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ESTÁGIO PROBATÓRIO: EVOLUÇÃO LEGAL E


JURISPRUDENCIAL NO DIREITO BRASILEIRO

Luciano Costa
Delegado de Polícia Civil do Estado do Pará, mestre em Direito do Estado pela
Universidade da Amazônia, professor de Sociologia do Crime e da Violência do
Instituto de Ensino de Segurança Pública do Pará (IESP), professor de Direito Penal da
Faculdade do Pará (FAP), professor convidado da UFPA no Curso de Especialização
em Segurança Pública e Direito Administrativo Disciplinar da Escola de Governo do
Estado do Pará (EGEPA).

SUMÁRIO

I- INTRODUÇÃO
II- ANTECEDENTES CONSTITUCIONAIS
III- CONCEITO E OBJETIVO DO ESTÁGIO
IV- ESTÁGIO ROBATÓRIO E ESTABILIDADE
V- O ESTÁGIO PROBATÓRIO NA POLÍCIA CIVIL
VI- AS FASES DO ESTÁGIO PROBATÓRIO NA POLÍCIA CIVIL
VII- O CUMPRIMENTO DE NOVO ESTÁGIO PROBATÓRIO
VIII- A RECONDUÇÃO AO CARGO ANTERIOR
IX- A VEDAÇÃO DA INTERRUPÇÃO DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
X- ESTÁGIO PROBATÓRIO E LICENÇA SAÚDE
XI- ESTÁGIO PROBATÓRIO E O EXERCÍCIO DE CARGO COMISSIONADO
XII- VEDAÇÃO NA PARTICIPAÇÃO DE COMISSÃO DE PAD
XIII- ESTÁGIO PROBATÓRIO E APOSENTADORIA
XIV- ESTÁGIO PROBATÓRIO E EXONERADO DO CARGO

I- CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

O instituto do estágio probatório foi inserido no contexto jurídico brasileiro


após o advento da Constituição de 1937. Ao longo dos anos, a Administração Pública
brasileira vem tentando dar pouca importância ao instituto, não obstante sua inegável
relevância na aferição do desempenho do servidor público.
Na atual conjuntura política, em que tanto se vilipendia o servidor público
brasileiro, estigmatizado por alguns governantes como o vilão das contas públicas,
desponta-se a figura do estágio probatório como um instrumento de moralização no
serviço público.
Neste artigo, articulo uma breve incursão sobre o tema, analisando facetas
interessantes que permeiam o instituto, tais como sua origem, seus antecedentes
constitucionais, status jurídico, fases, recondução ao cargo anterior em caso de não
aprovação no probatório, vedação de interrupção, vedação de participação em
Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, aposentadoria durante o período de
estágio, dentre outros.
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II- ANTECEDENTES CONSTITUCIONAIS

A Constituição de 1934 foi a primeira a sistematizar, em título próprio,


normas relativas aos funcionários públicos, sem, entretanto, referir-se ao estágio
probatório. O legislador de então, no artigo 170, § 2º da Carta Magna, apenas
condicionou a primeira investidura em cargo público a prévio exame de sanidade e
concurso de provas ou título.
Já a Lei Maior de 1937, sob o influxo do Estado Novo, resguardou a figura
dos funcionários públicos, quando em seu artigo 56, alínea “c”, estatuiu, in verbis:

“Art. 156 – omiss...

“c”- Os funcionários públicos, depois de dois anos, quando


nomeado em virtude de concurso de provas, e, em todos os
casos, depois de dez anos de exercício, só poderão ser
exonerados em virtude de sentença judiciária ou mediante
processo administrativo, em que sejam ouvidos e possam
defender-se.”

A Carta Federal de 1946, em seu artigo 188 fixou o período de dois anos
para a averiguação das habilidades do funcionário público, após ingresso por
concurso, e cinco, para os funcionários efetivos nomeados sem concurso.
Por seu turno, a Constituição de 1967, em seu artigo 100 estipulou que a
estabilidade estaria segura após o transcurso de dois anos para os funcionários
nomeados por concurso.
Já o legislador de 1988, mais cauteloso, elasteceu o tempo do período de
provas para três anos e exigiu que ele seja cumprido ininterruptamente no exercício do
cargo. Além disso, para os servidores já estáveis o constituinte de 1988 criou o que
denominou de avaliação periódica de desempenho.

III- CONCEITO E OBJETIVO DO ESTÁGIO

Mas, para galgar à garantia da estabilidade, é necessário que o servidor


ocupante de cargo efetivo submeta-se a um período de observação por parte da
Administração Pública, período este denominado de estágio probatório.
Nesta linha, o instituto do estágio probatório é o lapso temporal de 03 (três)
anos, com início na data de entrada no exercício do cargo, período este em que a
Administração Pública avalia se o novo servidor possui a capacidade e aptidão para o
desempenho do cargo para o qual ingressou através de concurso público.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, na obra Curso de Direito
Administrativo,São Paulo, ed. Atlas, 11º edicção, 1999, às fls. 124 nos ensina que
“(...) o período compreendido entre o início do exercício e a aquisição da
estabilidade é denominado de estágio probatório e tem por finalidade apurar se o
funcionário apresenta condições para o exercício do cargo, referente à
moralidade, assiduidade, disciplina e eficiência.”
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Trago à colação, pela eterna adoção de suas lições pela doutrina e


jurisprudência, o magistério do mestre Helly Lopes Meirelles, que ao abordar o tema
em sua obra “Direito Administrativo Brasileiro”, 17ª edição, São Paulo: Malheiros,
1992, às fls. 383, escreveu:

“Estágio probatório é o período de exercício do funcionário


durante o qual é observado e apurado pela Administração a
conveniência ou não de sua permanência no serviço público,
mediante a verificação dos requisitos estabelecidos em lei para
a aquisição da estabilidade ( idoneidade moral, aptidão,
disciplina, assiduidade, dedicação ao serviço, eficiência, etc).”

Portanto, no Direito pátrio, o instituto do estágio probatório, de fato,


corporifica a completa integração do servidor no cargo. O ato de provimento, seguido
da posse e exercício no cargo, se dá a título experimental, sujeitando-se o servidor,
durante certo período de tempo, a comprovar na prática, ser portador de requisitos
indispensáveis ao desempenho das atribuições inerentes ao cargo.
Já o administrativista Carlos Ari Sundfeld, em artigo publicado no Boletim
de Direito Administrativo de julho de 1993, intitulado “Estágio probatório dos
Servidores públicos”, às fls. 46 ao tratar do objetivo do estágio probatório, leciona,
verbis:

“O objetivo do estágio probatório não é somente a mensuração


do conhecimento das qualidades já testadas nas provas, mas,
também, o exame das reações do estagiário em face do trabalho
e do ambiente, e precipuamente em face do treinamento que
lhe é ministrado.”

Ressalta-se que o servidor adquire a estabilidade no serviço público, e não


no cargo, pois antes de ser garantia do servidor, é garantia do desempenho
independente da função pública.
A Emenda Constitucional nº 19, de 04.06.98, introduziu o aumento do
tempo de prova de 02 para 03 anos para todos os servidores públicos, de todos os
Poderes, exceto para juízes e promotores, para quem o estágio probatório continua de
02 (dois) anos, conforme suas legislações.
A E.C nº 19/98 também introduziu duas novidades relativamente à perda
do cargo pelo servidor estável, isto é, acrescentou o procedimento da avaliação
periódica de desempenho (art. 41, § 1º, inciso III, da Constituição Federal) e o
mecanismo que permite aos governantes exonerar até mesmo servidores estáveis, toda
vez que a despesa com pessoal exceder os limites estabelecidos em Lei
Complementar, nos termos do artigo 169, § 4º da Carta Constitucional.

IV- ESTÁGIO PROBATÓRIO E ESTABILIDADE

O Estado, entidade abstrata, para fazer valer sua vontade, necessita dos
agentes públicos. A partir dessa inserção dos servidores públicos no texto
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constitucional, observa-se a nítida preocupação dos constituintes em revestir sua


atividade de garantias e privilégios, indispensáveis para a boa consecução dos
objetivos colimados pelo Poder Público. É exatamente neste contexto, que exsurge a
estabilidade, adquirida após o transcurso do estágio probatório.
Há que se ressaltar que, a partir da vigência da EC nº 19, de 04/06/98, o
legislador estabeleceu que deverão ser criados critérios e garantias especiais para a
perda do cargo pelo servidor estável que, em decorrência das atribuições de seu cargo
efetivo, desenvolva atividades exclusivas de Estado. Ao comentar o instituto da
estabilidade no serviço público, Marcio Cammarosano, em sua obra intitulada
“Provimento de Cargos no Direito Brasileiro”, São Paulo: ed. Revista dos
Tribunais, 1984, de forma lapidar nos ensina, verbis:

“Não se nega que os servidores que mais necessitam dos direitos


e garantias que o regime de cargo público efetivo proporciona
são aqueles que têm competência para expedir atos
normativos, tomar decisões ou concorrer para a sua formação.
Esses direitos e garantias – titularidade do cargo, estabilidade,
disponibilidade remunerada, dentre outros – na expressão
lapidar de Celso Antônio Bandeira de Mello, operam como
garantias de neutralidade e impessoalidade da Administração.
Colocam o servidor mais a salvo das pressões e injunções que
lhe queiram impor os eventuais detentores do poder. De outra
sorte, estes poderiam manejar o aparelho administrativo em
proveito de interesses particulares ou pessoais em detrimento
dos adversários políticos ou inimigos, anulando ou deprimindo
a indispensável isenção requerida na gestão dos negócios
públicos. Daí a necessidade de se preservar a garantia da
estabilidade àqueles servidores que desempenham funções
típicas de Estado, sujeitos à intervenção dos detentores
momentâneos do poder.”

Ainda a respeito do instituto da estabilidade, pontifica a professora


Carmem Lúcia Antunes Rocha, em seu livro “Princípios Constitucionais da
Administração Pública”, Belo Horizonte: Del Rey, 1994, que às fls. 231, assevera:

“Argüida como fonte de vício, porque o servidor tem o domínio


de uma situação determinada e permanente, segundo alguns a
estabilidade facilitaria a prática da corrupção. Dá-se,
rigorosamente, o oposto. Ciente de poder exercer suas funções
inerentes ao cargo ocupado e a sua permanência nos quadros
administrativos de determinada entidade, independentemente
dos interesses particulares e pessoais que tentem solapar o
interesse público, o servidor estável em cargo no serviço
público dispõe de tranqüilidade profissional para cumprir o
seu mister sem se permitir tocar por objeções sem causa
pública verdadeira em sua carreira.”
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Portanto, a estabilidade possibilita a completa isenção no exercício do


cargo público, sem a qual o servidor ficaria à mercê das injunções políticas.

V- O ESTÁGIO PROBATÓRIO NA POLÍCIA CIVIL

Após essa introdução genérica sobre o tema, vamos discorrer


especificamente sobre estágio probatório na carreira policial civil, nos limites
impostos pela Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado do Pará e seu regulamento,
traduzido pelo Decreto nº 2.503, de 02.05.94.
Inicialmente, a Lei Complementar nº 022/94 ( Lei Orgânica da Polícia
Civil do Pará ) nos artigos 50 a 52 estabelece as linhas mestras do estágio probatório
para o policial civil. Posteriormente, o decreto nº 2.503, de 02/05/94, a regulamentou.
Assim, a mencionada legislação preceituou que o servidor policial será observado
pelo período de 03 (três) anos, durante os quais seu trabalho e sua conduta pessoal
serão rigorosamente avaliados, de modo objetivo, através de ficha de informações de
estágio probatório. Tais avaliações obedecem a critérios objetivos, vale dizer, o chefe
imediato do servidor avalia a assiduidade, a disciplina, a capacidade de iniciativa, a
produtividade, a responsabilidade e a eficiência do estagiário, de acordo com os
parâmetros existentes em lei, evitando, com estes critérios, que os avaliadores do
estagiário se utilizem de critérios subjetivos . Dentro de cada requisito, há os
conceitos, com variação de excelente, bom, regular ou insuficiente.
Por outro prisma, como a função policial possui certas especificidades em
razão das exigências da sociedade, a conduta de vida privada do policial em estágio
acaba tendo reflexos no exercício do cargo. Nesta linha de pensamento,
hodiernamente, nem a sociedade nem as instituições policiais concebem que um
policial, mesmo quando não esteja no exercício de sua atividade funcional, pratique
atos ilegais ou tenha condutas não condizentes com a ética policial e os costumes
sociais.
Soa estranho, que um policial, não estando no exercício da função, pratique
condutas ilegais ou em desacordo com os costumes sociais ou freqüente locais que a
própria sociedade recrimina ou não tolera. O policial deve está consciente dessa justa
exigência social. Em palavras simples, a sociedade está passando o seguinte recado:
“policial, somos nós que pagamos impostos e lhe pagamos o seu salário. Em
conseqüência, lhe exigimos que nos trate com respeito e dignidade, bem como não
toleramos desvios de condutas.”
Feita uma análise percuciente da legislação em comento, percebe-se que o
legislador teve a intenção de evitar o subjetivismo do avaliador do estagiário. Todos
os requisitos da ficha de avaliação estão fulcrados em conceitos objetivos, exatamente
para evitar ou desestimular as perseguições do superior hierárquico (avaliador ). Logo,
ele não poderá dar um conceito que não seja aquele descrito pelo dispositivo legal.

VI-AS FASES DO ESTÁGIO PROBATÓRIO DO POLICIAL CIVIL

Nos termos do artigo 1º do Decreto nº 2.503, de 02/05/94, o estágio


probatório do policial civil se desenvolve em 04 (quatro) fases distintas, a saber:
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AS FASES DO ESTÁGIO PROBATÓRIO E O CUMPRIMENTO DE NOVO


ESTÁGIO PROBATÓRIO

Tem sido grande o número de servidores que nos procuram para saber se,
quem já cumpriu estágio probatório em outro cargo efetivo, terá novamente de
cumpri-lo, ao ser investido em novo cargo efetivo.
A dúvida tem procedência, pois a E.C. Nº 15/99, do Estado do Pará, alterou
o artigo 40 da Carta Estadual, suprindo-lhe o § 4º, o qual autorizava que o servidor
estadual ou municipal que já tinha cumprido estágio probatório não precisava cumpri-
lo novamente, sendo considerado automaticamente efetivado no novo cargo. Tal
dispositivo preceituava, verbis:

“Fica desobrigado do cumprimento do estágio probatório o


concursado público estadual ou municipal, estável, aprovado em
outro concurso público, sendo considerado automaticamente
efetivado no segundo cargo.”

Por outro lado, a revogação de tal dispositivo trouxe outra implicação, qual
seja, por via indireta a nova redação do artigo 40 da Carta Estadual, também revogou
o parágrafo único do artigo 34, da Lei nº 5.810/94, isto é, o Regime Jurídico Único
dos Servidores do Estado, o qual rezava, verbis:

“Art. 34 - O servidor estável aprovado em outro concurso


público, fica sujeito a estágio probatório no novo cargo.
Parágrafo único - Fica dispensado do estágio probatório o
servidor que já tiver exercido o mesmo cargo público por 02
(dois) anos, pelo menos”.

Porque está o dispositivo revogado ?


Ora, se o legislador constituinte não contemplou tal redação no texto
constitucional, não quis também que outras leis a contemplassem. Se o mencionado
parágrafo único continuasse em vigor, seria inconstitucional, evidentemente.
Portanto, a partir da E.C. Nº 19/98, que alterou o artigo 41 da Carta
Federal, todo servidor estadual dos três Poderes, que seja investido em cargo efetivo,
compulsoriamente terá que cumprir estágio probatório de 03 (três) anos no novo
cargo, objetivando apurar se o servidor possui aptidão, capacidade e condições de
desempenhar as atribuições do novo cargo.
Sobre o assunto, trago à baila a lição do insigne mestre IVAN BARBOSA
RIGOLIN, o qual em sua magnífica obra intitulada “Comentários ao Regime
Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis”, editora Saraiva, 1995, que ao
comentar o assunto leciona, verbis:

“observa-se que o estágio probatório exitoso para um cargo não


aproveita necessariamente ao servidor aprovado em novo
concurso para outro cargo diferente, onde precisará submeter-
se a novo estágio. Cargos diferentes, segundo o plano de
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carreira ou a própria Lei, exigem estágios probatórios


diferentes, cada qual completo”.

VII- A RECONDUÇÃO AO CARGO ANTERIOR

Outra dúvida que freqüentemente os servidores em estágio probatório têm,


versa sobre a não confirmação no novo cargo ao final do estágio probatório, se
perderá o cargo no qual era investido anteriormente ?
A Legislação vigente não permite acumulações ilegais de cargos, e por isso
obriga que, ao assumir o novo cargo público, deve solicitar exoneração do cargo
anterior. Mas o fato do servidor ser nomeado, tomar posse e entrar em exercício no
novo cargo, não significa que será ele aprovado no estágio probatório, embora já
tenha estabilidade adquirida por força do cargo anterior.
Se tal fato ocorrer, que procedimento adotará a Administração Pública ?
Considerando-se que o servidor já tenha estabilidade no serviço público,
não sendo ele aprovado no novo estágio probatório, a Administração Pública deve
reconduzi-lo ao cargo que anteriormente exercia, pois assim determina a exegese do
art. 57 do RJU do Estado, nos seguintes termos:

“Art. 57 - Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo


anteriormente ocupado e decorrerá de:
I – inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
II – reintegração do anterior ocupante.
Parágrafo único - ....................................................................................”

Para exercício de fixação, exemplificamos com a situação fática seguinte:


determinado investigador de polícia, já estável no serviço público, prestou concurso
público para o cargo de fiscal de tributos da SEFA. Nomeado e empossado no novo
cargo, solicitou exoneração do cargo anterior no mesmo dia da posse. Ao final do
estágio probatório, fora ele reprovado, sendo exonerado do cargo de fiscal.
A Administração Pública, no mesmo dia da exoneração do cargo de que
não fora aprovado no estágio probatório, providencia o ato de recondução ao cargo
que o servidor ocupava anteriormente, ato este privativo do Chefe do Poder
Executivo.
Sobre o tema não há divergências doutrinária ou jurisprudencial. Como
ilustração, citamos novamente a lição de IVAN BARBOSA RIGOLIN, o qual na obra
já citada, ao comentar o assunto leciona, verbis:

“Desta sorte, apenas a confirmação no estágio probatório do


novo cargo extingue a situação anterior, pertinente ao cargo
onde o servidor se estabilizou. Se não aprovado no estágio
probatório deste último cargo, o estagiário será então
reconduzido ao seu antigo cargo, em razão do qual estava
estabilizado no serviço público”.
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VIII- A VEDAÇÃO DA INTERRUPÇÃO DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

O artigo 41 da Lei Maior preceitua que “são estáveis após 03 (três) anos
de efetivo exercício ...”. Aqui salienta-se que a expressão “efetivo exercício” tem
relevância jurídica na medida em que, ao tomar posse no cargo e entrar em exercício,
o servidor não pode interromper o estágio, pois o preceito exige que ele seja
ininterrupto. Isto também implica dizer que, o servidor estando a cumprir estágio
probatório, somente poderá fazê-lo com lotação no próprio órgão de origem para o
qual ele prestou concurso.
No caso específico do policial civil, a Lei Orgânica da Polícia Civil do Pará
veda que ele seja cedido para outro Poder ou órgão da Administração Pública,
conforme os termos do parágrafo único do artigo 50, in verbis:

“Parágrafo único – O servidor policial em estágio probatório


não poderá ser cedido para outro Poder ou órgão da
Administração Pública.”

Mas, pode-se ponderar que a estabilidade é adquirida no serviço público, e


não no cargo, e portanto, o servidor poderá ser lotado em qualquer órgão da
Administração Pública. Responde-se que tal premissa é falsa, pois embora a
estabilidade seja no serviço público, as qualidades, condições e aptidões são exigidas
para o exercício do cargo específico para o qual o servidor prestou concurso. Não
tem sentido, por exemplo, ser aprovado em concurso para qualquer cargo do Grupo
Polícia Civil, e após a nomeação, ser transferido para trabalhar em outra Secretaria de
Estado ou outro Poder. Tal hipótese, à luz da legalidade, é impossível de ocorrer, pois
a avaliação do servidor tem de ser feita nos parâmetros dos requisitos específicos para
carreira policial, e por conseguinte, os avaliadores terão de ser seus superiores
hierárquicos, os quais possuem, em tese, mais condições técnicas para melhor
proceder a avaliação, porque conhecem e vivenciam a mesma realidade profissional.
Relativamente ao preceito constitucional que veda a interrupção do estágio
probatório, tanto a doutrina quanto a jurisprudência dominantes têm se firmado no
sentido de que, excepcionalmente, pode-se admitir a interrupção em caso de grave
enfermidade. Neste caso, o período de provas recomeça do prazo de onde parou,
sendo que durante essa ausência não haverá avaliação.

IX- ESTÁGIO PROBATÓRIO E LICENÇA SAÚDE

A exegese do art. 41 da Carta Magna de 1988, exige para a


perfectibilização do período de estágio probatório, o chamado “efetivo exercício” no
cargo para o qual prestou o concurso e pretende ser estabilizado. Ocorre que, alguns
servidores em estágio probatório poderão necessitar de licença para tratamento da
própria saúde. Logo, há a vedação de afastamentos do exercício do cargo para se
avaliar se o servidor preenche os requisitos de lei para o exercício do mesmo. A
questão polêmica gira em torno da indagaçâo: o tempo de afastamento pode ser
contado para efeito da concreção do período de estágio probatório ?
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Sabemos que a atual Carta Magna veda, para a contagem do tempo de


serviço, o chamado exercício ficto, não somente para aposentadoria, mas também para
efeito do tempo de estágio probatório. A partir da Emenda Constitucional nº
19/1998, o constituinte passou a exigir o exercício real no cargo para fins de
cumprimento do período de provas. Sobre o tema, tanto a doutrina mais abalizada e a
jurisprudência reiterada, têm se posicionado no sentido de que o tempo de afastamento
do estagiário não conta, ficando suspenso e recomeça, quando o servidor retorna ao
exercício do cargo.
No parecer nº 11.350, de 1996, aprovado pelo Conselho Superior da
Procuradoria Geral do Rio Grande do Sul, da lavra do Procurador do Estado César
Viterbo Matos, ao se pronunciar sobre o tema num caso concreto em que um servidor
em estágio probatório pretendia contar como de efetivo exercício o período de licença
para tratar da saúde, ele escreveu, verbis:

“(...) Tais requisitos, por óbvio, devem ser vistos à luz do


cargo onde o servidor será efetivado, ponderando-se as
peculiaridades técnicas de cada um, e a adequação do
servidor a estas exigências. Pensar diferente seria
inviabilizar toda a concepção de estágio probatório, com o
intuito de provar (no sentido de pôr à prova) a aptidão do
servidor concursado. Neste contexto, excetuados os
afastamentos ordinários (como por exemplo, as férias) os
demais em que o servidor não esteja efetivamente no
exercício de suas funções não são computáveis para fins do
prazo do estágio probatório, embora o sejam, para outros
fins legais.”

Este também tem sido o entendimento adotado pelo Colendo Tribunal de


Justiça daquele Estado, o qual na Apelação Cível nº 595176389, da Terceira Câmara
Cível, relator Des. Araken de Assis, que em seu brilhante voto, afirma, verbis:

“(...) Não há dúvidas de que, nos termos do art. (...) do


Município de Pelotas, as licenças desfrutadas pela Apelante
são, em princípio, consideradas “efetivo exercício” do
cargo. Todavia, a ressalva se aplica a outros efeitos, não à
aquisição da estabilidade, durante o estágio probatório, nos
termos do art. 41 da CF/88 (...). Deste modo, os artigos
arrolados pela apelante, da lei nº 3.008/86, merecem ter
interpretação sistemática e conforme a Constituição, em
especial o art. 19, caput, que estabelece as finalidades do
estágio probatório, e perante ele, as licenças, ainda que
‘efetivo exercício’ para outros efeitos, não operam, porque
não permitem a apuração da conveniência de sua
estabilização. A solução de prorrogar o estágio, até a
implementação do número adequado de dias de exercício
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real, não ficto, do cargo, se coaduna com o texto da Carta


Política.”

Por outro vértice, se o legislador exigiu que, para a obtenção da licença


prêmio é imprescindível que o servidor seja assíduo, não admitindo afastamentos do
exercício do cargo, com mais razão o será para qualificar o exercício efetivo para fins
da implementação do período de estágio probatório.
Diógenes Gasparini, com a sua sabedoria peculiar, ao abordar o assunto em
sua obra “Direito Administrativo”, 3ª ed., São Paulo, 1993, p. 161, nos passa o
ensinamento a seguir transcrito:

“(...) Esse período, sempre continuado, é chamado de


‘estágio probatório’. Nele se apura, conforme regulado em
lei, sua capacidade (aptidão, disciplina, assiduidade,
dedicação, idoneidade moral, eficiência) para a
permanência. Dadas essas finalidades, não entendemos
possível, ainda que a lei a regulamente, a designação ou
nomeação do servidor para exercer outro cargo, e muito
menos entendemos viável ‘comissionamento’ em outra
entidade. O afastamento do servidor do exercício do cargo
efetivo impede a necessária verificação da sua aptidão para
o exercício das atribuições do cargo que titulariza.”

Já Carlos Ari Sundfeld, em ilustrativo artigo publicado no Boletim de


Direito Administrativo, de julho de 1999, p. 407, abordando o estágio probatório, nos
enriquece o conhecimento com a seguinte lição, verbis:

“(...) Daí a conclusão de que só podem ser computados, para


fins de integralização de estágio probatório, os períodos de
exercício real, efetivo, concreto, no específico cargo em que
o servidor tenha sido admitido. Daí, também, a
impossibilidade de cômputo de tempo ficto, mesmo que,
para outros fins ( como aposentadoria, adicional por tempo
de serviço, férias, etc), o legislador o considere como de
efetivo exercício. Assim, não podem ser contados:
...omiss...
d) Tempo de afastamento, licenças ou ausência do cargo –
pois, nesse período, o servidor não está no efetivo exercício
do cargo no qual deve ser avaliado.”

O autor também analisa o afastamento do servidor em estágio probatório, à


luz do princípio da isonomia ou igualdade, destacando a injustiça que se cometeria
com os outros estagiários, se se considerar como de efetivo exercício o tempo em que
o servidor efetivamente não trabalhou, por está de licença para tratamento de saúde.
Sobre isso, no mesmo artigo já citado, o autor complementa:
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“(...) se admitirmos o exercício ficto teremos de aceitar,


também, a presunção absoluta de que, no período a ele
correspondente, o servidor exerceu adequadamente o seu
cargo. Isso importaria, de um lado, na supressão da
avaliação efetiva que a Constituição impôs, e, de outro, na
instauração de regras de profunda desigualdade:
servidores que cumprissem inteiramente seu estágio
probatório estariam sujeitos ao risco de ter seu
desempenho avaliado negativamente, enquanto os
afastados ganhariam automaticamente uma avaliação
positiva.”

Portanto, todos os servidores concursados para cargos efetivos, devem


cumprir estágio probatório em igualdade de condições. Aqueles que necessitarem de
licença para tratar da saúde, se afastam e não contam esse tempo como de efetivo
exercício, por imposição do artigo 41 da Carta Federal. Nestes casos, ao retornar, o
servidor recomeçará a contar o tempo que faltava para cumprir o período de estágio.

X- ESTÁGIO PROBATÓRIO E O EXERCÍCIO DE CARGO


COMISSIONDO

Após minudente pesquisa nas legislações federal e estadual, constatou-se


que o legislador em momento algum autoriza o servidor em estágio probatório ser
nomeado para o exercício de cargo comissionado ou função gratificada. Ao contrário,
a melhor doutrina pátria, ao interpretar o artigo 41 da Lex Mater forma entendimento
de que há vedação para nomeação do servidor em estágio probatório para cargo
comissionado ou função gratificada. Argumentam ilustre autores que, ao se nomear
servidor em estágio probatório para outro cargo ou função, eles se afastam do efetivo
exercício do cargo para o qual prestaram concurso, e assim, não estão no efetivo
exercício. Portanto, não podem ser avaliados para saber se possuem aptidão,
disciplina, assiduidade, dedicação, eficiência e idoneidade moral para o exercício do
cargo público, que estão exercendo.
O administrativista Diógenes Gasparini, em obra já mencionada neste
artigo, ao comentar essa peculiaridade dentro do assunto estágio probatório, nos passa
a seguinte lição, verbis:

“(...) Dadas essas finalidades, não entendemos possível, ainda


que a lei a regulamente, a designação ou nomeação do
servidor para exercer outro cargo, e muito menos
entendemos viável seu ‘comissionamento’ em outra
entidade.”

Também comunga deste entendimento, o professor Carlos Ari Sundfeld, no


artigo intitulado ‘Estágio probatório dos servidores públicos’, publicado no Boletim
de Direito Administrativo, que sobre assunto assim se expressa:
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“(...) só podem ser computados, para fins de integralização


do estágio probatório, os períodos de exercício real, efetivo,
concreto, no específico cargo em que o servidor tenha sido
admitido.”

Por outro lado, há ainda outros óbices e inconveniências do servidor em


estágio probatório ser nomeado para cargo comissionado ou função gratificada, tais
como o fato do servidor em estágio ser superior hierárquico de um servidor já estável.
É indubitável que o fato arranha o princípio da hierarquia e da disciplina.
Outra inconveniência eventualmente ocorrente, é o fato do servidor em
estágio nomeado para cargo comissionado ou função gratificada, ter de avaliar outro
servidor em estágio probatório, como ele.
Nesta linha de pensamento, adotamos a posição delineada na Lei Maior do
país, a exemplo da melhor doutrina e da jurisprudência dos Tribunais Superiores.

XI- VEDAÇÃO NA PARTICIPAÇÃO DE COMISSÃO DE


PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Tanto o RJU da União e do Estado, quanto a Lei Orgânica da Polícia Civil


do Pará (Lei Complementar nº 022/94) vedam terminantemente que servidores em
estágio probatório sejam designados integrantes de Comissões de Processos
Administrativos Disciplinares, nos termos do artigo do artigo 94 da Lei nº 022, de
15/03/94, verbis:

“O processo disciplinar será conduzido por três policiais civis


estáveis no cargo, designados pela autoridade competente (...)”.

Entretanto, não vedam que participem de Sindicâncias ou Apurações


Administrativas Internas. Este assunto tem gerado divergências doutrinárias e
jurisprudenciais, não tendo ainda sido pacificado.
Pessoalmente, filio-me à corrente que forma entendimento no sentido de
que o servidor em estágio probatório não pode participar da feitura de sindicância ou
apuração administrativa interna, no caso da Polícia Civil. Gera muito desconforto
profissional, o fato de um servidor ainda cumprindo estágio probatório participar de
sindicância para investigar fato disciplinar ocorrido com servidor já estável, mesmo
que a sindicância não sugira sanções disciplinares. O primeiro desconforto é o fato de
investigar um servidor já estável e com mais experiência profissional. O outro
desconforto, é que o servidor estável poderá levar a questão para o lado pessoal e
tentar prejudicar funcionalmente o servidor ainda em estágio probatório, em forma de
revanche. Entretanto, alerto, essa é uma posição doutrinária.
Ainda relativo ao PAD, a Legislação regulamentadora da Polícia Civil ,
ou mais especificamente, o Decreto nº 2.115, DE 23/04/97, também veda que policiais
sejam promovidos de classe durante o cumprimento do período do estágio, em razão
da não aquisição da estabilidade no serviço público, nos exatos termos do artigo 4º, §
3º, quando preceitua que “ Não deverá ser promovido o funcionário policial que se
encontre em estágio probatório”.
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XII- ESTÁGIO PROBATÓRIO E APOSENTADORIA

Outra questão também instigante, muito ocorrente durante o estágio


probatório, diz respeito ao fato do servidor estável no serviço público, em razão da
ocupação de cargo anterior, e já com tempo de contribuição para se aposentar. Indaga-
se: O servidor em estágio probatório e já com tempo de contribuição completo,
poderá se aposentar ?
A questão transita novamente em torno do chamado “efetivo exercício”,
colocado nos preceitos dos artigos 40, § 1º, inciso III e 41, ambos da Lei Maior, ao
tratar de aposentadoria e estágio probatório, respectivamente.
Como já discutimos em itens anteriores, o legislador considera “efetivo
exercício” aquele período concreto, real, em que o servidor exerceu o cargo, sem
interrupção, não considerando qualquer afastamento. Logo, se o servidor não cumpriu
os três anos de estágio probatório, mesmo tendo tempo de contribuição para se
aposentar, a própria Constituição Federal proíbe que ele se aposente, enquanto não
cumprir aquele período de três anos do estágio.
Vista a questão pelo ângulo da aposentadoria, à luz do artigo 40, § 1º,
inciso III, da Carta Magna, também encontramos óbices para se conceder a
aposentadoria, na medida em que o servidor ainda não completou os cinco anos no
cargo efetivo que pretende se aposentar, quando se tratar de aposentadoria voluntária.
Nesta linha de pensamento, firmamos entendimento no sentido de que o
servidor em estágio probatório não poderá se aposentar, quando se tratar de
aposentadoria voluntária.

XIII- ESTÁGIO PROBATÓRIO E EXONERAÇÃO DO CARGO

Durante o estágio, o servidor poderá responder a sindicância ou a Processo


Administrativo Disciplinar, podendo sofrer penalidades. Se for provado que ele não
preenche as condições de disciplina, assiduidade, dedicação, eficiência, idoneidade
moral e aptidão para o exercício do cargo, poderá ser exonerado antes mesmo do
término do estágio probatório, por ato do Chefe do Poder Executivo, e evidente, com a
garantia do amplo direito de defesa
Ainda durante o triênio do estágio probatório, o servidor dispõe de
efetividade, vez que ocupa um cargo efetivo na Administração Pública. Embora tenha
efetividade, ainda não tem estabilidade, instituto diverso e posterior àquele.
Márcio Cammarosano, em seu livro “Provimento de cargos no Direito
Brasileiro”, São Paulo: ed. Revista dos Tribunais, 1984, p. 134, ao dissertar sobre o
assunto, pontifica:

“Durante o estágio probatório o nomeado já tem garantias


quanto à efetividade, quanto à definitividade de sua
investidura, pois não pode ser exonerado ad nutum. É
pacífico, na doutrina e na jurisprudência, o entendimento
de que referida exoneração só tem lugar diante da
comprovação dos motivos ensejadores do desfazimento por
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essa via, da relação jurídico-funcional entre o nomeado e o


Estado.”

Já o insigne Helly Lopes Meirelles, ao tratar do estágio probatório, nos


ensina que o servidor não satisfazendo as exigências legais, poderá ser exonerado de
forma justificada pelos dados colhidos, independente de processo disciplinar. Pode ser
instaurada uma sindicância, desde que lhe seja dado o amplo de direito de defesa.
Sobre o tema, a título de ilustração, trago à baila o pontifício do mestre,
que na obra “Direito Administrativo Brasileiro”, 17ª ed.,São Paulo: Malheiros,
1994, p. 383 e 384, assevera, verbis:

“Se a Administração não podesse exonerar o servidor em fase


de observação, nenhuma utilidade teria o estágio probatório,
criado precisamente para se verificar, na prática, se o
candidato à estabilidade confirma aquelas condições teóricas
que demonstrou no concurso”.

Linhas adiante, o mestre complementa seu raciocínio, afirmando, verbis:

“Somente quando se conjugam os requisitos teóricos de


eficiciência com as condições concretas de aptidão prática
para o serviço público, no estágio experimental, é que se
titulariza o funcionário no cargo (...)”.
Daí por que o servidor fica sujeito a exoneração, durante o
estágio probatório, desde que se comprove
administrativamente sua incapacidade ou inadeguação para o
serviço público (...)”.

Portanto, a circunstância do servidor estagiário não reunir as condições


legais para desempenhar o cargo, é aferível por simples sindicância ou apuração
administrativa interna (na Polícia Civil do Estado), mas desde que lhe seja assegurado
o amplo direito de defesa. Nesta linha de raciocínio, não há necessidade da
instauração de PAD para exonerar o servidor em estágio probatório.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BASTOS, Celso Ribeiro. Cadernos de Direito Constitucional. Revista dos Tribunais.


São Paulo: Ano II, nº 6, janeiro/março de 1994.

CAMMAROSANO, Márcio. Provimento de Cargos no Direito Brasileiro. São Paulo:


ed. Revista dos Tribunais, 1984.

FERREIRA, Wolgran Junqueira. Comentários ao Regime Jurídico Único dos


Servidores Públicos Civis da União. Bauru: Edipro, 1993.
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MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Ed.
Malheiros, 1999.

PIETRO, Maria Sylvia Di. Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Atlas, 11º ed, 1999.

GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Saraiva, 4º edição,


1995.

SUNDFELD, Carlos Ari. Estágio probatório do servidores públicos. Boletim de


Direito Administrativo, julho/1993.

RIGOLIN, Ivan Barbosa. Comentários ao Regime Único dos Servidores Públicos


Civis. 4ª edição atual. e aum.- São Paulo: Saraiva, 1995.

MEIRELLES, Helly Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 17ª edição atual.São


Paulo: Malheiros, 1995.

PESSOA, Robertônio. Curso de Direito Administrativo Moderno. Brasília: Consulex,


2000.

FIGUEIREDO, Lúcia do Valle. Curso de Direito Administrativo. 3ª edição. São


Paulo: Malheiros, 1998.

A Constituição na visão do Tribunais: interpretação e julgados artigo por artigo.


Brasília: Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Gabinete da Revista. São Paulo:
Saraiva, 1997.

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