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EXCELENTSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA AUDITORIA MILITAR DA COMARCA DE PORTO VELHO, RONDNIA.

Processo n 000.0000.000000-0

J. P. DE C., j qualificado nos autos do processo criminal em epgrafe, que lhe move a Justia Pblica, vem muito respeitosamente presena de Vossa Excelncia, via Defensoria Pblica, dentro do prazo legal, apresentar RESPOSTA ACUSAO, Com fundamento no artigo 396 do Cdigo de Processo Penal, pelas razes de fato e de direito a seguir expostas: I DOS FATOS

Segundo a denncia, no dia 28 de dezembro de 2004, por volta das 04h, o denunciado, recluso na poca dos fatos, em conjunto com outros presidirios, danificou, durante tentativa de fuga, a estrutura do presdio Urso Panda . Em razo disso, o Ministrio Pblico ofertou denncia contra o acusado, pois estaria incurso nos tipos previstos no artigo 163, pargrafo nico, inciso III, do Cdigo Penal, cumulado com o artigo 29 do mesmo diploma legal. II DO DIREITO

Entrementes, a respeitvel denncia no merece prosperar, pois no possui amparo legal. De acordo com a denncia, o dano ao patrimnio pblico ocorreu durante tentativa de fuga do presdio Urso Panda .

No entanto, quando o dano ocorre na hiptese acima relatada, no incorre o agente no tipo penal previsto no artigo 163 do Cdigo Penal, pois no houve inteno de lesionar o patrimnio do ofendido. O entendimento: "Inexiste crime de dano se o preso destri, inutiliza ou deteriora os obstculos materiais consecuo da fuga, porque ausente o dolo especfico, ou seja, o propsito de causar prejuzo ao titular do objeto material do crime" (REsp 661.904/RS, Rel. Ministro PAULO MEDINA, SEXTA TURMA, julgado em 11.04.2006, DJ 22.05.2006 p. 256). Portanto, Excelncia, no h como imputar ao denunciado o crime de dano, pois o entendimento jurisprudencial aponta para a inexistncia do crime. Destarte, faz-se imperiosa a absolvio sumria do ru, pois o fato narrado, evidentemente, no constitui crime. Ex positis , requer seja absolvido o ru, com base no artigo 397, III, do Cdigo de Processo Penal, como medida da mais ldima justia. Subsidiariamente, caso Vossa Excelncia entenda de forma diversa, requer seja notificas e ouvidas as mesmas testemunhas arroladas pelo Ministrio Pblico. Superior Tribunal de Justia corrobora o

Nestes termos, pede deferimento.

Porto Velho, 29 de junho de 2009.

L. R. de A. F. Defensor Pblico

Leonardo Castro Assessor de Defensor

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