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RESUMO
Referência
Apresentação Oral
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ABSTRACT
The school mapping has been established in the interface mapping, education and geography.
According to the National Curricular Parameters of Geography (BRAZIL, 1998) "In each image or
symbolic representation, the links with location and with other people, all the time, consciously or
unconsciously, guiding human actions." Thus, this study aims to consider the application of the
methodology to construct the model of the State of Paraná (scale 1:10.000) and its use for the teaching
of cartography in the series of basic education and / or medium. Through the model, the student may
make comparisons of size, interpret maps and photos, in addition to the reading of three-dimensional
representation, ie the three dimensions of the plan (X, Y and Z), width, height and length. Emphasized
the importance of building these content and cartographic teaching in direct line-specialist teacher and
teacher-student, to prevail on the technical design of the teacher who produces and uses its knowledge
and experiences geared to their work in the classroom.
Oral Explanation
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1. Introdução
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de História e Geografia o aluno deve ser capaz
de “perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus
elementos e as interações entre eles” (BRASIL, 1997).
Entre os recursos citados, o que possui maior ênfase é a Cartografia. Por meio da linguagem
cartográfica os estudantes podem compreender informações sintetizadas, expressar conhecimentos e
estudar situações específicas.
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Em pesquisas anteriores (MORAIS, 2008) constatamos que a forma mais usual de trabalho
com a linguagem cartográfica na escola é através da copia de mapas, memorização de informações e
atividades de colorir mapas. Os PCNs de História e Geografia alertam que essa compreensão de
aprendizagem não garante que os estudantes desenvolvam habilidade para ler mapas, representar o
espaço e adquirir autonomia.
A construção de maquetes tem o objetivo principal de fazer com que o educando compreenda
o espaço tridimensional representado por elas, estabelecendo diferenças entre o bidimensional do
mapa e as três dimensões da maquete. As maquetes, neste contexto, aparecem como um recurso de
ensino para o professor, ao permitirem em sua construção o desenvolvimento da noção de
proporcionalidade no ensino da Geografia, bem como noções de altura, profundidade, direito,
esquerdo, frente, atrás, além do aprimoramento de habilidades psicomotoras. É uma forma de registrar
a superfície terrestre de forma reduzida, como na escala de um mapa. Ao observar a maquete
(concreto) os alunos são estimulados a reconhecer especificidades comuns ao conhecimento deles e
desenvolvem sua alfabetização cartográfica.
A criação de maquete por parte dos alunos poderá solucionar o problema da dificuldade na
interpretação de mapas físicos, com representação de altimetria, batimetria, através de cores
hipsométricas, pois o “abstrato” bidimensional do mapa torna-se “real”, nas três dimensões da
maquete (largura, altura e comprimento).
c) Não exige compreensão de relações matemáticas de medida para entender que se trata de uma
redução (uma miniatura);
d) Há, mesmo na forma tridimensional que se aproxima do real, uma eleição de símbolos para
representar os objetos e uma seleção dos mesmos, resultando em um certo grau de generalização,
que é aspecto fundamental da cartografia;
e) Projeta o sujeito para fora do contexto espacial no qual está inserido permitindo-lhe primeiro
estabelecer relações espaciais entre a posição do seu corpo e os elementos da maquete; depois,
com seu deslocamento em torno da maquete, assume perspectivas diferentes e é forçado a se
descentrar para estabelecer relações espaciais entre os elementos na maquete e não mais em
relação ao próprio corpo. (ALMEIDA, 1994, p.71-72).
Foi utilizado como base metodológica para construção da maquete do estado do Paraná o autor
Malanski (2007), referenciado nos autores Simielli (1991) e Almeida (2004).
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Na escolha da espessura das placas de isopor deverá ser levada em conta a escala vertical
pretendida para o modelo tridimensional, uma vez que tal escala será dada pela relação d/D = 1/T,
onde a espessura da folha será representada por “d” e a eqüidistância das curvas de nível será
representada por “D”.
A construção da maquete pode ter diferentes materiais como o papelão e placas de papel jornal
reciclado na substituição das placas de isopor, ressaltando a concepção da importância do
reaproveitamento de materiais, em sala de aula.
Adotaremos a espessura das placas de papelão, similares a de isopor de 5mm (0,5cm). A
eqüidistância das curvas de nível do mapa topográfico do Estado do Paraná é de 200m (20.000cm).
Desse modo, aplicando-se a relação escalar, a escala vertical de nosso modelo será de 1/40.000, onde
1cm representará 40.000cm, ou 400m de altitude do terreno real.
O papel carbono foi intercalado entre o papel vegetal com as curvas de nível e a placa de
papelão. Para demarcar as curvas de nível na placa de isopor, foi utilizado um alfinete com cabeça,
para perfurar todo o contorno de uma curva na placa. Uma após outra, todas as curvas de nível do
mapa topográfico foram demarcadas, cada qual, em uma placa de papelão diferente.
No terceiro passo, as placas papelão foram recortadas seguindo a linha das curvas de nível.
Para o recorte, foi utilizado tesoura com ponta. Outros instrumentos podem ser utilizados, tais como
estiletes, tesouras sem ponta e facas.
As curvas de nível recortadas foram coladas utilizando cola branca. A placa que correspondia
a curva de nível mais baixa foi a base para colar as outras, gradativamente da menor para a maior
altitude.
Como primeira etapa do processo de acabamento, as curvas de nível coladas foram cobertas
com massa corrida. Foi necessário sobrepor mais de uma camada de massa corrida para recobrir
totalmente o modelo. Após a secagem do material, lixou-se suavemente para dar uniformidade ao
acabamento. O objetivo dessa técnica é transmitir a idéia de continuidade do relevo, e suavizar os
traços da maquete, aproximando-se assim a maquete do espaço real representado, e deixando-a com
aparência mais “natural”. Para isso, a massa não deve ser aplicada em excesso, de modo a não alterar
as escalas.
6º) Acabamento
A segunda etapa do acabamento consistiu na pintura da maquete. Foi utilizada a tinta acrílica
devido a sua propriedade de não agredir a massa corrida. A primeira mão de tinta aplicada foi da cor
branca, para servir de base uniforme às outras, selecionadas a partir do tema da maquete: bacias
hidrográficas do estado do Paraná.
7º) Suporte
Foi utilizada como suporte para a maquete uma placa feita com papelão mais duro e resistente.
Além de dar maior sustentabilidade à maquete, o suporte contribui esteticamente, finalizando o
acabamento, e servindo de local para a legenda, fonte, título, orientação e autor.
em algumas crianças. Por isso recomendamos que o ambiente de trabalho seja arejado, bem ventilado
e organizado, com supervisão adequada de responsáveis.
4. Considerações Finais
Algumas observações podem ser feitas após pesquisa nas orientações legais (Parâmetros
Curriculares Nacionais de Geografia - PCNs). Apesar da Cartografia Escolar ser mencionada como
conteúdo a ser ensinado na Geografia, pouco se menciona sobre a questão do trabalho conjunto dos
conceitos cartográficos e outros conteúdos da disciplina. A cartografia, não deve ser compreendida
como um tema a ser ensinado de forma isolada e sem contextualização. Bem como um de seus
recursos, a utilização de maquetes.
A maquete não pode ser considerada como auto-explicativa e nem deve ser trabalhada
separadamente de outros conteúdos e disciplinas na escola. Esse equívoco, comum de muitos
professores, transforma o espaço de trabalho com maquetes, em momentos de educação artística, de
descontração frente aos conteúdos considerados “formais” das aulas ou disciplinas, de entretenimento
pela utilização de instrumentos diferenciados das práticas escolares, como tinta, papelão, canetinhas,
cola, etc. Em outros casos, apenas as noções básicas da Cartografia presentes na maquete são
mencionadas: escala, localização, etc.
Apontamos algumas noções e fenômenos espaciais que podem ser trabalhados com auxílio de
maquetes: posicionamento, distância, quantidades, recurso para compreensão das representações
planas (2D), entre outros. É, sem dúvida, interessante recurso didático para o desenvolvimento e
domínio dos conceitos espaciais, e de suas representações em diversas escalas. A análise que o aluno
pode fazer do espaço, dos fenômenos sociais que o perpassam para, a partir disso, se posicionar
criticamente e desenvolver os meios para a transformação social (SANTOS, 1994).
A maquete desenvolvida teve como elaboração a reutilização de materiais como o papel jornal
e o papelão, tornaram oportuna a aquisição de outros materiais em maior quantidade, sobretudo pela
economia da compra das placas de isopor.
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5. Referências Bibliográficas
ALMEIDA, R.D. Uma proposta metodológica para a compreensão de mapas geográficos. Tese de
Doutorado. Faculdade de Educação. USP. São Paulo. 1994.
CASTROGIOVANNI, A. C, et al. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre, 2003.
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MORAIS, C.C. “Concepções e práticas docentes sobre o ensino do Lugar na Geografia Escolar.
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SANTOS, Milton. Metamorfoses do Espaço Habitado. 5ª. ed. São Paulo: Hucitec, 1997.
STRAFORINI, R. Ensinar Geografia: o desafio da totalidade – mundo nas séries iniciais. São Paulo:
Annablume, 2004.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 3ª. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.