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CALAMIDADE: UM MEIO PARA O AVIVAMENTO

O que temos feito que pode caracterizar a nossa vida de pecado e falta de compromisso
com Deus? Como temos nos portado que pode dizer da nossa falta de fé e testemunho
cristão? Como temos agido para com outras pessoas que revela a nossa falta de semelhança
com Deus, com o próximo e falta de conversão sincera? O que Deus pode fazer para quebrar
nossa resistência em não admitirmos nossos erros e pecados? O que Deus pode fazer para
nos convencer de que estamos nos distanciando dele e que precisamos voltar? O que é
preciso que Deus faça para que possamos nos arrepender e buscar um verdadeiro avivamento
para nossas vidas? Essas perguntas são importantes e precisam urgentemente de respostas.
As respostas para esses questionamentos podem ser encontradas nas paginas da Santa
Escritura, especificamente nos livros dos profetas e de forma mais especifica ainda no livro do
profeta Joel. Vemos nesse livro o proceder do povo, a correção de Deus, a reação do povo
diante da ação divina e novamente vemos o agir dele diante das novas atitudes.
PECADO: UM MOTIVO PARA CORREÇÃO
O livro de Joel deixa bem claro a vida pecaminosa do povo de Israel. Textos como o
verso 12 que fala de uma chamada a conversão daqueles que já se diziam e se viam crentes
em Iaweh reflete muito bem o estado espiritual dessa gente e o grau de distanciamento que
cada um estava dele e de seus mandamentos. Assim como o verso 13 deixa bem claro a que
ponto se tornou a vida religiosa do povo de Israel. A que ponto chegaram os descendentes de
Abraão. Como a religião se tornou ritualista, mecânica e sem vida. A expressão externa já não
era uma conseqüência do que eles eram e criam internamente. Esses textos falam de pecado,
de morte espiritual, de ativismo religioso, de sequidão, de abandono. O pecado é um excelente
motivo para que Deus envie dos céus sua correção. A correção de Deus seja de que natureza
ou grau corresponde muito bem à sua santidade e é muito eficaz em seus propósitos de
alcançar e salvar o perdido. Correção, castigo, punição ou qualquer outro termo dará sempre
no mesmo: tudo é fruto do pecado e do abandono de Deus. Isaias diz enfaticamente que o
pecado cria barreira e nos separa de Deus de forma a nenhum de nós podermos ouví-lo ou vê-
lo (is 59.2). O salário do pecado, o fruto, a conseqüência, ou o resultado será sempre de morte,
de perda, de prejuízo para quem peca. Que Deus tenha misericórdia de você e lhe corrija e
você saiba por que está sendo corrigido. Isso será bom para você. A correção fará de você
uma nova pessoa. Sua correção já suficiente para frear o mal que quer nos destruir.
GAFANHOTOS: UM AGENTE DA CALAMIDADE
Muito embora o problema para muitos seja a terrível espera consciente de como Deus
vai agir com relação aos seus pecados, digo que isso não deve ocupar a concentração de
ninguém, porque não vai ajudar em nada. Deus age como quer e corrige da maneira que achar
melhor. Ele age pela graça e seja como for, seu propósito vai ser alcançado. É suficiente
sabermos que seus meios são eficazes e podem ser mais ou menos penosos com respeito a
dor ou ao sofrimento, mas jamais com respeito ao resultado. Segundo o verso 4 no presente
caso, Deus resolveu corrigir Israel através de um exame de gafanhotos famintos por devorar
qualquer coisa que visse pela frente. Esses gafanhotos desde ainda lagarta até a sua vida
adulta veio sem pena e nem dó sobre a agricultura, hortifrutigranjeiro, dentre outras coisas.
Comeram, consumiram, destruíram, desperdiçaram, e nada deixaram. Tal acontecimento
conforme os versos 2 e 3, foi tão inédito, assombroso, terrível que Deus mandou que fosse
anunciado por gerações. Era uma lição que não poderia ser esquecida tão cedo, desprezada
depressa, para não correr o risco de uma nova calamidade. Como Deus corrige cada pessoa
com respeito ao seu pecado é algo que só cabe a ele exclusivamente, mas certamente ele o
fará. Seja uma enfermidade incurável ou curável, seja um desemprego prolongado ou por
poucos dias, seja uma pequena ou grande perda, seja uma decepção ou qualquer outra coisa,
o certo é que Deus corrige mediante sua graça e será bom.
PRIVAÇÕES: UMA EXPRESSÃO DA CALAMIDADE
Nossas dores, tristezas, às vezes, dissabores, enfermidades, privações são sempre
manifestações reais de nossa calamidade. Com relação a calamidade porque passou o povo
de Israel ela se manifestou através de uma serie de privações encarrilhadas. Por terem
consumidos as vinhas, os bêbados ficaram privados de seu vinho e, portanto de seu êxtase
pela embriaguez (1.5). A casa de Deus ficou sem suas ofertas de manjares e a de libação
(1.9). Tendo comido as plantações, faltou o alimento para a oferta e os ministros do Senhor
ficaram transtornados por não terem como oferecer a Deus suas preciosas ofertas. Os
lavradores e os vinhateiros não puderam colher o fruto de seus trabalhos. Não puderam colher
o trigo, nem a cevada (1.11). Todos de uma maneira direta ou indiretamente foram
terrivelmente afetados pelo mal causado pelos gafanhotos. Alguns são privados da saúde,
outros da abundancia, outros do dinheiro, outros do prazer, outros da própria vida. Deus ainda
age e ainda corrige em nosso tempo. Ainda priva, ainda envia “gafanhotos”, situações que nos
constrangem, nos maltrata, mas ao fim nos ajuda em nossa santificação.
DEMONSTRAÇÃO DE ARREPENDIMENTO ATRAVÉS DO JEJUM E ORAÇÃO: UM PASSO
PARA O AVIVAMENTO
Diante do pecado, da correção, da privação, Deus conclama a que se arrependam do
modo de vida que estavam levando. Deus os chama para uma nova postura diante dele. Deus
os conclama a que voltem do caminho errado que seguiram até o momento, para seguir o seu
próprio caminho, o caminho certo, da santidade, da vida, da verdadeira espiritualidade
(2.12,13). Deus fala de um arrependimento de verdade, de uma transformação interna que
provocará uma expressão externa também verdadeira. Era comum em Israel por qualquer
motivo que revelasse qualquer infortúnio, alguém rasgar as vestes, lançar cinzas sobre a
cabeça e sair demonstrando quebrantamento, mas nem sempre como expressão exata do
coração compungido e contrito. Diante dessa possibilidade de uma transformação ou
arrependimento aparente, Deus vai requerer algo realmente de coração, de verdade. Em
nossos dias, diante dos novos costumes, em uma nova religião menos da aparência, Deus
requer de nós mudanças que sejam percebidas por nossos atos, ao invés de nossas
expressões corporais. Deus quer ver nossas atitudes em conformidade com suas Santas
Escrituras. Essas mudanças podem ser percebidas e até alcançadas mediante uma vida de
piedade, de devoção, de mortificação da carne. O jejum e a oração ainda são a melhor forma
de alcançarmos um avivamento para as nossas vidas.
FIM DA CALAMIDADE: UMA RESPOSTA DE DEUS À NOSSA CONVERSÃO
Sendo Deus bom, misericordioso e compassivo ele nos promete uma atitude de sua
parte a altura de nossas ações. Deus promete o fim da calamidade, o fim do sofrimento, das
privações das necessidades. Promete realmente vitórias diante das situações conflitante. Ele
promete mudança e restauração. Ele se mostrará zeloso (2.18), operante em favor de nossa
alegria (2.21), nova vida até mesmo para os animais do campo (2.22), novas e grandes
colheitas (24), restituição de tudo quanto os gafanhotos consumiram (2.25), abundancia de
comida e até mesmo de motivo de louvores e ainda uma profunda consciência de sua
presença (2.26,27). Deus nos conhece, sabe das nossas fraquezas, assim como conhece
também nossos anseios mais íntimos. Ele promete estar conosco, nos ajudar, nos socorrer.
Moisés diz e testemunha de Deus como sendo seu constante refugio (Salmo 90.1,2) e Isaias
49 fala do cuidado de Deus para com o seu povo. Ainda hoje ele dará fim a nossa calamidade
como uma resposta ao nosso arrependimento e conversão. Restitui-nos não aquilo que diz
respeito a finanças, mas aquilo que foi tirado como correção pelo nosso pecado. Retribui-nos
consoantes nossas obras e nossa nova vida. Oremos e jejuemos em busca de um renovo e de
uma mudança. Pr. Wellington

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