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PRECISÃO DA DETERMINACAO DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE x EXPERIMENTO

DE BAIXO CUSTO: UMA FERRAMENTA PARA O ENSINO DE FÍSICA.

Oberlan da Silva (oberlans@ibest.com.br)


Leonardo Bruno Ferreira de Souza (leonardo_bruno@ibest.com.br);
Márcio Fablício da Silva (marciofablicio@yahoo.com.br);
Alex de Albuquerque Silva (fanauticoatemorrer@hotmail.com);
Renan de Oliveira Alves (renoir.21@bol.com.br).

UEPB (Oberlan da Silva)


UEPB (Leonardo Bruno Ferreira de Souza)
UEPB (Márcio Fablício da Silva)
UEPB (Alex de Albuquerque Silva)
UEPB (Renan de Oliveira Alves)

Sempre que nos propomos discutir a determinação da aceleração da gravidade no ensino médio, nos
deparamos com problemas e questões que parecem desafiar o ensino da física ao longo dos tempos.
Talvez por causa do conhecimento do senso comum que muitos têm dificuldade de transpor, estas
questões tornem-se difíceis de ser compreendidas quando das discussões em sala de aula a cerca
deste conteúdo. Diante disso como poderíamos conseguir dispositivos que pudesse proporcionar ao
aluno uma observação mais precisa do fenômeno em questão? Uma das dificuldades é a falta de
estrutura das escolas que na grande maioria não dispõe de laboratórios, como também o custo
elevado dos instrumentos. Foi pensando nisso que desenvolvemos um experimento que pudesse
proporcionar além da precisão na determinação da aceleração da gravidade através da queda livre
dos corpos, uma aprendizagem mais significativa levando o aluno a perceber as limitações de seus
conhecimentos prévios. O grande desafio para este cálculo é a determinação do tempo de queda
livre dos corpos, pois através do reflexo humano esta medição torna-se muito imprecisa. A
construção deste instrumento apesar de ter sido com matérias de baixo custo, apresentou resultados
satisfatório e muito próximo do teórico. Este instrumento foi apresentado na escola estadual de
ensino médio Major Veneziano Vital do Rego em Campina Grande-PB.

Movimento Retilíneo

Uniforme – este movimento ocorre quando o ponto material descreve uma trajetória retilínea
percorrendo distancias iguais em intervalos de tempo iguais, (velocidade constante). Sendo assim a
principal característica desse movimento é a ausência de aceleração.

Uniformemente Variado – um ponto material que esteja realizando um movimento retilíneo


uniformente variado estará descrevendo uma trajetória retilínea e sua velocidade variará de maneira
uniforme. Isso significa que o módulo da velocidade aumenta ou diminui com valores iguais em
intervalos de tempo iguais. Portanto, sua aceleração será constante.

QUEDA LIVRE
Equações da queda livre
Tendo em vista que a queda livre é um movimento variado uniformemente, podemos aplicar
as equações do MVU, com o cuidado de observar a orientação da trajetória.
V0 = 0
a=g
g s0 = 0

De acordo com a orientação adotada na figura (corpo partindo do repouso), temos:

gt 2
s= v = gt v 2 = 2 g ∆s
2

Metodologia

A construção deste dispositivo se deu de forma que fosse possível uma interatividade do aluno com
o instrumento permitindo assim que ele observasse o comportamento de alguns corpos de massas
distintas em queda livre e os respectivos conceitos que descrevem o fenômeno.

Este instrumento nos permite calcular o tempo de queda dos corpos em queda livre e com o
emprego da equação que descreve este movimento é possível calcular a aceleração da gravidade do
local de forma bastante precisa. Utilizando-se de esferas de metal de massas diferentes (6g, 12g,
28g), obtivemos para uma altura de 38 cm um tempo de queda de 28 centésimos de segundo, e uma
aceleração de um local a 505m acima do nível do mar (Campina Grande-PB) de 9,69m/s2 .

Descrição do Experimento e Principio de Funcionamento

Materiais Utilizados

• Base de madeira (50cm X 50cm)


• Cronômetro
• Haste de metal com 60 cm
• Transformador de corrente 6v
• Eletroímã
• Chaves interruptoras
• Fios de ligação.

Funcionamento

O funcionamento deste instrumento consiste do acionamento de um eletroímã através de uma


corrente continua de 6v, onde fica suspenso o corpo metálico, do qual deseja-se medir o tempo de
queda. Ao interromper a corrente do eletroímã através de uma das chaves, dá-se o inicio da queda
do corpo. O acionamento do cronômetro se dá de forma simultânea com a queda do corpo, bem
como o seu desacionamento ocorre com a chegada do corpo no dispositivo de travamento.

Responsáveis pela elaboração e construção do experimento.


A esq. Márcio, ao centro Oberlan e a dir. Leonardo

Conclusão

Embora a construção deste dispositivo tenha sido com materiais de baixo custo, comparado com
instrumentos de laboratórios, concluímos que com um pouco de critério na seleção de materiais é
possível obter resultados bastante satisfatório. Provando assim, se tivermos um pouco de
criatividade e dedicação podemos está proporcionando um ensino com mais qualidade e
significância, de modo que o aluno possa leva-lo para situações de seu mundo vivencial.

Referencias:

GASPAR, Alberto, Física. In: Movimento sob a ação da gravidade. Ed. Abril. 1ª ed. São Paulo-SP.
2003. v único. p. 54-61.
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert & WALKER, Jearl. Fundamentos de Física. In: aceleração
de queda livre. Ed. LTC. 6ª ed. Rio de Janeiro-RJ. 2002. v. 1. p. 24.
TIPLER, Paul A., Física para cientistas e engenheiros. In: movimento com aceleração constante.
Ed. LTC. 3ª ed. Rio de Janeiro. 1995. v. 1. p. 27-32.

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