado a 1/4 da corda da
ponta da asa a partir do bordo de ataque. Existem aeronaves com asas cujo enflechamento
é positivo, nulo, negativo (onde a asa se encontra enflechada para a frente) e de
enflechamento variável.
Raíz da asa
Figura 1.7
Em cima: Asa com enflechamento nulo Em cima: Asa com enflechamento positivo
Em baixo: Asa com pequeno diedro Em baixo: Asa com grande diedro (positivo)
Figura 1.8
Nas asas existem vários dispositivos que servem para controlar o voo do avião.
Estes dispositivos podem ser classificados como ailerons, quando são superfícies móveis
que têm o objectivo de controlarem a aeronave no seu movimento de rotação em torno do
eixo longitudinal, e encontram-se normalmente situados no bordo de fuga da asa e
deslocados para o seu bordo marginal. Os flaps que também são superfícies móveis cujo
objectivo é o de modificarem as características do perfil da asa, aumentando a sustentação
a baixa velocidade - também se encontram no bordo de fuga perto da raiz da asa. Em certos
tipos de asas existem também outras superfícies tais como os slats, que também servem
para controlar a sustentação da asa, no entanto situam-se no bordo de ataque. No meio da
corda da asa deslocados para o lado da raiz da asa podem existir ainda os spoilers que
também ajudam a controlar a sustentação, reduzindo-a - são placas que normalmente estão
situadas na parte de cima da asa.
Slat
Bordo
de
ataque
Spoiler
Flap
Bordo de fuga
Aileron
Bordo marginal
ou ponta da asa Figura 1.9
Uma outra parte das aeronaves, sem a qual seria impossível o seu controlo são as
empenagens (figura 1.10). Estas encontram-se divididas em duas partes, a que estabiliza e
controla o movimento de arfagem em torno do eixo transversal do avião, que é a
empenagem horizontal, e a parte que estabiliza e controla o movimento de direcção
(esquerda, direita) do avião, que é a empenagem vertical.
A empenagem horizontal encontra-se dividida em dois componentes, um que se
encontra fixo à fuselagem do avião com o nome de estabilizador e outro que se encontra
ligado a este último, mas que é móvel, com o nome de leme de profundidade.
À semelhança da empenagem horizontal, também a vertical se encontra dividida em
dois componentes um fixo à fuselagem, com o nome de deriva, e outro ligado a esta mas
móvel, com o nome de leme de direcção.
Estabilizador
Lemes
de
profundidade
Deriva
Leme de direcção
Figura 1.10
Figura 1.11
horizontal tem o nome de canard e este tipo de aeronave não é assim tão fora do comum.
De facto, as primeiras aeronaves que voaram, no início do século XX, tinham este tipo de
configuração.
Figura 1.12
Para finalizar vamos mencionar o trem. Este elemento das aeronaves, embora não
esteja directamente ligado ao voo do avião, é muitas vezes imprescindível pois é essencial
para qualquer aeronave durante a fase de aterragem e descolagem. As aeronaves ligeiras
normalmente encontram-se equipadas com trens de três rodas, embora isto não implique
que outras não possuam um maior ou menor número de rodas. No entanto os trens de três
rodas podem classificar-se como trens convencionais, com duas rodas principais à frente e
outra roda normalmente mais pequena situada perto da cauda, e trens triciclos, com uma
roda dianteira e duas outras posteriores. Em certas aeronaves ligeiras, em que a adição de
trens possa julgar-se prejudicial para o peso total do avião, e em caso de descolagem
assistida, pode utilizar-se como meio de aterragem um simples patim no ventre do avião.
O trem pode ser classificado de fixo quando a sua geometria permanece inalterável
durante o voo do avião, pode ser retráctil quando pode ser recolhido em voo, e pode ser
escamoteável quando fica escondido, normalmente no ventre do avião.
Figura 1.13
Aerodinâmica
Neste capítulo vamos abordar os tópicos abaixo, que vão ajudar a compreender
melhor os fenómenos que permitem o voo.
O princípio de Bernoulli
Nomenclatura de um perfil alar
As forças aerodinâmicas
O escoamento em torno da asa
A camada limite
O perfil alar e a asa finita
O princípio de Bernoulli
Figura 2.1
Figura 2.2
Figura 2.3
Figura 2.4
Figura 2.5
Figura 2.6
As forças aerodinâmicas
Como já foi visto anteriormente, um corpo, quando sujeito a um vento relativo, faz
com que o ar se desvie, e como resultado deste desvio o escoamento ganha ou perde
velocidade o que implica que vai aparecer uma distribuição de pressões em toda a
superfície do corpo que está sujeita à acção do escoamento. Se esse corpo se tratar de um
aerofólio colocado com o bordo de ataque virado para o escoamento, e a linha de corda
faça um pequeno ângulo com a o vento relativo (ângulo de ataque) tal como é mostrado na
figura 2.7, então o escoamento ao fluir em torno do aerofólio, vai faze-lo de uma forma
ordenada, e as partículas de fluido vão seguir trajectórias curvas, chamadas linhas de
corrente, que também se podem observar na mesma figura.
Linha de
corrente
Figura 2.7
Então, surgirá também uma distribuição de pressões em torno desse aerofólio tal
que, em cada ponto do extradorso existirá uma predominância de baixas pressões. Então se
temos pressões em superfícies podemos falar de forças. O que acontece é que esta
distribuição de pressões vai originar uma força aerodinâmica resultante aplicada no centro
de pressão do aerofólio.
A figura seguinte dá-nos uma ideia de como são as forças aerodinâmicas no
aerofólio.
Figura 2.8
Figura 2.9
É a composição destes dois tipos de arrastos que fazem o arrasto total, que é
simplesmente a força que se opõe ao movimento da aeronave. É de notar que estas forças
aerodinâmicas se fazem notar em todas as superfícies de uma aeronave que estejam em
contacto com o ar em movimento, na asa, na fuselagem, nas empenagens e no trem.
esperar que uma aeronave com um perfil mais espesso seja mais segura de voar que uma
aeronave com um perfil mais delgado.
Existe outra forma de aumentar o ângulo de ataque da perda. A adição de uma
superfície móvel no bordo de ataque da asa, um slat, previne a separação prematura do
escoamento da superfície da asa, sendo de esperar que uma asa equipada com este tipo de
dispositivos tenha melhor desempenho a ângulos de ataque muito elevados.
A adição de outras superfícies móveis chamadas flaps, tem também um efeito
benéfico sobre a sustentação, já que a deflexão de um flap é uma forma de aumentar
artificialmente o arqueamento do aerofólio e, consequentemente, é uma forma artificial de
aumentar a sustentação.
Uma asa com vento relativo, fica submetida a diferenças de pressão na sua
superfície que se traduzem numa força aerodinâmica resultante que pode ser decomposta
em duas componentes: o arrasto (com a mesma direcção do vento relativo) e a sustentação
(perpendicular ao vento relativo). No entanto, esta resultante varia com o ângulo de ataque,
tal como foi dito anteriormente, e, então, o arrasto e a sustentação variam também. O
arrasto tente a aumentar, mas a sustentação possui uma variação com o ângulo de ataque
muito particular, pois, para certos intervalos deste, varia directamente com o ângulo de
ataque, obtendo-se para uma asa de determinada área em planta e que voe num
determinado meio a uma dada velocidade uma curva da sustentação em relação ao ângulo
de ataque com a seguinte forma.
Figura 2.10
Figura 2.11
A camada limite
A camada limite numa asa encontra-se presente desde o bordo de ataque até ao
bordo de fuga no seu extradorso e no intradorso, no entanto a sua forma altera-se ao longo
da corda. De início a camada limite é dita laminar, devido a que as moléculas do fluido se
movem nesta zona segundo linhas de corrente que se encontram distribuídas de forma
suave e regular. Ao viajar cada vez mais para jusante, na camada limite da asa, vai chegar
um momento em que esta deixará de ser laminar para passar a ser turbulenta. As linhas de
corrente partem-se e o fluido passa a mover-se, dentro da camada limite, de forma aleatória
e irregular. Uma boa forma de observar este fenómeno é no fumo de um cigarro, que
possui duas zonas, uma laminar imediatamente a seguir ao cigarro onde o fumo sobe
formando um padrão suave. A subida do fumo virá a tornar-se turbulenta, passando a ter
um padrão desordenado, formado por linhas tortuosas. È de notar que a camada limite
laminar tem características muito diferentes da camada limite turbulenta. A camada limite
laminar é mais delgada, apresentando menor fricção, no entanto, é um tipo de escoamento
mais propenso a separar-se da superfície da asa que o escoamento turbulento que, por sua
vez, é mais espesso e oferece maior resistência de fricção.
A escolha da forma do aerofólio da asa, assim como a corda deste, tem muito a ver
com a camada limite, já que uma asa, de superfície lisa e sem imperfeições e de corda
pequena, retarda a transição laminar-turbulenta, permitindo que o escoamento se mantenha
laminar numa grande parte da asa. Assim, resultam arrastos de fricção muito baixos, tendo
como desvantagem a propensão do escoamento se separar da superfície, podendo até
antecipar a perda. O escoamento turbulento não possui somente desvantagens, por exemplo
em superfícies de controlo, será desejável que o escoamento seja menos propenso à
separação, assegurando uma boa manobrabilidade da aeronave mesmo a ângulos de ataque
mais elevados.
Como já foi dito, a pressão no extradorso da asa é menor do que a pressão no seu
intradorso. É de notar que, na falta de constrangimentos físicos (paredes, por exemplo), a
deslocação de ar dá-se das altas pressões para as baixas pressões, tal como as grandes
massas de ar. Na maior parte da extensão da asa, o ar é impossibilitado de passar do
intradorso para o extradorso pela própria asa, no entanto nas pontas o ar tende a fluir do
Figura 2.12
Desempenho
Com base nas características aerodinâmicas do avião podemos saber quais são as
suas capacidades de voo, ou seja, quão bem ele voa. O que se pretende é compreender
como é que o desempenho do nosso modelo está relacionada com a sua aerodinâmica.
Então, neste capítulo, o objectivo é mostrar como se determinam os valores de:
Curva de sustentação
Ou seja,
q = 0,5.ρ.V2
Da mesma maneira varia a força de arrasto, com excepção da sua variação relativamente
ao ângulo de ataque.
exemplo 1, exemplo 2,
2xV => 4xL 2xρ => 2xL
α L α L
V V
L α L
α
V V
Figura 3.1
L
CL =
q⋅ S
CL
1,5
0,5
-1
-1,5
CL
1,5
0,5
-1
-1,5
CL
1,5
0,5
-1
-1,5
Como foi referido no ponto anterior, o coeficiente de arrasto, CD, varia com o
ângulo de ataque. Então, poderíamos traçar uma curva que mostrasse essa relação, no
entanto, para efeitos de desempenho não tem interesse visualizar a variação do arrasto com
o ângulo de ataque, pois o que nos interessa é comparar o arrasto com a sustentação. A
justificação é que a razão entre a sustentação e o arrasto corresponde exactamente à razão
de planeio do aeromodelo. Ou seja, se a força de sustentação for 10 vezes maior que a de
arrasto, o planador (ou o avião a planar) percorre 10 metros para a frente por cada metro
perdido em altura.
Depois de sabermos as características aerodinâmicas do nosso modelo, sabemos
qual o valor do coeficiente de arrasto para cada coeficiente de sustentação. Esse é
CL
1,5
0,5 6º
α =5º
0
-1
-1,5
Figura 3.5 Curva polar de arrasto para um aeródino com perfil arqueado
CL
1,5
0,5 6º
α =5º
0
-1
-1,5
0 5 10 15 20 Vh[m/s]
0
1
2
3
4
5
6
Vv [m/s]
Assim, podemos saber qual a velocidade para a melhor razão entre a velocidade
para a frente e a velocidade em direcção ao chão, bem como a melhor razão de planeio que
lhe corresponde. Nessa condição de voo conseguiremos percorrer a maior distância até
chegarmos ao solo. Também poderemos saber qual a razão de descida mínima, e qual a
razão de planeio e a velocidade de voo, correspondentes. Na velocidade de menor razão de
descida, conseguiremos permanecer o máximo tempo em voo planado e os estragos serão
menores se nos despenharmos contra o solo.
perda. Mas, para todos os valores obtidos abaixo do CL máximo, podemos recorrer à polar
de arrasto e obter o valor do coeficiente de arrasto correspondente. Saberemos então qual o
CL e CD para várias velocidades de voo. A razão entre eles será a razão de planeio a cada
velocidade.
Começamos por marcar no gráfico, como na figura acima, a velocidade horizontal,
como sendo aproximadamente igual à velocidade de voo. Agora, temos de dividir cada
valor marcado pela razão de planeio correspondente, para obtermos o respectivo valor da
velocidade de descida.
Por exemplo, para um aeromodelo de 1 kg, o peso será de 9,81 N (1 kgf). Para uma
velocidade de 10 m/s (36 km/h) e uma densidade do ar, ao nível do mar, de 1,225 kg/m3, o
valor da pressão dinâmica será,
W 9,81
CL ≅ = = 0,64
qS 61,25 × 0,3
CL
1,5
0,64
0,5
-1
-1,5
Figura 3.8
0 3
10
8 1 3 1 8
Vh[m/s]
0
0,55
1
0 ,9
1 ,8
Vv [m/s]
Figura 3.9
A razão CL/CD é então 0,64/0,035 = 18. Então, para esta velocidade de voo, teremos uma
velocidade para a frente Vh=10 m/s e Vv =10/18=0.55 m/s. Finalmente, colocamos esta
condição de voo no gráfico da figura 3.9.
Se repetirmos este procedimento anterior para várias velocidades conseguiremos
traçar a polar de velocidades do nosso planador.
Para percebermos como se processa o voo planado temos que rever o conceito da
física de que o trabalho, realizado por uma força, é igual ao produto da força pela distância
percorrida na direcção da força. Por outro lado, a potência exercida por essa força, é o
trabalho realizado por unidade de tempo. Ou seja, a potência realizada por essa força, a
cada instante, é igual ao produto da força pela velocidade na direcção da força. Devemos
relembrar, também, que, se o sentido da força é contrário ao do movimento, a energia
realizada pela força irá subtrair-se à energia cinética do corpo e vice-versa.
No caso do avião em voo planado, a força do arrasto absorve uma potência que
corresponde exactamente ao produto da força de arrasto pela velocidade de voo. Essa é a
potência requerida para voar a cada velocidade. Ao descermos, planando a velocidade
constante, a energia cinética mantém-se constante pois a componente vertical da
velocidade, vezes o peso, está a realizar uma potência (propulsiva) que compensa a
potência absorvida pelo arrasto. A energia absorvida pelo arrasto é dissipada pelo ar e
convertida em calor, isto deve-se ao arrasto tratar-se duma força viscosa.
Concluindo, a qualquer velocidade, o peso multiplicado pela razão de descida é
exactamente igual ao valor da potência requerida para manter a velocidade de voo planado.
0 5 10 15 20 Vh[m/s]
0
1 10
2 20
3 30
4 40
5 50
6 60
Preq.
Vv [m/s] [w]
Figura 3.10 Polar de velocidades e potência requerida (Para um aeromodelo com 10 N de peso).
velocidades), agora traçamos a curva voltada para cima, pois, como veremos, o avião agora
possui um modo de propulsão, que não o peso. Por isso, já não se encontra forçosamente a
descer.
A utilidade da curva de potência requerida (ver a figura seguinte) é sabermos qual a
potência absorvida pela força de arrasto a cada velocidade de voo, quando a sustentação
está a equilibrar o peso e quando o ângulo de subida, ou descida, é baixo.
Antes de sabermos se vamos subir ou descer, a uma dada velocidade, temos de
juntar à curva da potência requerida a curva de potência disponível. Esta última obtém-se
simplesmente multiplicando o valor da tracção propulsiva (resultante duma hélice ou dum
jacto) pela velocidade de voo.
Preq. 60 6 0
, 0E + 0 0
[w] 50 5 0
, 0E + 0 0
40 4 0
, 0E + 0 0
30 3 0
, 0E + 0 0
20 2 0
, 0E + 0 0
10 1 0
, 0E + 0 0
0 0 0
, 0E + 0 0
0 5 10 15 20 V[m/s]
Figura 3.11 Curva de potência requerida dum aeromodelo.
P [w] 60 6 0
, 0E + 0 0
50 5 0
, 0E + 0 0
40 4 0
, 0E + 0 0
Pdisp.
30 3 0
, 0E + 0 0
Pexcesso
20 2 0
, 0E + 0 0
10 1 0
, 0E + 0 0
Preq.
0 0 0
, 0E + 0 0
0 5 10 15 20 V[m/s]
Sempre que quisermos voar nivelado, sem perder nem ganhar velocidade, temos
que reduzir o valor da tracção para baixar a potência disponível igualando-a à requerida
para essa velocidade de voo.
Como podemos ver pela figura acima, existe um ponto onde a diferença entre as
potências, disponível e requerida, é máxima. Neste caso, existe um excesso de potência
máximo que servirá para ganhar altitude com a máxima razão de subida. A razão de subida
será igual à potência em excesso dividida pelo peso do avião.
Máxima aceleração
Propulsão
V T
D
Como foi referido no capítulo anterior, uma força no sentido da velocidade liberta
uma potência que contribui para o voo. No caso da tracção, ela tem uma direcção quase
idêntica à da velocidade e está sempre apontada no sentido do movimento. A potência que
a tracção disponibiliza para o voo será, então,
Propulsão a hélice
componente, a maior possível, neste plano de rotação. Ora, se o vento relativo tem uma
componente neste plano perpendicular à direcção do movimento do avião, então uma parte
da sustentação produzida pela hélice terá a direcção do movimento. Esta força é a tracção.
Figura 4.2
V+Vi
Figura 4.3
Potência no eixo
Como foi referido, o motor tem que providenciar um binário, ou momento, que
mantenha o hélice em movimento. Essa é a função de um motor de potência no eixo.
A potência no eixo não é mais do que o produto do binário do motor pela
velocidade de rotação, ω, do hélice.
Pmotor = M x ω
V= r x ω
Motor a pistão
Estes motores não são muito usados pelo seu elevado preço. Só estão disponíveis
para grandes cilindradas a partir 20 cm3. A vantagem reside no combustível que, tratando-
se de gasolina com óleo de lubrificação, tem um preço mais acessível.
2 Tempos
4 Tempos
Motor eléctrico
Os motores eléctricos têm ganho muito terreno aos motores a combustão interna.
Isto porque se têm tornado muito leves para a potência que desenvolvem, embora os seus
problemas de peso continuem a residir nas baterias. No entanto, as baterias têm evoluído
rapidamente, e hoje assistimos a uma adesão muito forte à motorização eléctrica.
As vantagens dos motores eléctricos são, grande fiabilidade, suavidade de
operação, quase ausência de vibrações, economia na operação e a limpeza – pois não
jogam óleo pelo escape, como os motores que vimos anteriormente.
A utilização de uma caixa redutora da velocidade de rotação do eixo permite o
accionamento de hélices de maior diâmetro, aumentando, assim, a tracção.
Motor turbo-eixo
Propulsão a jacto
V+Vi
V
T
Figura 4.11
Estabilidade e Controlo
A estabilidade é a capacidade que uma aeronave tem em manter uma dada condição
de voo e, caso seja desviado por alguma perturbação atmosférica, regressar a ela.
O controlo é o acto de mudar a condição de voo da aeronave, seja para voar mais
depressa, seja para começar uma volta, etc.. Qualquer mudança na atitude da aeronave, dá-
se em torno do centro de gravidade.
Para estudar a estabilidade e controlo necessitamos definir os eixos em torno dos
quais o avião se movimenta.
C.G.
Noções de equilíbrio
Para uma aeronave manter uma dada condição de voo é necessário que a soma das
forças e momentos que agem sobre ela seja nula. Ou seja, que esteja em equilíbrio. No
entanto, como vamos ver, uma aeronave pode estar em equilíbrio numa condição de voo e
não ser considerada estável.
Equilíbrio estável
Equilíbrio indiferente
Equilíbrio instável
Se conseguirmos equilibrar uma pequena esfera no topo de uma bola de futebol, ela
cairá à primeira perturbação. Neste caso dizemos que a esfera estava em equilíbrio
instável.
Estabilidade longitudinal
C.G.
Estabilidade estática
Vamos supor que o nosso avião se encontra numa condição de equilíbrio em voo
nivelado. Nesse caso podemos considerar que a força aerodinâmica resultante, soma de
todas as contribuições (da asa, da fuselagem, etc.), se encontra aplicada no centro de
gravidade. Só assim é que não temos qualquer momento resultante, que mude a atitude do
avião. Caso surja uma perturbação que levante o nariz, então, o resultado será um
momento de nariz em baixo que tenderá a restabelecer o equilíbrio. No entanto, se o centro
de gravidade estivesse colocado mais atrás, o aumento da sustentação na asa provocaria um
momento positivo que tende a aumentar o efeito da perturbação. O momento estabilizador
gerado pela empenagem horizontal terá de ser sempre maior que o momento
desestabilizador gerado pela asa, para posições do C.G. recuadas. Isto limita a posição
mais recuada do C.G..
Se a perturbação for invertida, tudo se inverte e a lógica é a mesma.
M'
L'
perturbação
C.G.
∆L
Estabilidade dinâmica
perturbação
Projecto AERONEST – Divulgação e Promoção da Imagem das Engenharias da UBI
ubiengenharias – Aeromodelismo
Controlo de arfagem
Estabilidade latero-direccional
y
V
derrapagem
x
guinada
Estabilidade estática
Estabilidade direccional
Efeito de diedro
∆α
L+∆L L-∆L
derrapagem
y
z
Figura 5.9 Condição de desequilíbrio estático lateral.
Não é só o ângulo de diedro das asas que contribui para o efeito de diedro. Na
prática, a asa alta, a enpenagem vertical estar acima do eixo longitudinal e a empenagem
em V contribuem positivamente para o efeito de diedro.
Enflechamento
V
D+∆D
D-∆D
V
Estabilidade dinâmica
Controlo direccional
Controlo lateral
O controlo lateral é executado através dos ailerons, que geram, quando são
accionados, uma assimetria na sustentação das asas.
Afinação de modelos
A melhor forma de verificar todos os efeitos que foram descritos neste capítulo é
construir pequenos modelos de voo livre. Ao mudar a posição do centro de gravidade, ao
deflectir superfícies de controlo, como foi indicado, etc., vamos apreender de forma
inequívoca como podemos conferir estabilidade e controlar o voo de aeromodelos.
Cargas
Tipos de cargas
Todas estas cargas vão ser sentidas pela aeronave nas várias fases da sua missão. A
missão engloba todas as manobras, no solo e no ar, a que a aeronave está sujeita. As cargas
máximas que vão ser aplicadas na aeronave, durante uma missão normal, chamam-se
cargas limite. No entanto, para projectar a estrutura do veículo usam-se valores superiores
destas cargas, conhecidas como as cargas finais. A relação que existe entre as duas é o
factor de segurança que, normalmente, toma o valor de 1,5. Assim tem-se
c arg a final
factor de seguraça = (6.1)
c arg a lim ite
Cargas aerodinâmicas
L
n= (6.2)
W
Cargas de manobra
Cargas de rajada
Distribuição de sustentação
Figura 6.5 Distribuição de sustentação (a) ao longo da envergadura e (b) ao longo da corda.
Cargas de inércia
Todos os corpos com massa sujeitos a acelerações estão sujeitos a cargas de inércia.
Pode definir-se carga de inércia como sendo o peso do corpo multiplicado pelo factor de
carga, de forma que
L − nW = 0 (6.3)
A figura 6.7 ilustra esta situação para um corpo arbitrário. É conveniente lembrar
que o peso W é a massa multiplicada pela aceleração gravítica.
Figura 6.7 Corpo sujeito a uma força que é equilibrada pela força de inércia.
1 2
Cargas no solo
R = n g W [N] (6.5)
Os comandos são sistemas que transmitem movimento e força dos servos para as
superfícies de controlo e vice-versa. Desta forma eles têm que ser projectados para
resistirem às cargas que surgem durante as manobras da aeronave.
Cargas do motor
Estruturas
Para que serve a estrutura? A estrutura dum avião serve para reagir as cargas
aplicadas neste e para transmitir os esforços para outros elementos de forma que o avião
fique em equilíbrio em todos os pontos.
Fundamentos de estruturas
A forma como os corpos resistem a uma força externa pode ser explicada do
seguinte modo: Um corpo consiste em pequenas partículas, ou moléculas, entre as quais
actuam forças. Estas forças moleculares resistem à mudança da forma do corpo quando
este está sujeito a forças externas. Se forças externas actuarem sobre o corpo, as suas
partículas deslocam-se até se estabelecer um equilíbrio entre as forças externas e as forças
internas. Diz-se, nesta situação, que o corpo está num estado de deformação.
Em conclusão, pode dizer-se que um membro estrutural responde a uma carga
deformando de forma a reagir com uma força igual à carga externa.
Existem três tipos básicos de esforços que, combinados, dão origem a outros.
Estes esforços são outras formas dos esforços básicos ou combinações destes.
Assim, temos a flexão e a torção. Na figura 6.10 pode ver-se que a flexão é uma
combinação de esforços de tracção e de compressão resultantes de um momento ou uma
força aplicados no corpo. A torção resulta num esforço de corte quando o corpo é sujeito a
um binário do tipo ilustrado na figura 6.10.
força
tensão = [N/m2] (6.6)
área sec ção
Todos os materiais sofrem uma deformação quando sujeitos a uma tensão, como
mencionado anteriormente. Existe uma relação constante entre a tensão e a deformação até
certo valor de tensão. Esta constante chama-se módulo de elasticidade e é simplesmente a
razão entre a tensão aplicada e a deformação sofrida.
tensão
módulo elasticidade = [N/m2] (6.8)
deformação
Instabilidade
Quando temos colunas mais ou menos longas sujeitas a cargas de compressão pode
surgir a instabilidade, ou flambagem. Isto ocorre quando a coluna forma um arco, perdendo
a sua geometria inicial, antes de atingir a tensão máxima. A instabilidade ocorre quanto
mais longa for a coluna e menor for a secção da mesma. A instabilidade também pode
ocorrer em placas.
Fadiga
Tipos de estruturas
Já vimos que tipos de esforços a estrutura de um avião tem que resistir. Convém
saber que formas estruturais são mais adequadas para resistir a esses esforços. As figuras
abaixo mostram as formas simples (secções de vigas) mais apropriadas para resistir aos
esforços de flexão, corte e torção.
Estrutura em treliça
A treliça é constituída, em cada um dos planos que a compõem, por triângulos que
formam uma viga com a geometria desejada. O triângulo tem a particularidade de
transmitir esforços quando uma força é aplicada num vértice sem perder a sua forma.
Assim, se uma viga em treliça está sujeita à flexão, à torção ou ao corte a estrutura resiste
transmitindo esforços de tracção e compressão ao longo das barras que constituem os
triângulos.
Estrutura monocoque
Estrutura semi-monocoque
Esta estrutura tem vários elementos, cada um dedicado a um tipo de esforço. Assim,
o revestimento resiste ao corte; os tensores (elementos longitudinais) resistem à flexão,
tracção e compressão e as cavernas (elementos transversais) mantêm a forma da secção e
reduzem o comprimento dos tensores e das placas do revestimento para que estes resistam
à flambagem.
Este tipo de estrutura é predominantemente usado em estruturas em ligas de
alumínio e em compósito.
Estrutura de vigas
A asa pode ser construída com uma das três estruturas já descritas mas, devido à
geometria do perfil alar (secção da asa comprida e estreita), é mais eficiente e fácil
construí-la com combinações de vigas e estruturas monocoque ou semi-monocoque.
Assim, a longarina da asa (pode usar-se mais do que uma) é a viga principal à qual são
fixas as nervuras, que são as vigas auxiliares que transmitem o corte e a torção à longarina.
O revestimento transmite a pressão às nervuras na forma de flexão e corte.
Na asa é necessário ter um elemento que resista à torção resultante da flexão das
nervuras, que pode ser um tubo com funções de longarina, ou a caixa de torção constituída
pelo revestimento e pela longarina (ou longarinas), formando uma secção fechada.
Materiais
A estrutura tem que ter um suporte material para que possa existir. Os materiais
usados na construção da estrutura também determinam o seu tipo. O seu projecto envolve,
simultaneamente, a definição da geometria e a escolha dos materiais.
Tipos de materiais
Existem muitos materiais diferentes com características variadas e que, por isso,
podem ser aplicados em situações diferentes, de acordo com os resultados pretendidos.
Por simplicidade vamos, aqui, dividir os materiais em dois tipos principais. Os
primeiros são aqueles em que as suas propriedades mecânicas são iguais em todas as
direcções e os segundos aqueles em que são diferentes em direcções diferentes. Temos,
desta forma, no primeiro tipo os metais e no segundo os compósitos.
A propriedade mais importante na selecção dos materiais para a construção é a
resistência específica que é definida como a tensão máxima dividida pela densidade do
material.
Metais
Compósitos
Propriedades
Vamos aqui referir algumas propriedades que devem ser tidas em conta quando se
escolhe um material estrutural.
A selecção do “melhor” material depende da sua aplicação. Alguns factores que se
devem ter em conta são:
- Limite de proporcionalidade;
- Limite de resistência;
- Rigidez (módulo de elasticidade);
- Densidade;
- Resistência ao impacto;
- Deformação com o tempo;
- Resistência à corrosão;
- Limites de temperatura;
- Facilidade de obtenção e produção;
- Facilidade de reparação;
- Custo.
- Aceitação;
- Acabamento final que se pode obter;
- Adequação às condições de utilização;
- Adequação ao equipamento disponível para fabricação;
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