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2 – MUNICÍPIO DE ITAPECERICA DA SERRA,
representado pelo seu atual prefeito municipal,
1 – DOS FATOS
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também dentro da propriedade (vide Decreto Municipal n.º 2.029/08 –
fls. 43).
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Outrossim, apontando a gravidade da situaçã o,
o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnoló gicas) asseverou a fls. 73:
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magnitude, indicando uma situação de alto grau de risco de
escorregamento e solapamento de margem de córrego.
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O direito à segurança, consagrado na
Constituiçã o Federal em seu art. 6º, tem como funçã o bá sica a proteçã o
do direito à vida, pois garante a sua inviolabilidade. Esta segurança,
além do sentido de prevençã o do crime, exprime-se em uma
expectativa de incolumidade física necessá ria para o pleno
desenvolvimento das funçõ es urbanas típicas: habitar, recrear, circular
e trabalhar.
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moradores, no mais das vezes, nã o têm para onde ir, o que faz com que
ali permaneçam. Desta forma, no caso de existir perigo de ruína prevê
a ocorrência de intervençõ es parciais ou totais do imó vel, dando
ciência aos seus proprietá rios e ocupantes. Ademais, enumera as
providências que devem ser tomadas nos casos de descumprimento da
intimaçã o ou interdiçã o, que seriam as multas diá rias e a abertura de
inquérito policial, além das medidas judiciais cabíveis.
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ambiente (sem distinçã o de espécie: urbano ou natural), bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida (art. 225). Tal
bem é objeto da Política Nacional do Meio Ambiente estatuída pela Lei
Federal n.º 6.938/81 que: considera o meio ambiente como patrimô nio
pú blico; pauta-se pela preservaçã o, melhoria e recuperaçã o da
qualidade ambiental, proteçã o da dignidade da vida humana,
manutençã o do equilíbrio ecoló gico e racionalizaçã o do uso do solo
(art. 2º, 4º); vincula o Governo Municipal à s suas diretrizes (art. 5º).
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causar na morte de moradores do local e este fator é o que impele a
atuaçã o do Ministério Pú blico e que deverá ser ponderado pela
Administraçã o ao ver-se diante de situaçõ es emergenciais como a que
tratamos na presente açã o.
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seus moradores ou trabalhadores.” (Hely Lopes Meirelles, Direito
Municipal Brasileiro, Ed. Malheiros, 1994, pá g. 356/357, grifo nosso).
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4) Fiscalizar trabalhos que alterem o estado
físico de imó veis (inclusive movimentos de terra) e, constatando
infraçõ es à legislaçã o, intimar o infrator a corrigi-las, adotando os
procedimentos fiscais apropriados para impedir que elas prossigam,
dispondo, para isso, do embargo, da interdiçã o, da multa e da força
policial.
B) Em matéria urbanística e,
particularmente, quanto a habitaçõ es, a Municipalidade dispõ e de
amplíssimos poderes para controle e fiscalizaçã o, inclusive o de aplicar
direta e imediatamente as sançõ es adequadas, sem necessidade de
mandado judicial, o que lhe permite prevenir comportamentos lesivos
de particulares ou, quando menos, atenuar os seus efeitos. (HELY
LOPES MEIRELLES – Direito Administrativo, Ed. Malheiros, pá gs. 123,
129, 144-145).
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O Ministério Pú blico traz, ainda, outros
fundamentos da ilegalidade no caso em testilha, e do dever de evitá -la
(ou de contê-la ou repará -la):
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V) Art. 225, § 1º, da Constituiçã o Federal –
dever do Município de preservar, proteger e recuperar o meio
ambiente degradado, incluído, por ó bvio, o meio ambiente urbano.
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instalaçã o e quase um ano apó s ter ocorrido uma tragédia no local, a
qual foi amplamente divulgada nos canais de imprensa.
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Igualmente e seguindo esta esteira, a
jurisprudência moderna dominante:
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Municipal e ( ...) que promova o afastamento
do risco de desabamento, deslizamento ou
inundação, detectados nos laudos, mediante a
remoção dos moradores das áreas
consideradas de risco, em sendo necessário, e
alojando as famílias em local adequado, e a
manutenção da efetiva desocupação das áreas
que não podem mais ser ocupadas. Como se
depreende, o que se visa é a defesa dos padrões
urbanísticos ambientais.” (Agravo de
Instrumento n.º 213.091.5/0-00 – TJSP).
3 – DA MEDIDA LIMINAR:
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individual homogêneo (art. 21 da Lei de Açã o Civil Pú blica, com a
redaçã o dada pelo art. 117, do Có digo de Defesa do Consumidor). E o
Có digo de Processo Civil também alberga a tutela antecipató ria do
provimento principal.
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4 – DOS PEDIDOS:
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desobediência e multa diá ria cominató ria de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais);
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6) A realizaçã o das intimaçõ es do Ministério
Pú blico, na figura do Promotor de Justiça do Meio Ambiente e
Habitaçã o e Urbanismo, dos atos e termos processuais na forma do art.
236, § 2º, do Có digo de Processo Civil.
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