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FACULDADE DE SAÚDE, CIENCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO

PIAUÍ - NOVAFAPI

Conhecimento e prática sobre ética e legislação


aplicados na clínica ortodôntica

Gisele Lima Bezerra

Maio /2011
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GISELE LIMA BEZERRA

Conhecimento e prática sobre ética e legislação


aplicados na clínica ortodôntica

Artigo apresentado a Faculdade


Novafapi como requisito para
conclusão do curso de pós-graduação
em Ortodontia.

Orientador: Alexandre Henrique de Melo Simplício

Numeraração das paginas( como tirar a numeração


dessa página) E DAS PAGINAS DO ANEXOS

Maio /2011
3

RESUMO

Introdução: O número de ações judiciais contra ortodontistas no Brasil tem aumentado


consideravelmente nos últimos anos. São várias as causas que levam o paciente a
acionar seu ortodontista judicialmente, dentre elas: recidiva do tratamento, reabsorções,
problemas na articulação temporo-mandibular, problemas periodontais e uma segunda
avaliação ortodôntica feita de modo crítico por outro ortodontista. Objetivos: Este
trabalho visa investigar se as condutas adotadas pelos ortodontistas satisfazem as
normas perante o Código de Defesa do Consumidor e conhecer os principais aspectos
legais relacionados ao exercício da ortodontia que podem ser utilizados como
importantes instrumentos de defesa em caso de ação ética e ou judicial. Metodologia:
Um questionário abordando os aspectos éticos e legais da ortodontia foi entregue aos 46
cirurgiões-dentistas inscritos no Conselho Regional de Odontologia do Piauí como
especialistas em ortodontia e/ou ortopedia facial. Resultados e conclusões: A análise
dos resultados obtidos no presente trabalho permitiu concluir que alguns dos
profissionais questionados poderão estar sujeitos a problemas judiciais futuros, bem
como uma grande divergência entre os profissionais em relação ao tempo de
arquivamento da documentação ortodôntica.

Palavras-chaves: Ortodontia, ética odontológica, código de defesa do consumidor

INTRODUÇÃO

A ortodontia é uma das especialidades da odontologia que tem os maiores


números de processos na justiça. Em 2007, De Paula realizou um levantamento
jurisprudencial em nível nacional sobre os processos movidos por pacientes
descontentes com o tratamento e constatou que as especialidades mais envolvidas
foram: cirurgia (32,9%), prótese (26,4%), ortodontia (15,6%) e implantodontia (13%).
No Brasil, o número de processos ainda é pequeno em comparação com outros países
desenvolvidos, no entanto esse número vem aumentando consideravelmente nos últimos
anos. Rosa (1998) relata que, nas décadas de 70 e 80 não existiram processos de
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responsabilidade odontológica, e que estes aumentaram consideravelmente, a partir da


década de 90 até os dias atuais.
Atualmente, diante do crescente número de casos de paciente que recorrem à
justiça a fim de repararem danos materiais ou morais ocasionados por tratamentos
ortodônticos, o ortodontista deve saber como se prevenir de eventuais problemas legais.
Deste modo, este trabalho poderá servir como guia de consulta para o estabelecimento
de uma nova rotina na clinica diária, a fim de melhor prevení-lo e orientá-lo a lidar com
esse tema delicado, atual e preocupante.

REVISÃO DE LITERATURA

O número de ações judiciais contra ortodontistas no Brasil tem aumentado


consideravelmente nos últimos anos. Com o surgimento do Código de Defesa do
Consumidor, com a lei 8078 de 11 de setembro de 1990, houve uma modificação no
comportamento dos pacientes, que passaram a conhecer melhor seus direitos e a
recorrerem na justiça a fim de repararem os danos sofridos. (TERRA,2000;
BARBOSA,2010; DA SILVA,2006)
São várias as causas que levam o paciente e/ou responsável a acionar seu
ortodontista judicialmente. CRUZ, 2008 cita como causas de litígios os desacordos
sobre planos de tratamento e/ou tratamentos alternativos. Problemas como recidiva,
reabsorções, alterações na articulação têmporo-mandibular, problemas periodontais são
também enfatizados (BARROSO, 2008; SOARES, 2007). Outra grande causa de ações
judiciais deve-se a uma segunda avaliação ortodôntica feita de modo crítico por outro
ortodontista (CAPELOZZA FILHO e PETRELLI, 1993)
KOUBIK & FERES (1995) estudaram as questões de ética e aspectos legais do
ortodontista. Destacaram as principais causas de litígios como sendo: reabsorção
radicular, problemas periodontais, caninos retidos ou impactados, articulação
temporomandibular, doenças infecciosas no consultório odontológico, tratamento
ortodôntico e aparência facial, utilização de bráquete cerâmico e cuidados na fase pré-
conclusão. Ressaltaram que cabe ao ortodontista identificar tais condições durante a
anamnese, a partir de exames clínicos, radiográficos e outros que sejam necessários.
Durante o diagnóstico é importante identificar patologias, conhecer as expectativas do
indivíduo ou responsável, assim como alertá-lo sobre as mudanças estéticas faciais que
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podem decorrer do tratamento. Os autores concluem que tais procedimentos visam


aumentar a credibilidade do profissional, possibilitando a co-responsabilidade com o
indivíduo sobre os resultados do tratamento, evitando litígios.
ROSA (1998) investigou o número de ocorrências de processos judiciais contra
ortodontistas no Brasil, nas décadas de 1970 e 1980, e no período de 1990-97, que
tenham sido registradas em todos os Conselhos Regionais do país. O objetivo da
pesquisa foi avaliar se o cirurgião – dentista está ou não preparado legalmente perante a
profissão e em quantos processos o profissional foi condenado, e o número de processos
instaurados na justiça comum (civil) ou criminal no período estudado. O autor verificou
que nos anos 1970 e 1980 não existiu processos, e que estes passaram a ocorrer a partir
do início da década de 1990; houve um número maior de processos judiciais, nas
regiões Sudeste e Sul do que no restante do país; o número de processos foi maior
contra profissionais não especializados do que especialistas; de todos os processos
ocorridos, houve poucas condenações.
De acordo com CRUZ, 2008, nos EUA cerca de 40% dos processos contra
ortodontistas são iniciados como resultado de uma segunda opinião criticando a terapia
ortodôntica. De maneira que, se o profissional for solicitado a emitir uma segunda
opinião ele deverá estar ciente de que sua opinião poderá gerar uma ação litigiosa
envolvendo o paciente, o clínico responsável e o profissional que emitiu a segunda
opinião.
SILVA & MALACARNE (1999) estudaram as mudanças ocorridas no Código
de Defesa do Consumidor (CDC) e as responsabilidades civis atribuídas ao cirurgião
dentista. Concluíram que o paciente é um consumidor a quem se presta um serviço e, o
cirurgião dentista é o fornecedor de um serviço mediante remuneração. A
responsabilidade civil do cirurgião dentista pode ser apurada mediante verificação de
culpa, numa de suas modalidades: imperícia, imprudência ou negligência. O paciente
pode ter a defesa de seus direitos facilitada pela inversão do ônus da prova a seu favor,
cabendo ao profissional provar que a alegação deste não é verdadeira.
No Brasil, os trabalhos científicos sobre esse tema são raros, mas vêm
aumentando frente a essa nova realidade. Diante do exposto podemos observar que cada
vez mais o ortodontista é cobrado por seus atos e que a ortodontia e a justiça são temas
enfocados com freqüência diante do novo paradigma que se encontra a ortodontia.
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MATERIAL E MÉTODO

O presente estudo foi delineado como uma investigação de caráter transversal e


descritiva. Para sua realização foi desenvolvido um questionário auto-explicativo,
contendo 20 questões abordando os aspectos éticos e legais que envolvem a
especialidade Ortodontia.
Os ortodontistas, sujeitos desta pesquisas, foram identificados a partir de
registros fornecidos pelo Conselho Regional de Odontologia do Piauí (CRO-PI). Foram
convidados a participar da pesquisa os 46 cirurgiões-dentistas inscritos no respectivo
conselho como especialistas em Ortodontia e\ou Ortopedia Facial, com endereço
residencial ou profissional em Teresina-PI. A partir da lista fornecida pelo CRO-PI,
com nomes e endereços, os profissionais foram abordados pessoalmente pelo
pesquisador e convidados a responder livremente o questionário da pesquisa.
Em relação ao tamanho da amostra, ficou convencionado que este seria
determinado pela quantidade de questionários devolvidos ao pesquisador devidamente
preenchidos.
Foi assegurada, a cada participante, a confidencialidade das informações
prestadas, possibilidade de desistência da participação, além do uso exclusivo das
informações para fins de pesquisa. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da NOVAFAPI (protocolo – 0033.0.043.000-11) e os participantes assinaram
um termo de consentimento livre e esclarecido, obedecendo à resolução 196/96, do
Conselho Nacional de Saúde (CNS), que regulamenta diretrizes e normas de pesquisas
envolvendo seres humanos.
A metodologia utilizada para analisar os dados obtidos nas respostas dos
questionários foi a de um estudo quantitativo simples, por meio de tratamento estatístico
descritivo, utilizando-se tabelas e gráficos, para representar as ocorrências dos
resultados percentualmente. O recurso de informática utilizado foi baseado na
elaboração de planilhas, após a digitação dos dados, com o auxílio do programa
Microsoft Excel (Microsoft).
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RESULTADOS
Os resultados deste trabalho foram obtidos por meio do retorno de 25
questionários entregues aos ortodontistas inscritos no CRO-PI e domiciliados em
Teresina. Com relação aos dados profissionais dos pesquisados, observou-se que 52%
são do gênero masculino e 48% do gênero feminino. 100% dos profissionais
entrevistados cursaram a disciplina Ética e Legislação seja na graduação ou na pós-
graduação. (tabela 01)

Tabela 01: Dados profissionais dos ortodontistas inscritos no CRO-PI

DADOS PROFISSIONAIS NÚMERO PERCENTUAL (%)


Gênero
Masculino 13 52,00%
Feminino 12 48,00%
Total 25 100,00%
Conclusão da graduação (em anos)
0 a 5 anos 3 12,00%
5 a 10 anos 4 16,00%
10 a 15 anos 8 32,00%
15 a 20 anos 2 8,00%
>de 20 anos 8 32,00%
Total 25 100,00%
Conclusão curso de especialização (em anos)
0 a 5 anos 7 28,00%
5 a 10 anos 10 40,00%
> de 10 anos 8 32,00%
Total 25 100,00%
Cursou a disciplina de ética e legislação
na graduação 6 24,00%
pós-graduação 5 20,00%
em ambas 14 56,00%
não cursou 0 0,00%
Total 25 100,00%

Quanto ao período de arquivamento da documentação ortodôntica após o


término do tratamento observamos que apenas 4% dos profissionais questionados não
arquivam a documentação após o término do tratamento. 16% arquivam por até 5 anos,
24% até 10 anos e 56% por todo o período da vida profissional.( Gráfico 01)
8

Gráfco 01: período de arquivamento da documentação ortodôntica


após o término da terapia

4% 16%
não arquiva a
documentação
até 5 anos
até 10 anos
por todo período de
56% atividade profissional
24%

Quando questionados sobre a solicitação de uma nova documentação após o


término da terapia 88% dos entrevistados afirmaram solicitar uma nova documentação e
12% informaram não solicitar.(Gráfico 02)

Gráfico 02: Solicitam uma nova documentação após a terapia


ortodôntica
Sim Não
12%

88%

Diante da solicitação da documentação ortodôntica pelo paciente, 4% afirmam


não entregar, outros 4% somente entregam, 68% dos profissionais entregaram a
documentação e solicitam a assinatura do paciente comprovando a retirada da mesma.
Enquanto que 24% solicitam um prazo para réplica do material, entrega da
documentação e solicita a assinatura do paciente comprovando a retirada da mesma.
(Tabela 02)
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Tabela 02: Dados relativos à conduta do profissional diante da solicitação


documentação ortodôntica pelo paciente.
DOCUMENTAÇÃO ORTODÔNTICA NÚMERO (%)

Conduta do profissional diante da solicitação da documentação pelo


paciente
Não entrega a documentação 1 4%
Entrega a documentação 1 4%
Entrega a documentação e solicita a assinatura do paciente
comprovando a retirada 17 68%
Solicita um prazo para réplica do material ,entrega a documentação e
solicita a assinatura do paciente comprovando a retirada da mesma 6 24%
Total 25 100%

O gráfico 03 refere-se ao plano de tratamento e contrato de prestação de serviços.


Observou-se que 80% dos profissionais possuem alguma forma de contrato de prestação
de serviços. 100% dos ortodontistas questionados apresentam aos pacientes diferentes
opções de tratamento.(gráfico 04) Em relação à apresentação do orçamento ao paciente
ou responsável, 12% informaram que apresentam somente quando solicitado, 20%
solicitam que a atendente apresente, e os outros 68% apresentam independente da
solicitação do paciente.(Gráfico 05)

Gráfico 03: Adota alguma forma de contrato de prestação de serviço


20%

Sim
Não

80%
10

Gráfico 04: Apresenta diferente opções de tratamento ao paciente


Sim Não

100%

Gráfico 05: Apresentação do orçamento ao paciente

Não apresenta orçamento

Solicita que a atendente apresente o orçamento ao paciente


20%

68%
Apresenta independente da solicitação do paciente

12%
Apresenta quando o paciente solicita

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Quando questionados sobre a atualização dos prontuários, apenas 12% dos


profissionais afirmaram solicitar a assinatura do paciente no prontuário quando ocorre a
quebra de acessórios ortodônticos. (Tabela 03)

Tabela 03: Dados relativos à atualização de prontuários.


ATUALIZAÇÃO DOS PRONTUÁRIOS NÚMERO (%)
Paciente assina o prontuário quando ocorre a quebra de
acessórios ortodônticos
Sim 3 12%
Não 22 88%
Total 25 100%
O gráfico 06 reporta-se as atribuições delegadas às equipes auxiliares. Verificou-
se que 30% dos profissionais delegam as suas auxiliares a função de colocação de
11

borrachas para separar os dentes, 8% remoção da resina aderida ao dente após a retirada
do aparelho, 4% colocação e remoçãode amarilhos e elastic. 58% dos entrevistados não
atribuem nenhuma dessas funções as mesmas.

Gráfico 06: Delegação de funções as auxiliares

Colocação de borrachas para separar os dentes


27%

Nenhuma das anteriores Remoção de resina que fica aderida ao dente após retirada do aparelho
62% 8%
Colocar e retirar elastic e amarrilhos
4%

No quesito pós-tratamento ortodôntico, observamos que 58% dos profissionais


gostariam de supervisionar seus pacientes de 6 em 6 meses após o término da terapia e
42% pelo menos uma vez ao ano.(Gráfico 07) Em casos de recidiva após a conclusão do
tratamento, 48% dos profissionais informam ao paciente que era previsto conforme
informado no inicio da terapia, 28% refazem o tratamento sem cobrar nada e 24%
adotam outras condutas como por exemplo: refaz o tratamento cobrando apenas a
manutenção.(Gráfico 08)

Gráfico 07: Frequência da supervisão do paciente após o término da


terapia

14
12
10
8
6
4
2
0
es an
o
no
s e m am
es o a pr ona er
m is m i d
6 za do as
e
vis n
em ve r r po
6 a em pa upe r es
um is s o
do

o nã
12

Gráfico 08: Em casos de recidiva, você:

outras condutas
24%
informa ao paciente que era previsto conforme informado no inicio da terapia
48%

refaz o tratamento sem cobrar nada


28%

Diante da insatisfação do paciente após o término da terapia, 5% desconsideram


os reclames do paciente, 50% solicitam que o paciente procure a opinião de outro
profissional e 45% procuram de qualquer forma evitar uma ação civil. (Gráfico 09)

Gráfico 09: Diante da insatisfação do paciente após o


término da terapia, você:

não responderam 3

procura de qualquer forma evitar uma ação cívil 10

solicita que o paciente procure a opnião de outro profissional 11

desconsidera os reclames do paciente 1

Quando questionados sobre o tempo da manutenção da contenção no arco


superior e inferior, houve uma diversidade nas respostas, mostrando não haver um
consenso entre as diferentes escolas. 8% dos ortodontistas mantém a contenção superior
nos 6 primeiros meses, 50% utilizam por 1 ano, 34% dois ou mais anos, e 8% por toda a
vida.( Gráfico 10) Nos inferiores, 6% dos ortodontista mantém a contenção inferior por
1 ano. 6% durante dois anos, 20% até 5 anos e 68% por toda a vida. (Gráfico 11)
13

Gráfico 10: Tempo de manutenção da contenção superior

8% 4% 8%
durante 3 primeiros meses
por 6 meses
por 1 ano
2 ou mais anos
32% por toda vida
48% não responderam

Gráfico 11: Tempo de manutenção da contenção inferior

12% 4% 4%
20%
durante 06 meses
por 1 ano
durante 2 anos
até 5 anos
por toda vida
não responderam

60%

O gráfico 12 remete-nos a uma discussão a cerca de ser a ortodontia atividade de


meio ou resultado. 29% dos questionados consideram a prática da ortodontia uma
obrigação de meio, 17% consideram obrigação de resultado, 50% acreditam que a
prática da ortodontia é considerada uma obrigação de meio e de resultado, dependendo
da situação. E os outros 4% não souberam responder.
14

Gráfico 12: Prática da Ortodontia é considerada:

não responderam 1

não sei 1

Obrigação de meio u resultado, dependendo da situação 12

Obrigação de resultado 4

Obrigação de meio 7

O gráfico 13 apresenta uma situação com suposta condenação do profissional a


reparar danos ao paciente. Diante dessa situação 8% dos ortodontistas refazem o
tratamento sem cobrar os honorários. 57% deixariam à livre escolha do paciente optar
por um retratamento sem cobrar os honorários, ou devolver todo o investimento gasto
pelo paciente ou ainda pagar todo o tratamento em outro colega. E os outros 35%
acreditam que cada caso é determinado pelo juiz.

Gráfico 13: Em caso de condenação profissional para reparação de


danos ao paciente:

refaz o tratamento sem cobrar


os honorários
devolve todo o investimento
gasto pelo paciente
8% 8% paga todo tratamento em outro
colega
32%
uma das anteriores, à livre
escolha do paciente
cada caso é determinado
pelojuiz
52% não responderam

Questionou-se ainda sobre o conhecimento da inversão do ônus da prova nos


litígios profissional-paciente: 65% dos profissionais informaram não conhecer o termo,
20% acreditam que a inversão do ônus da prova é determinada pelo magistrado, 5%
15

acreditam que esta situação ocorre quando o paciente está processando o cirurgião-
dentista como pessoa física ou jurídica, 5% quando o paciente está processando o
cirurgião-dentista como pessoa física e os outros 5% quando o paciente está
processando o cirurgião-dentista como pessoa jurídica. (Gráfico 14)

Gráfico 14: Inversão do ônus da prova nos litígios paciente -profissional

Paciente processando Paciente processando


cirurgião- dentista como cirurgião- dentista como
pessoa física pessoa jurídica
4% 4% 4% Paciente processando Quem determina é o
4% cirurgião- dentista como magistrado
68% 16% pessoa física ou jurídica
Não sei não responderam

DISCUSSÃO

Muita confusão se faz em relação ao tempo de guarda da documentação


odontológica. O Código Civil Brasileiro (CCB/2002) determina que a reparação civil
prescreve em 03 (três) anos. Após esse prazo, os documentos perdem a sua utilidade
para ajuizamento de ação na justiça. Já o artigo 27 do Código de Proteção e Defesa do
Consumidor afirma que "Prescreve em 05 (cinco) anos a pretensão à reparação de danos
causados por ... serviço..., iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento
do dano." Haja vista a variedade na interpretação da lei, 56% dos profissionais
entrevistados consideram o procedimento mais seguro guardar o prontuário
odontológico ao longo de toda a vida do profissional. Apenas 24% dos ortodontistas
entrevistados parecem conhecer o parecer nº. 125/92 do Conselho Federal de
Odontologia.(Gráfico 01) O mesmo orienta guardar o prontuário odontológico, por
parte dos profissionais e clínicas particulares ou públicas, por dez anos após o último
comparecimento do paciente, ou, se o mesmo tiver idade inferior aos dezoito anos à
16

época do último contato profissional, dez anos a partir do dia que o paciente tiver
completado ou vier a completar os dezoito anos.
O resultado obtido no item referente à solicitação de uma nova documentação
ortodôntica após o término da terapia permite-nos concluir que alguns profissionais
poderão estar expostos a problemas judiciais futuros, visto que 12% informaram não
solicitar a documentação ortodôntica após o término do tratamento(Gráfico 02). Esta
conduta poderá trazer sérias conseqüências futuras para estes profissionais, pois a
documentação ortodôntica ao final da terapia é de fundamental importância para o
controle do paciente pós-tratamento e documentação para respaldar o profissional no
caso de uma ação judicial futura impetrada pelo indivíduo.
Quanto à conduta dos ortodontistas quando a documentação ortodôntica é
solicitada pelo paciente podemos perceber que 4% profissionais ainda não estão cientes
de que toda e qualquer documentação pertence ao paciente, que o profissional é apenas
um guardião dessa documentação. Tendo como melhor conduta a devolução da mesma
diante da solicitação, relatando a devolução por meio de um recibo discriminado,
devidamente assinado pelo mesmo ou por seu responsável legal, visto que a Ortodontia,
não diferente das outras especialidades, “guarda provisoriamente” toda a documentação,
porém, com um volume significante, ocupando um espaço notável.
O contrato de prestação de serviços odontológicos é instrumento que a cada dia
mais os cirurgiões-dentistas estão lançando mão e descobrindo que não é algo tão
burocrático quanto imaginavam. A prova desse fato é que apenas 12% dos profissionais
entrevistados não possuem um contrato de prestação de serviços. Ele é uma proteção
para ambas as partes - profissional e paciente. Sem dúvida, em caso de eventual
desavença, é mais fácil provar o contratado por escrito do que o "combinado
verbalmente" (embora este possua valor contratual).
MACHEN apud DA SILVA(2006) relata que a maior falha exibida pelos
ortodontistas está em não fazer registros sobre quebra de bandas e braquetes, higiene
bucal do paciente, cáries, cancelamento ou faltas às consultas. Relata ainda que uma
minoria dos profissionais solicita a assinatura do paciente no prontuário, para
comprovar que ele está ciente desse fato. O mesmo pode ser comprovado na pesquisa,
na qual 88% dos profissionais informaram que não solicita ao paciente sua assinatura no
prontuário quando da quebra de braquetes e acessórios.
Atualmente, as auxiliares de consultório (ACD) são indispensáveis para otimizar
o atendimento clínico nos consultórios odontológicos. As atribuições específicas da
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equipe auxiliar são regulamentadas pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), por
meio da Resolução CFO 063/2005. O conhecimento dessa resolução propicia ao
cirurgião-dentista a possibilidade de delegar diversas funções à equipe auxiliar sem,
contudo, ferir os princípios éticos e legais que regem o exercício da Odontologia. No
entanto, o presente trabalho mostrou um desconhecimento das normas e resoluções que
regulamentam esta profissão, por parte de muitos ortodontistas. De maneira que, 30%
dos profissionais pesquisados delegam aos seus auxiliares a colocação de borrachas para
separar os dentes, 8% remoção de restos de resina que ficam aderidas ao dente após a
retirada do aparelho ortodôntico e 4% colocação e retirada de elásticos e amarilhos.
Atribuições essas específicas dos cirurgiões-dentistas.
MACHEN apud DA SILVA (2006) também afirma que os ortodontistas são
procurados muito tempo depois da finalização do tratamento por pacientes com
problemas que vão desde um movimento dentário até uma disfunção de ATM. A
maioria desses pacientes pensa estar ainda sob os cuidados dos ortodontistas ou vêem
estes profissionais como responsáveis por estes desvios. Diante de recidivas, 48% dos
ortodontistas informam ao paciente que era previsto conforme informado no inicio da
terapia e 28% refaz o tratamento sem cobrar os honorários.
Para evitar litígios, é importante ter um programa de controle pós-tratamento,
com visitas periódicas para manutenção do caso. Quando questionados com que
freqüência os profissionais supervisionam seus pacientes após o termino da terapia,
houve um equilíbrio nas respostas, 58% dos profissionais supervisionam a cada 06
meses, e 48% uma vez ao ano.
Os ortodontistas questionados têm diferentes filosofias de contenção.
Encontramos na literatura desde aqueles que propõem não conter, até outros que
sugerem a contenção por toda a vida do paciente. Em relação ao tempo recomendado de
uso da contenção superior, conforme os resultados da pesquisa observamos que: 8%
recomendam por seis meses, 50% por um ano, 34% por dois ou mais anos e 8% por
toda vida. Em relação ao uso da contenção inferior, das cinco opções de respostas, duas
se destacaram: 20% utilizam por 5 anos e 68% recomendam utilizar durante toda vida.
O cirurgião-dentista não deve estar ausente dos fatos que envolvem o direito dos
consumidores, pois é um prestador de serviço para a comunidade e está sujeito a
sanções que regem o CDC. Sendo assim, entre os deveres do cirurgião-dentista está a
reparação do eventual dano causado ao cliente. O artigo 186 do novo estatuto determina
que o causador de dano, seja por dolo ou por culpa, está obrigado a indenizar o lesado;
18

tem-se, portanto, como conseqüência do inadimplemento da obrigação o dever da


reparação.
De acordo com as respostas obtidas no item 12 do questionário, parece haver
controvérsia sobre a concepção da Ortodontia como atividade de meio ou de resultado.
29% dos profissionais questionados consideram a ortodontia como atividade de meio,
17% como obrigação de resultado, 50% obrigação de meio e resultado, dependendo da
situação. Por outro lado, percebe-se hoje um posicionamento jurisprudencial de
considerar cada vez mais a obrigação do dentista como quase totalmente de resultado
(FERREIRA,1995), ou seja, que o resultado alcançado deve ser compatível com o
objetivo proposto no início do tratamento. Entretanto, cabe aos profissionais
esclarecerem seus pacientes, verbalmente e via termo de consentimento ou contrato de
prestação de serviços, da natureza biológica e individual das respostas aos
procedimentos realizados, cabendo-lhe o compromisso de aplicar, com diligencia e zelo,
as técnicas mais atuais e seguras disponíveis, sem contudo assegurar um resultado
preciso, o que caracteriza uma obrigação de meio.
Quando o paciente está processando um cirurgião-dentista por erro na obrigação
de meio, o reclamante é quem tem que provar onde se concentrou a culpa do
profissional. Em se tratando de obrigação de resultado, ocorre a inversão do ônus da
prova, ou seja, cabe ao profissional se defender da acusação. Sendo assim, é importante
que o profissional mantenha em seu consultório um protocolo completo de seus
pacientes a fim de se resguardar de um eventual litígio (FERREIRA,1995; TERRA et
al. 2000; BARROS, 2002 e SOUZA, 2002).

CONCLUSÃO

A análise e discussão dos resultados obtidos no presente trabalho permitiram concluir


que:
1- Alguns dos profissionais questionados poderão estar sujeitos a problemas
judiciais futuros;
2- Houve grande divergência entre os profissionais em relação ao tempo de
arquivamento da documentação ortodôntica, no entanto, houve uma relativa
unaminidade dos profissionais em se fazer uma supervisão do paciente no
período pos–contenção.
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3- A maioria dos profissionais questionados (68%) apresenta o orçamento ao


paciente ou responsável independente de uma solicitação prévia,
4- Diante da insatisfação do paciente após o termino da terapia, 50% dos
profissionais solicita que o paciente procure a opinião de outro profissional, já
em casos de recidiva, 48% dos entrevistados informam ao paciente que era
previsto conforme informado no inicio da terapia.
5- 50% do ortodontista entrevistados considera que a prática da ortodontia,
legalmente, gera uma obrigação de meio ou resultado, dependendo da situação.

ABSTRACT

Introduction: The number of lawsuits against orthodontists in Brazil has increased


considerably in recent years. There are several causes for the patient to trigger your
orthodontist court, among them: recurrence of treatment, resorption, problems in the
temporomandibular joint, periodontal problems and a second orthodontic evaluation
made by another critically orthodontist. Objective: This study aims to investigate
whether the approaches adopted by orthodontists meet the standards before the Code of
Consumer Protection, about the main legal issues related to the practice of orthodontics
that can be used as important tools of defense in case of legal or ethical action and . As
well as establishing a profile of professional activity exercised by the Council of
orthodontists subscribers Dentistry of Piaui. Methodology: A questionnaire addressing
the ethical and legal aspects of orthodontics have been delivered to all 46 dentists
registered in the Regional Council of Dentistry of Piauí as specialists in orthodontics
and / or facial orthopedics. Results and conclusions: The results obtained in this study
revealed that some of the professionals questioned may be subject to future legal
problems, as well as a wide divergence among professionals regarding the time of filing
of orthodontic records.

Key words: Orthodontics, Ethics in Dentistry, code of consumer protection.


20

BIBLIOGRAFIA

01-BARROSO,M.G; e et AL. Responsabilidade Civil do Ortodontista após a


terapia ortodôntica. ortoRGO-2008.

02-BARBOSA, G.G.R; RADICCHI, R. e et al. O perfil do ortodontista em


relação aos aspectos odontolegais dos prontuários odontológicos. R. Dental Press
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03- Brasil. Código de Defesa do Consumidor: Lei nº 8.078, de 11-9-1990. 11. ed.
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04-Brasil. Novo Código Civil Brasileiro: Lei Nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002.


3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais; 2003.

05-CAPELOZZA FILHO, L.; PETRELLI, N. E. Normas gerais para reger as


relações de trabalho dos ortodontistas e seus pacientes: uma sugestão para uma
necessidade inadiável.Ortodontia (SPO), São Paulo, v. 26, n. 1, p. 87-97,
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06-CRUZ, R. N; CRUZ, C.P.A.C. Gerenciamento de riscos na prática


ortodôntica- como se proteger de eventuais problemas legais. Revista Dental
Press, São Paulo. 2008.

07-DA SILVA, R.F; MONINI, A.C e et al. Utilização de auxiliares


odontológicos em ortodontia – Implicações éticas e legais. R. Dental Press
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08- De Paula, FJ. Levantamento das jurisprudências de processos de


responsabilidade civil contra o cirurgião-dentista nos tribunais do Brasil por
meio da internet. Tese de doutorado. São Paulo. Faculdade de Odontologia da
USP. 2007

09-FERNANDES, F. Responsabilidade civil do cirurgião dentista: o pós


tratamento ortodôntico. Dissertação de mestrado.São Paulo. Faculdade de
Odontologia de São Paulo. 2000.

10-KOUBIK, R.; FERES, M. A. L. Aspectos legais da Ortodontia. Ortodontia,


São Paulo, v. 28, no. 2, p. 64, 70, maio/ago. 1995.

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São Paulo. São Leopoldo de Mandic, 2006

12-MELANI, R.F.H; DA SILVA, R.D. A relação profissional paciente. O


entendimento e implicações legais que se estabelecem durante o tratamento
ortodôntico. R. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial. Maringá. v.11, n06,p104-
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21

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jurídicos nas últimas três décadas. JBO J Bras Ortodon 1998; 3(13): 60-76.

14-Silva AA, Malacarne GB. Responsabilidade civil do cirurgião dentista


perante o Código de Defesa do Consumidor. JBO J Bras Ortodon 1999 jul; 4(22):
305-10.

15-SOARES, E.D; CARVALHO, A.S, BARBOSA, J.A. Relação comercial do


ortodontista brasileiro com seu paciente, natureza obrigacional dos serviços
prestados e risco do tratamento ortodôntico. R. Dental Press Ortodon. Ortop.
Facial. Maringá. v.12, n.1, p94-101, jan/fev.2007

16- TERRA, M.S.; MAJOLA, M.S. e CARILLO, V.E.B. Responsabilidade


profissional, ética e o paciente em Ortodontia. Ortodontia, v.33, n. 3, p.74-84,
set./dez., 2000.
22

ANEXOS
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FACULDADE DE SAÚDE, CIENCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO


PIAUÍ - NOVAFAPI

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário (a), em uma pesquisa. Este
estudo está sendo conduzido pelo professor ALEXANDRE HENRIQUE DE MELO SIMPLÍCIO.
Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do
estudo, assine este documento.

Título do Projeto: Conhecimento e prática de ética e legislação na clínica ortodôntica.


Pesquisador Responsável: Gisele Lima Bezerra, orientada pelo professor Alexandre Henrique
de Melo Simplício.
Telefone para contato: (86) 8808-7025/ (86) 3212-3295
Informações pertinentes:
♦ Este trabalho visa relatar os principais problemas jurídicos que podem envolver os
ortodontistas no exercício de sua atividade profissional, nas esferas civil, penal e administrativa.
De maneira que, as informações obtidas com este estudo poderão servir como guia de consulta
para o estabelecimento de uma nova rotina na clinica diária, a fim de melhor prevenir e orientar
os ortodontistas a lidar com esse tema delicado, atual e preocupante.
♦Você será convidado a responder um questionário auto-explicativo que foi desenvolvido
exclusivamente para essa pesquisa abordando os aspectos éticos e legislativos da ortodontia.
♦Não haverá riscos, nem prejuízos ou desconforto aos participantes desta pesquisa. Se você
concordar em participar da pesquisa sua privacidade será respeitada, ou seja, seu nome ou
qualquer outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma, lhe identificar, será mantido
em sigilo.
♦Você pode se recusar a participar do estudo, ou ainda retirar seu consentimento a qualquer
momento, sem precisar se justificar.
♦Tendo sido orientado quanto ao teor de todo o aqui mencionado e compreendido a natureza e
o objetivo do já referido estudo, manifesto meu livre consentimento em participar, estando
totalmente ciente de que não há nenhum valor econômico, a receber ou a pagar, por minha
participação.

Eu,________________________________________________,RG_______________CPF____
_______________ concordo participar do estudo acima descrito. Tive pleno conhecimento das
informações que li ou que foram lidas para mim, descrevendo o estudo. Ficaram claros para
mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, as garantias de
sigilo e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta
de despesas. Concordo, voluntariamente, em participar deste estudo e poderei retirar o meu
consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo. A retirada do consentimento
da participação no estudo não acarretará quaisquer penalidades ou prejuízos.
Local e data __________________________________________________
Assinatura do sujeito ou
responsável______________________________________________________
Assinatura do pesquisador _______________________________________________

QUESTIONÁRIO
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Dados Profissionais

01- Gênero:
a- masculino b- feminino

02- Tempo de conclusão da graduação


a- 0 a 5 anos b- 5 a 10 anos c – 10 a 15 anos
d- 15 a 20 anos e- > 20 anos

03- Tempo de conclusão do curso de especialização:


a- 0 a 5 anos b- 5 a 10 anos c - > 10 anos

04- Cursou disciplina com conteúdo de ética e legislação?


a- na graduação b- pós-graduação
c-na graduação e na pós-graduação d- não cursou a disciplina

Documentação ortodôntica

05- Período de arquivamento da documentação ortodôntica após o término do tratamento (em


anos):
a- não arquiva a documentação após o término do tratamento
b- até 5 anos
c- até 10 anos
d- por todo período de atividade profissional

06-Solicitação de uma nova documentação ortodôntica após a terapia ortodôntica


a- solicitam uma nova documentação b- não solicitam

07-Conduta do profissional quando a documentação ortodôntica é solicitada pelo paciente


a- não entrega a documentação
b- entrega a documentação
c- entrega a documentação e solicita a assinatura do paciente comprovando a retirada da
mesma
d- solicita um prazo para réplica do material, entrega a documentação e solicita a assinatura do
paciente comprovando a retirada da mesma

Plano de tratamento e contrato de prestação de serviços

08-Adota alguma forma de contrato de prestação de serviço?


a- sim b- não

09-Em relação à apresentação do orçamento ao paciente ou responsável


a- apresenta quando o paciente solicita
b- apresenta independente da solicitação do paciente
c- solicita que a atendente apresente o orçamento ao paciente.
d- não apresenta orçamento

10- Você apresenta ao paciente as diferentes opções de tratamento


a- sim b- não

Atualização dos prontuários


11-O paciente assina o prontuário quando ocorre a quebra de acessórios ortodônticos
a- sim b- não

Delegação de funções
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12-Quais dessas atribuições você delega aos seus auxiliares (pode marcar mais de uma
alternativa):
a- colocação de borrachas para separar os dentes
b- realização de moldagens de estudo
c- remoção da resina que fica aderida ao dente após a remoção do aparelho
d- colocação e retirada de alastic/ amarrilho
e- nenhuma das anteriores
f- todas as anteriores

Pós- tratamento ortodôntico

13-Com que freqüência você supervisiona o seu paciente após o término da terapia
ortodôntica.
a- 6 em 6 meses b- uma vez ao ano
c- dois em dois anos d- para sempre e- não supervisionam

14-Nos casos de recidiva, você:


a- informa ao paciente que era previsto conforme informado no inicio da terapia
b- refaz o tratamento sem cobrar nada
c- outras condutas..............................................................................

15- Diante de uma insatisfação do paciente após o término da terapia, você


a- desconsidera os reclames do paciente
b- solicita que o paciente procure opinião de outro profissional
c- procura de qualquer forma evitar uma ação cívil ..................................................................

16-Durante quanto tempo você mantém a contenção superior em seus pacientes


a- durante os 3 primeiros meses. b- por 06 meses
c- por 01 ano d- 2 anos ou mais e- por toda vida

17- e nos inferiores


a- durante 06 meses b- por 1 ano
c- durante dois anos d- até 5 anos e- por toda vida.

18-Na sua opinião a prática da ortodontia, legalmente, gera:


a- obrigação de meio
b- obrigação de resultados
c- obrigação de meio ou resultados, dependendo da situação
d- não sei

19-Em caso de condenação do profissional para reparação de danos ao paciente, você:


a- refaz o tratamento sem cobrar honorários
b- devolve todo o investimento gasto pelo paciente
c- paga todo o tratamento em outro colega
d- uma das três anteriores, à livre escolha do paciente
e- cada caso é determinado pelo juiz

20- Em qual(is) situação(ões) aplica-se a inversão do ônus da provas nos litígios profissional-
paciente:
a- paciente processando cirurgião-dentista como pessoa física
b- paciente processando cirurgião-dentista como pessoa jurídica
c- paciente processando cirurgião-dentista como pessoa física ou jurídica
d- quem determina é o magistrado
d- não sei
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