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DIREITO ADMINISTRATIVO II

Professora: Núbia Elizabete de Paula

Bibliografias:

Marçal Justin Filho – Saraiva

Maria Silvia Di Pietro – Atlas

José dos Santos de Carvalho Filho – Lumen iuris

Celso A. B. Mello - RT

LICITAÇÃO:

Conceito

- Elementos competitivos

a) procedimentos administrativos

b) ente público no exercício:

Entidades da Administração Indireta, empresas públicas, sociedades de


economia mista conhecidas como entidades públicas de direito privado, por
força dos dispositivos art. 22, XXVIII e 37 caput estão submetidas ao
procedimento de licitação.

c) convocação: quando o poder público está licitando existem dois meios:


edital e carta convite. Estes instrumentos são a lei da licitação, ou seja,
estarão os parâmetros do que as partes podem e devem fazer.

Contém condições básicas e essenciais das regras licitatórias.

d) propostas mais convenientes – art. 22, XXVII e 37, caput c/c e art. 173,
parágrafo 1º, III, CF/88

- Lei 10520/02

- LC 123 de 14/12/06 – arts 42 a 49

- Lei 11488/07 – art. 37

FINALIDADE:

Art. 3º, Lei 8666/93 – MP 495 de 19/07/10

a) Selecionar

b) Assegurar

c) Promover
PRINCÍPIOS:

- CABM

- MSZP

- Indisponibilidade do interesse público

- Legalidade, impessoalidade e moralidade – art. 89 a 99

Conceito de licitação: é o procedimento administrativo pelo qual um ente


público no exercício da função administrativa abre a todos os interessados
que se fixarem as normas previstas no instrumento convocatório, a
possibilidade de apresentarem propostas onde a mais conveniente à
administração pública será escolhida.

a) Processo administrativo: é a composição de atos e fatos (legais e


discricionários) da administração pública em relação ao particular,
que por sua vez só praticaram atos vinculados.

b) Ente público no exercício da função administrativa – entidades da


administração indireta, empresas públicas, sociedade de economia
mista conhecidas como entidade pública de direito privado, por força
dos dispositivos acima, estão submetidos ao procedimento de
licitação. Licitação são regras exaradas no direito público.

c) Convocação: se dá através de edital e carta convite. É a lei da


licitação. Contém condições básicas e essenciais da regras
licitatórias.

d) Propostas mais convenientes: é a escolha do proponente que


atendido aos requisitos da convocação se mostre mais conveniente
aos interesses da administração. A licitação não é sinônimo de menor
preço. A oferta ou proposta mais conveniente não é sinônimo de
proposta mais barata e sim de melhor técnica, ou melhor pessoal, ou
melhor preço, etc... na proposta mais vantajosa também está inserido
o melhor preço, mas este não é a única coisa.

A lei da licitação é o edital.

A lei 10520/2002 inaugurou o pregão. Este não está inserido na lei


8666.

As cooperativas também terão o mesmo privilégio da lei


complementar 123 (isto será estudado adiante).

Finalidades da Licitação:

Selecionar: o Poder Público tem por objetivo promover a licitação com o fim
de assegurar que de acordo com a lei, de forma imparcial será
SELECIONADO o melhor concorrente, garantindo assim o fim máximo da
licitação.
Assegurar: tem também por objetivo assegurar a objetividade das
propostas. O Poder Público resguardará interesses próprios e dos
concorrentes.

Promover: haverá a promoção do interesse público, viabilizada pela escolha


mais vantajosa à coletividade.

A adjudicação compulsória deve ser entendida como obrigatoriedade da


Administração em iniciando a execução da obra licitada só poderá escolher
o vencedor do processo licitatório para a execução do mesmo. Não significa,
portanto, obrigatoriedade de iniciar a obra nem tampouco a contratação
imediata do vencedor.

AULA DO DIA 24 DE FEVEREIRO DE 2011

FINALIDADES DA LICITAÇÃO:

- Selecionar: o poder público tem por objeto promover a licitação com o fim
de assegurar que de acordo com a lei, de forma imparcial selecionará o
melhor concorrente, garantindo assim o fim máximo da licitação.

- Assegurar: assegurando a objetividade das propostas, o poder público


resguardará interesses próprios e dos concorrentes.

-Promover: haverá a promoção do interesse público viabilizado pela escolha


mais vantajosa à coletividade.

Princípios da Licitação:

- CABM:

- MSZP:

- Indisponibilidade da licitação

a) legalidade, impessoalidade, moralidade (89 a 99)

b) adjudicação compulsória: não se deve confundir isto com contratação


imediata. Não quer dizer que aquele que saiu vencedor no processo
licitatório será imediatamente contrato. O que ocorre na adjudicação
compulsória é que quando a AP contratar ela só poderá contratar com
aquele que saiu vencedor. Se o serviço não for iniciado não haverá anulação
da adjudicação compulsória.

CONCEITO: A adjudicação compulsória deve ser entendida como


obrigatoriedade da administração em iniciando a execução da obra licitada,
só poderá escolher o vencedor do processo licitatório para execução do
mesmo. Não significa obrigatoriedade de iniciar a obra, ou serviço, nem
tampouco a contratação imediata do vencedor.
Di Pietro acha que o maior princípio da licitação é o da obrigatoriedade da
licitação. Ela alega que deste princípio derivam os demais princípios. O
interesse público prevalece e do princípio obrigatoriedade da licitação
derivam-se todos os demais como a legalidade, a impessoalidade e a
moralidade.

Quanto o terceiro contrata com a AP, ele também se sujeita as regras que
esta deve seguir. Um exemplo seria a moralidade, legalidade, etc...

- Atribuição diversa: é o conceito acima. É uma atribuição diversa de


contratação imediata.

- Limitação à adjudicação: quando não houver início da execução da obra a


AP terá que justificar os motivos da revogação ou do adiamento do prazo
previsto no instrumento convocatório. Sob pena de responder civilmente
pelos danos sofridos pelo contratante.

- Proibições:

-Contratar com outrem que não seja o vencedor.

- Revogar sem justificativa

- Protelar por prazo indeterminado sem justificativa.

Fato jurídico: fatos que ocorreram não devidos à AP. Ex: Força maior, caso
fortuito.

Ato jurídico (sentido estrito):

Ato jurídico (sentido amplo):

c) Ampla defesa: art. 87, 11 – é o direito de dizer e contradizer. A ampla


defesa existe, pois se não estiver satisfeito com o resultado posso ir até a
via judicial pleitear o meu direito.

Sanções Administrativas:

d) Sigilo das propostas: art. 3º, parágrafo 3º. Sanção art. 94, LL. Art. 45,
LL. – cada proposta apresentada é sigilosa, ela só é conhecida no
momento da abertura das propostas. Não ocorrendo sigilo nas
propostas, quem violou está sujeito a pena de 1 a 3 anos e multa.

Quando não houver início da execução da obra a Administração terá que


justificar os motivos da revogação ou do adiamento do prazo previsto no
instrumento convocatório, sob pena de responder civilmente pelos danos
sofridos pelo contratante.

Vinculação objetiva: é a vinculação da administração ao estrito termo do


instrumento convocatório. Ocorre que uma vez publicado o edital, este não
mais pode ser alterado, salvo expressa anuência dos contratantes (todos).
AULA DO DIA 03/03/11

DISPENSAS E INEXIGIBILIDADES DE LICITAÇÃO:

- Art. 37, XXI, CF/88

- Art. 175, CF/88

- DIFERENÇAS

a) Dispensa

- Dispensável e dispensada

- art. 17, I,III – Lei de licitação

- Lei 11.107/05, art. 2º, parágrafo único, III

- Art. 26, Lei de licitação

-Categorias de licitação dispensável

a) Em razão de pequeno valor

I- obras de engenharia, alínea a, I, 23, Lei de licitação

II- Serviços e compras, alínea a, II, 23 Lei de licitação

- Parágrafo único, art. 24, LL

- Lei 11.107/05

b) Em razão de situações excepcionais

III – Guerra ou grave perturbação

IV – emergência e calamidade:

- Prazo

- Objeto

V- Licitação deserta

- Licitação fracassada, 48, parágrafo 3º , lei de licitação

a) não comparecimento

b) prejuízo

c) manutenção
EXPLICAÇÃO:

O princípio da adjudicação compulsória diz que se ela resolver contratar ela


só pode contratar com o vencedor, mas não significa que esta será
imediata. Se ela desistir de contratar ela terá que motivar.

Impõe no rol do art. 2º que todos os que ali estão serão obrigados a licitar.

Não há dispensa ou inexigibilidade de licitação na concessão


ou na permissão de serviços públicos, pois neste caso ESTA É
SEMPRE OBRIGATÓRIA.

Dispensa: neste caso há possibilidade de competição, todavia é


assegurada à AP,seja por lei, seja pela discricionariedade a alternativa de
não licitar.

Dentro da dispensa existe 2 espécies: a dispensada e a dispensável.

A dispensada existirá quando a lei já traz em quais hipóteses há dispensa,


e o rol é taxativo, art. 17, I e II da LL. Há apenas 1 hipótese dispensada,
além das que estão taxativas na LL, seria na lei 11.107 art. 2º. Na
dispensada o agente não pode licitar.

Licitação dispensável: é dispensável a licitação quando depende da


discricionariedade da AP, ou seja, significa dizer que a lei prevê as hipóteses
em que cabe a dispensa, mas quem definirá se realmente será dispensável
é a AP. Neste caso, cabe ao órgão público resolver se dispensa ou não a
licitação, dependendo do caso concreto. (art. 24 da LL).

Categorias de licitação dispensável:

1) Em razão do pequeno valor

1.1) Obras de engenharia – até 15.000,00

1.2) Serviços e compras – até 8.000,00

2) Em razões de situações excepcionais:

2.1) guerra ou grave pertubação

2.2) emergência ou calamidade quando caracterizada urgência de


atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou
comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos
e outros bens públicos ou particulares...e serviços que possam ser
concluídos no prazo máximo de 180 dias consecutivos e ininterruptos,
contados da ocorrência da emergência ou da calamidade, vedada a
prorrogação dos respectivos contratos.
Licitação inexigível: se dá quando não há possibilidade de competição,
porque só existe uma pessoa ou um objeto. Rol previsto no art. 25 da LL.

Emergência provocada: quando a AP perde propositalmente os prazos, para


que a necessidade possa ser emergencial. Isto ilegal.

AULA DO DIA 17/03/11

A) Contestação de remanescente de obra – art. 24, XI, LL

B) Intervenção da União no domínio econômico, inciso VI

C) Compra e locação de imóvel – inciso X

D) Aquisição ou instauração de obras de arte inciso XV

- Lei 8958/04 (lei 12349/10)

- Celebração de convênios

Inexigibilidade

- art. 25, LL

a) fornecedor de produto exclusivo

b) contratação de serviços técnicos/profissionais

- art.13 e parágrafo 1º LL

- art. 25, parágrafo 1º LL, notória especialização

c) contratação de artistas consagrados

EXPLICAÇÃO:

A licitação dispensada é classificada em: dispensada, dispensável e a


inexigível.

A dispensa é o gênero no qual a dispensada (art. 17) e a dispensável (art.


24) são espécies.

A própria lei diz que é dispensada não cabe a AP licitar ainda que ela
queira. Na dispensável a AP licita se quiser, a AP é que decide.

Licitação deserta: não aparece nenhum interessado que queira licitar.


Assim a lei estabelece que a licitação poderá ser dispensada no caso de
impossibilidade de se repetir a licitação sem prejuízo para a AP. Ou seja,
quando publicado o edital não comparece nenhum interessado em
participar do procedimento licitatório. Neste caso, evidenciará hipótese de
dispensabilidade de licitação.

Requisitos para a dispensabilidade por licitação deserta:

1- Ausência de comparecimento

2- A AP tem que provar que se ela fizer nova licitação algum direito
ficará prejudicado.

3- Ela só pode contratar com um terceiro nas mesmas condições do


edital. ESTES REQUISITOS SÃO CUMULATIVOS na falta de um deles
não há licitação deserta, e se não houver não será causa de
dispensabilidade.

Licitação fracassada: a AP é obrigada a licitar novamente. Aparecem


interessados, mas no momento de preencher os requisitos não sobra
ninguém. Ou seja, quando inscritos os concorrentes nenhum deles é
habilitado ao final do procedimento licitatório. Neste caso a AP é obrigada a
fazer nova licitação.

As hipóteses de dispensabilidade são 21, mas o rol é exemplificativo ao


contrário da dispensa, e a professora pegou os casos mais essenciais.

-A) Art. 24: XI- remanescente de obra. Observar que aqui a contratação
deverá obedecer a ordem de classificação na licitação.

b) VI: intervenção da União no domínio econômico para regular preços ou


normalizar o abastecimento.

c) X: compra ou locação de imóvel: quando o imóvel é aquele que a AP quer


e precisa fica difícil licitar.

d)XV: para aquisição ou restauração de obra de arte.

e)XIX: forças armadas.

Além destas hipóteses a lei 8958/94 e a lei 12394/10 diz que sempre que
houver formação de convênios de órgãos de pesquisas de ensino.

Inexigibilidade: há impossibilidade de competição. Na dispensa a


competição é viável, mas nos casos de inexigibilidade não. Estes são os
casos presentes no art. 25 e o rol também não é taxativo.

Art. 25 LL

a) Fornecedor de produto exclusivo, vedada a preferência de marca,


devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de
atestado.

b) Contratação de serviços técnicos/profissionais – art. 13, e 1º, LL e art.


25, 1º, LL – notória especialização. Seria a contratação de sérvios
técnicos (apenas prestação de serviços) de NATUREZA SINGULAR,
com profissionais ou empresas de NOTÓRIA especialização.

c) Contratação de artistas consagrados – motivação:


dispensa/inexigibilidade – art. 26 LL versus art. 50, IV, Lei 9789/99

FASES DE LICITAÇÃO

1- Fase interna – 38 LL – Compreende os atos da administração, de


elaboração, escolha do objeto e condição do edital, para que assim
possa ser publicado. Compreende desde a autorização que a AP
recebe até o momento de elaboração do edital.

2- Fase externa: 39 LL – VAI CAIR NA PROVA – são os atos praticados


pela Administração e pelos licitantes. Compreende desde a
habilitação até a escolha e publicação do vencedor. A partir da
publicação do edital os atos passam a ser externos.

Para alguns doutrinadores a audiência pública é fase interna, para


outros ela é fase externa. No caso do art. 39 da LL a audiência
pública é INDISPENSÁVEL. Isto se dá pelo princípio da transparência e
publicidade. Após esta audiência é que surgirá o edital de licitação.

Art. 39 – sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um


conjunto de licitações simultâneas for superior a cem vezes
R$1.500.000 (um milhão e quinhentos mil reais) o processo licitatório
será iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência pública
concedida pela autoridade responsável com antecedência mínima de
15 dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e
divulgada, com a antecedência mínima de 10 dias de sua realização,
pelos mesmos meios previstos para a publicidade da licitação, à qual
terão acesso e direito a todas as informações pertinentes e a se
manifestar todos os interessados.

Licitação simultânea x sucessiva:

Consideram-se licitações simultâneas aquelas com o objetos similares


e com realização prevista para intervalos não superiores a 30 dias.

Licitações sucessivas: são aquelas em que, também com objetos


similares, o edital subseqüente tenha uma data anterior a 120 dias
após o término do contrato resultante da licitação antecedente.

- Sub-fases da licitação: audiência pública, publicação do edital,


habilitação, julgamento, homologação, adjudicação.

AULA DO DIA 31/03/11


EDITAL;

- Art. 21, LL

- Art. 40 LL

- Leis 8666/93 e 10520/02 – arts. 21, parágrafo 2 e 4, respectivamente.

- Prazos mínimos:

a) 45 dias – concurso ou concorrência ,quando o contrato a ser


celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a
licitação for do tipo concorrência “melhor técnica” ou “técnica e
preço”.

b)30 dias – concorrência nos casos não especificados acima e


tomada de preços quando a licitação for do tipo melhor técnica e
técnica e preço.

c) 15 dias – tomada de preço (casos não especificados acima) ou


leilão.

d)5 dias úteis – convite

e) 8 dias úteis: ocorrerá se a modalidade de licitação for pregão.

A Administração pública deverá motivar sempre os casos de


dispensabilidade e inexigibilidade de licitação. Todavia, o art. 50, lei
9789/99, estabelece que, na verdade TODO ato administrativo deverá ser
motivado.

Art. 41, parágrafo 1º, LL- qualquer interessado poderá até 5 dias antes da
abertura da habilitação impugnar o edital. O prazo é preclusivo e o efeito é
suspensivo.

- modificação/essencialidade

- efeito – suspensivo

- art. 113, parágrafo 1º , LL – TCU – Qualquer licitante, contratado ou pessoa


física ou jurídica poderá representar ao TCU ou aos órgãos de controle
interno contra irregularidades na aplicação da LL.

- Comissão de licitação ou comissão julgadora: art. 51, parágrafo 1º e 2º da


LL:

A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração


ou cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por
comissão permanente ou especial de, no mínimo, três membros, sendo
pelos menos dois deles servidores qualificados pertencentes aos quadros
pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração
responsáveis pela licitação.

No caso de convite, a comissão de licitação, excepcionalmente, nas


pequenas unidades administrativas e em face da exigüidade de pessoal
disponível, poderá ser substituída por servidor formalmente designado pela
autoridade competente.

Responsabilidade, parágrafo 3º, art. 51 LL – solidária, mas há exceção.

Os membros da comissão de licitação responderão solidariamente por todos


os atos praticados pela comissão, salvo se posição individual divergente
estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião
em que tiver sido tomada a decisão.

- Permanente e especial

2 – Habilitação: é a fase da licitação onde a comissão de licitação avaliará


conforme o edital a qualificação para a inscrição regular. Esta habilitação
avalia tecnicamente, jurídico, etc..

- Análise

- Art. 43, parágrafo 2º, LL

a) qualificação jurídica: verificar através de certidões junto à junta comercial

b) qualificação fiscal: se há dividas tributárias. O art. 42 da lei


complementar 103 que instituiu a microempresa, cooperativas, pequena
empresa diz que estes terão, não até o momento da habilitação para
apresentar todos os requisitos como todas as empresas e sim, até 2 dias
úteis depois da abertura das propostas (se forem as qualificações jurídicas e
a fiscal as demais serão conforme todos). Isto dá um tratamento
diferenciado para estas. A lei é a lei complementar 123. ISTO CAIRÁ NA
PROVA

c) qualificação econômico-financeira

d) qualificação técnica: se o candidato está habilitado tecnicamente


(formação) para cumprir aquilo que ele está ofertando.

- Certificado de Registro Cadastral: qualquer pessoa jurídica poderá fazer


um cadastro frente aos órgãos públicos e a AP expede um certificado de
registro cadastral. Isto diz que todos os requisitos de habilitação já estariam
preenchidos para com aquele ente público. Este certificado será
apresentado na fase de habilitação e, desta forma, a empresa não precisará
toda hora levar os documentos na fase de habilitação e sim um único
documento que substitui todos aqueles exigidos. Em qualquer tipo de
licitação, inclusive no pregão. Normalmente, de 6 em 6 meses este registro
será atualizado.
Página 400 da autora Di Pietro: as empresas estrangeiras que não
funcionarem no país, só poderão se habilitar nas licitações internacionais.
Haja vista que nas licitações internas só serão admitidas empresas
estrangeiras que tenham representação legal no país.

O certificado de registro cadastral será válido para qualquer tipo de


licitação. OBS: se a licitação exigir requisitos muito específicos só o registro
cadastral não vai bastar.

AULA DO DIA 28/04/11

3- Julgamento e classificação das propostas.

- Habilitação: A habilitação pode se dar no momento de publicação do edital


ou com o cadastro prévio.

Uma vez que foi feita a habilitação segue a apresentação das propostas. O
julgamento e classificação das propostas é a fase que segue para declarar
se a habilitação é válida ou não.

Não se pode observar a proposta se aquela pessoa nem era habilitada.

- Publicidade/objetividade: ao contrário do processo de habilitação, o


julgamento das propostas será sempre público (todos os licitantes e
interessados poderão comparecer para acompanhar a abertura dos
envelopes e julgamento das propostas).

- Proposta inexeqüível: há um momento em que as propostas se


executam automaticamente.

- Vício nas propostas: ele desclassifica aquele que for desabilitado.


Todo aquele que é inabiitado a proposta nem chega a ser julgado.
Agora se a proposta não atende aquilo que atende devido a algum
vício provoca a desclassificação do licitante. Exemplo: apresentar
objeto, pessoa ou forma ilegais. Desta forma, se o produto for fruto
de contrabando ou por pessoa que responde a crime, etc...

Art. 48, parágrafo 3º (dar uma lida, observar se TODOS).

4 – Homologação:

- Conceito: é o ato pelo qual se examina a regularidade do procedimento


licitatório. Neste momento verifica-se se a comissão de julgamento
respeitou todas as normas e princípios referentes ao edital.
- Competência: os atos de habilitação e julgamento são feitas pela comissão
de licitação (3 membros, servidores efetivos). Quem homologa é a
autoridade de homologação administrativa.

5 – Adjudicação: quando um dos licitantes é escolhido e é chamado a


prestar o serviço. A adjudicação compulsória é um ato discricionário, mas
torna-se vinculado quando pergunta-se com quem irá contratar, pois poderá
ser apenas com o vencedor.

- ARt. 50, LL

- Ato discricionário

- Art. 64, parágrafo 3º da LL: a administração tem 60 dias para contratar


após a divulgação da classificação.

Contratação – art. 87 LL

Modalidades de licitação:

1) Concorrência

- conceito/abrangência

- Obras

- Compras e serviços

- obrigatoriedade

a) alienação de imóveis

b) concessão de direito real de uso

c) concessão de serviço público

d) licitação internacional

- exceção

- amplia publicidade

- prazos – regra; exceção

- Legitimados

2) Tomada de preços:

- conceito/abrangência

- publicidade / regra e exceção


- Legitimados

Art. 27 a 31 LL

- preço

- habilitação

Ao contrário do processo de habilitação, o procedimento ou a fase de


julgamento será sempre público (todos os licitantes poderão comparecer
para acompanhar a abertura dos envelopes e julgamento das propostas).

AULA DO DIA 05/05/11:

3 - Convite

- Obras

- Compras e serviços

-Publicidade: essa modalidade não requer publicidade, significa dizer que


será fixada a comunicação da realização da licitação na própria
administração.

- Extensão do convite

- prazo/proposta

- Ausência do número exigido

- Ausência de comissão de licitação – responsáveis.

4- Leilão:

Bens móveis inservíveis

Bens imóveis provenientes de decisão judicial

Requisitos; inscrição objetiva ao edital; dispensa de habilitação; ampla


publicidade.

- Ausência de habilitação prévia.

5- Pregão:
Lei 10520/02

D. 3555/00 (União)

Bens comuns/ausência de limites de valor/interessa a finalidade

- Sempre será para aquisição de bens comuns – bem comum é aquele


considerado com padrões de desempenho e qualidade e que possam ser
objetivamente descritos no edital por meio de especificações usuais no
mercado.

AULA DO DIA 12/05/11;

LIVRO: Direito administrativo – Flávia Cristina Moura de Andrade

Volume 2. Editora revista dos tribunais

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS:

- Conceito: ele não se confunde com instrumento de contrato (formalidades


que o contrato deverá seguir). É o ato pelo qual a AP vai pactuar com o
particular para realizar uma determinada negociação com este. É o ato de
consenso entre a AP e o particular que vai contratar com a AP.

É o ajuste que a AP, agindo nesta qualidade, firma com o particular ou outra
entidade administrativa, para a consecução de objetivos de interesse
público, nas condições estabelecidas pela própria Administração.

No direito civil, em regra, as partes estão equilibradas. No direito civil há a


busca da função social dos contratos (atender a todos de forma igual). No
direito administrativo a relação não é horizontal e sim vertical.

- Horizontalidade e verticalidade: a AP está no topo e é ela que dita as


regras. Desta forma há uma verticalidade e não há um equilíbrio contratual.

- função social dos contratos: aqui a função social do contrato é atender aos
interesses da administração.

- Características dos contratos:

a) consensual: houve a vontade das partes, manifestada de forma livre e


não viciada. Qualquer objeto que vicie a vontade afetará os contratos.

b) formal: todo contrato administrativo deverá ser solene. Existem regras a


serem seguidas.
c) onerosos: todo contrato administrativo gerará um ônus, ou seja, ele
deverá gerar vantagens recíprocas. Não quer dizer que as vantagens serão
iguais, pois normalmente quem ganha mais é a AP.

d) comutativos: é possível prever quais serão os ônus e os bônus.

Previsibilidade dos ônus e bônus. São sempre previsíveis não são contratos
de alhéa (aleatórios).

e) Sinalagmáticos: geram direitos e obrigações recíprocas.

f) Adesão: como regra o contrato administrativo é um contrato de adesão.


Todas as cláusulas dos contratos administrativos são fixadas
unilateralmente pela AP, ou seja, pelo instrumento convocatório da licitação
o poder público faz uma oferta a todos os interessados, fixando as
condições em que pretende contratar,

- Construção x obrigação: no contrato de adesão não há uma construção do


contrato recíproca, mas geram direitos e obrigações recíprocas.

g) Intuito personae: ele é personalíssimo. A menos que no contrato esteja


previsto eventualmente a prestação com outra pessoa.

- Competência – art. 22 XXVII, CF – há a competência da união para


construir e reger leis que irão alterar os contratos administrativos.

- Elementos: os elementos são obrigatórios.

a) Cláusulas exorbitantes: são vantagens, prerrogativas à AP. são atos


passíveis de serem praticados unilateralmente. São prerrogativas previstas
UNILATERALMENTE no contrato que conferem à AP vantagens e posição
privilegiada, ou seja, a supremacia estatal. Ex: aplicação de sanções,
rescisão do contrato, retomada do objeto, modificações para atender
interesse da AP. Não é arbitrário, pois arbitrário é contrário a lei.

- PRERROGATIVAS:

- art. 58,, lei 8666/93

FAREMOCU

a) Fiscalizar: A AP fiscaliza a execução dos contratos.

b) Aplicar: a AP pode aplicar sanções motivadas pela inexecução total


ou parcial do ajuste.

c) Rescindir: configura-se como cláusula exorbitante a rescisão


unilateral nos casos do inciso I do art. 79 da lei 8666 – ESTE
ARTIGO IRÁ CAIR NA PROVA. Toda rescisão do contrato administrativo
deverá ser feita unilateralmente? Não, só a do inciso I do art. 79.
d) Modificar: a AP poderá modificar unilateralmente segundo o interesse
público. Poderá haver esta modificação para melhor adequação às
finalidades de interesse público, respeitados os direitos do
contratado. Mas isto é discutido pela jurisprudência. Pois para a
jurisprudência isto só poderia ocorrer se houver prova de calamidade
financeira, ou seja, em casos excepcionais.

e) Ocupar: nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente


bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do
contrato, na hipótese de necessidade de acautelar apuração
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na
hipótese de rescisão do contrato administrativo.

“Exceptio non adimplente contratus”: é também denominada


exceção do contrato não cumprido. No direito privado, quando uma
das partes descumpre o contrato, a outra pode descumpri-lo devido a
este preceito. No direito administrativo isto não ocorre, pois o
particular não pode interromper a execução do contrato, em
decorrência dos princípios da continuidade do serviço público e da
supremacia do interesse público sobre o particular. Deve o particular
requerer a rescisão do contrato via administrativa ou judicial.

B) Manutenção do equilíbrio econômico financeiro: existe a


possibilidade da AP permitir a adequação do contrato para manter o
equilíbrio financeiro econômico do mesmo.

Art. 37, XXI, CF/88

Poderá haver a alteração unilateral do contrato administrativo para atender


o interesse público.

C) regime jurídico: ele está pautado na lei de licitação. Art. 64 da LL. Como
há o direito da licitação, ele está respaldado na lei de licitação. Não existe
conflito de normas entre contratos de direito público e direito privado.

- direito publico

- conflitos de normas: a LL regerá as normas referente aos contratos


administrativos. APENAS quando a lei for omissa é que as lei do direito civil
irão reger. Não há conflitos de normas pois a lei especial se sobrepõe a
geral.

D) Formalismo

Em regra geral os contratos são escritos, porém há exceções.


Quando o valor não superar o percentual de 5% dos valores que seriam
possíveis a modalidade convite a forma poderá ser verbal.

Quando for decretada calamidade publica também poderá haver a


contratação sem a necessidade de contrato escrito. É necessário um maior
dinamismo.

- escrito (exceções 5%; emergência)

Art. 55 da LL

Aula do dia 19/05/11:

ALTERAÇÂO DO CONTRATO

Unilaterais: (Nestes dois casos)

- Modificação do projeto: pode haver alteração unilateral sempre que houver


uma modificação do projeto. É uma mudança qualitativa.

- Modificação do valor contratual: a AP poderá reduzir o valor do contrato


sempre que houver alguma crise financeira, ou pela redução do preço do
material.

- Art. 65, parágrafo 1º, LL.: limites

a) até 25% no valor: quando se tratar de acréscimo ou redução do valor


inicial atualizado do contrato. Aumentando ou reduzindo 25% do valor em
qualquer caso (o particular ou a AP podem alterar unilateralmente o
contrato).

b) até 50% no valor: ocorre havendo acréscimo no caso de reforma de


edifício ou de equipamentos (particular). AS REDUÇÕES NESTE PARTICULAR
PERMANECEM EM APENAS 25% NO MÁXIMO (administração).

Parágrafo 2o, qualquer percentual: no caso dos contratos bilaterais como


abaixo.

Bilaterais: acordo/ausência de limitação: sempre que houver acordo entre


as partes será um contrato bilateral. Nestes casos não haverá limitação, não
há parâmetro qualitativo ou quantitativo desde que não fira o interesse
público.

Teoria da Impressão: ela surgiu após a 2ª guerra mundial. Houve uma


concepção que não havia segurança econômica e financeira.

- Pacta Sun servanda: o contrato faz lei entre as partes.

Pela teoria da imprevisão; através de elementos da natureza, elementos


econômico financeiro.
a) impessoalidade

b) Independência

Fato do príncipe e fato da administração: estes estão dentro da teoria da


imprevisão.

Teoria da imprevisão: A teoria da imprevisão consiste no reconhecimento de


que a ocorrência de eventos novos, imprevistos e imprevisíveis pelas
partes, autoriza a revisão do contrato, para seu ajustamento às
circunstâncias supervenientes. É a moderna aplicação da velha cláusula
rebus sic stantibus aos contratos administrativos, à semelhança do que
ocorre nas avenças de Direito Privado, quando surgem fatos não cogitados
pelos contratantes, criando ônus excessivo para uma das partes, com
vantagem desmedida para a outra. Esse desequilíbrio retira a
comutatividade do ajuste e impõe a revisão do contrato, para que se
possibilite sua execução sem a ruína econômica do particular contratado.

De acordo com a Professora a t. da imprevisão consiste em fatos que


impedem a AP e o particular de cumprirem o que foi pactuado. De a cordo
com o pacto Sun seranda deveria ser cumprido. Mas por esta teoria pode
haver a alteração. Com a teoria da imprevisão NÃO HÁ ALTERAÇÃO
CONTRATUAL SE NÃO SUPERAR OS PARAMETROS PERCENTUAIS DA
ALTERAÇÃO UNILATERAL, MAS HÁ RESCISÃO CONTRATUAL SE SUPERAR OS
PERCENTUAIS.

Força maior: A força maior é um evento humano, imprevisível e inevitável,


que impede absolutamente conseqüência da força maior é a liberação de
ambas as partes do cumprimento do contrato (DI PIETRO, 2003, p. 263),
ensejando sua rescisão, conforme art. 78, XVII, da LLCA.

Caso fortuito: É o evento da natureza, imprevisto e inevitável, que impede


absolutamente a execução do contrato. Ex; um extenso período de chuvas
torrenciais

Fato do príncipe: É definido como “toda determinação estatal, geral,


imprevista e imprevisível, positiva ou negativa, que onera substancialmente
a execução do contrato administrativo”. Agravos econômicos resultantes de
medidas tomadas sob titulação jurídica diversa da contratual, isto é, no
exercício de outra competência. A criação de determinado tributo, é um
exemplo.
Fato da administração: Enquanto o fato do príncipe decorre de ato geral, o
fato da administração é praticado pela própria contratante e afeta
determinado contrato. Pode-se citar, por exemplo, o disposto nos incisos XV
e XVI do art. 78 da LLCA, ou seja, quando a Administração atrasa por mais
de 90 dias os pagamentos devidos ou quando não deixa disponível área,
local ou objeto para a execução do contrato.

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