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11- Programação
13- Os filmes
16- Os diretores
19- Os palestrantes
23- Agradecimentos
Cinemateca do l
nov 2009
Apresentação SR-3/UERJ
4 Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro Mostra do Cinema Português Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro Mostra do Cinema Português 5
Apresentação LCV O Novo Cinema Português
Como parte das atividades do projeto Audiovisual e cultura dos países Do ponto de vista consensual, o Novo Cinema português corresponde
lusófonos, realizamos conjuntamente três eventos: a III Mostra de Cinema ao movimento de renovação da cinematografia portuguesa que tem seu
Português: o novo cinema português; o curso de extensão O Cinema por- marco histórico com o filme de Paulo Rocha Os verdes anos (1962). Após
tuguês e os seus filmes, a ser ministrado pelo professor Doutor Antonio anos de cinefilia e de debates travados nas inúmeras revistas especializa-
Pedro Pita, Catedrático da Universidade de Coimbra e coordenador do das que surgiram na década de 1950, Portugal, através do mencionado
grupo de pesquisa “Correntes artísticas e movimentos intelectuais” do filme, parecia finalmente dar a ver o primeiro projeto de modernização do
Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (Ceis20), e o I Simpó- cinema português.
sio “O Cinema dos Países Lusófonos: o novo cinema português”, que con-
tará com as presenças dos pesquisadores convidados: Paulo Cunha e Paulo Recém egressos de cursos de cinema no estrangeiro, alguns jovens inexpe-
Granja (Ceis20/Universidade de Coimbra), Bernadete Lyra (Universidade rientes, mas repletos de sonhos, decidem revolver as estruturas precárias
Anhembi/Morumbi) e Ana Isabel Soares (Universidade do Algarve). Com de produção de cinema em Portugal, propondo novas temáticas, novas
estes eventos, pretendemos dar continuidade e aprofundar o debate sobre estéticas e novos modos de fazer cinema.
esta cinematografia, já iniciadas na 1ª e 2ª Mostras do Cinema Português,
ocorridas em 2007, na UERJ, e em 2008 no Centro Cultural Banco do Bra- O encontro de Paulo Rocha com António da Cunha Telles, ambos egres-
sil do Rio de Janeiro. sos do IDHEC - Institut des hautes études cinématographiques -, a famosa
escola de cinema de Paris, converge-se no filme-marco do novo cinema
Os eventos supracitados são propostos pelo Laboratório Interinstitucional português, Os verdes anos, importando da França o modo de fazer cinema
de Cinema e Vídeo (LCV) – Art/UERJ; Puro/UFF; EBA/UFRJ –, com o pensado pela nouvelle vague.
apoio dos Grupos de Pesquisa Pensamento e experiência: audiovisual, artes,
mídia e design, da UERJ e Correntes artísticas e movimentos intelectuais, do Além de Os verdes anos, Cunha Telles produz o média-metragem Belar-
Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX/CEIS-20/ Universidade mino (1963) de Fernando Lopes, recém egresso de Londres - onde o jovem
de Coimbra, na organização; e, por outro lado, contamos com a co-produ- realizador havia estudado, travando contato ali com as novas técnicas do
ção da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – local documentário inglês e do cinema independente. Antes, porém de Belar-
onde também ocorrerão os eventos; e o apoio do Instituto Camões, da Cine- mino, Fernando Lopes já havia surpreendido com os curtas-metragens As
mateca Portuguesa, e das universidades do Estado do Rio de Janeiro/UERJ, pedras e o tempo, de 1961 e As palavras e os fios, de 1962.
Federal Fluminense/UFF e Federal do Rio de Janeiro/UFRJ.
O filme produzido em sequência também pela mesma “Produções Cunha Tel-
les” é Domingo à tarde, de António Macedo e tem estréia em 1964. Domingo à
tarde antecipa, ainda nos anos 1960, uma das grandes marcas do cinema por-
tuguês da década seguinte: a vertente existencialista e experimental.
6 Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro Mostra do Cinema Português Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro Mostra do Cinema Português 7
Quando o cinema As décadas de 1960-70 ficaram marcadas na história do cinema português
português foi como um período de forte renovação técnica e estética no cinema. Estas déca-
moderno… das revelariam ao cinema português uma nova geração de cinéfilos que luta-
ram pela afirmação de um cinema de autor e pelo reconhecimento do cinema
que viam e faziam enquanto forma de expressão artística de alta cultura.
8 Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro Mostra do Cinema Português Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro Mostra do Cinema Português 9
Programação
O CINEMA DOS PAÍSES LUSÓFONOS 25 nov 16h As pedras e o tempo (16’), 1961, Fer-
24 a 27 nov 2009 nando Lopes / Belarmino (72’), 1964, Fernando
Lopes.
CURSO DE EXTENÇÃO coffe-break
O CINEMA PORTUGUÊS E OS SEUS FILMES 18h Pousada das Chagas (20’), 1971, Paulo
25, 26 e 27 nov 10h Rocha / O cerco (115’), 1970, Cunha Telles.
Ministrado por António Pedro Pita
26 nov 16h 27 minutos com Fernando Lopes
Graça, 1969, António Pedro Vasconcelos /
I SIMPÓSIO Domingo à tarde (97’), 1965, António Macedo.
O CINEMA DOS PAÍSES LUSÓFONOS coffe-break
O NOVO CINEMA PORTUGUÊS 18h Almadraba atuneira, (27’), 1961, António
24 nov 14h - 15h45 Campos / Brandos costumes (72’), 1974, Alberto
CERIMÔNIA DE ABERTURA S. Santos.
Almadraba Atuneira
(1961), António Campos
Em 1960, durante uma estada de férias no Algarve, Campos ficou fasci-
nado pela faina de uma pequena comunidade piscatória da ilha da Abó-
bora. Um ano mais tarde, Campos regressou, sem equipa e com uma
câmara emprestada de 16mm, e filmou a vida da comunidade durante a
última campanha de atum do arraial desaparecido pouco depois. A Alma-
dabra Atuneira (1961) foi o primeiro filme de Campos nas características
documentais que o celebrizaria posteriormente como cineasta etnográfico
e antropológico.
As pedras e o tempo
(1961), Fernando Lopes
Marca a estreia na realização de Fernando Lopes. Esta curta-metragem
documental sobre a cidade de Évora apresenta já os primeiros aspectos
estilísticos e técnicos da renovação que chegaria pela década 60 adentro.
Filmado e montado com uma linguagem cinematográfica diferente da
habitual no cinema português para este tipo de filmes turísticos, este filme
de Fernando Lopes assume uma postura que se interroga e faz-nos inter-
rogar sobre a função e os limites do filme documentário.
Belarmino
(1964), Fernando Lopes
Espécie de misto entre ficção e documentário que traz como personagem
central um ex-boxer português que vive entre os treinos e os bas-fand lis-
boeta, o Belarmino Fragoso. Desafiando os limites entre o real e a ficção,
Fernando Lopes contrapõe ao discurso de Belarmino, o do seu ex-mana-
ger, Albano Martins. Ao fundo, a cidade de Lisboa, cenário-chave que se
transforma e se confunde com a trajetória do próprio Belarmino Fragoso.
Brandos costumes
(1974), Alberto Seixas Santos
Confrontos da esfera da vida privada são narrados em paralelo à cena his-
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Os diretores
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Palestrantes
18 Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro Mostra do Cinema Português Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro Mostra do Cinema Português 19
JORGE CRUZ Cinema Português (1949-80) (http://ncinport.wordpress.com/), espaço
Graduado em Educação Artística História da Arte pela Universidade do de divulgação, estudo e discussão sobre o período de renovação estética
Estado do Rio de Janeiro/Uerj (1983), é mestre em Comunicação pela da história do cinema português entre 1949 e 1980”. Mestre em Histó-
Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ (1990) e doutor em Comu- ria das Ideologias e Utopias Contemporâneas pela Faculdade de Letras da
nicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/ Universidade de Coimbra (2002-2005). Dissertação sob o título Os filhos
Puc-SP (2002). Atualmente é professor adjunto da Universidade do Estado bastardos. Afirmação e Reconhecimento do Novo Cinema Português
do Rio de Janeiro. Organizou o livro Gilles Deleuze: sentidos e expressões (1967-1974). Muito Bom por unanimidade. Licenciatura em História pela
(RJ, Ciência Moderna, 2006), escreve e apresenta o quadro radiofônico No Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (1997-2001).
escurinho do cinema, na Rádio Manchete do Rio de Janeiro e realizou o
curta-metragem A quadrilha, em 35 mm. PAULO GRANJA
Bolseiro de doutoramento da FCT. Membro do Centro de Estudos Inter-
LEANDRO MENDONÇA disciplinares do Séc. XX – CEIS20, grupo de trabalho “Correntes Artísticas
Possui graduação em Direito pela Universidade Federal Fluminense e Movimentos Intelectuais”. Mestre em História Contemporânea, Janeiro
(1984), mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São 2007. Licenciatura em História, Faculdade de Letras da Universidade de
Paulo (2001) e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universi- Coimbra, Julho 1998. É, atualmente, professor Assistente convidado da
dade de São Paulo (2007). Atualmente é professor de Direção e Produ- Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Outubro 2004.
ção de Cinema na Universidade Federal Fluminense. Entre 1999 e 2007 foi
professor da Universidade Plinio Leite e editor - Editora Vicio de Leitura. RODRIGO GUÉRON
Tem experiência na área de Cinema, com ênfase em Administração de Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ),
espaços culturais e Produção de Filmes, atuando e pesquisando principal- no Instituto de Artes. Doutor em Filosofia também pela UERJ (2004),
mente nos seguintes temas: mercado cinematográfico, cinema brasileiro, linha de pesquisa “Estética e Filosofia da Arte”, com a tese “Cinema e Cli-
cinema português, crítica cinematográfica e comédia popular. chê, o Niilismo na Imagem”. Mestrado e Graduação em Filosofia na Uni-
versidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com dissertação de mestrado
MICHELLE SALES sobre Nietzsche e a História.
Professora da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Bacharel e Mestre em Comunicação Social (PUC – Rio). Douto-
rado em Estudos de Literatura em andamento pela mesma universidade,
com estágio de pesquisa na Universidade de Coimbra ao longo de 2008.
Autora de diversos artigos sobre cinema português e brasileiro, publicados
no Brasil e em Portugal e do ensaio “Radiografia da Metrópole carioca:
registros da cidade no cinema e os paradoxos da sua imagem” (SR-3, LCV,
2009). Membro do Grupo de Pesquisa Pensamento e experiência: audio-
visual, artes, mídia e design da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e
do grupo Correntes artísticas e movimentos intelectuais da Universidade
de Coimbra.
PAULO CUNHA
Bolseiro de doutoramento da FCT. Membro do Centro de Estudos Inter-
disciplinares do Séc. XX – CEIS20, grupo de trabalho “Correntes Artís-
ticas e Movimentos Intelectuais”. Responsável pela base de dados Novo
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III Mostra de cinema português
l Museu de Arte Moderna
Rio de Janeiro
Av Infante Dom Henrique 85 Parque do Flamengo Curadoria
20021-140 Rio de Janeiro RJ Brasil T +55 21 2240 4944 Jorge Cruz
www.mamrio.org.br Leandro Mendonça
Michelle Sales
Parceiros Estagiários
Bolsa de Arte do Rio de Janeiro Arthur Batista Cordeiro
Expand Laís Melo
Grupo Icatu Hartford
Mica Mídia Cards Assessoria de imprensa
Salta Elevadores Anna Beatriz Cruz
Lei de Incentivo à Cultura | Ministério da Cultura
Co-Produção
Projetos Especiais Gilberto Santeiro e Carlos Eduardo Pereira
Recuperação de acervo fílmico e digitalização acervo de fotografias
ONS Operador Nacional do Sistema Elétrico Colaboradores
Projeto Educativo - Vale Paulo Cunha
Ana Isabel Soares
Presidente
Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand Design Livreto
Carla Marins e Rafaela Taranto
Vice-Presidente
João Maurício de Araujo Pinho Filho Agradecimentos
Cinemateca do l
Diretor Gilberto Santeiro
Luiz Schymura Carlos Eduardo Pereira
Cinemateca Portuguesa
Conselheiros Instituto Camões
Armando Strozenberg Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand Arquivo Nacional das Imagens em Movimento
Demósthenes M. de Pinho Filho Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX
Eduardo Vianna António Pedro Pita
Elisabete Carneiro Floris Paulo Rocha
Gilberto Chateaubriand (Presidente) Fernando Lopes
Heitor Reis António da Cunha Telles
Helio Portocarrero António Pedro Vasconcelos
Henrique Luz Alberto Seixas Santos
Irapoan Cavalcanti de Lyra Sara Moreira
João Maurício de Araujo Pinho (Vice Presidente) Luís Gameiro
João Maurício de Araujo Pinho Filho Cátedra Pe. António Vieira de Estudos Portugueses
Joaquim Paiva Tereza Cristina de Oliveira
Kátia Mindlin Leite Barbosa
Luiz Carlos Barreto
Luiz Schymura
Nelson Eizirik
Paulo Albert Weyland Vieira
Artes Plásticas
Luiz Camillo Osório (Curador)
Frederico Coelho (Assistente)
Pesquisa e Documentação
Rosana de Freitas (Curadora)
Cinemateca
Gilberto Santeiro (Curador)
Hernani Heffner (Assistente) Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro Mostra do Cinema Português 23
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