Professional Documents
Culture Documents
Retratado na Propaganda
Grupo 4
ÍNDICE
Introdução....................................................................................................................... 3
Como é o adolescente?.................................................................................................. 4
O adolescente e a propaganda..................................................................................... 7
A Adolescência Consumista.......................................................................................... 9
Conclusão....................................................................................................................... 11
Bibliografia...................................................................................................................... 12
2
Introdução
Neste trabalho, abordaremos como é a vida do adolescente, quais são as suas características,
dificuldades, medos, as influências na família, na sociedade e principalmente como ele é
retratado pela propaganda e pelas mídias sociais, que muitas vezes podem interferir no
comportamento e desenvolvimento do jovem.
3
Como é o Adolescente?
“... agora me interessam os esportes competitivos e sair com os meus amigos, para
qualquer lugar. Eu costumava ser bom, mas agora faço coisas que incomodam as
pessoas, como ter mau gênio, ser irracional, egoísta, implicante ou falar palavrões.
Agora me interessa mais os meus amigos do que a minha família. Agora me sinto
muito mais independente e tranqüilo em relação as coisas.”
(WADDELL, 1995, págs13,14 e 15)
Alguns pais acreditam que a adolescência é uma doença e um período de risco do seu filho,
porque relacionam as atitudes do filho com o mau humor, a falta de educação e a impaciência.
“Ao lado desses processos, os pais tendem hoje a olhar a adolescência como um
período em que os perigos se tornam maiores. (...) Mas é certo também que a maioria
das famílias não conseguiu absorver completamente as mudanças e comportamento
que aconteceram nos últimos anos, principalmente as que envolveram a sexualidade.”
(TAPAJÓS, 1995, pág 9)
Mas a adolescência não é uma doença! É apenas uma fase em que o adolescente descobre
quem ele realmente é, começa a gostar das coisas que não gostavam antes e achar horrível o
que há um ano gostava.
Os adolescentes experimentam os anos mais confusos e desafiadores de sua vida, divididos
entre querer e não querer ser compreendido. É um período de novos tipos de amizade, do
desabrochar da sexualidade e da transição de um lugar na família para um lugar no mundo
exterior.
Uma das maiores dificuldades que o adolescente encontra em sua trajetória pela
independência é o poder dos preconceitos, aceitos pela sociedade como verdades
inquestionáveis. Parece que as grandes “certezas” funcionam como uma espécie de vacina
contra a insegurança própria dessa fase da vida.
4
Existem cinco termos da condição juvenil que são cruciais para a definição dos ideais-objetivos
dos adolescentes:
5
A Influência do Jovem na Sociedade e nas
Decisões Familiares
Hoje em dia o jovem é visto pela sociedade por um processo de maturação psicológica, uma
passagem difícil em suas vidas, um momento de crise na sua sexualidade, nos seus
sentimentos e no seu ideal.
As pessoas têm dificuldade em conceber aos jovens direitos e identidade própria, variando
entre considerá-lo adulto para algumas situações e negativa-los em variadas circunstancias.
Geralmente, são rotulados e pré-julgados como:
Drogados;
Não têm juízo;
Inconseqüentes;
Inexperientes;
Revoltados;
Violentos.
Na influencia familiar, o adolescente está presente rigorosamente nas decisões da família. As
viagens, os restaurantes, os passeios, ou até mesmo ao adquirir um bem, são escolhidos
porque a opinião do jovem para os pais tem um grande valor. Atualmente, os adolescentes são
vistos como sujeitos ativos e curiosos, porque estão sempre atentos às novidades.
As funções de cada um dos membros de uma família foram adaptadas à realidade e os filhos
assumem uma postura decisória diante de algumas escolhas e situações.
“Os pais passaram a conversar com os seus filhos desde cedo, fazendo-os participar
das decisões. As crianças da terceira geração pós-guerra (os adolescentes de hoje) já
chegaram ao ponto de dominar os pais, invertendo totalmente os papeis”. (GIGLIO,
2004, p.216)
Frente a essas situações, vemos a transformação do jovem, pois ele fica cada vez mais
próximo do mundo em que seus pais vivem, e é por isso que são as opiniões são
imprescindíveis para a grande maioria dos pais.
6
O Adolescente e a Propaganda
Muitos adolescentes possuem voz ativa na família e conseguem persuadir os pais com as
decisões do que vão comprar, principalmente quando relacionamos o que ele vai utilizar no seu
dia a dia.
A grande maioria dos pais dão mesada para os seus filhos, e não mostram para eles qual é a
melhor forma de gastar esse dinheiro. Por isso, muitos compram por compulsão ou
simplesmente para ser igual seu amigo. E é por isso que o jovem consome o que deseja, tem
seu próprio estilo e decidem como, quando e onde vão gastar o seu dinheiro.
A explosão econômica do pós-guerra e a globalização facilitaram a ascensão dos adolescentes
como publico alvo de propagandas. Atentos a esses desenvolvimentos, os profissionais
utilizam como estratégia a sedução para o consumo de novos produtos, que muitas vezes não
fazem parte da religião ou cultura do adolescente, utilizam também personagens do
entretenimento que estimulam a compra e a competição entre os jovens.
Existem estratégias que apelam emocionalmente e que chamam atenção dos jovens e pais. Os
slogans e jingles são utilizados para que fiquem memorizados e sejam lembrados com
freqüência em algumas ocasiões. Analisando as propagandas que atingem diretamente os
jovens facilmente identificamos formas que possam confundi-los. Entre elas podemos citar:
Uso de linguagem que surge a urgência na compra de um produto;
Frases no sentido ambíguo;
Personagens do entretenimento.
Para atrair este tipo de público as propagandas se utilizam de recursos para trazer o
adolescente a uma sensação de prazer, como se ele se identificasse com cada objeto usado,
por exemplo, são usados atores jovens que estão sempre se divertindo, que valorizam a
liberdade, normalmente são produtos como refrigerantes (que lidera o ranking de mais
consumidos), achocolatados, produtos light, chicletes e balas, salgadinhos, fast-food, aparelhos
eletrônicos, entre outros. A maioria das vezes a publicidade trata o adolescente como
inconseqüente, que só quer curtir a vida com muita diversão, sem educação, rebelde, e que
não pensa no próximo e nem no amanhã, esse estereótipo é o que a maioria da população
acaba absorvendo como característica do adolescente. O jovem é estimulado a todo o
momento pelas propagandas telenovelas, programas de auditório a consumir as marcas de
7
destaque, excluindo aqueles que não têm acesso e condição, aos jovens de baixa renda
sempre são mostrados como os drogados,vitimas de violência, causador de problemas e etc.,
mas nem sempre é assim, existem as exceções dependendo do canal. Utilizam-se também de
pessoas famosas que tenham influência no meio teen como: grupos musicais, atores e
modelos, onde o adolescente idealiza o famoso como uma inspiração no que ele deseja ser ou
pelo menos usar a marca que ele usa chegando mais perto desse “sonho”, as propagandas
lançam também muitos recursos visuais e sonoros estimulando o imaginário, por exemplo, os
comerciais da MTV, cenas com muita rapidez, isso faz com que a imagem permaneça na visão
por menos de dois segundo, instiga os sentidos, usa cores que podem excitar ou relaxar,
elementos visuais e o uso de repetição. A psicologia auxilia os publicitários com o estudo de
personalidade, que ajuda na compreensão para as ações de marketing, estratégias
promocional e do produto em seu desenvolvimento, identificam traços dominantes do público
alvo, Mowen e Minor(2003) estruturam nove dimensões sobre EU:
I- Eu Real: a maneira como a pessoa vê a si própria;
II- Eu Ideal: a maneira como a pessoa gostaria de ver a si própria;
8
A Adolescência Consumista
Entre nove adolescentes, sete gostam de fazer compras, dentre estes quatro se interessam
pelo assunto. De acordo com uma pesquisa da ONU chamado “Is the Future Yours? (o futuro é
seu?)” O Brasil ficou em primeiro lugar no raking neste requisito:
Em outra pesquisa realizada consta que 37% dos jovens fazem compras no shopping contra
33% dos adultos, as lista de vantagem dos jovens é extensa, vão mais vezes ao cinema,
viajam com maior frequência, gostam de grifes, assitem mais Dvd’s e etc.
Os adolescentes têm renda própria de 30 bilhões de reias por ano e o poder de influenciar na
compra do país em 94 bilhões de reais. Uma criança de seis anos já é considerado consumidor
é esta influêcia desde a infância que torna os adoslecentes máquinas de consumir.
9
Estados Unidos. Em média, o adolescente americano gasta 60 dólares por semana do
próprio dinheiro. Apenas 56% desse valor vem da mesada dos pais. O restante ele
ganha sozinho, normalmente trabalhando em empregos de meio período.
Veja – Por que os jovens estão comprando produtos de luxo?
Alissa – Porque nos últimos anos as empresas adotaram a estratégia de direcionar
esses produtos para os jovens. Esse avanço foi influenciado pelo estilo de vida dos
astros de rap e hip hop, que valorizam esses produtos em sua música e em sua vida
pessoal. Marcas caras, como Louis Vuitton, tornaram-se símbolos de cultura popular.
O interesse por esses símbolos de status também cresceu bastante entre os adultos e,
por conseqüência, entre seus filhos.
Veja – Por que os pais não tentam barrar essa avalanche de consumismo juvenil?
Alissa – Porque o consumismo não é considerado um problema. O que preocupa é se
as filhas vão engravidar ou se os filhos vão se viciar em crack. Nesse contexto,
consumir é inofensivo. O consumo é visto como uma conquista do adolescente, sua
primeira inserção no mundo adulto. Os pais dão mesadas aos filhos como uma
preparação para a responsabilidade de ter o próprio dinheiro. Na verdade, o
consumismo só se torna realmente perigoso quando assume proporções exageradas.
Veja – Como mostrar a um adolescente que um produto de luxo que ele deseja
comprar está fora da realidade?
Alissa – Pais e filhos deveriam tentar um olhar crítico em relação à mídia e à
publicidade. Não é fácil, pois o marketing moderno utiliza-se de técnicas sutis para
atingir os jovens. É comum nos Estados Unidos "infiltrar" num shopping center
adolescentes usando marcas de grife. A idéia é estimular seus amigos a comprar
aqueles produtos. Os pais não devem apenas dizer não. Precisam também estar
atentos às técnicas para induzir as compras. ”(Revista Veja. Edição especial Julho
2003)
10
Conclusão
Conclui-se então que a adolescência é uma fase turbulenta, cheia de emoções, situações de
dificuldade e novos aprendizados. É aquela fase onde aproveitamos a nossa vida, e é nela que
nos conhecemos, criamos os nossos objetivos e descobrimos quem realmente vamos ser no
futuro.
Os pais com filhos adolescentes devem tratá-los de uma forma normal, mais com cuidado e
dedicação, pois qualquer situação séria pode ocasionar problemas na vida do adolescente
quando se torna um adulto.
O consumismo do adolescente muitas vezes é ocasionado desde a fase infantil, quando os
próprios pais fazem todos os mimos e vontade dos filhos.
O adolescente tem o poder de conduzir a mente das pessoas, tem o poder de opinar, e fazer o
que sente vontade, tanto que muitos deles são independentes e possuem o próprio poder,
porque trabalham e conseguem alcançar os seus objetivos desde cedo.
A adolescência é a melhor fase que possuímos, e para termos o sucesso basta ter consciência
e responsabilidade em todas as nossas ações.
11
Bibliografia
12