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DIREITO ADMINISTRATIVO
Peça processual
Indício de Resposta:
Questão 1
O prefeito de um município editou ato normativo estabelecendo normas
para o exercício de comércio na feira de artesanato situada na praça
central da cidade. Para isso, publicou edital de convocação com o fim de
cadastrar e regularizar os ambulantes que poderiam, mediante
autorização, desenvolver o comércio local. Alguns ambulantes que não
foram contemplados com a autorização da administração municipal
ingressaram com ação judicial que objetiva a expedição de alvará
definitivo com o fim de lhes assegurar o direito de continuar exercendo o
comércio, alegando que estão a vários anos na área, tendo por isso,
direito líquido e certo de ali permanecerem.
Em face dessa situação hipotética, discorra fundamentadamente sobre o
direito de a administração municipal adotar as providências anunciadas e
regularizar o comércio na feira de artesanato, bem como sobre eventual
direito de os ambulantes que não foram contemplados com a autorização
seguirem exercendo a sua atividade. Indício de Resposta: Trata-se de
questão que envolve o tema Poder de Polícia Municipal no que se refere a
autorização administrativa. Assim, é cediço na doutrina que o ato
administrativo autorização possui o caráter precário e discricionário, não
há a princípio direito liquido e certo dos ambulantes, por ausência
inclusive dos requisitos da Lei 1533 de 1951. Outrossim, deve-se
demonstrar o conceito de Poder de Polícia e suas características, bem
como o conceito e características da autorização administrativa como ato
administrativo e seus efeitos.
Questão 2
Questão 3
A administração pública decidiu alterar unilateralmente o contrato
firmado com uma empreiteira para a construção de um hospital público,
com vistas a incluir, na obra, a construção de uma unidade de terapia
infantil. As alterações propostas representavam um acréscimo de 15% do
valor inicial atualizado do contrato, tendo a administração assumido o
compromisso de restabelecer por aditamento, o equilíbrio econômico-
financeiro inicial pactuado. Entretanto, a empreiteira contratada recusou-
se a aceitar as alterações propostas, demonstrando desinteresse em
permanecer desenvolvendo a obra.
Em face dessa situação hipotética, pode-se dizer que a Administração
tem o direito de exigir que a empreiteira se submeta às alterações
impostas? Diante da recusa da empresa, que tipo de providência pode a
Administração adotar? Justifique suas respostas. Indício de Resposta:
Trata- se questão que envolve o artigo 65, parágrafo 1 da Lei 8666 de
1993, que por simples leitura envolve a obrigatoriedade do acréscimo do
objeto contratual em até 25 %.
Questão 4
Um indivíduo ingressou com ação de responsabilidade civil contra uma
empresa pública que se dedica à exploração de atividade econômica,
visando o ressarcimento de danos que lhe foram causados em virtude da
mpa atuação da empresa. O autor alega que essa empresa, apesar de se
constituir em pessoa jurídica de direito privado, é entidade integrante da
administração pública, razão pela qual sua responsabilidade é objetiva,
devendo a reparação ocorrer independentemente de ela ter agido com
culpa ou dolo.
Na situação apresentada, é procedente a pretensão do autor da ação?
Justifique sua resposta.
Indício de Resposta: Trata-se de questão que envolve o tema
responsabilidade civil do estado, na forma do artigo 37, parágrafo 6 da
CR, bem como pelo artigo 173 também da CR. Assim, deve-se explicar
que tudo sobre responsabilidade civil do estado e afirmar quando será
precedente a ação e quando não será procedente a pretensão do autor.
Questão 5
Um servidor público civil da União, após responder a processo
administrativo disciplinar, foi absolvido das acusações que lhe eram
impostas. Após essa absolvição, foi proposta ação penal que foi acolhida
pela autoridade judicial. O servidor ingressou, então, com habeas corpus,
no qual pleiteava a anulação do ato do juiz, alegando que as provas
oferecidas na ação penal já haviam sido julgadas e consideradas
inconsistentes na instância administrativa.
INTRODUÇÃO. Este gabarito foi feito a partir de comunicação eletrônica enviada por uma
dedicada aluna, a quem agradecemos, desde já. Assim, eventuais conflitos de informações
e/ou comentários podem ser enviados para o e-mail do autor:
marcelomoura@cursodecisum.com.br.
GABARITO
PRELIMINARMENTE
DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
O reclamante não instruiu a inicial com qualquer prova de que tenha comparecido à
Comissão de Conciliação Prévia, conforme exige o art. 625-D, da CLT. Também não
esclareceu o reclamante se existia algum motivo relevante que justificasse o não
comparecimento ao órgão conciliatório ou até mesmo a inexistência do mesmo (art. 625-D,
par. 3º da CLT).
A exigência legal, seja como condição de procedibilidade da ação, seja como pressuposto
processual, não foi observada pelo reclamante. Assim, requer o reclamado a extinção do
processo, sem resolução de mérito, por não preenchida uma condição da ação, com base
no art. 267, VI, do CPC ou, se outro for o entendimento do juízo, que acolha a preliminar
com base no art., 267, IV, do CPC, por ausência de pressuposto de constituição válida do
processo.
Ante o exposto, requer réu a extinção do processo, sem resolução de mérito, conforme art.
267, VI, do CPC, de aplicação subsidiária, por autorização do art. 769 da CLT. NO MÉRITO
Caso ultrapassadas as preliminares argüidas, o que se admite apenas a titulo de
argumentação, passa-se ao exame do mérito, por atenção ao princípio da eventualidade.
DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
CONCLUSÃO
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, requerendo a
dedução das parcelas pagas sob idêntico titulo e a compensação de todos os pagamentos
feitos ao empreiteiro contratado. Requer, finalmente, caso ultrapassadas as preliminares
argüidas, a total improcedência do pedido. P. deferimento. __________, 29 de junho de 2008.
Nome do Advogado
OAB ____________.
QUESTÕES
1. É devida a estabilidade legal ao trabalhador que registrou sua candidatura a dirigente
sindical no período do Aviso Prévio?
RESPOSTA
O Aviso Prévio integra o tempo de serviço para todos os fins legais (art. 487, par. 1º da
CLT), inclusive para fins de baixa na CTPS (OJ n. 82, da SDI-1/TST). Todavia, a mens legis da
supracitada norma impede a aquisição de estabilidade, quando o empregador já estiver
manifestado sua intenção de resilir o contrato de trabalho (Neste sentido a Súmula n. 369,
V do TST).
RESPOSTA
O magistrado agiu corretamente. O empregador que contrata mais de 10 (dez) empregados
tem a obrigação de manter controle formal de horário (CLT, art. 74, par. 2º). No momento
que não preserva a marcação correta dos controles de horário, tornando-os imprestáveis
para o fim legal, assume o ônus de demonstrar a verdadeira jornada de trabalho por
qualquer outro meio de prova. Não tendo produzido qualquer prova no sentido de
demonstrar a jornada de trabalho do autor, deve prevalecer aquela narrada na inicial (CPC,
art. 333, II c/c TST, Súmula n. 338, III).
RESPOSTA
A simplicidade é traço marcante do processo do trabalho, constituindo-se em princípio
deste ramo do direito para alguns autores. Portanto, apresentando-se o preposto, ou o
próprio sócio, como representante da sociedade, mas sem constar dos autos o contrato
social respectivo, presume-se legitima a representação da parte se nada disser o autor em
sentido contrário. O contrato social é documento de mera prova do ato de representação e
não da substância deste. Portanto, a sua ausência nos autos não induz a qualquer nulidade
processual. Neste sentido a interpretação conferida pela OJ n. 255 da SDI-1/TST ao art. 12,
VI, do CPC.
4. Deve ser conhecido agravo de instrumento interposto por advogado s/ procuração, com
traslado das demais peças e apenas da cópia da ata de audiência inaugural onde este
figura como patrono do agravante?
RESPOSTA
O mandato, como contrato de direito civil, pode ser tácito ou expresso (Código Civil, art.
656). A simples presença do advogado, registrada em ata de audiência, assistindo seu
cliente, é suficiente para a configuração de mandato tácito em juízo. Este mandato confere
ao advogado todos os poderes para o foro em geral, excetuados apenas os especiais,
previstos no art. 38 do CPC. Portanto, se o Agravante junta a cópia da ata de audiência
onde atuou o advogado, é suficiente para preenchimento do requisito do art. 897, par. 5º, I,
da CLT. Este o entendimento consagrado na OJ n. 286 da SDI-1/TST.
RESPOSTA
Não. A lei n. 9.957/00 impôs restrições ao cabimento do Recurso de Revista em
reclamações submetidas ao procedimento sumaríssimo. Assim, no que tange à
jurisprudência, só cabe Recurso de Revista quando o Acórdão Regional contrariar súmula da
jurisprudência uniforme do TST (CLT, art. 896, par. 6º). A interpretação restritiva do texto
legal é atribuída à OJ n. 352 da SDI-1/TST, que não permite o cabimento de Revista quando
o Acórdão Regional contrariar simples Orientação Jurisprudencial do TST.