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L i s b o a
2 0 0 2
Este relatório refere-se a um estágio curricular da licenciatura
em Química Aplicada ramo Biotecnologia da Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa realizado, sob a
orientação do Dr. José Manuel Gaspar Nunes da Costa, no Serviço de
Química Alimentar e Toxicologia do Departamento de Higiene
Pública do Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (LNIV),
com um breve período no BPL do Laboratório de Microbiologia do
Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET).
R e s u m o
1 Introdução.....................................................................................13
1.1 A Emergência dos OGM..........................................................13
1.2 Definições...............................................................................17
1.3 Legislação sobre OGM............................................................19
1.4 Métodos de Pesquisa de OGM.................................................23
1.4.1 Statu Quo da Normalização e Validação dos Métodos......23
1.4.2 PCR vs. ELISA....................................................................24
1.4.3 Fundamento do Método Adoptado....................................26
2 Procedimento Experimental..........................................................31
2.1 Advertências...........................................................................31
2.2 Reagentes e Equipamento......................................................32
2.3 Amostras e Padrões................................................................33
2.4 Preparação das Amostras.......................................................34
2.4.1 Moagem/Homogeneização em Stomacher.......................34
2.4.2 Pesagem...........................................................................34
2.5 Extracção/Purificação de DNA.................................................35
2.5.1 Método CTAB....................................................................35
2.6 Avaliação da Integridade e Concentração do DNA..................37
2.6.1 Electroforese do DNA Extraído.........................................37
2.6.2 Captura de Imagem dos Géis Obtidos..............................38
Coloração do Gel com Solução de Brometo de Etídeo...........38
Aquisição e Registo da Imagem Fotográfica do Gel...............38
2.6.3 Diluições...........................................................................38
2.7 Controlo da Amplificabilidade do DNA e da Inibição pela Matriz
39
2.7.1 PCR de DNA de Cloroplasto..............................................39
2.7.2 Electroforese dos Produtos de Amplificação.....................41
2.7.3 Captura de Imagem dos Géis Obtidos..............................42
2.8 Pesquisa do Promotor CaMV 35S............................................43
2.8.1 PCR do Promotor CaMV 35S..............................................43
2.8.2 Electroforese dos Produtos de Amplificação.....................43
2.8.3 Captura de Imagem dos Géis Obtidos..............................43
2.9 Pesquisa do Terminador NOS..................................................44
2.9.1 PCR do Terminador NOS...................................................44
2.9.2 Electroforese dos Produtos de Amplificação.....................44
2.9.3 Captura de Imagem dos Géis Obtidos..............................44
3 Resultados.....................................................................................47
3.1 Avaliação da Integridade e Concentração do DNA..................47
3.2 Controlo da Amplificabilidade do DNA e da Inibição pela Matriz
49
3.3 Pesquisa do Promotor CaMV 35S............................................50
3.4 Pesquisa do Terminador NOS..................................................51
4 Discussão......................................................................................55
5 Bibliografia....................................................................................63
Introdução
1 I n t r o d u ç ã o
1
Definida pela OCDE como "a aplicação da ciência e tecnologia a organismos
vivos bem como a partes, produtos ou modelos deles provenientes, para alterar
material vivo ou não-vivo para a produção de conhecimento, bens e serviços" [3].
Vide também a definição apresentada nos glossários das referências 4 e 5.
13
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
14
Introdução
2
Bacillus thurigiensis é uma bactéria do solo que produz toxinas contra insectos
(principalmente dos géneros Lepidoptera, Diptera e Coleoptera). São usadas
preparações de Bt na agricultura biológica como insecticida [5].
15
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
16
Introdução
1.2 Definições
3
Documento em que se definem "trabalhos que envolvem o ADN recombinante"
como "a formação de novas combinações de materiais genéticos pela inserção de
moléculas de ácido nucleico, produzido exteriormente à célula seja por que
processo for, no interior de qualquer vírus, plasmídeo bacteriano ou sistema
vectorial, de forma a permitir a sua incorporação num organismo hospedeiro no
interior do qual não aparecem de forma natural, mas onde podem multiplicar-se
de forma contínua."
4
«Técnicas referidas no nº 2 do artigo 2º. Parte 1. As técnicas de modificação
genética referidas no nº 2, alínea a), do artigo 2º, são, nomeadamente:
1) Técnicas de recombinação de ácidos nucleicos que
envolvam a formação de novas combinações de material genético
através da inserção de moléculas de ácidos nucleicos em vírus,
plasmídeos de bactérias ou outros vectores, independentemente do
modo como sejam produzidas fora do organismo, e respectiva
incorporação num organismo hospedeiro em que não ocorrem
naturalmente mas onde poderão continuar a ser propagadas;
2) Técnicas, incluindo a micro-injecção, a macro-injecção e o
micro-encapsulamento, que envolvam a introdução directa num
organismo de material geneticamente transmissível preparado fora
desse organismo;
3) Técnicas de fusão celular (incluindo a fusão protoplástica)
ou de hibridação em que células viáveis com combinações novas de
material geneticamente transmissível sejam formadas através da
fusão de duas ou mais células através de meios ou métodos que
não ocorrem naturalmente.»
17
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
5
Na Directiva 90/220/CEE [41] e na definição incluída no glossário da
Recomendação 97/618/CE da Comissão [44] ainda não existia a exclusão explícita
do ser humano na definição de OGM (introduzida, provavelmente, para ressalvar
os doentes tratados por terapia genética).
6
O método de transformação é maioritariamente (64%) o uso de plasmídeos
modificados de Agrobacterium tumefaciens, que actua como vector [6].
18
Introdução
7
Em Portugal, da transposição das Directivas 90/219/CEE [45] (acerca do uso
confinado de microrganismos geneticamente modificados) e 90/220/CEE [41]
resultou o Decreto-Lei nº 126/93, de 20 de Abril [46], que regula a utilização e
comercialização de organismos geneticamente modificados. Esse Decreto-Lei
refere-se apenas à utilização e comercialização de OGM e foi posteriormente
regulamentado pela Portaria nº 751/94, de 16 de Agosto [47], que estabelece as
regras a que devem obedecer as notificações para a libertação deliberada no
ambiente e colocação no mercado de OGM, bem como a notificação da colocação
no mercado de produtos que contenham esses organismos. O Decreto-Lei nº
126/93 [46] foi ainda alterado pelo Decreto-Lei nº 63/99, de 2 de Março [48], que
corrige algumas lacunas e obriga o notificador a pagar taxas. O Decreto-Lei nº
172/98, de 25 de Junho [49] resulta da transposição da Directiva 97/35/CE, de 18
de Junho [50], que altera o Anexo III da Directiva 90/220/CEE [41], que passou a
exigir que todos os produtos colocados no mercado que contenham OGM sejam
objecto de rotulagem. Aquele documento legislativo transpõe o Anexo, corrigindo
algumas incorrecções e acrescenta anexos que estavam em falta na Portaria nº
751/94, de 16 de Agosto, relativa à notificação da libertação deliberada no
ambiente de organismos geneticamente modificados [47].
19
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
8
Em 1999, devido à crise das borboletas monarca e do milho Bt (vide ponto 1.1),
assistiu-se ao endurecimento da legislação concernente aos OGM mesmo pelo
Japão, país que abraçou a biotecnologia agrícola de forma quase tão efusiva
quanto os Estados Unidos e alguns países da América Latina [55].
9
A "presença adventícia" é definida como "uma presença em baixo nível,
tecnicamente inevitável e não intencional (por exemplo vestígios de produtos GM
encontrados em cargas de produtos similares convencionais resultantes da
mistura de ambos)" [4].
20
Introdução
21
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
10
A forma como os inquéritos são levados a cabo e as conclusões que deles se
retiram têm, no entanto, sido postas em causa por autores envolvidos no
processo de sondagem de opinião dos consumidores acerca da utilização da
biotecnologia na alimentação [65].
22
Introdução
23
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
11
Geralmente genes de resistência a antibióticos. A utilização de tais marcadores
tem levantado preocupação sobre a possibilidade de a resistência a antibióticos
ser transferida para estirpes sensíveis, aquando da libertação dos OGM no
ambiente (a presença do gene blaTEM-1 – que codifica para uma β-lactamase – no
genoma cromossómico do milho da Novartis desencadeou debates na UE sobre os
riscos para a saúde humana da possível transferência desse gene para a
microflora intestinal, como consequência do seu uso na alimentação animal ou
humana), apesar de tal possibilidade ser ínfima (a frequência de transferência de
genes marcadores de resistência a antibióticos é de 10-13 a 10-18). A avaliação dos
riscos do uso dos genes de resistência a antibióticos é feita durante o processo de
aprovação da libertação de OGM no ambiente, de acordo com o procedimento
estipulado no Anexo II da Directiva 90/220/CEE [41]. A presença de genes de
resistência a antibióticos em plantas transgénicas tem reforçado, desde finais de
1996, a fraca aceitação dos OGM pela opinião pública e levou a que, em 1999, a
utilização de tais genes como marcadores em plantas para consumo humano ou
animal fosse banida na Europa [71]. A preocupação com o uso de genes de
resistência a antibióticos veio fomentar a investigação sobre eliminação de
marcadores moleculares em espécies GM [72, 73].
24
Introdução
12
Esta segunda fase é desnecessária se apenas fôr pretendido determinar se
dado alimento contém ou não OGM, não sendo requerida uma identificação dos
OGM eventualmente presentes na amostra.
13
Enzime-linked immunosorbent assay.
25
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
14
Como no caso do tomate Flavr Savr™ da Calgene, em que se recorre à
antisense RNA technology: ao ser transcrito, o gene introduzido hibrida com o
mRNA que codifica para uma enzima envolvida no processo de senescência (a PG,
poligalacturanase, que degrada a pectina, um dos principais componentes da
parede celular do fruto), impedindo-o de ser traduzido, o que reduz para 10% do
normal a produção da enzima, aumentando o tempo de conservação do tomate e
proporcionando aos consumidores o sabor de um tomate colhido maduro [79] (a
maioria dos tomates convencionais são colhidos verdes para facilitar o seu
transporte e são amadurecidos artificialmente, recorrendo a etileno para lhes
conferir a cor vermelha [6]). Neste caso, o objectivo é a produção de um RNA
complementar à cadeia sense (daí o nome "tecnologia antisense"), não havendo
produção de proteína transgénica [80, 81]. O OGM discutido foi o primeiro
alimento GM a ser posto no mercado e a segunda aprovação da FDA (U.S. Food
and Drug Administration) para um produto biotecnológico usado na alimentação
(a primeira foi para a quimosina – um agente de coagulação do leite –, para a
produção de queijo) [82]. Um método para a sua detecção por PCR é descrito na
referência 83.
15
O efeito da duplicação deste elemento genético na activação de genes de
plantas e as sequências necessárias para a sua activação são discutidos nas
referências 84 e 85, respectivamente.
26
Introdução
27
28
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Procedimento Experimental
2 P r o c e d i m e n t o E x p e r i m e n t a l
2.1 Advertências
31
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
32
Procedimento Experimental
16
Os padrões de milho Bt-176 e de soja Roundup Ready®, material de referência
certificado, são comercializados pela Fluka. Os padrões de soja Roundup Ready®
a 0 e 2% usados nas sessões laboratoriais a que este relatório se refere eram
material remanescente do ensaio interlaboratorial para validação de um ensaio
imunológico para a detecção e quantificação de soja GM em alimentos em que o
LNIV participou [70], produzido pelo IRMM (Institute for Reference Materials and
Measurments, Geel, Bélgica).
33
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
2.4.2 Pesagem
17
A escolha do dispositivo de redução do tamanho de partículas depende da
natureza da amostra: no protocolo do Wizard® Magnetic DNA Purification System
for Food da Promega [86] recomenda-se o uso de um moinho para café caseiro ou
outros moinhos, como o Mixer Mill MM 200 (Retsch / Brinkmann), para um maior
número de amostras. Alerta-se ainda para ter o cuidado de lavar cuidadosamente
o moinho com detergente e álcool entre cada amostra para evitar contaminação
cruzada.
18
A sua esterilização é feita por calor seco a 170ºC durante 2 h.
34
Procedimento Experimental
19
O método CTAB descrito é uma alteração ao protocolo apresentado na
referência 1. Difere na medida em que os tempos de incubação e as
centrifugações são mais prolongados.
35
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
20
Guardar a -20ºC, no caso de armazenamentos mais prolongados.
36
Procedimento Experimental
21
Preparação do gel: pesar a quantidade apropriada de agarose, juntar o volume
de tampão necessário e levar ao forno de microondas até fundir completamente;
agitar sempre até atingir a temperatura de 50ºC, deitar a solução no tabuleiro,
colocar os pentes e esperar 30 min. para que o gel polimerize, retirando então os
pentes com cuidado (para não partir os poços).
22
Composição da solução de padrão de peso molecular depositada: 16 µl de água
estéril desionizada, 4 µl de tampão de arrastamento e 4 µl de 100 bp DNA ladder.
A solução resultante é conservada a 4ºC.
37
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
2.6.3 Diluições
38
Procedimento Experimental
39
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
24
Oligonucleotídeos iniciadores para lecitina, que geram um fragmento de
amplificação de 118 bp: IVR-1-F – 5'-CCG CTG TAT CAC AAG GGC TGG TAC C-3',
IVR-1-R – 5'-GGA GCC CGT GTA GAG CAT GAC GAT C-3'. Oligonucleotídeos
iniciadores para invertase, que geram um fragmento de amplificação de 226 bp:
IVR-1-F – 5'-CCG CTG TAT CAC AAG GGC TGG TAC C-3', IVR-1-R – 5'-GGA GCC CGT
GTA GAG CAT GAC GAT C-3'.
25
Que é a temperatura óptima da polimerase do DNA termoresistente da bactéria
hipertermófila Thermus aquaticus – a Taq Polymerase [76], usada na maioria das
PCR efectuadas em todo o mundo [89].
40
Procedimento Experimental
41
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
42
Procedimento Experimental
28
À semelhança do que aconteceu na PCR anterior, também a aqui a quantidade
inicial de DNA molde teve de ser aumentada para 7 µl, pelo mesmo motivo.
43
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Resultados
3 R e s u l t a d o s
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5
8 6
47
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Animal
48
Resultados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
16
29
O gel apresentado é uma repetição do gel original em que se depositou um
volume superior de amostra (vide nota de rodapé do ponto 3.6.1) e se omitiu o
controlo da extracção, que se tinha revelado limpo de DNA no primeiro gel
efectuado (dados não apresentados).
49
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Animal
1 2 3 4 5 6 7 8
9
50
Resultados
1 2 3 4 5 6 7 8
9
51
52
53
54
Discussão
4 D i s c u s s ã o
55
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Animal
56
Discussão
31
Facto que não é surpreendente, dada a dependência portuguesa de soja, que o
nosso país importa da Argentina, Brasil e Estados Unidos [8], sabendo-se que os
Estados Unidos da América e a Argentina são os países onde a percentagem de
cultivo de variedades GM daquela cultura é mais significativa e que, apesar de o
Brasil não autorizar a plantação de culturas GM, inúmeros relatórios mencionam
que, em 1999, pelo menos 10% da soja brasileira era GM (as sementes são
importadas de forma fraudulenta da Argentina) [5, 15].
32
O milho Bt-176 da Ciba-Geigy, o milho T25 da AgrEvo, o milho MON 810
(YieldGard®) da Monsanto [17] e o milho Bt-11 da Novartis, segundo dados de
Maio de 2000 [94].
57
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
poderia ter sido feita por uma análise de restrição (digestão dos
produtos de amplificação com endonucleases apropriadas e
obtenção consequente de dois ou mais fragmentos de tamanhos
conhecidos), como proposto na referência 1, por Southern Blot
(recorrendo a sondas de DNA específicas para sequências contidas
em cada um dos fragmentos amplificados) [96-98] ou ainda (para
uma identificação inequívoca) por sequênciação dos fragmentos
obtidos [98]. No entanto, os métodos de confirmação prolongam o
tempo de análise e aumentam o seu custo – factores a ter em conta
em exames de rotina – e tornam-se prescindíveis assim que se
estabeleça a robustez e fiabilidade do método empregue, com
determinado tipo de matrizes.
Os fragmentos de amplificação de ambos os elementos
genéticos pesquisados resultantes da aplicação dos
oligonucleotídeos iniciadores usados neste trabalho rondam os 200
bp mas, no caso de alimentos processados (nomeadamente nos
produtos expandidos), submetidos a um tratamento térmico33
agressivo que degrade os ácidos nucleícos [96], visto a quantidade
e o tamanho médio do DNA presente na amostra ser inferior
(nalguns alimentos, como os óleos ou o chocolate, pode ter-se
apenas quantidades residuais de DNA, para além da presença de
produtos que inibem a PCR), pode ser necessário utilizar-se
oligonucleotídeos iniciadores que giram fragmentos de amplificação
mais curtos34. Em alernativa ou juntamente com a diminiução dos
fragmentos de amplificação, pode recorrer-se a métodos de
extracção de DNA que dêem maior rendimento, como o CTAB, em
detrimento de kits comerciais (como o Wizard® da Promega [99,
78]), que permitem obter DNA de melhor qualidade para a PCR
33
As forças de corte usadas no processamento das matérias-primas e o pH
(sobretudo àcido) são também responsáveis por uma clivagem aleatória do DNA,
reduzindo o tamanho médio dos fragmentos de DNA presentes na amostra.
34
Sequências (3' 5') dos primers para amplificação do promotor CaMV 35S
(amplicon de 123 bp) e do terminador NOS (amplicon de 118 bp) em alimentos
processados:
p35S-cf3 – CCA CGT CTT CAA AGC AAG TGG e p35S-cr4 – TCC TCT CCA AAT GAA
ATG AAC TTC C; HANOS 118-f – GCA TGA CGT TAT TTA TGA GAT GGG e HANOS
118-r – GAC ACC GCG CGC GAT AAT TTA TCC.
58
Discussão
35
Os resultados da aplicação do método discutido tinham já sido apresentados
oralmente no 5º Encontro de Química de Alimentos, realizado entre 8 e 11 de
Maio de 2001 na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica
Portuguesa, tendo sido publicada no respectivo livro de actas a comunicação
"Nunes da Costa, J.M. & Sequeira, A.J. Detecção de Organismos Geneticamente
Modificados em Alimentos para Animais por PCR".
59
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61
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Bibliografia
5 B i b l i o g r a f i a
63
Pesquisa de Organismos Geneticamente Modificados em Alimentação
Animal
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