Professional Documents
Culture Documents
MÓDULO III
Duração: 08 horas
O Professor Coordenador Pedagógico:
identidade, atribuições e cotidiano
Professora Responsável
Profª Ms. Maria Inês Miqueleto
Junho/ 2011
O Professor Coordenador Pedagógico: identidade, atribuições e cotidiano
Objetivo
Reconhecer as funções do Professor Coordenador Pedagógico e compreender o seu papel frente à
qualidade do ensino e da aprendizagem.
Programa
I- Identidade
1- A constituição da profissão/ função do Professor Coordenador Pedagógico.
2- O processo de profissionalidade do Professor Coordenador Pedagógico começa antes dos bancos
escolares.
I- Identidade
1- A constituição da profissão/função do Professor Coordenador Pedagógico
A partir da segunda metade do século XX e no limiar do século XXI, os profissionais do ensino
têm vivenciado dois grandes desafios: o acesso e a permanência do aluno na escola e o ensino de
qualidade.
O corpo docente instigado a enfrentar esses desafios, reivindica o auxílio de outros profissionais.
É nesse contexto que a figura do coordenador pedagógico passa a integrar a equipe escolar.
Como integrante da equipe de direção, cotidianamente esse profissional se depara com uma
vasta complexidade e uma gama de dificuldades de suas funções, especialmente em seu papel de
articulador das áreas curriculares, uma vez que tal articulação implica o envolvimento das pessoas que
atuam na escola.
A observação e a experiência têm demonstrado que, na dinâmica diária da vida das unidades
escolares, prevalece o trabalho fragmentado, individual e solitário dos profissionais que nelas atuam.
Conforme bem explica Azanha (2006, p. 96), “não há, geralmente, a tradição de um esforço coletivo
para discutir, analisar e buscar soluções no âmbito das escolas”.
Apesar de toda a ênfase que se tem dado, no discurso, ao trabalho coletivo, compartilhado,
comprometido, não é o que historicamente, ao longo dos anos, se tem constatado na prática.
E, como enfatizam Placco e Silva (2001, p. 27): “(...) ficam cada dia mais evidentes a dificuldade
e a ineficácia do trabalho isolado. É em torno de um projeto de escola, com claros objetivos de
formação do aluno e do cidadão, que professores diretores e outros profissionais da Educação devem-
se congregar para um trabalho significativo junto aos alunos”.
Como concretizar essa função articuladora? Para isso, o coordenador pedagógico precisa traçar
um plano de ação que envolva toda a comunidade escolar. Se esse plano não existe, o trabalho do
coordenador fica restrito a resolver problemas do dia-a-dia, o que o leva a uma ação descontínua e sem
resultados.
A escola já dispõe de alguns instrumentos que demandam essa ação articuladora. Uma delas,
quem sabe a mais importante, é a elaboração do projeto político-pedagógico. Sua construção
caracteriza-se em importante exercício de autonomia e implica um instrumento fundamental que nos
permite (re) pensar a escola nas dimensões internas e externas.
Os diversos segmentos envolvidos na construção do projeto pedagógico – pais, professores,
representantes de alunos, funcionários técnico-administrativos – têm clareza da sua importância para a
vida da escola? Têm eles clareza dos objetivos, das metas que devem nortear todas as ações e
atividades escolares a curto, médio e longo prazo? Sabem que essas metas e esses objetivos devem
ser estabelecidos em função da análise de dados da realidade, do conhecimento da dinâmica interna da
escola e de seu entorno? Que alunos temos? Quais são suas necessidades reais, suas crenças, suas
expectativas, seus valores? Que cidadãos queremos formar? Como está a participação de pais, alunos,
funcionários e professores nos órgãos colegiados – Conselho de Escola, APM, Grêmio? Quais são os
índices de evasão e repetência? Como está a aprendizagem dos alunos? E a disciplina? Como está
sendo aplicado os recursos?
Qual o papel da escola em determinado contexto e momento histórico? De que instrumentos
dispomos e quais podemos criar para obtermos um melhor funcionamento da escola, tendo em vista o
perfil dos alunos? Com que profissionais, especialistas e estudiosos poderíamos contar para um melhor
funcionamento da escola?
Um ponto central do projeto pedagógico é, sem dúvida, o desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem. Que objetivos alcançar em cada ano, em cada componente curricular? Que conteúdos
selecionar? Qual a melhor forma de desenvolver os conteúdos? Como avaliar a aprendizagem dos
alunos?
Certamente, no processo de discussão coletiva, liderado pelo coordenador pedagógico, cada
escola, apoiada nas diretrizes oficiais, pode encontrar seu caminho.
Enfim, é para essa nova concepção de escola que surge a função do Professor Coordenador
Pedagógico.
AMORIM, Tânia Nobre Gonçalves Ferreira. Eu, líder: construindo o sucesso corporativo. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2005.
II- As atribuições do Professor Coordenador Pedagógico
Referência
PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza; ALMEIDA, Laurinda Ramalho de. (Orgs.). O coordenador
pedagógico e o cotidiano da escola. 6 ed. São Paulo: Loyola, 2009.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Educação. Resolução SE - 88, de 19-12-2007 alterada pela
Resolução SE 53 de 26/06/2010 e pela Resolução SE 8 de 15/02/2011.
III- Cotidiano e Prática do Professor Coordenador Pedagógico: uma proposta de rotina de
trabalho e a importância dos registros
O Projeto de Trabalho a ser apresentado deverá explicitar os referenciais teóricos que fundamentam o
exercício da função de Professor Coordenador e conter:
1 - Identificação completa do proponente incluindo descrição de sua trajetória escolar e de formação,
bem como suas experiências profissionais.
2 - Justificativas e resultados esperados, incluindo diagnóstico fundamentado por meio dos resultados
de avaliações internas e/ou externas do segmento/nível de ensino da unidade escolar que pretende
atuar.
3 - Objetivos e descrição sintética das ações que pretende desenvolver.
4 - Proposta de avaliação e acompanhamento do projeto e as estratégias previstas para garantir o seu
monitoramento e execução com eficácia.
Sugestão de Roteiro
1. Identificação
Nome:
Endereço:
Telefone:
E-mail:
1.2 Formação
1.3 Experiência Profissional
5. Avaliação do Projeto