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África em movimento:

Desafios e oportunidades

Deivison Nkosi - FASB


Deivison Nkosi
Deivison Nkosi
Africa pós colonial

• mapa
Deivison Nkosi
Mudanças visíveis
“Deixaram de existir placas nos trens que percorriam o Congo indicando
bancos específicos para os africanos. Os avisos nos clubes do Quenia
informando ingresso exclusico para europeus desapareceram. Pontes,
estradas e cidades foram rebatizadas com topôminos locais, um dos quais
multiplos exemplos de uma política de reafricanização empenada em
apagar os traços da dominação ocidental” (CERRANO, 2010)
Deivison Nkosi
Mudanças visíveis

Cidade de Tshwane (Pretória)


Deivison Nkosi

Statue of Andries Wilhelmus Jacobus Pretorius (1798 –1853) in Pretoria –


Photo Deivison Nkosi Grupo Kilombagem - 2010
Deivison Nkosi

Photo Deivison Nkosi Grupo Kilombagem - 2010


Deivison Nkosi

Photo Deivison Nkosi Grupo Kilombagem - 2010


Deivison Nkosi
Mudanças visíveis

Presença negra nas novelas:


• http://www.youtube.com/watch?v=F32Anbaz7Uw
Deivison Nkosi
Nações e línguas
Deivison Nkosi
Neocolonialismo
Deivison Nkosi
Neocolonialismo
“…de modo geral, a maior parte das novas nações
independentes passou a ser gerenciada por um “modelo
liberialno”. Isto é, uma elite africana, geralmente originária
dos segmentos que no periodo colonial mantiam maior
contato com os europeus, assumindo o papal de testa de ferro
dos interesses forâneos, atuando como reprodutores por
excelencia dos padrões culturais oruindos das ex-metrópoles.
Desse modo o antigo colonialismo terminou substituído por
um sucedâneo mais sutil, todavia não menos nocivo: o
neocolonialismo” (CERRANO, 2010)
Deivison Nkosi
Neo colonialismo:
A nova metrópole
“Recorrendo à chamada “diplomacia do dólar”, os governos norte-
americanos procuraram, a princípio, influenciar os estados
africanos, condicionando sua inclusão em programas de ajuda
econômica e militar à concessão de privilégios para a operação de
empresas estadunidenses nestes países e ao alinhamento
diplomático e militar com Washington. Em outros casos,
assessorou, treinou, financiou e armou grupos de oposição, golpes
de estado e movimentos separatistas contra governos de
orientação antineocolonialista, algumas vezes, em parceria com as
antigas metrópoles colonizadoras. Além disso, desenvolveu uma
política permanente de apoio aos regimes racistas da antiga
Rodésia até 1980 e da República Sul Africana até 1994, que atuaram
como fatores de desestabilização econômica e militar dos estados
africanos independentes da África Meridional”. (Munis Ferreira)

http://www.smec.salvador.ba.gov.br/documentos/africa_contemporanea.pdf
Deivison Nkosi
Neolocolonialismo
Rivalidades intra-africanas

• O acirramento das rivalidades intra-africanas inviabilizou a


cooperação e o desenvolvimento do comércio entre os países do
continente, deteriorou as bases já frágeis da união continental e,
em vários países, desorganizou a economia e dilapidou as riquezas
naturais. (Munis Ferreira)

http://www.smec.salvador.ba.gov.br/documentos/africa_contemporanea.pdf
Deivison Nkosi
Neocolonialismo
Conflitos internos (Estudo de caso 1 As “guerras tribais”)

“Com o apoio irrestrito do governo sudanês, a Frente Islâmica Nacional, a


população negra do Oeste do País está sendo completamente dizimada de
forma brutal e selvagem por milícias racistas conhecidas como os
Janjaweed. Em pouco tempo estas milícias mataram mais de 400 mil
zurgas, tradução mais próxima de “crioulo”, e expulsaram mais de 2
milhões de suas residências. A limpeza étnica chegou a tal ponto que
quase não há mais negros na região para continuar o genocídio. Todas as
casas já foram queimadas, as mulheres estupradas e mortas, assim como
os homens e crianças. As mulheres que sobreviveram, foram “apenas”
estupradas para levar no ventre a “semente árabe” e evitar dessa forma
uma nova proliferação dos zurgas. Os janjaweed são financiados pelo
governo de Darfur, capital do Sudão, contando com equipamento bélico
suficiente para matar milhões de negros.”
http://www.pco.org.br/conoticias/negros_2006/20out_sudao.htm
Deivison Nkosi

Sudan's President Omar Hassan al-Bashir. Photograph: Toru Hanai/Reuters


Deivison Nkosi

IDPs in a Sudanese camp, Darfur 2009 - Picture: UNAMID - Albert Gonzalez Farran
Deivison Nkosi
Neocolonialismo
Conflitos internos (Estudo de caso 2: As “Guerras Tribais”)

• Guerra civil Angola (1975-2002)


Deivison Nkosi
Neocolonialismo
Conflitos internos (Estudo de caso 2: As “Guerras
Tribais”)
Guerra civil Angola (1975-2002)
• importantes reservas de petróleo, gás e diamantes de África
Deivison Nkosi
Neocolonialismo
• Manutenção de posição econômica subordinada
(voltada pra exportaçao de commodities)

Camponeses no Kenia
Deivison Nkosi
Neocolonialismo
Presença dominante do capitalismo internacional
• Peixe na Tanzânia – Irlandeses (envolvidos com tráfico de
armas)
• Petróleo no Camarões – Banco Mundial e Exxon
• Comunicações – ITT (Empresa estadunidense envolvida com o
nazismo)
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Neocolonialismo
Estudo de caso
• A indústria e comércio sul-africanos (O aparthaid contínuo?)
Deivison Nkosi

África do Sul – Comécio exclusivamente comandado por indiano e paquistanes


Fábrica da Mercedes em Pretória – Africa do Sul
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Photo Deivison Nkosi Grupo Kilombagem - 2010


Industria automotiva – Pretória: África do Sul
Deivison Nkosi

Photo Deivison Nkosi Grupo Kilombagem - 2010


Industraia automotiva – Pretória África do Sul
Deivison Nkosi

Photo Deivison Nkosi Grupo Kilombagem - 2010


Industraia automotiva – Pretória África do Sul
Deivison Nkosi

Photo Deivison Nkosi Grupo Kilombagem - 2010


Deivison Nkosi Agronegócio - Mahikeng - África Do Sul -
Deivison Nkosi

(Township in Soweto):
Deivison Nkosi
Neocolonialismo
Conflitos internos (Estudo de caso 3: Fela Kuti)

http://www.youtube.com/watch?v=oMqUpODyBk8
A reestruturação produtiva
Deivison Nkosi
A III revolução industrial e a posiçao da África na Divisão
Internacional do Trablaho
• Transições no padrão industrial
– Intensificação da exploração do trabalho (automação e auta-
tecnologia)

“Como resultado, toda uma geração de indústrias surgidas quando da


chamada Se gunda Revolução Industrial, no final do século XIX, foi
substituída por outra, alicerçada na automação e na produção de
artigos de alta tecnologia. Com isto, acentuou-se a subalternidade
econômica dos países africanos no comércio mundial, através da
perda de relevância relativa de suas importações, da
sobrevalorização dos produtos exportados pelos países
industrializados no comércio bilateral, aumentando também
abismo que separa as precárias economias do continente das
indústrias high tech do mundo desenvolvido” (Munis Ferreira)

http://www.smec.salvador.ba.gov.br/documentos/africa_contemporanea.pdf
A reestruturação produtiva
Deivison Nkosi
A III revolução industrial e a posiçao da África na Divisão
Internacional do Trablaho
• Transições no padrão industrial mundial
– Intensificação da exploração do trabalho
(automação e auta-tecnologia)
– Maior dependência ao capital financeiro

“Desta maneira, os países africanos, já excluídos do centro dinâmico da


economia mundial pelo monopólio tecnológico dos países centrais,
descobrem-se também excluídos dos créditos e financiamentos e
com uma dívida a pagar.” (Munis Ferreira)

http://www.smec.salvador.ba.gov.br/documentos/africa_contemporanea.pdf
A reestruturação produtiva
Deivison Nkosi
A III revolução industrial e a posiçao da África na Divisão
Internacional do Trablaho
• Transições no padrão industrial mundial
– Intensificação da exploração do trabalho (automação
e auta-tecnologia)
– Maior dependência ao capital financeiro

“O resultado prático deste elenco de adversidades tem sido dramático para o


continente africano. A participação do continente na economia mundial é,
atualmente, inferior a 2%, tendo o volume de sua interação comercial com
o restante do mundo declinado 40% no decorrer do período 1980-2000. A
dívida externa africana atinge 315 bilhões de dólares, mais que o triplo do
total de sua receita anual de exportações. A renda per capit a africana caiu
20% desde 1980, passando, na África subsaariana, de US$ 752 a US$ 641.
Os investimentos diretos estrangeiros na África correspondem a menos de
5% do total obtido pelo Terceiro Mundo” (Munis Ferreira)

http://www.smec.salvador.ba.gov.br/documentos/africa_contemporanea.pdf
Deivison Nkosi
Desafios e oportunidades:
O Renascimento Africano
Deivison Nkosi
Desafios e oportunidades:
O Renascimento Africano
“A União Africana (UA) surge num contexto diferente (da
OUA). Trata-se de uma fase caracterizada pela
eliminação das últimas sobrevivências coloniais no seio
do continente — o regime racista da África do Sul,
desmantelado em 1994 -; da pacificação de sociedades
dilaceradas por décadas por destrutivas guerras civis,
como Angola e Moçambique; dos avanços democráticos
materializados na remoção de velhos ditadores do poder
como Mobuto e da emersão de novas lideranças
regionais, como os dirigentes sul-africanos. Nesta
atmosfera estão dadas as condições substancialmente
favoráveis para a construção de novos consensos
políticos continentais, para uma maior convergência
diplomática e cooperação econômica.” (Munis Ferreira)

http://www.smec.salvador.ba.gov.br/documentos/africa_contemporanea.pdf
Deivison Nkosi
Desafios e oportunidades:
O Renascimento Africano

• Diásporas Africanas
• Alteração da atual Divisão Internacional do Trabalho
– Relação comercial subordinada(FMI, Banco Mundial, OMC, NFTA,
Mercosul etc)
• Desenvolvimento sustentável
• Estabelecimento de sistemas políticos democráticos
• Re-africanização da África
• Relações de gênero
• O combate ao HIV e outras doenças já erradicadas em outras
partes do mundo
Deivison Nkosi
Desafios e oportunidades:
O Renascimento Africano

A RECONSTRUÇÃO- Estudo de caso 4 (Angola pós guerra)


http://www.youtube.com/watch?v=T64t9FA8bvQ
Deivison Nkosi
Desafios e oportunidades:
O Renascimento Africano
Deivison Nkosi
Desafios e oportunidades:
O Renascimento Africano

“…podemos construir uma nova África.


Temos algumas possibilidades sobretudo no
campo das indústrias culturais. Temos os
investigadores, os inventores, os produtures,
os criadores no plano da música, da dança,
das artes plásticas, do teatro, da vida em
comum, da convivência, do cuidado com os
mais fracos, do gerenciamento original do
ambiente, da relação com a saúde e com a
morte, com os antepassados, com o amor,
com a gestão de conflitos…” (Ki Zerbo 2006)
Deivison Nkosi
Desafios e oportunidades:
O Renascimento Africano

• Celebração do Kwanza – Johanesburg – África do Sul

http://brotherbuntu.blogspot.com/2007/12/south-african-basis-for-kwanzaa.html
Deivison Nkosi
Desafios e oportunidades:
O Renascimento Africano
Deivison Nkosi

Internet gratuita nas praças de Cabo Verde


Deivison Nkosi
Desafios e oportunidades:
O Renascimento Africano
O continente mais abundante da terra

Petrolífera em Angola
Deivison Nkosi

Capital chinês na Barragem de Poilão – Cabo Verde


Deivison Nkosi

O continente mais fertil de todos


Deivison Nkosi Pan Africanismo sec XXI
Deivison Nkosi
sdeivison@kilombagem.org

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