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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


COORDENADORIA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

PROJETO DE CRIAÇÃO DE EMPRESA JÚNIOR NO CURSO DE


GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DA UFSC

COMISSÃO:
Profa. Edite Krawulski (presidente)
Prof. Adriano Henrique Nuernberg
Profa. Andréa Valéria Steil
Acad. Analy de Oliveira Gomes
Acad. Renatto César Marcondes
Acad. Alexander Reinhard Rudolf M. Melzer
Acad. Sara da Silva Boeger (CA)
Acad. Allan Kenji (CA)
Acad. Raphael S. Valverde (CA)

Florianópolis, 05 de maio de 2011.


2

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO.............................................................................................................2

2 INTRODUÇÃO..................................................................................................................2

3 JUSTIFICATIVA E FINALIDADES..............................................................................4

4 OBJETIVOS.......................................................................................................................6

5 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO............................................................................6

6 ESCOPO DE ATUAÇÃO..................................................................................................7
6.1 Campo de Atuação.....................................................................................................7
6.2 Público alvo................................................................................................................7
6.3 Diferenças e aproximações entre a Empresa Júnior e o SAPSI............................8

7 DESENVOLVIMENTO E ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES...................9

8 RECURSOS REQUERIDOS...........................................................................................11
8.1Humanos....................................................................................................................11
8.2 Físicos e Logísticos...................................................................................................11

9 ENCAMINHAMENTOS FUTUROS.............................................................................12

REFERÊNCIAS...................................................................................................................12

ANEXO.................................................................................................................................14
Anexo A – Proposta preliminar elaborada por acadêmicos em 2010..............................15
3

1 APRESENTAÇÃO

Este documento apresenta o resultado do trabalho da Comissão constituída pela


Portaria n. 06/PSI/2010, de 29/11/2010, buscando atender à tarefa que lhe foi atribuída,
de elaborar um Projeto de Implantação de Empresa Junior no Curso de Graduação em
Psicologia da UFSC, a ser apreciado pelo Colegiado deste curso.
A constituição de uma Comissão1 foi indicada pelo referido Colegiado em
05/07/2010, em decorrência do acolhimento da Proposta Preliminar apresentada por um
grupo de alunos, cujo documento tem o título de “Movimento de criação da Empresa
Junior de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina” (vide Anexo A).

2 INTRODUÇÃO

O Movimento Empresa Júnior (MEJ) em âmbito mundial teve por berço a


França, onde em 1967 um grupo de estudantes criou a Junior Enterprise para atender
demandas de complementação de sua capacitação acadêmica por meio da prestação de
serviços em suas áreas de formação. Após rápida difusão dessa iniciativa, em 1969 foi
fundada a Confédéracion Nationale dês Junior-Enterprises – CNJE para representar o
Movimento Empresa Júnior Francês. Nas décadas de 1970 e 1980 o MEJ alcançou, se
difundiu e se consolidou em outros países da Europa e em 1987 foi criada a primeira
rede internacional de Empresas Juniores envolvendo países como Espanha, Suiça,
França, Itália e Holanda.
Após forte consolidação do movimento na Europa, o MEJ chegou ao Brasil em
1988, por meio da Câmara de Comércio Franco-Brasileira. As três primeiras Empresas
Juniores brasileiras foram a Júnior FAAP na Fundação Armando Álvares Penteado, a
FGV Jr. na Fundação Getúlio Vargas e a Póli Junior na Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo (SANGALETTI; CARVALHO, 2004).

1
A redação deste projeto foi construída efetivamente por Edite Krawulski, Adriano H. Nuernberg,
Andréa V. Steil, Analy G. de Oliveira, Renatto Cesar Marcondes e Alexander Reinhard Rudolf M.
Melzer.
4

A iniciativa foi disseminada por outros estados brasileiros nos anos seguintes,
criaram-se Federações Estaduais e em agosto de 2003, na comemoração dos 15 anos do
MEJ no país foi fundada a Brasil Júnior – Confederação Brasileira de Empresas
Juniores, focada no objetivo de fortalecer e potencializar o movimento no contexto
brasileiro. Segundo seu site institucional essa Confederação é formada atualmente por
13 federações, representando 12 estados e o Distrito Federal, e tem como finalidades
representar as empresas juniores em nível nacional e desenvolver o Movimento
Empresa Júnior como agente de educação empresarial e gerador de novos negócios
(BRASIL JÚNIOR, 2011).
Em Santa Catarina o MEJ foi introduzido em dezembro de 1990, com a criação
da primeira Empresa Júnior do Sul do Brasil: a Ação Júnior – Empresa Júnior de
Consultorias Sócio-Econômicas, abrangendo cursos vinculados ao Centro Sócio-
Econômico da Universidade Federal de Santa Catarina (MAGAGNIN; MACARINI,
2007). Quatro anos mais tarde, objetivando unificar o MEJ no estado catarinense foi
criada a FEJESC – Federação das Empresas Juniores de Santa Catarina. A FEJESC é
formada por 12 EJs e foca suas ações no estímulo ao empreendedorismo e capacitação
em gestão empresarial, pretendendo proporcionar aos universitários ligados ao
Movimento um ambiente favorável à transformação de pessoas (FEJESC, 2011).
Atualmente existem na UFSC mais de uma dezena de Empresas Juniores
vinculadas a cursos de diversas áreas, com ênfase àqueles de natureza tecnológica.
Caracterização elaborada por Magagnin e Macarini (2007) listou as dez empresas da
UFSC então federadas, a saber: AUTOJUN, EJESAM, EPEC, CONAQ, CALTECH,
C2E, AÇÃO JÚNIOR, EJEP, I9 e NUTRI.
No campo da Psicologia, especificamente, existem no Brasil sete Empresas
Juniores federadas: Elo Consultoria (UEL), RH Júnior Consultoria (UFMG), Insight
Consultoria em Psicologia da UFRJ (UFRJ), Psicojunior Empresa Junior de Psicologia
da UFBA (UFBA), Ethos Consultoria Junior (UFPE), Práxis Empresa Júnior de
Psicologia (UNB) e Humanus Empresa Junior (UNESP/Assis). Os principais serviços
prestados por essas empresas são: recrutamento e seleção, diagnóstico organizacional,
diagnóstico e capacitação de recursos humanos/desenvolvimento de competências,
treinamento, avaliação de desempenho, cursos, análise ergonômica do trabalho,
orientação profissional e psicologia do consumidor.
No Curso de Graduação em Psicologia da UFSC, a citada Proposta Preliminar,
elaborada e apresentada por um grupo de alunos, derivou da identificação de uma
5

lacuna existente no curso no que concerne à necessidade de vivenciar, sob uma


perspectiva mais prática, a aplicação dos conhecimentos construídos no cotidiano de sua
formação, nas diversas áreas de intervenção da Psicologia. Imbuídos desse desejo, esses
alunos pesquisaram durante meses acerca do que seria uma Empresa Junior e dos
requisitos necessários à elaboração de um projeto. Desenvolveram também uma
pesquisa junto a acadêmicos do curso objetivando identificar suas concepções e
expectativas sobre uma empresa junior de Psicologia, cujos achados estão incluídos no
texto da proposta apresentada (vide Anexo A).
O Projeto aqui apresentado, como seria inevitável, teve como ponto de partida
essa Proposta Preliminar. Sua construção e finalização se deram em sucessivas reuniões
de membros da Comissão ocorridas no período de novembro de 2010 a abril de 2011,
por meio de discussões e subsídios colhidos junto a diversas fontes. Além das já citadas
FEJESC e Brasil Júnior, buscou-se interlocução com integrantes da recém-criada EJ do
curso de Jornalismo e também da EJ da UNESP de Assis-SP. A construção do Projeto
aqui apresentado tomou por base os termos da Resolução Normativa n. 08/CUn/2010,
de 30 de novembro de 2010, que normatiza a criação, reconhecimento e funcionamento
de empresas juniores na UFSC (UFSC, 2011).
Compõem o projeto, além dos elementos abordados nessa Introdução, as
Justificativas e Finalidades, os Objetivos, a Estrutura e Funcionamento, o Escopo de
Atuação, o Desenvolvimento e Acompanhamento das Atividades, os Recursos
Requeridos e os Encaminhamentos Futuros necessários, além das Referências que lhe
serviram de base.

3 JUSTIFICATIVA E FINALIDADES

Ao tratar da natureza e dos objetivos de uma Empresa Júnior no seu Capítulo 1,


a Resolução Normativa n. 08/CUn/2010, em seu Artigo 1º, conceitua empresa júnior
como constituindo-se em uma associação civil, sem fins lucrativos e com finalidades
educacionais, criada, constituída e gerida exclusivamente por alunos regularmente
matriculados nos cursos de graduação da Universidade Federal de Santa Catarina.
Considera-se que a finalidade educacional explicitada por esse instrumento legal
se caracteriza como a justificativa primordial para a criação de uma Empresa Júnior
6

junto ao Curso de Graduação em Psicologia, no sentido de que essa iniciativa possa se


constituir em um recurso que oportunize aos graduandos a vivência educativa do
exercício profissional nos mais diversos campos de atuação em Psicologia.
Embora as EJs de Psicologia federadas no Brasil não sejam numerosas,
indubitavelmente aquelas existentes possibilitam aos acadêmicos o contato com o
ambiente real do trabalho da área e com demandas nem sempre identificadas
devidamente apenas no aprendizado de sala de aula. A oportunidade de praticar
conhecimentos trabalhados em disciplinas e/ou conjuntos de disciplinas ao longo do
curso também pode ser destacada.
O foco no aprendizado oportunizado por caminhos vinculados à prática
profissional constitui, portanto, a justificativa central para essa iniciativa. Dellagnelo
destaca diversas características de uma EJ como elementos que propiciam e favorecem a
aprendizagem de seus integrantes, dentre as quais o empreendedorismo, a concepção de
crescimento, o voluntarismo, o acompanhamento das atividades por professores
orientadores e até mesmo o recurso da eleição para escolha de suas diretorias, “uma vez
que está associada a processos de discussão, reflexão e avaliação de resultados” (2004,
p. 173).
Cabe destacar também a consonância da criação de uma EJ no Curso de
Graduação em Psicologia com o novo Projeto Pedagógico deste curso que se encontra
em implantação a partir do primeiro semestre de 2010. Estão previstas neste projeto,
observando o que preceitua o Plano Nacional de Educação, “atividades extraclasse e/ou
acadêmico-científico-culturais” a serem desenvolvidas pelos acadêmicos e validadas
posteriormente para inclusão no histórico escolar, respondendo estas atividades por 324
horas ou 6,92 % para a habilitação formação psicólogo (NUERNBERG et al, 2009).
Cumpre destacar ainda o alinhamento deste Projeto com o Plano de Desenvolvimento
Institucional da UFSC, especialmente no tocante ao objetivo 2 relativo às políticas de
ensino, onde se apresentam dentre as metas “estimular a utilização de metodologias
educacionais inovadoras”, “estimular o envolvimento e a responsabilidade dos alunos
de graduação em atividades de monitoria, pesquisa, extensão e aprimoramento
profissional” e “readequar as atividades de estágios e estimular o exercício da atuação
pré-profissional, além do uso efetivo dos períodos de recesso acadêmico” (UFSC, 2010,
p. 35).
A experiência de participar de uma Empresa Júnior, seja desenvolvendo projetos
ou gerindo suas atividades meio possibilitará aos acadêmicos construir com melhores
7

resultados a interface entre a formação científica e a formação profissional,


compreendidas como duas dimensões complementares de responsabilidade das
instituições de ensino superior em seu processo educacional.
Por último, salientam-se ainda a compatibilidade deste Projeto com Plano
Institucional da UFSC no que concerne à inserção dos cursos na comunidade e o
exercício da cidadania oportunizado por meio das ações previstas na EJ.

4 OBJETIVOS

Além dos objetivos elencados de modo genérico pela Resolução 08/CUn/2010


para todas as empresas juniores no âmbito da UFSC, a EJ de Psicologia terá como
Objetivo Geral: Constituir-se como espaço complementar de formação, voltado ao
exercício profissional nas diferentes áreas de atuação da Psicologia, de modo articulado
com as necessidades sociais da região.

Objetivos específicos:
• Promover o desenvolvimento de competências relativas ao empreendedorismo
na formação acadêmica;
• Proporcionar espaços de vivência característicos de um ambiente organizacional
de trabalho;
• Favorecer a interface teoria e prática por meio do envolvimento dos acadêmicos
em projetos de intervenção desde sua criação até a execução e avaliação.

5 ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO

A Empresa Júnior aqui proposta funcionará conforme o designado nos Capítulos


II, da Criação de Empresa Júnior; e III, do Quadro de Associados e da Estrutura
Administrativa. Segundo o Capítulo II – Seção I – Art. 3º da Resolução n.
8

08/CUn/2010, “A empresa júnior será criada como uma empresa real, com assembléia
geral, conselho administrativo, diretoria executiva, conselho fiscal, estatuto e regimento
próprios, e gestão autônoma em relação à Universidade ou qualquer entidade
estudantil”. Sua vinculação será com o Colegiado do Curso de Graduação em Psicologia
do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC. Seu funcionamento será
determinado por regimento interno, submetido à Assembléia Geral da EJ e registrado
em Cartório.
Estes dois instrumentos legais – estatuto e regimento interno -, é que deverão
estabelecer elementos como a estrutura organizacional da empresa, a nomenclatura dos
integrantes, seu processo de admissão, permanência e desligamento, bem como regras
gerais de seu funcionamento cotidiano.

6 ESCOPO DE ATUAÇÃO

6.1 Campo de Atuação

Os serviços oferecidos pela EJ aqui proposta estarão focados nos diversos


campos de atuação, como: Psicologia Jurídica, Psicologia do Esporte, Psicologia
Escolar, Psicologia Hospitalar, Psicologia dos Desastres, Psicologia Organizacional e
do Trabalho, Psicologia da Saúde, dentre outros, sendo levada em consideração a
disponibilidade de professores para acompanhar cada projeto como requisito para o
leque de serviços disponibilizados.
A responsabilidade social, inerente à profissão de Psicólogo preceituada no
Código de Ética da Profissão (CFP, 2011), especificamente no item III (“O psicólogo
atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade
política, econômica, social e cultural”), será pedra fundamental em todos os projetos e
em toda a estrutura e funcionamento desta organização.

6.2 Público alvo


9

Os serviços oferecidos pela Empresa Júnior se destinarão a organizações em


geral (ONGs, outras empresas juniores, associações, movimentos sociais,
empresas, instituições públicas e/ou privadas, etc.), a UFSC e a comunidade.

6.3 Diferenças e aproximações entre a Empresa Júnior e o SAPSI

Sendo a Empresa Júnior de Psicologia e o Serviço de Atenção Psicológica


(SAPSI) dois contextos que prestam serviços à comunidade, considerou-se importante
ressaltar semelhanças e diferenças, delineando possíveis integrações, parcerias e
delimitações entre ambos.
O SAPSI, clínica-escola de existência obrigatória para o funcionamento de
Cursos de Graduação em Psicologia, é definido como um “Centro de Psicologia
Aplicada, através da realização de estágios supervisionados, projetos de pesquisa e
extensão de professores do Departamento de Psicologia da UFSC, com oferta de
atendimento psicológico em diferentes áreas de atuação do psicólogo, em caráter
público e gratuito”, cujas atribuições encontram-se arroladas em seu site institucional
(SAPSI, 2011). A proposta da EJ será distinta, caracterizando-se pelo protagonismo dos
graduandos em atender a demandas que chegam e identificar necessidades sociais
passíveis de intervenção.
Avalia-se que os projetos a serem oferecidos pela EJ nos mais diversos campos
de atuação não se sobreporão àqueles serviços disponibilizados pelo SAPSI, bem como
não lhe estabelecerão concorrência, uma vez que possuem outra natureza. Acrescenta-se
que a participação de acadêmicos na EJ se caracteriza pela responsabilização na gestão
de projeto(s) e/ou de diretoria(s), oportunizando essa experiência o desenvolvimento de
habilidades fundamentais para sua inserção e exercício profissional futuro, como o
diagnóstico de necessidades e/ou de demandas, o estabelecimento e cumprimento de
prazos, a elaboração de fluxogramas de tarefas, o estabelecimento de custos, o trabalho
em equipe e a observância de questões éticas, dentre outras.
Consideradas essas diferenças e aproximações, o objetivo é que se estabeleçam
relações de complementaridade e cooperação entre esses dois contextos de
aprendizagem, seja por meio de projetos desenvolvidos em conjunto, seja via
encaminhamentos mútuos, resultando no aumento da qualidade da formação dos alunos
e dos serviços disponibilizados para a comunidade.
10

7 DESENVOLVIMENTO E ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES

A missão da EJ do curso de Psicologia é proporcionar um locus de


desenvolvimento profissional aos seus acadêmicos. Ela se configura em um espaço de
aprendizagem complementar, integrado à formação acadêmica, que se efetiva pelo
desejo e pela solicitação do corpo discente do curso de psicologia. Seu foco principal
será, portanto, o processo de aprendizagem de seus alunos, pois parte-se da premissa de
que o ato de aprender é pré-condição para o desempenho competente no trabalho. A
aprendizagem realizada neste âmbito deverá ser significativa, uma vez que se buscará
continuamente o estabelecimento de relações entre o conteúdo da aprendizagem e o
repertório atual do estudante de psicologia.
Já existem evidências que demonstram como as empresas juniores proporcionam
oportunidades de aprendizagem e de desenvolvimento de competências importantes
para a preparação dos alunos para o trabalho. Em pesquisa realizada com alunos
membros de EJs na Universidade de Brasília, por exemplo, verificou-se que a
participação em uma empresa júnior possibilita ao aluno de graduação, dentre outras
possibilidades:
...ampliar sua rede de contatos no ambiente acadêmico e no mercado,
inclusive propiciando maior acesso a oportunidades de estágios e de
trabalho; receber uma formação profissional diferenciada em relação a
outros estudantes que não vivenciaram a mesma experiência;
desenvolver competências técnicas, principalmente através da
oportunidade de aplicar na prática o que é aprendido em teoria no curso
de graduação; desenvolver competências atitudinais como
comprometimento, dedicação, autonomia e poder de decisão,
consideradas importantes para sua inserção e atuação no mercado de
trabalho; desenvolver, de modo geral, competências empreendedoras e
de gestão; trabalhar com recursos escassos; amadurecer
profissionalmente, lidando com clientes e outros profissionais;
responsabilizar-se por suas ações e pelo coletivo (BEZERRA et al.,
2011, p. 1).
11

A dinâmica de funcionamento da empresa júnior objetiva garantir a presença das


dimensões necessárias para que a aprendizagem em ambiente profissional se efetive.
Essas dimensões, segundo COELHO JÚNIOR e BORGES-ANDRADE, 2008,
incluem:
- variáveis de nível individual: envolvem o querer fazer e a motivação para fazer. Uma
vez que a participação na empresa júnior será facultativa, o ato de aprender estará
vinculado à consecução de algum objetivo, implícito ou explícito, contido na motivação
do aluno em dela participar;
- variáveis relacionadas à tarefa: envolvem o saber fazer e o ter conhecimento sobre. O
aluno utilizará os conhecimentos aprendidos em sala de aula para planejar, executar e
avaliar suas atividades na empresa júnior. Não raro serão os casos em que precisará
buscar literatura adicional àquela utilizada em sala de aula, expandindo as suas
possibilidades de aprendizagem;
- variáveis relacionadas ao contexto do trabalho: envolvem o poder fazer e o receber
suporte para realizar as atividades. Como a missão da empresa júnior está relacionada
com a aprendizagem, terá sua estrutura e processos definidos de forma que todo o
contexto da empresa conduza à aprendizagem. Além da estrutura e dos processos, o
apoio e o acompanhamento de professores do curso de Psicologia terá papel importante
neste processo.
A participação na EJ será facultativa àqueles alunos desejosos de experienciarem
as possibilidades de aprendizagem associadas à afiliação em uma organização formal já
durante os primeiros semestres de seu curso. O ingresso na empresa júnior ocorrerá por
meio de processo de seleção específico, planejado e realizado por seus membros.
O acompanhamento das atividades da EJ abrangerá também monitoramento e
avaliação, conforme previsto na Resolução 08/CUn/2011, mediante encaminhamento de
informações ao Comitê Gestor das Empresas Juniores da UFSC para apreciação e
aprovação.
Ademais, recomenda-se a criação de um Conselho Consultivo na EJ, formado
por docentes, ex-membros da EJ e outros membros da Federação. Este conselho
auxiliará no processo contínuo de avaliação dos propósitos formativos/educacionais das
atividades da EJ e do padrão de qualidade dos serviços prestados pela EJ à comunidade.
Este Conselho Consultivo será convocado pela presidência da Empresa, de acordo com
a necessidade, sendo garantido no mínimo uma convocação anual.
12

8 RECURSOS REQUERIDOS

8.1 Humanos

Uma vez que a EJ deve ser criada, constituída e gerida exclusivamente por
alunos de graduação em Psicologia, os recursos humanos básicos necessários para seu
funcionamento interno provêm exclusivamente do corpo discente deste curso,
escolhidos da forma prevista no Estatuto.
Nas seguintes situações se faz necessária a presença de um membro do corpo docente:
1) Durante o planejamento e execução de algum serviço prestado, no papel de professor
com experiência no campo de atuação respectivo para acompanhá-lo; 2) Na formação
do conselho; 3) Na participação no Conselho Fiscal (no mínimo um professor lotado na
Unidade Universitária à qual se encontra vinculada a EJ, de acordo como Art. 22º da
Resolução Normativa Nº 08/CUn/2010.

8.2 Físicos e logísticos2

Será necessário um espaço físico que comporte a realização das atividades da


empresa, além de 2 computadores com acesso à internet, 1 aparelho telefônico, 1
impressora, 2 mesas para computador, 1 mesa de trabalho, cadeiras, 1 armário, 1
arquivo, 1 mural, 1 quadro branco para anotações e material de escritório. Para que a EJ
obtenha a Certificação do Selo Brasil Júnior, os primeiros três itens (sede física,
telefone próprio e computador com acesso a internet) precisam estar contemplados.
Além dos recursos físicos, uma EJ muito comumente precisa de uma quantidade
de caixa inicial para operar. Sua destinação geralmente está direcionada para o registro
legal e para demais procedimentos requeridos para regularização da EJ.

2
O levantamento dos itens levou em conta a recomendação de recursos logísticos da Fejesc para se
iniciar o funcionamento de uma EJ (Guia Ciclo I, pag. 29) e a previsão de necessidades de uma EJ de
Psicologia.
13

9 ENCAMINHAMENTOS FUTUROS

Uma vez aprovado o presente projeto pelo Colegiado do Curso de Graduação em


Psicologia, constituem encaminhamentos futuros o acompanhamento da tramitação do
processo nas instâncias superiores visando sua aprovação, a captação de recursos, a
divulgação da iniciativa e constituição de uma equipe inicial de acadêmicos para fundar
a Empresa, o estabelecimento de parcerias, a redação dos documentos legais da EJ
(estatuto e regimento) e demais providências previstas na Resolução 08/CUn/2010.

REFERÊNCIAS

BRASIL JÚNIOR - Confederação Brasileira de Empresas Juniores. Sobre nós.


Disponível em http://www.brasiljunior.org.br/. Acesso em: 25 abr. 2011.

BEZERRA, K.L.T et al. Oportunidades de aprendizagem oferecidas por empresas


juniores. Anais Eletrônicos do Congresso Iberoamericano de Psicologia
Organizacional e do Trabalho. Florianópolis, 2011.

COELHO JÚNIOR, F. A.; BORGES-ANDRADE, J. E. Uso do conceito de


aprendizagem em estudos relacionados ao trabalho e organizações. PAIDÉIA, v. 18, n.
40, p. 221-234, 2008.

CFP - Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética Profissional do Psicólogo.


Disponível em: http://pol.org.br/legislacao/pdf/codigo_de_etica.pdf. Acesso em 27 abr.
2011.

DELLAGNELO, E. H. L. Aprendizagem organizacional e empresa júnior:


aproximações e distanciamentos. In: MORETTO NETO et al (Orgs.). EMPRESA
JÚNIOR: espaço de aprendizagem. Florianópolis: [s.n.], 2004, Cap. 3.

FEJESC - Federação das Empresas Juniores de Santa Catarina. O que é a FEJESC.


Disponível em http://www.fejesc.com.br/fejesc.html. Acesso em: 25 abr. 2011.

NUERNBERG, A. H.; SCHNEIDER, D. R.; KRAWULSKI, E.; CRUZ, R. M. Projeto


Pedagógico do Curso de Graduação em Psicologia – Habilitações: Formação
Psicólogo e Licenciatura em Psicologia. Florianópolis: UFSC, 2009 (não publicado).

MAGAGNIN, E. A.; MACARINI, S. M. Práticas de Recursos Humanos nas


Empresas Juniores catarinenses e a contribuição da Psicologia. 2007. Trabalho
apresentado como requisito parcial para aprovação no Estágio Obrigatório em
14

Psicologia Organizacional realizado junto à FEJESC, Curso de Graduação em


Psicologia, UFSC. Florianópolis, 2007.

SANGALETTI, C.; CARVALHO, G. Introdução ao Movimento Empresa Júnior. In:


MORETTO NETO et al (Orgs.). EMPRESA JÚNIOR: espaço de aprendizagem.
Florianópolis: [s.n.], 2004, Cap. 1.

SAPSI - Serviço de Atenção Psicológica. Disponível em: < http://www.sapsi.ufsc.br/


>. Acesso em: 25/04/2011.

UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina. Legislação. Resolução n.


08/CUn/2010. Disponível em www.ufsc.br. Acesso em 27 abr. 2011.

UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina. Plano de Desenvolvimento


Institucional 2010-2014. Florianópolis: UFSC, 2010.
15

ANEXO

Anexo A – Proposta preliminar elaborada por acadêmicos em 2010.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS - CFH
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
16

MOVIMENTO DE CRIAÇÃO DA EMPRESA JUNIOR DE PSICOLOGIA


DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

FLORIANÓPOLIS
2010
1. INTRODUÇÃO

1.1 O Movimento Empresa Junior

O Movimento Empresa Junior surgiu na França, em 1967, através da


criação da primeira Empresa Júnior na Essec (L’Ecole Supérieure des
Sciencies Economiques et Commerciales de Paris). Essa empresa, a Junior
Entreprise, foi criada para atender uma demanda de estudantes do ensino
superior que visavam uma complementação de sua capacitação. Esta se dava
por meio da prestação de serviços que, naquela empresa, se referiam a
estudos de mercado ou enquetes comerciais nas empresas. O objetivo da
17

empresa júnior era, então, promover uma aproximação com o meio


empresarial, gerando vivências extra-acadêmicas.
O movimento se difundiu pela França e, em 1969, foi fundada a
Confederação Francesa de Empresas Juniores. Na década de 80, o movimento
alcançou outros países da Europa e, em 1988, chegou ao Brasil.

1.2 O Movimento Empresa Júnior no Brasil

A Brasil Júnior, Confederação Brasileira de Empresas Juniores, é o órgão


máximo regulador do Movimento Empresa Júnior no Brasil, sendo que é ela
que determina o conceito de empresa júnior. Atualmente, 11 federações
compõe a BJ, representando 10 estados e mais o Distrito Federal.
O conceito de empresa junior é definido como um conjunto de critérios
que deverão ser cumpridos, a fim de que a associação civil em questão seja
reconhecida, pela BJ, como Empresa Júnior. Estes critérios estão dispostos no
documento “Conceito Nacional de Empresa Júnior”, disponibilizado pela
Confederação Brasileira de Empresas Juniores em seu site. Em seu capítulo II,
o documento dispõe sobre as empresas juniores, assim definidas:

Artigo 2º - As empresas juniores são constituídas pela união de alunos


matriculados em cursos de graduação em instituições de ensino superior,
organizados em uma associação civil com o intuito de realizar projetos e
serviços que contribuam para o desenvolvimento do país e de formar
profissionais capacitados e comprometidos com esse objetivo.
Artigo 3º - A finalidade da empresa júnior deve estar definida em estatuto
como:
I – Desenvolver profissionalmente as pessoas que compõem o quadro
social por meio da vivência empresarial, realizando projetos e serviços na área
de atuação do(s) curso(s) de graduação ao(s) qual(is) a empresa júnior for
vinculada;
II – Realizar projetos e/ou serviços preferencialmente para micro e
pequenas empresas, e terceiro setor, nacionais, em funcionamento ou em fase
de abertura, ou pessoas físicas, visando ao desenvolvimento da sociedade;
III – Fomentar o empreendedorismo de seus associados.
18

§ 1º – A empresa júnior poderá ter outras finalidades desde que não


contrariem este conceito.
§ 2º – O estatuto não poderá definir como finalidade da empresa júnior
gerar receita para a(s) instituição(ões) de ensino superior a que estiver
vinculada.
Artigo 4º - Toda empresa júnior deverá estar vinculada a, pelo menos,
uma instituição de ensino superior e a, pelo menos, um curso de graduação,
que deverão estar determinados em estatuto.
Parágrafo único – Será considerada empresa júnior apenas aquela cujo
exercício possuir atestado oficial de reconhecimento por parte da(s)
instituição(ões) de ensino superior à(s) qual(is) estiver vinculada.
Artigo 5º - A empresa júnior não poderá estar vinculada a qualquer
partido político.

O documento ainda traz determinações a respeito do quadro social


(Capítulo III), dos aspectos jurídicos (Capítulo IV), dos projetos e serviços
(Capítulo V) e das disposições gerais (Capítulo VI) que devem ser seguidas
pelas empresas juniores do país.
Em seu aspecto jurídico, as empresas juniores são classificadas como
associações civis, sem fins lucrativos, pessoa jurídica de direito privado, que
devem estar registradas na forma da lei e cadastradas, regularmente, junto ao
CNPJ. As empresas e os empresários juniores devem observar e cumprir as
Legislações Federal, Estadual e Municipal.
Configuradas como associações civis sem fins lucrativos, os fundos
revertidos têm, então, como função a capacitação de membros e a promoção
de projetos para a comunidade, bem como cobrir os gastos com material de
escritório, equipamento e demais recursos necessários para o funcionamento
da empresa.
Além do Conceito Nacional de Empresa Júnior, a Brasil Júnior também
disponibiliza em site o Código de Ética, instrumento que orienta a
Confederação em sua gestão, ações, princípios e valores. Este código de ética
se aplica, obrigatoriamente, a todas as federações e a todos os empresários
juniores confederados à Brasil Junior e deve servir de guia a todos os demais
empresários juniores.
19

Dados da Brasil Júnior dão conta de que, hoje, há mais de 22.000


universitários empresários juniores espalhados pelo Brasil, fazendo parte de
cerca de 700 empresas juniores, que realizam, juntas, mais de 2.000 projetos
por ano no Brasil.

1.3 O Movimento Empresa Júnior em Santa Catarina, na UFSC

Confederada à Brasil Junior, a FEJESC (Federação das Empresas


Juniores do Estado de Santa Catarina) têm, hoje, 12 empresas federadas,
sendo que, em 2009, havia 260 empresários juniores no MEJ catarinense.
Destas 12 empresas, nove são empresas juniores da Universidade Federal de
Santa Catarina. Elas são empresas dos cursos de Administração (AçãoJr),
Engenharia de Controle e Automação (Autojun), Farmácia e Ciência e
Tecnologia Agroalimentar (Caltech), Engenharia Química e Engenharia de
Alimentos (CONAQ), Engenharias de Produção (EJEP), Engenharia Sanitária e
Ambiental (Ejesam), Engenharia Civil (EPEC), Engenharia Mecânica (i9),
Nutrição (NutriJr).
Além destas empresas, já federadas à FEJESC, existem nesta
universidade outras empresas juniores, porém ainda não federadas. Duas
delas estão localizadas no Centro de Filosofia e Ciências Humanas, e
representam os cursos de Geografia (GeoSpaço) e Oceanografia (Tétis).

1.4 Empresas Juniores de Psicologia no Brasil e os trabalhos


desenvolvidos

No Brasil há seis Empresas Juniores de Psicologia Federadas, localizadas


nos seguintes estados e no Distrito Federal:
 Paraná – Universidade Estadual de Londrina – Elo Consultoria;
 Minas Gerais– Universidade Federal de Minas Gerais – RH Júnior
Consultoria;
 Rio de Janeiro – Universidade Federal do Rio de Janeiro – Insight
Consultoria em Psicologia da UFRJ;
20

 Bahia – Universidade Federal da Bahia – Psicojunior Empresa Junior


de Psicologia da UFBA;
 Pernambuco – Universidade Federal de Pernambuco – Ethos
Consultoria Junior;
 Brasília – Universidade de Brasília – Práxis Empresa Junior de
Psicologia;
Entre essas empresas, os principais serviços realizados:
 Recrutamento e Seleção (Elo, RH Júnior, Insight, Ethos);
 Diagnóstico Organizacional (Elo, RH Júnior, Insight, Ethos, Práxis);
 Diagnóstico e Capacitação de Recursos Humanos/Desenvolvimento
de Competências (Elo, RH Júnior, Insight, Práxis);
 Treinamentos (Elo, RH Júnior, Insight, Práxis);
 Avaliação de desempenho (Ethos, Insight, Práxis);
 Cursos (Insight);
 Análise Ergonômica do Trabalho (Práxis);
 Orientação Profissional (Práxis);
 Psicologia do Consumidor (Práxis);

1.5 Opinião dos alunos de Psicologia sobre o Movimento Empresa


Junior (MEJ)

Após as reuniões e discussões realizadas com os interessados, sobre a


implantação de uma Empresa Júnior de Psicologia na UFSC, o grupo, que se
configurou como comissão organizadora para tal fim reuniu-se com a
coordenadoria do curso, no dia 24 de Março de 2010, a fim de compartilhar
essa proposta e saber a posição dos coordenadores do curso a respeito do
tema.
Posteriormente, foi realizada uma pesquisa com os acadêmicos de
psicologia da UFSC, a fim de obter dados dos estudantes que indicassem se
há ou não o interesse no projeto. A pesquisa consistia em aplicar um
questionário composto por três perguntas abertas, nas quais eram discutidas
noções gerais do que é uma Empresa Júnior, a relevância ou não de uma
21

Empresa Júnior de Psicologia na UFSC e qual função dos membros em tal


organização.
A referida pesquisa foi realizada da seguinte maneira: Geralmente uma
dupla da comissão organizadora passava em sala, no momento de aula e com
a autorização do professor, entregava os questionários em anexo para que
fossem respondidos e entregues em seguida.
Vale ressaltar que esse procedimento ocorreu apenas nas seguintes
fases: 1ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª fases. Na segunda e oitava fase, não foi possível
passarmos em sala, embora na primeira tenhamos fornecido os questionários,
obtivemos um número de respostas não significativa da sala (somente cerca de
5 alunos responderam). Como a 9ª e 10ª fases são menos presenciais, não
pudemos passar nas salas correspondentes e para solucionar esses
problemas, disponibilizamos o questionário via web para que todos
acad6emicos tivessem a oportunidade de respondê-lo. Com esse recurso
obtivemos 7 respondentes.
No total, foram 164 alunos respondentes. Para fins didáticos, dividiremos
os resultados em etapas, tais quais foram apresentados para os alunos na
sexta feira, dia 07/05/10, no horário discente, no mini-auditório do CFH.
As três questões foram analisadas em duas etapas. A primeira etapa teve
uma análise mais quantitativa, na qual buscou-se as porcentagens de
respostas sim e não na primeira e terceira questões e às porcentagens de sim,
não e não sabe avaliar na segunda questão. Aqui vale uma ressalva, não
consideramos saber o que é uma Empresa Junior, aquele que obtivesse uma
resposta correta, de acordo com os parâmetros que a Confederação Brasileira
de Empresas Juniores nos fornece. Consideramos como sim aqueles que,
mesmo dizendo não saberem do que se trata, arriscaram algum palpite.
Na segunda etapa, portanto, foi realizada uma análise mais qualitativa e
em categorias de conteúdos de respostas e os parâmetros da Confederação
Brasileira de Empresas Juniores supra citados foram usados apenas nesta
etapa de modo a podermos avaliar quais conceitos são pertinentes a uma
empresa júnior segundo a confederação e quais conceitos os acadêmicos tem
desta organização.
22

Questão número 1 – Você sabe o que é uma Empresa Junior? O que


você acha que é?
Nesta questão, obtivemos o seguinte resultado:
Do total de 164 respostas, 94,5% das respostas foram consideradas como
sim e 5,5% como não.
Na etapa posterior, considerando os conteúdos das respostas pode-se
perceber que poucos possuem clareza do que é uma Empresa Júnior e as
respostas foram dadas com princípios relacionados aos seguintes
conteúdos: noção de empresa; função das Empresas Juniores; atividades das
Empresas Juniores.
Na sub-categoria “noção de empresa” o maior número de respostas foi de
ser uma empresa formada por estudantes (62 pessoas) e uma empresa sem
fins lucrativos (25 estudantes). Na sub-categoria “função”, encontram-se como
mais representativas as respostas: função de capacitar os membros (40
respostas), função de prestar serviços (30) e Função de experiência de
inserção no mercado de trabalho (23 respostas). Na sub-categoria “atividades”
temos 6 respostas para Empresa prestadora de consultorias.

Questão número 2 – Você acha importante que exista uma Empresa


Junior de Psicologia? Por quê?
Do total de 164 respostas, 83,5% responderam achar importante, 14%
não sabiam avaliar e 2,5% julgaram não ser importante uma Empresa Junior de
Psicologia na UFSC.
Na etapa posterior de análise, pode-se perceber que as respostas foram
dadas com princípios relacionados a: graduação na UFSC, careira
profissional e profissão (a Psicologia enquanto categoria profissional).
Na primeira sub-categoria relacionada à “graduação na UFSC”, houveram
respostas mencionando que a empresa pode abrir novas vagas de estágio para
o curso (16 pessoas), outras citando que a Empresa Junior de Psicologia da
UFSC seria forma de prestar serviços a comunidade (10 pessoas), além de ser
uma maneira de estudar a realidade social (6 pessoas) e de proporcionar uma
maior comunicação entre as instituições e entre alunos e professores, além de
um contato maior com alunos de outros cursos (6 pessoas) e para finalizar,
apareceram alunos questionando o porquê do curso de Psicologia da UFSC
23

não ter uma Empresa Junior (6 pessoas) já que tantos outros cursos possuem
uma Empresa Junior e proporcionam esta vivência a seus acadêmicos.
Na segunda sub-categoria intitulada “Carreira Profissional”, as respostas
que mais apareceram foram relacionadas às experiências possibilitadas
através do estágio em um Empresa Júnior de Psicologia na UFSC como uma
forma de praticar e adquirir experiência na área organizacional (65 pessoas) ,
mais uma maneira de capacitação profissional (37 pessoas) e 20 acadêmicos
se referiram a importância desta vivência como uma possibilidade de inserção
no mercado de trabalho.
Na terceira sub-categoria que estaria relacionada à Profissão (A
Psicologia como categoria profissional), as respostas que mais apareceram
mencionaram a possibilidade de consolidar o papel do psicólogo nas
organizações, dando visibilidade à profissão (12 pessoas) e desenvolver a área
organizacional (12 pessoas).

Questão número 3– Você entende o que um membro faz em uma


Empresa Junior? O que ele faz?
Do total de respostas, considerou-se que 60% das pessoas entendem o
que um membro faz em uma Empresa Júnior e 40% não. Relembrando que foi
considerado sim, para aqueles que arriscaram palpites nas respostas, mesmo
que esta estivesse equivocada ou incompleta.
Na segunda etapa de análise encontrou-se que as respostas foram dadas
com princípios relacionados a: Psicologia (tanto em relação ao curso de
Psicologia da UFSC, quanto no que diz respeito a posterior atuação
profissional), empreendedorismo (compreendido como comportamentos
empreendedores) e Social (no sentido de um compromisso com a sociedade) e
pode-se perceber que poucos acadêmicos respondentes possuem clareza do
que um membro faz em uma Empresa Júnior.
Na sub-categoria denominada “Psicologia”, das 98 respostas, 9 citaram o
trabalhar ou fazer estágios como função de membro; 8 responderam que
depende do curso ao qual a Empresa Junior está vinculada e 7 citaram que os
membros teriam como função trabalhar no famoso “pacotão do RH”.
Quanto ao Empreendedorismo, as respostas mais significativas foram
realizar funções empresariais, como um profissional formado faz (22
24

respostas), alguns citaram que depende da diretoria em que cada membro atua
(15 respostas) e gerenciar ou administrar a empresa (7 respostas).
Na última sub-categoria denominada Social, obteve-se respostas
relacionadas a função do membro de fazer intervenções e prestar serviços (9
respostas) e atender à comunidade local(7 respostas).

Como se pode perceber as respostas dadas pelos acadêmicos foram, em


sua grande maioria, respostas gerais, com poucas definições e mais baseadas
em conhecimentos do senso comum. Cremos que isso seja um indicativo da
pouca clareza que os acadêmicos deste curso possuem, não só da área
organizacional, quanto da própria estrutura e ambiente de uma Empresa Junior
e principalmente, de como seria a atuação do psicólogo neste âmbito. Isso
pode ser exemplificado na resposta da questão três, na qual o que mais se
aproxima de uma das práticas do psicólogo em uma organização foi
respondido “atua em RH”, que é uma visão deveras limitada e incompleta das
possibilidades de atuação de um psicólogo em um ambiente organizacional.

2 A EMPRESA JUNIOR DO CURSO DE PSICOLOGIA DA UFSC

2.1 Estrutura

Empresas Juniores se configuram como associações civis sem fins


lucrativos, geridas apenas por graduandos. Prestam serviços de qualidade, e
com custo inferior em relação a empresas senior, sendo o dinheiro recebido por
seus serviços, revertido para cobrir os gastos da empresa, necessários para
seu funcionamento; capacitar aqueles que a compõem, seus membros;
promover projetos para a comunidade, entre outros.
As empresas juniores prestam serviço por meio de consultoria, ou seja,
não produzem um tipo de produto fixo e o vendem. Cada situação é avaliada e
o serviço prestado será específico para cada um dos problemas apresentados
ou encontrados. As consultorias são realizadas por estudantes e necessitam do
apoio e orientação de profissionais formados, comumente realizado por
professores do curso.
25

Geralmente, empresas juniores tem em suas estruturas uma diretoria de


presidência, diretoria de projetos, diretoria de recursos humanos, diretoria de
marketing e diretoria administrativa.

2.2 Serviços

"Recrutamento e seleção, treinamento, pesquisa de clima, dinâmica de


grupo, avaliação 360ª: vocês sabem fazer?".
Essa é a frase com que os profissionais de Psicologia mais estão se
deparando no ambiente Organizacional nos últimos anos. Quando as empresas
buscam um profissonal para auxiliar nas práticas de Gestão, em muitos casos
visam a aplicação do que chamamos de famoso "pacotão organizacional".
Quando, na década de setenta, os empregadores perceberam que selecionar,
zelar e estimular seus funcionários era mais um importante meio de aumentar a
produção, essas ferramentas realmente exerceram um papel fundamental na
geração de resultados positivos tanto para a satisfação do trabalhador quanto,
consequentemente, a do empregador. Hoje, muitas delas quando aliadas às
necessidades da organização por meio de um profissional de excelência
auxiliam, por exemplo, a identificar profissionais de qualidade e suas
necessidades de desenvolvimento, satisfação dos funcionários e medidas
corretivas. Porém, com essa eficácia e resultados comprovados em muitos
contextos, sua eficiência foi generalizada a qualquer ambiente de trabalho;
corroborando com o alto índice de procura de profissionais que tem experiência
específica com essas ferramentas.
O que nós, alunos, temos percebido é que, ao atender a demanda, somos
colocados em uma posição de exercer o trabalho sem a real visibilidade do
quanto podemos contribuir; sem identificar a amplitude do campo de atuação
do profissional psicólogo, centrados em aplicar as técnicas pelas técnicas a fim
de gerar o resultado exigido pelo empregador. De acordo com relatos de
psicólogos recém-formados que atuam no setor de Recursos Humanos de
algumas empresas, a exigência por recrutar e selecionar e aplicar ferramentas
motivacionais e o alto fluxo de trabalho que sua aplicação exerce, os impede
de identificar os reais fatores que geram a demanda a fim de trabalhar com as
reais necessidades do ambiente. Ou seja, ao invés de mensurar e prover
26

formas de lidar com o problema, tendem a responder as suas consequências e,


consequentemente, auxiliam a aumentá-lo. Na nossa concepção, o psicólogo
nas Organizações tende a se comportar dessa maneira por, apesar de ter sido
capacitado a atuar nesse ambiente e lidar com as ferramentas, não ter a
experiência necessária na área organizacional e, em alguns casos, também
vivência empresarial de forma a visualizar a amplitude da sua atuação em
combinação com as contribuições de cada setor e identificar meios de trabalho
condizentes com as soluções buscadas pelas empresas.
O que o movimento de criação da Empresa Junior do curso de Psicologia
da UFSC está propondo aos alunos por meio dessa experiência organizacional
é: capacitar por meio de vivência empresarial; aprender a pesquisar; identificar
as reais necessidades do mercado e do empregador; dar visibilidade não só às
ferramentas de gestão mas o que deve ser assegurado do meio para que os
resultados sejam satisfatórios; prover meios de experenciar o trabalho com
grupos e compreender suas implicações no contexto organizacional; estimular
a pensar a sociedade e o papel crítico da Psicologia nesse contexto; propor
meios de prover saúde ao trabalhador e no seu ambiente de trabalho; criar
novas práticas como, por exemplo, dar subsídios a inserção no mercado de
trabalho as pessoas com deficiência; e estimular profissionais empreendedores
que sejam capazes de propor a inovação e aprimoramento em relação ao que
já é desenvolvido na área.
Pensamos que os serviços de consultoria oferecidos pela Empresa Junior
aos pequenos e micro-empreários a fim de obter as contribuições aos
graduandos, citadas anteriormente, podem contemplar, na forma como são
nomeadas e conhecidas na área de Recursos Humanos: Processo Seletivo,
Identificação e planejamento de treinamento, Avaliação de desempenho,
Pesquisa de Clima, Avaliação 360ª, Processo de Desligamento de funcionários,
Execução de dinâmicas de grupo, Planejamento de Carreira, Orientação
Profissional, Diagnóstico Organizacional, Inserção e acompanhamento de
pessoas com deficiência e Políticas de trabalho referentes a Saúde do
Trabalhador. Acreditamos que o alcance dessas experiências por meio desses
serviços capacite o psicólogo formado nessa Instituição a não só aplicar as
ferramentas contidas no "pacotão organizacional", mas que consiga ir além da
demanda e explore a riqueza do seu campo de atuação profisisonal. Ou seja,
27

além de fazer diferente também é fazer muito mais do que comumente se


identifica.
Nesse sentido, os graduandos que tiverem contato com os serviços
oferecidos pela Empresa Junior de Psicologia terão oportunidade de
complementar a sua formação. Por conseguinte, promove-se maneiras de que
os recém formados nesta instituição tenham a sua inserção no campo de
atuação profissional, possivelmente, mais rápida e, provavelmente, mais
apropriada, no que se refere às possibilidades de atuação do psicólogo.

3 PRÓXIMOS PASSOS

Simultaneamente à construção e apresentação deste projeto nas


instâncias em que ele deve ser conhecido, e após a consecução do apoio da
Instituição, procederemos à formalização da Empresa Junior. Seguindo as
determinações que regulamentam o exercício das associações, como as
empresas juniores, cumprir-se-ão algumas etapas, a saber:
 Elaboração e discussão do projeto e Estatuto Social;
 Assembléia Geral de constituição da Associação;
 Registro de Estatuto e Ata da Assembléia de constituição em
Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas;
 Obtenção de inscrição na Receita Federal – CNPJ;
 Avaliação do Corpo de bombeiros;
 Registro na Prefeitura Municipal;
O primeiro passo a ser dado é a formalização do apoio da instituição.
Além do apoio à idéia de criação da Empresa Júnior e aos projetos que serão
realizados por ela, neste primeiro momento é imprescindível que este apoio
inclua o oferecimento de condições materiais que permitirão a fundação e
manutenção da EJ. Em termos materiais, este apoio se configura através da
disponibilização de um espaço físico que comporte a realização das atividades
da empresa, com acesso à linha telefônica e à internet. Estes recursos são
indispensáveis ao funcionamento da empresa. Porém, a fim de garantir o bom
funcionamento da empresa e que o trabalho dos membros seja desenvolvido
com qualidade, alguns outros recursos são importantes. São recursos como:
28

 2 computadores
 1 impressora
 2 mesas para computador
 1 mesa de reunião
 10 cadeiras
 1 aparelho telefônico
 1 armário
 1 arquivo
 1 resma de papel A4
 1 caixa com 50 canetas
 2 murais
 1 Quadro branco (ou uma lâmina espessa de vidro)
 4 pincéis para quadro branco
Além dos recursos físicos, uma EJ muito comumente precisa de uma
quantidade de caixa inicial para operar. Sua destinação geralmente é de
registro legal, com a contratação de contador para elaboração do balanço
financeiro, do Livro Diário. Estima-se que, para a regularização da EJ, há
necessidade de que se disponha de cerca de R$ 300,00.
Depois de formalizado este apoio, é necessário que seja criado
o Estatuto Social, que é o documento em que constará o conjunto de regras
da Empresa Junior. O estatuto será formulado em coerência com as propostas,
objetivos, função, e forma de atuação a que se pretende a Empresa Junior de
Psicologia da UFSC. O estatuto deverá, obrigatoriamente, dispor sobre:
a) Nome ou denominação social;
b) Endereço da sede;
c) Finalidade (missão) e objetivos sociais;
d) Duração (pode ser por prazo indeterminado);
e) Os requisitos para a admissão, a demissão e a exclusão dos
associados (os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto
poderá instituir categorias com vantagens especiais);
f) Os direitos e os deveres dos associados;
29

g) O modo de constituição e funcionamento dos órgãos


deliberativos e administrativos (assembléia geral de associados,
conselho diretor, conselho fiscal, outros conselhos, etc.)
h) O modo de representação da organização, seja ativa ou
passiva, judicial ou extra-judicial (isto é, quem pode assinar pela
organização, e em quais condições);
i) As fontes de recursos para sua manutenção (contribuições de
associados, doações de pessoas físicas, doações de pessoas
jurídicas, recursos governamentais, financiamentos, constituição de
fundo social, etc.);
j) Se os associados respondem ou não pelas obrigações sociais;
k) As hipóteses e condições para a destituição dos
administradores e para a alteração do estatuto (é preciso a aprovação
de dois terços dos presentes em assembléia especialmente convocada
para este fim, sem a possibilidade de deliberar em primeira
convocação sem a maioria absoluta dos associados, ou menos de um
terço nas convocações seguintes);
l) As condições para a extinção da associação e o destino de seu
patrimônio, neste caso.
Depois que o Estatuto estiver finalizado, deve-se realizar
uma Assembléia de geral para a constituição da empresa, em que serão
eleitos os administradores e aprovado o estatuto. O modo como a assembléia
geral será constituída estará determinado no estatuto social.
Após a realização desta assembléia, devem-se registrar em
cartório duas vias do Estatuto Social e duas vias da ata da assembléia geral
de constituição com eleição dos dirigentes e termos de posse, todas vistadas
por um advogado; além do requerimento do registro assinado pelo
representante legal da organização.
Tendo a Empresa Júnior sido registrada no Cartório de Registros Civis de
Pessoas Jurídicas, pode-se, então, solicitar o registro no CNPJ junto à
Secretaria da Receita Federal, que permitirá a abertura de conta bancária e a
movimentação financeira por parte da instituição.
30

Depois disso, é necessário requerer junto ao Corpo de Bombeiros o


Laudo de Exigências, que permite o recebimento do aval de conformidade de
segurança e proteção contra incêndios.
O certificado do Corpo de Bombeiros é um dos requisitos para que se
avance à próxima etapa, que é o registro na Prefeitura Municipal, visando à
obtenção do Alvará de Licença.
Tendo cumprido as etapas acima descritas, a Empresa Junior poderá
funcionar legalmente.

4 OBJETIVOS

4.1 Objetivos Gerais

Capacitar os alunos do curso de Psicologia da Universidade Federal de


Santa Catarina possibilitando que atuem de forma adequada e condizente com
o papel do psicólogo à realidade social, de maneira que atendam as
necessidades de intervenção identificadas.

4.2 Objetivos Específicos

1) Capacitar os membros a intervirem utilizando os instrumentos de


psicologia;
2) Prestar serviços de alta qualidade à sociedade, a preços mais
acessíveis que as demais empresas do mercado;
3) Identificar e atender as necessidades sociais com qualidade;
4) Produzir e disponibilizar conhecimento científico pertinente ao seu
campo de atuação.
5) Identificar e propor alterações na estrutura e funcionamento das
relações de trabalho de modo a promover a saúde do trabalhador.

Considerando a extensão do Movimento Empresa Junior e a relevância


dos resultados obtidos, em termos de capacitação, pelas pessoas que fizeram
parte dele, direta ou indiretamente; avaliando a necessidade expressa pelos
acadêmicos deste curso com relação ao conhecimento de práticas em
31

psicologia organizacional e do trabalho; e ponderando sobre o caráter inovador


e comprometido com que esta Empresa Junior de Psicologia surge, releva-se a
importância da continuidade deste projeto. Conforme o que foi explicitado
acerca dos benefícios da implementação de uma empresa júnior no curso de
psicologia, pretende-se prosseguir com tal projeto.

Movimento de criação da Empresa Junior de Psicologia da UFSC

Analy de Oliveira Gomes – 7ª fase

Bárbara Bianca Alves Cardoso – 7ª fase


32

Carolina Esteves Garcia – 7ª fase

Carolina Oro Prancutti – 7ª fase

Diego Correa de Azevedo – 7ª fase

Érica Bortolotto Kestering – 7ª fase

Juliana da Silva – 3ª fase

Luiza Barbosa Curzel – 3ª fase

Maria Elisa da Silveira Moller – 7ª fase

Maísa Virginia Mattedi – 3ª fase

Renatto Cesar Marcondes – 9ª fase

Sabine Heumann – 7ª fase


33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Guia de Desenvolvimento - Ciclo I: Nascimento. Documento de orientação à


criação de Empresas Juniores, disponibilizado pela Federação das Empresas
Juniores do Estado de Santa Catarina (FEJESC)

http://www.brasiljunior.org.br/

http://www.fejesc.com.br/fejesc.html

http://eloconsultoria-uel.com.br/servicos.html

http://www.rhjunior.com.br/pagina.php?id=33

http://www.praxisconsultoria.org.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=51&Itemid=62

http://www.insight.psicologia.ufrj.br/empresa/historico.htm

http://www.psicojr.ufba.br/

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