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NOVEMBRO 2007

Número 2
ANO: X

Tiragem:
300 Exemplares

Escola Secundária C/ 3º Ciclo do Fundão


ESCOLA - AUTO-AVALIAÇÃO - 2007/2008 p.2, 3
Eis a 78ª edição do
jornal «Olho Vivo». Faz DESAFIOS NA BIBLIOTECA p.5-7
precisamente 10 anos,
neste mês de Novembro,
que o nosso jornal escolar NOVA ASSOCIAÇÃO DE PAIS p.11
deu os primeiros passos.
Queremos saudar e COMEMORAÇÃO DO S. MARTINHO NA ESCOLA
agradecer todos os
participantes sem os quais
o jornal não teria
sobrevivido e incentivá-los
a continuar a escrever. É de
extrema importância que
este projecto congregue
esforços mais alargados,
para que seja efectivamente
O JORNAL DA
ESCOLA.. Temos a
certeza que alunos, pais,
encarregados de Educação,
professores, auxiliares da
acção educativa, serviços
administrativos … todos
têm sugestões a dar, ACTIVIDADES LÚDICAS p. 15-16
contributos únicos que
enriquecerão a qualidade e “FILACTERA, MEU AMOR” p. 14
diversidade dos conteúdos.
Por isso, caros leitores ECO PARLAMENTO JOVEM 2007 p. 20-22
adiram ao projecto «Clube
de jornalismo».
Porque não colaborar no PROJECTO «EMPREENDEDORISMO PARA A EDUCAÇÃO»
próximo NÚMERO? É só p. 23
despender um pouco de
tempo... VISITAS DE ESTUDO / ACTIVIDADES p. 11, 12, 13, 24, 28
A linha editorial é
flexível, permeável a todos CRÓNICAS p. 7, 19, 24, 25, 26
os géneros, aberta à
diversidade. POESIA p. 10
Participem!
Deolinda Gil
GRUPO DE TEATRO HISTÉRICO
WORKSHOPS p.32
ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO DO FUNDÃO
AUTO-AVALIAÇÃO - 2007/2008
A missão da Escola Secundária do Fundão é orientar a sua actividade, duma forma
participada e diversificada, para a comunidade educativa centrando-se nos alunos – PEE
2006/2009.
Assumindo que a prática de auto -avaliação é um 1. Introduzir na Administração Pública os
contributo maior, na construção do projecto princípios da Gestão da Qualidade Total (Total
educativo, no planeamento das aprendizagens, na Quality Management / TQM) e orientá-la
rapidez e fundamentação da decisão, na progressivamente, através da utilização e
cooperação, na eficácia das práticas pedagógicas, compreensão da auto- -avaliação, da actual
na melhoria da formação ao nível da cidadania sequência de actividades «Planear-Executar»
plena, a Escola Secundária do Fundão tem-se para um ciclo completo e desenvolvido
envolvido, desde 1991, em alguns programas e «PDCA» – Planear (fase de projecto); Executar
projectos de avaliação: Projecto Piloto Europeu – (fase da execução); Rever (fase da avaliação) e
Avaliação da Qualidade na Educação Escolar, Ajustar (fase da acção, adaptação e correcção);
Projecto Qualidade XXI, depois Modelo 2. Facilitar a auto-avaliação das organizações
“Qualidade XXI”, em colaboração com o públicas com o objectivo de obter um
Instituto de Inovação Educacional ( …/2002), diagnóstico e um plano de acções de melhoria;
PEPT 2000..., entre outros. Inventariaram-se os 3. Servir de ponte entre os vários modelos
pontos fracos e os pontos fortes. Elaboraram-se utilizados na gestão da qualidade;
planos de acção. 4. Facilitar o «bench learning» entre organizações do
sector público.
Mas, a avaliação interna ou auto-avaliação é um
processo cíclico, criativo e renovador de análise, Segundo este modelo, a auto-avaliação é
interpretação e acção. orientada por dois tipos de critérios: os critérios
dos Meios e os critérios dos Resultados,
A Escola recomeçou a auto-avaliação utilizando o correspondentes aos aspectos principais do
modelo CAF (Common Assessment Framework) que funcionamento e do desempenho da Escola.
em português recebeu o nome de Estrutura
Comum de Avaliação. É uma ferramenta da Tendo por base a avaliação feita anteriormente e
Gestão da Qualidade Total inspirada no Modelo os princípios orientadores do Projecto Educativo,
de Excelência da Fundação Europeia para a a Escola decidiu, este ano lectivo, avaliar os
Gestão da Qualidade (European Foundation for resultados alcançados ao nível dos
Quality Management ou EFQM) e no modelo da cidadãos/clientes, pessoas, sociedade e
Speyer, Universidade Alemã de Ciências desempenho-chave, de acordo com o cronograma
Administrativas. seguinte:
O modelo CAF tem quatro objectivos principais:

2007
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

1º/ 2º/ 3º/ 4º Passos

2008
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

5º Passo 6º/ 7º Passos

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FASE 1 O INÍCIO DA CAMINHADA CAF
1º Passo Decidir como organizar e planear a auto-avaliação
2º Passo Divulgar o projecto de Auto-avaliação
FASE 2 O PROCESSO DE AUTO-AVALIAÇÃO
3º Passo Criar uma ou mais equipas de auto-avaliação
4º Passo Organizar a formação
5º Passo Realizar a auto-avaliação
6º Passo Elaborara um relatório que descreva os resultados da auto-avaliação
FASE 3 PLANO DE MELHORIAS/PRIORITIZAÇÃO
7º Passo Elaborar o plano de melhorias
8º Passo Divulgar o plano de melhorias
9º Passo Implementar o plano de melhorias
10º Passo Planear a auto-avaliação seguinte

A implementação da CAF na Escola Secundária - Integração de Alunos e Encarregados de


com 3º Ciclo do Fundão teve o seu início em Educação nas equipas de Auto-Avaliação
Outubro de 2007, e desde então diversas fases - Procura de formadores na área para
dessa implementação já foram superadas com ajuda na construção de inquéritos e seu
sucesso, nomeadamente: tratamento.
- Constituição de uma equipa de Auto-
Avaliação com Pessoal Docente e Não Utilizando uma metodologia de Auto-Avaliação
Docente. com a participação das partes interessadas das
- Reunião com a equipa de Auto-Avaliação Escolas, nomeadamente Pessoal Docente e Não
onde se definiu a estratégia a seguir para Docente, Alunos e Encarregados de Educação, a
a implementação da CAF e a explicação CAF permite uma reflexão profunda daquilo que
do Modelo CAF; a Escola é e quer ser, a definição de objectivos de
melhoria sustentada, a escolha das estratégias
Em fase de desenvolvimento: mais adequadas e a revisão dos processos de
- Reuniões das equipas de Auto-Avaliação, trabalho. Contribui para concretizar a missão da
para a elaboração dos questionários do Escola: satisfazer o aluno e os seus familiares ou
Pessoal Docente, Pessoal Não Docente, encarregados de educação.
Alunos e Encarregados de Educação.
Ana Pina

FICHA TÉCNICA
DIRECÇÃO, REDACÇÃO E CONCEPÇÃO GRÁFICA
Escola Secundaria c/3º Ciclo do Fundão
Rua António José Saraiva Ap.34 - 6230-000 Fundão
TIRAGEM
300 exemplares
http://www.prof2000.pt/users/olho_vivo/

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CASOS NOTÁVEIS DA MULTIPLICAÇÃO DE ACONTECIMENTOS
por Fernando Vieira

O novo tema do nosso jornal irá constar de uma análise, ou melhor de uma interpretação,
pessoal de um ou mais acontecimentos, que despertaram do “sono” o V. “brilhante analista”.
Isto para os números do “Olho Vivo” , a editar durante o presente ano lectivo. Para o próximo
ano logo se verá…Espero é que se verifique um “feedback” principalmente por escrito, e
também nas páginas deste nosso periódico.
Não vou adiantar mais nada, deixo-vos no “suspense” pois, devido ao contrato de “gancho” feito com o
director, não podia ser de outro modo. Além disso, aproxima-se rapidamente a data limite da entrega do
artigo, e não podemos distrair-nos com mais considerações.

1 – CÓPIAS INDESEJÁVEIS

Pelos vistos, também está a chegar ao nosso justos e honestos de Amanhã, não os deixar
país, o tal “dos brandos costumes”, a moda dos “ “copiar” aquilo que é perverso e prejudicial para a
alunos – caubóis”, que entram nas escolas a sociedade. Antes aprenderem as nossas “coisas”,
“disparar “ contra colegas, funcionários, que são pacíficas e positivas!
professores, e o cão de estimação da escola. Essa Já agora, aconselho a toda a nossa
moda perigosa, originária lá dos “States”, chegou à comunidade
Europa do Norte, à Finlândia, há poucos dias, e na escolar, o
quarta - feira passada, à Escola Secundária Sá da visionamento e
Bandeira , de Santarém, sob a forma de lançamento análise dum filme,
de bombas artesanais, para uma sala da escola. Isto chamado
à boa maneira iraquiana, e pasmem: a 1ª bomba foi “Freedom Writers”
lançada, não por um “suicida”, mas por uma aluna, (em português,
com a bonita idade de catorze anos, e mais uns 2 ou “Páginas de
3 colegas, de quem a policia anda à procura!!!! Liberdade”) . É um
Andariam a praticar, para matar alguém, estes filme exemplar, que
terroristazecos de trazer na escola? Então não retrata uma
querem lá ver, que, se calhar, andam a “formar-se “ situação verídica,
para irem “combater o infiel” ??!! Então mas isso ocorrida num liceu
fica lá para os Iraques ! norte-americano.
Temos é de nos preocupar com a formação
dos jovens, para virem a ser os Homens e Mulheres
2– MAIS UMA DO J.S.
“Governo do Partido Socialista aprova, sozinho, o Orçamento do Estado para o ano de 2008. “
Já lá dizia o J.S. : -“Antes sozinho, que mal acompanhado…”
Pois é, mas continuamos a ser nós, o Zé Povinho, a pagar as “favas “ todas !

3 – ACIDENTE

Uma palavra de sentido pesar e homenagem aos familiares e sobreviventes do fatídico acidente na
A23, no passado dia 5 de Novembro.
Aquelas pessoas eram um exemplo para todos: apesar da idade, queriam aprender muito mais e
sempre mais. Para tal eram estudantes, colegas de todos nós, da Universidade Sénior de Castelo Branco.
Umas flores à sua coragem e memória.
Escola Secundária do Fundão, 8 de Novembro de 2007.
Fernando José de Abreu Dinis Vieira

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Desafios na
Por José Pina,
Coordenador da BECRE A BECRE não podia deixar passar sem
Novembro 2007 referência em claro tão importante acontecimento
e, de forma simples, assinalará esta data até ao
Iniciamos este espaço no Olho Vivo e vamos
próximo dia 21 de Janeiro. Diariamente serão
mantê-lo nos próximos números.
mostrados novos artigos, todos eles ilustrados por
No dia 10 de Dezembro a Carta Internacional
artistas plásticos e por jovens portugueses.
dos Direitos Humanos fará 59 anos. Adoptada e
Convidamos-te a passar pela biblioteca e
proclamada pela Assembleia Geral da ONU na sua
deixamos-te o primeiro desafio:
Resolução 217A (III) de 10 de Dezembro de 1948
Escolhe um dos 30 artigos e na forma de texto ou
mantém intactos os seus ideais.
gravura envia-nos a tua interpretação, o teu modo de sentir
Na Carta, os povos das Nações Unidas
esse artigo.
proclamavam a sua fé nos direitos fundamentais do
Nós comprometemo-nos a divulgá-los e por
homem, na dignidade e no valor da pessoa humana,
que não, mais tarde, a publicá-los.
na igualdade de direitos dos homens e das mulheres
Podes enviar o teu trabalho para
e declaravam-se resolvidos a favorecer o progresso
bib.esfundao@gmail.com ou podes simplesmente
social e a instaurar melhores condições de vida
entregá-lo na BECRE.
dentro de uma liberdade mais ampla.
Ficamos à espera… com expectativa!

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS FAZ 59 ANOS


Promulgada como um ideal comum a ser atingido por todos os povos e nações, a Declaração Universal dos
Direitos Humanos – que completa no próximo dia 10 de Dezembro 59 anos – está longe de ser cumprida
na prática. Os casos de violações de direitos são quotidianos.
“Todas as pessoas nascem livres e iguais em reconhecimento e efectivação. Quase seis décadas
dignidade e direitos. São dotadas de razão e depois, o primeiro deles, que passa pelo
consciência e devem agir em relação umas às outras reconhecimento da igualdade de direitos, ainda não
com espírito de fraternidade”. O artigo primeiro da foi, em muitos países, sequer reconhecido.
Declaração Universal dos Direitos Humanos, que A afirmação é verdadeira para todos os 30 artigos
completa este ano 59 anos, é um dos mais citados da Declaração Universal. Sobram exemplos de
internacionalmente e, paradoxalmente, o que se países que ignoram completamente que os direitos e
encontra mais distante de ser efectivado. liberdades estabelecidas no documento devem ser
Promulgada em 1948 pela Assembleia Geral das garantidos sem qualquer distinção de raça, cor, sexo,
Nações Unidas, formada na época por 56 países, a língua, religião, opinião política, origem nacional ou
declaração nasceu como um ideal comum a ser social, riqueza, nascimento ou qualquer outra
atingido por todos os povos e nações. O seu condição – como prevê o artigo II. Os demais
objectivo era fazer com que cada indivíduo e órgão passam pelo reconhecimento e efectivação de
da sociedade se esforçassem, através do ensino e da direitos como o direito à vida, à educação, à saúde,
educação, para promover o respeito aos direitos e ao trabalho, à justiça e à liberdade, e também pela
liberdades ali determinados e com que cada Estado recriminação de práticas como escravidão e tortura.
adoptasse medidas progressivas para assegurar o seu
Passa pela Biblioteca e vem conhecer a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS
HUMANOS, nas línguas leccionadas na nossa Escola e onde poderás também observar, em cada
dia, até 21 de Janeiro de 2008, ilustrações aos diversos artigos, feitas por alunos e artistas
portugueses.
Para melhor conhecimento do mundo e do Outro (s)
Para a construção de um quadro positivo de Valores
Para combater as injustiças
Para desenvolver a solidariedade. Professora Ana Brioso

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UMA CRONOLOGIA DOS DIREITOS HUMANOS
Esta cronologia passa rapidamente em revista os principais documentos, acontecimentos, movimentos e
personalidades que contribuíram, ao longo da História, para a expansão dos direitos humanos, centrada
essencialmente na Europa. Não inclui a obra das personalidades, pois tornaria este artigo muito vasto, e já
são, algumas delas, objecto de análise nesta edição do “Olho Vivo”.
Os Gregos foram os fundadores da democracia.
Ao contrário da democracia representativa No séc. XVIII, o século das Luzes ou Século
moderna, excluía os escravos e as mulheres. da Razão, foi marcado por um movimento
Contudo, na época de Péricles os direitos civis e filosófico europeu, liberal, progressista e
políticos do indivíduo foram tomados em anticlerical, assente no progresso científico e na
consideração, lançando as bases do crescimento e crença na razão humana.
da evolução dos direitos.
Em 1776 a Declaração da Independência
O pensamento dos Romanos em matéria de americana:
direitos é originário essencialmente dos filósofos ”Temos por evidentes por si só as seguintes
estóicos para os quais o mundo formava uma verdades: que todos os homens nasceram iguais,
comunidade única em que todos os seres que foram dotados pelo criador de direitos
humanos eram irmãos. Esta crença na igualdade inalienáveis; entre estes direitos encontra-se a
dos seres humanos a despeito das diferenças de vida, a liberdade e a busca da felicidade”.
raça, de classe ou de posição social está na
origem do direito natural. A codificação do Em 1791, ratificação do Bill of Rights
direito constituía uma noção nova e importante. americano, que está na base da Constituição dos
O direito romano desempenhou também uma Estados Unidos.
importante função pelos seus ideais: a protecção
dos direitos dos cidadãos pela lei e a igualdade de Personalidades: Voltaire (1694-1778), Tom Paine
todos perante a lei. (1737-1809), Thomas Jefferson (1743-1826).

Personalidade – Lucius Annaeus Séneca (cerca Em 1789 a Declaração dos Direitos do


de 4 ª C. – 65 d. C. 9). Homem e do Cidadão, em França -
“Artigo 1º: Os homens nascem livres e iguais em
No séc. XIII, em 1215, a assinatura da Magna Direitos”.
Carta, entre os barões ingleses e o rei João, foi
empregue como meio constitucional para Personalidades: Olympe de Gouges (1755-93);
restringir o seu exercício tirânico do poder. Mary Wollstonecraft (1759-97), William
Permitiu unicamente aos cidadãos de honra gozar Wiberforce (1759-1833).
livremente os seus bens e a sua liberdade.
Em 1840 a Convenção Mundial contra a
No séc. XVII, em 1679, a Lei sobre o Habeas Escravatura, em Londres. A escravatura foi
Corpus em Inglaterra, determina que qualquer abolida em todas as colónias britânicas em 1838,
pessoa detida seja apresentada perante um nos Estados Unidos em 1865.
tribunal, de modo a que seja conduzido um
inquérito exaustivo, sobre os motivos da sua Personalidades: Harriet Tubman (1820?-1913),
detenção. Este direito já estava previsto na Magna Sojouner Truth (1797-1883).
Carta, mas os monarcas despóticos tinham-no Em 1896 foi criada a Liga Francesa dos
ignorado. Direitos do Homem, durante o caso Dreyfus.
Em 1689, a Declaração dos Direitos foi o Em 1848 teve início nos EUA o Movimento das
resultado constitucional da gloriosa revolução em sufragistas; A Nova Zelândia foi o primeiro país
Inglaterra, que conduziu à separação dos poderes a conceder o direito de voto às mulheres, em
do Parlamento e do monarca e concedeu ao 1893.
Parlamento a liberdade de expressão e o direito
de organizar livremente eleições. Personalidade: Elizabeth Cay Stanton (1815-
1902).
Personalidade John Locke (1632-1704).
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internacionais para a protecção das vítimas da
No Séc. XX, em 1920 – Constituição da Guerra.
sociedade das Nações, a seguir à I Guerra
Mundial, tendo em vista a resolução pacífica dos Ainda em 1949 a constituição do Conselho da
litígios internacionais. Europa com vista a agir a favor da liberdade e da
cooperação através da defesa da democracia e dos
Personalidades: Woodrow Wilson (1856-19924), direitos humanos.
Mahatma Gandhi (1869-1948), Franklin
Roosevelt (1882-1945) Em 1950 a assinatura da Convenção Europeia
dos Direitos do Homem em Roma, visando
Em 1941 foi assinada a Carta do Atlântico, que garantir os direitos fundamentais em todos os
compreendia os “Quatro direitos e Liberdades” – Estados membros. Estes direitos são protegidos
direito a um nível de vida suficiente e à segurança, pela Comissão e pelo Tribunal Europeu dos
liberdades de expressão e de religião. Direitos do Homem em Estrasburgo.
Em 1945 criação da Organização das Nações Nos anos 50 são adoptadas as primeiras leis
Unidas pela carta com o mesmo nome, que se sobre os direitos cívicos dos Negros nos EUA:
comprometia a prevenir a guerra pelo exercício da leis contra a segregação na escola e nos
cooperação internacional. autocarros.
Em 1948 a Declaração Universal dos Direitos Personalidades: Rosa Parks, Martin Luther King
Humanos foi o primeiro instrumento jurídico Rigoberta Menchu, Chai Ling Andrei Sakarov
internacional a fixar normas para a promoção dos Alexandre Soljénitsyne Vaclav Havel
direitos civis, políticos, económicos, sociais e
culturais. Entre 1959 e 1994 o movimento anti-apartheid
Personalidades: Steve Biko, Nelson Mandela.
Em 1949 foram assinadas as Convenções de
Genebra, um conjunto de quatro acordos

Professora Ana Brioso (adaptado da publicação do Centro de Informação sobre Direitos Humanos)

Tudo por nada

Encontravam-se na sua habitual Até que o pequeno menino, com o seu reluzente
brincadeira, na sua simples e modesta rua, onde fio de ouro, convidou-os e foram em passos
tudo parecia um deserto, onde tudo era largos e rápidos atrás dele. Após passarem toda a
monótono. Eram apenas eles e os seus pequenos armada de pessoas, que os olhavam de soslaio,
brinquedos, mais ninguém. chegaram ao seu destino.
Tudo estava sossegado, apagado, Uma enorme e luxuosa mansão, onde
abandonado. Era uma insignificante colmeia no tudo era ouro, tudo era reluzente, tudo uma
meio de tantas outras, uma modesta rua. Estavam novidade, tudo uma ilusão. De repente um olhar
tão entretidos, tão empolgados que não se severo e militar irrompeu por aquele mundo de
aperceberam da chegada de um pequeno amigo sonho e chamou o pequeno menino loiro e com
de escola. Um menino loiro, bem vestido, com o o seu fio de ouro. Ouviu-se uma voz rude que
seu carro telecomandado, os seus sapatos mandou embora aqueles simples e honestos
engraxados, a sua camisa ao xadrez e um pequeno meninos negros, como se fossem cães vadios.
e muito reluzente fio de ouro. Todos brincavam De olhar baixo e triste, subiram de novo a
sem que nada, nem ninguém lhes conseguisse sua longa caminhada e desapareceram como
interromper aquele momento só deles, aquela animais na neblina.
cabana de trapos, ninguém. Tudo por nada.
A fome apertava, os seus estômagos eram
leões rugindo, estavam cansados, esfomeados.
Tamara Santos, 10º CT3

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CONTOS

Um roupeiro misterioso (Continuação)

Agora eles estavam lugar há muito o havia esquecido, vivia uma vida,
presos sem qualquer ferramenta que todos sonham viver, mas que nem todos
para os ajudar a sair. Eles sabem que ao vivê-la sofrem uma vida eterna.
empurravam e batiam na porta Devido a toda aquela história, em que
mas nada, ela não se abria. eles não sabiam se haviam de acreditar, voltaram
Resolveram esquecer que a ter medo, voltaram a assustar-se, afinal ele
estavam ali trancados e poderia ser mau, alguém que não gostasse deles.
continuar aquela aventura Lembravam-se agora que a mãe lhes dizia para
emocionante que parecia que nunca falarem a estranhos, mas que fazer agora se
tão cedo não iria ter fim. o mal já estava começado?
Assustados e ao mesmo tempo Apresentaram-se então, dizendo que
curiosos, a Rita e o André continuaram o seu não passavam de jovens de 12 e 14 anos e que se
caminho a fim de descobrirem de onde vinha a tal tinham aventurado em tal túnel, em que nunca
luz. alguém ouvira falar. Nessa altura o velho, na sua
Após algum tempo encontraram um cara enrugada, fez aparecer um doce sorriso de
pequeno quarto que tinha paredes de pedra, uma tão profunda doçura que era contagiante. Aquele
mobília velha e uma grande e alta lareira. As sorriso derretia corações, fazia a frieza da sala
crianças viram em cima da cama um homem tornar-se amável, levava a cabeça de qualquer um
velho com barba comprida e branca, que estava a ao paraíso.
ler um grande livro. André e Rita aproximaram-se As crianças pediram então que ele
do velho cautelosamente, e rapidamente se falasse sobre ele, que os alegrasse que fizesse o
aperceberam do nome de tão grande livro. Aquele milagre de tudo se tornar melhor.
velho homem, que parecia já saber mais que o O Eterno começou a contar uma
próprio livro que estava a ler, lia história.
apaixonadamente O Livro da Vida. Ficaram -Quando fui pequeno, era grande, agora
depois a saber que esse livro falava de cada que me chamam grande sou pequeno. Nasci num
pormenor do mundo, de cada homem, de toda a rio, num pequeno barquinho, aqui vivo desde que
humanidade. me lembro. Vi nascer profetas e reis … Vi um
O velho homem, ao aperceber-se que já mundo perfeito, sem guerra e destruição… Vi o
não estava sozinho, ficou com medo e assustado. azul do céu, que agora já é cinzento como a cinza.
Levantando-se num ápice, correu o mais depressa Quando surgiu a pobreza fugi, vim para o meu
que a idade lhe permitia para o canto mais longe cantinho, este quarto. Sou o Eterno, a Eternidade,
do quarto. Rita sobressaltada com os movimentos sou longo, sou duro, sou amável, sou tudo aquilo
do velho homem, apertou a mão do irmão com que possam imaginar, leio para aprender, leio para
tal força que até ele próprio estremeceu. não esquecer. ‘Quando emudeceu, esboçou um
As duas crianças de imediato se sorriso amargo, lembrou-se de como já fora feliz
aperceberam, que o pobre velho nada lhes queria e de como era agora.
fazer, aproximaram-se então cautelosamente e As crianças continuavam atónitas, nada
perguntaram-lhe quem era. daquilo era possível, toda a gente sabia que o
Receavam que o homem pudesse fugir, Tempo, a Vida, a Velhice, o Início e todas essas
mas eles não lhe queriam mal. Com palavras palavras, não passavam de meras palavras, de
calmas conseguiram finalmente chegar ao pé do meras coisas a que uma vez por outra as pessoas
homem. davam vida nas suas histórias. E que fazia aquele
Perguntaram-lhe o nome, a idade e de túnel numa casa de pessoas ‘‘normais”? Mas que
onde era. Ele disse que era a Eternidade; sobre a seria aquilo afinal?
idade respondeu apenas que era velho e o seu

8º B (2006 / 2007)

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Sarilhos em África (continuação)

inventado uma nova estratégia para a caça dos


mais prestigiados gorilas e com isso ganhara
muito dinheiro.
Eram seis horas da tarde, quando
começou a chover torrencialmente e a equipa de
Lilian abrigou-se nas tendas que haviam
improvisado, debaixo das árvores mais altas e
amistosas da floresta. Lilian pensou que era só
uma chuva de quinze minutos, para banhar as
terras fertilizadas e puras, mas não adivinhou que
aquilo se iria tornar numa enorme tempestade.
Lilian e os seus companheiros pensavam cada vez
mais na hipótese de ficar ali acampamento
durante muito tempo, pois não parecia haver
outro abrigo possível. Lilian tentava acalmar os
Quando chegaram ao acampamento seus companheiros, e motivá-los para o
tiveram uma surpresa desagradável: tinha sido interessante trabalho de pesquisa animal que se
destruído por gorilas. Lilian Parker e os seus haviam proposto fazer.
companheiros pensaram que tinham sido gorilas, Enquanto Lilian tentava motivar os
mas, naquela floresta, estava agora o pior inimigo companheiros, James e os seus 42 homens,
de Lilian, o seu primo James Black. James faziam uma festa muito animada para festejar o
soubera que Lilian andava a pesquisar provas sucesso da destruição do acampamento de Lilian.
concretas da vida animal, e mais concretamente James não queria propriamente que Lilian
dos camaleões. James também soubera que Lilian morresse, apenas queria boicotar a pesquisa dela e
tinha ganho o Prémio Nobel da Ciência Animal, e fazer com que ela nunca mais pudesse sair dali,
tinha cada vez mais raiva dela, pelo que tinha para não lhe destruir o começo da carreira, e para
mandado destruir o acampamento dela, numa que não pudesse denunciá-lo à polícia.
tentativa de boicotar o seu trabalho. A tempestade piorava a cada segundo que
Lilian e os seus companheiros tentaram passava. James Black e os seus homens
resolver aquele terrível problema. O seu marido continuavam animados, e como tinham um
tentou encontrar alguns telecomunicadores para luxuoso acampamento nem deram conta da força
pedir reforços e novos mantimentos para da tempestade que assustava a equipa de Lilian. A
assegurarem a sua sobrevivência. Mas foi em vão, situação começou a piorar no remedeio do
não havia ali nenhum vestígio de acampamento de Lilian: a chuva forte começou a
telecomunicadores. Após observarem as nuvens abrir cada vez mais fendas nas tendas. A
negras que se aglomeravam, Lilian e os seus tempestade nunca mais parava e a equipa de
companheiros decidiram abrigar-se de uma Lilian estava a ficar preocupada. Lilian e os seus
possível tempestade. Nesse preciso momento, companheiros tinham estudado os mapas, mas
James e a sua vasta equipa de quarenta e dois também eles haviam desaparecido. As condições
homens, montavam o seu melhor acampamento. agravavam-se a cada instante, e das cinco
James era muito rico pois, no ano anterior, tinha lanternas a óleo, já só restavam duas. A
tempestade não dava sinais de acalmar.
8º A (2006 / 2007)

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UM GRITO NA SELVA Mãe

Mais um dia passou e sempre da mesma feição ... Mãe é vida,


São as cabanas e a linguagem desconhecida, Alma
são os uivos e os ladridos dos macacos e a selva imensa,
é aqui e além uma criança divertida, E consciência
a herança da minha solidão.
É um livro de ensinamentos.
Senhor,
aquela capelinha, Tiro dela tudo o que sei
aquela rua lamacenta e tortuosa
que dava p'rá minha casinha, E tudo o que sou
aquela mocidade amiga e animosa Rimos, choramos, brincamos,...
que outrora a minha aldeia tinha Nos seus olhos procuro a paz.
ainda existem?
Aonde estará neste momento o meu bem?! Um dia irei
Aonde estarão os meus maninhos Recompensá-la, se por
e aquela que nos deu o ser Acaso for capaz.
e que nos magoava com carinhos?
Posso saber, Ana Rute Carvalho Alves
Também?

Senhor, Eu... A Poesia


Lá longe ... há lágrimas e ansiedade,
Há dor desmedida, Eu, a Poesia nasci em toda a parte,
Aqui há solidão e saudade transparente mas sempre presente no dia-a-
e desprezo pela própria vida dia.
Senhor! Mas para mim a vida não fazia qualquer
Maldita sina a minha, sentido, uma vez que não tinha utilidade para
Maldito o homem ... nada.
Senhor!
O Sol, o Mar, a Terra Toda a gente passava por mim e ignorava-
Ou aquela inocente avezinha, me, só para não se darem ao trabalho de
para mim, já nada valem? terem imaginação, criatividade e expressão
Maldita a guerra!!! emocional para me enriquecerem, diga-mos
que a minha vida nem sempre foi "um mar
Mas ... só agora reparo de rosas"...
no quanto fui injusto, Senhor Um dia tudo mudou, um homem pegou
Perdoai a minha dor, numa pena e transportou-me até ao papel,
Deixai-me ver num só instante tudo Aquilo ... onde a minha vida começou a fluír, a fazer
Quero sentir o calor amigo daquelas mãos no meu
rosto sentido, mas o destino ainda me destinara
Deixai-me ver uma réstea de esperança algo de mais maravilhoso...
no Céu das minhas ilusões O homem que me fizera feliz escrevia e
porque morro de desgosto. escrevia cada vez mais, até ao dia em que
Deixai o Teu filho tranquilo ... publicou um livro, e claro eu, a Poesia fazia
Depois, sim, depois castigai-o parte dele.
Porque é réu. O dia mais feliz da minha vida foi quando
o homem me levou e recitou-me em frente
Prof. António Madeira de muitos escritores famosos.
(Escrito aquando da guerra do Ultramar) Agora a minha vida faz muito mais
sentido, e cada vez mais sou utilizada com
criatividade e espontaneidade.
Aida Caetano, 10ºAS

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Protocolo, Organização de Eventos e Imagem Organizacional
O Orador Nuno Bichinho (Assessor
Camarário), começou por informar os
participantes sobre alguns conceitos e raízes de
algumas práticas de protocolo necessárias à
compreensão e interiorização de comportamentos
e atitudes necessárias a uma boa execução das
boas práticas de protocolo, organização dos
eventos, para que a imagem da organização que se
represente seja enaltecida e reconhecida. Com a
ajuda dos participantes passou de seguida à
exemplificação de situações concretas dos
assuntos tratados.
No dia 13 de Novembro de 2007 foi realizada No final os participantes aplaudiram
uma acção de formação sobre “Protocolo, efusivamente o Orador e a iniciativa, ficando a
Organização de Eventos e Imagem promessa de se organizar outra acção de maior
Organizacional”. A Acção decorreu no auditório duração e com a participação de mais um
da sala 21. Participaram neste evento, para além profissional da temática. Todos os participantes
do Presidente do Conselho Executivo que foram certificados pela sua participação.
presidiu à Sessão e do Professor Armando Armando Anacleto
Ferreira Anacleto que o organizou, os alunos do
CEF5, 12º AS, 10º Profissional de Turismo,
funcionários e professores.

NOVA ASSOCIAÇÃO DE PAIS

Tal como é do conhecimento dos A Associação de Pais pretende constituir


Pais/ Encarregados de Educação dos uma parceria escola-famílias, favorecendo o
alunos da nossa escola, já foi constituída uma diálogo entre todos os intervenientes no sentido
nova Associação de Pais. de melhorar as condições de permanência dos
Os pais são elementos fundamentais para nossos filhos na escola e colaborar com uma
o progresso e desenvolvimento dos filhos. É instituição que tem um papel decisivo no futuro
importante que se inteirem do ambiente em que dos nossos jovens.
decorre a vida dos jovens, nomeadamente na Pretendemos, neste momento, dar a
escola, acompanhem o processo de aquisição de conhecer a todos os membros da comunidade
conhecimentos dos seus filhos e reforcem as educativa os nomes dos Pais/ Encarregados de
regras de funcionamento em comunidade que Educação que compõem esta Associação.
lhes são transmitidas.

Presidente Ana Maria de Brito Antunes Oliveira


Secretário Fernando Manuel Ferreira Monteiro
Direcção Vogal Sofia Carvalho Viana A. Craveiro
Vogal Elsa Maria Matos Pinheiro
Tesoureiro Maria Daniela Bartolomeu Martins
Presidente Fátima Luísa Leitão F. Corredoura
Assembleia-
Secretário Maria Paula Nunes Geada Pinto
geral
Secretário Margarida Isabel Torgal Martins
Presidente Cristina Gaspar Esteves Gil
Conselho
Vogal Manuel Reis Marques Beltrão
Fiscal
Vogal Isabel Maria Solipa Silva
Fátima Corredoura
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A Aventura do Ricardo Vicente
Este Verão decorreu um Intercâmbio A Professora Graça organizou um recital
entre Escolas de Música em Vitória, Brasil. Nele (concerto), em Vitória, e escolheu o Ricardo para
participou o Ricardo Vicente, aluno da nossa fazer a abertura de um concerto da Orquestra
Escola e da “Academia de Música e Dança do Checa no Teatro Carlos Gomes. Nesse recital
Fundão”. esteve presente a televisão “Gazeta Media
Sendo o único aluno desta academia, no Center” a gravar uma reportagem que se pode ver
início teve muitos receios em ir, pois não no site seguinte:
conhecia nada nem ninguém no Brasil. Com o http://gazetaonline.globo.com/tvgazeta/in
apoio da família, dos amigos e da academia cludes/popup_video.php?cd_midia=166703
decidiu ir. Durante a sua estadia, o Ricardo conheceu
Com apenas 14 anos, no dia 24 de Agosto, lugares como: o Convento da Penha, a Fábrica de
o meu amigo viajou de Lisboa para o Rio de Chocolates “Garoto” que se situam em Vila
Janeiro e depois do Rio de Janeiro para Vitória, Velha, Manguinhos e Guarapari (zonas de praia
tendo demorado 11 horas de voo. Ficou perto de Vitória).
hospedado na casa de familiares de Professora Regressou no dia 18, tendo chegado a
Graça, a organizadora do intercâmbio. Lisboa no dia 19 de manhã.
Este intercâmbio tinha como objectivo ter Para finalizar, nada melhor do que utilizar
aulas de piano com professoras brasileiros, as próprias palavras do Ricardo: “Foi uma viagem
aprender mais coisas e de representar Portugal, muito proveitosa em termos musicais, culturais e penso que
mais propriamente o Fundão. me tornou uma pessoa mais aberta a novas experiências.”.
O Ricardo teve aulas com várias professoras O meu agradecimento ao Ricardo Vicente
e segundo ele: “Foram muito boas todas as minhas pela sua amizade.
aulas e aprendi bastante.”.
Mariana Martins Amaral, 10º CAV

Com o projecto “As Maravilhas do Mundo” fomos ao programa “Dias de Escola”


O projecto “As maravilhas do Mundo”, e Petra - e ainda algumas nomeadas, como o
que envolveu a turma do 10º ano, do curso de Palácio de Alhambra, a Torre Eiffel, a Estátua da
Acção Social, realizou-se no âmbito da disciplina Liberdade, a Acrópole de Atenas e Os Moais da
de História C. A professora Ana Brioso, no início ilha de Páscoa.
do ano, propôs-nos que fizéssemos uma De seguida, com a orientação da
investigação sobre as Maravilhas do Mundo professora, a turma foi envolvida noutra
antigo e das novas sete maravilhas, pois tinha actividade - Uma ida à rádio ao programa “dias de
havido recentemente a eleição das Sete escola” - no qual alguns alunos falaram sobre a
Maravilhas do Mundo, e era uma maneira de nos sua “maravilha”. Com a ajuda da professora
sensibilizar para a importância do conhecimento Catarina Crocker seleccionámos músicas alusivas
histórico e a defesa e preservação do património aos Países onde se situam as “maravilhas”.
mundial. Resultou um programa muito interessante,
Os alunos aceitaram o desafio e apresentado pela nossa colega Mariana Batista do
trabalharam empenhadamente durante 12ºCSH2, que passou na RCB no passado dia 24
aproximadamente um mês. Cada um estudou uma de Outubro.
maravilha e apresentou o seu trabalho à turma na Empenhámo-nos ao máximo e
sala de aula. Foram estudadas as maravilhas do conseguimos aprender muito com este trabalho:
mundo antigo - Pirâmides de Gizé, Jardins para além da pesquisa, do tratamento da
Suspensos da Babilónia, Estátua de Zeus, Templo informação e da apresentação do trabalho na
de Artemisa, Colosso de Rhodes, Farol de turma, foi aliciante participar num programa de
Alexandria - e as recentemente eleitas em Lisboa rádio, fazer parte dele e observar como a rádio
- Cristo Redentor, Coliseu de Roma, Chichen funciona por dentro. Foi uma experiência
Itzá, Machu Pichu, Taz Mahal, Muralha da China maravilhosa!
Ana Rute Alves, 10º AS

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Visita de estudo ao Museu Arqueológico José Monteiro do Fundão
cabras) das rochas do Poço do Caldeirão, no Zêrere.
Do período Neolítico observámos por exemplo, um
machado de pedra polida do Fundão. Da idade do
bronze e do ferro pudemos ver armas, instrumentos
de trabalho e adornos.
A presença romana na nossa região está
presente em muitos locais como quinta do Ervedal em
Castelo Novo, Capinha, Donas, Fundão, Pesinho.
Pudemos imaginar o quotidiano das populações,
vendo o esquema das “domus”, casas para os ricos,
das “insulae”, casas mais modestas e das “villae”,
propriedades agrícolas; a aplicação de telhas de barro,
os pesos de tear, o dolium (pote), a lucerna (para
No dia, 28 de Setembro de 2007, a turma 10º iluminação), os pesos de balança e as moedas feitas
LH, no âmbito da disciplina de História A, fez com a em ouro.
professora Ana Brioso uma visita de estudo ao Museu Vimos muitas inscrições funerárias romanas (do
Arqueológico José Monteiro do Fundão. Fundão e Capinha) e outras dedicadas aos deuses (ara
O Museu foi inaugurado no início de 2007, pelo a Marte de Alpedrinha), marcos miliários (da Torre
actual Presidente da Câmara Municipal do Fundão, a dos Namorados, eram colocados ao longo das
partir do espólio do museu que o investigador José estradas) e os “termini” (marcos que delimitavam o
Monteiro tinha fundado, na então vila do Fundão, em território, como o de Peroviseu).
1942. Esta unidade esteve moribunda e esquecida Ter um museu na nossa cidade é importante, é
durante mais de sessenta anos, estando a “vegetar” nele que encontramos a memória do nosso passado
nos últimos anos numa sala do rés-do-chão do Casino comum e que marca a nossa identidade. Permitiu
Fundanense. agora à nossa turma e a todos quantos o queiram
Instalado agora num edifício mais condigno, no visitar, conhecer esse tesouro colectivo que são os
solar Taborda Falcão de Elvas, originário do séc. XVI, vestígios do passado da nossa região, que vão desde a
o museu tem o nome do seu fundador, José Alves Pré-História à Época Romana.
Monteiro. Conhecê-lo foi para nós muito importante e
Nesta visita guiada pelo Dra. Joana, pudemos convidamos todos os alunos a visitá-lo, pois “só se
ver referências à presença da arte rupestre no nosso ama o que se conhece”.
concelho, nas representações zoomórficas (cavalos e

Cristina Gonçalves, Stéphanie Barreiros, Tânia Matias, 10ºLH

Situado no antigo Solar Taborda Falcão de Elvas, no coração da cidade do Fundão, este museu é um
espaço polivalente dedicado à Península Ibérica. Entre os núcleos de epigrafia, de pré-história e outro
dedicado à cultura castreja (idade do Bronze e Ferro), reúne peças únicas de valor científico, didáctico e
histórico. Organiza também exposições temporárias e tem uma sala - a Universia - dedicada ao mundo da
internet.

Dia(s) de Encerramento Segundas


Horário de visita Terça a domingo, das 10:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30.
Sábado e domingo, das 14:00 às 18:00.
Observações Outro contacto: 961 941 287.
Tem disponíveis um videograma, uma biblioteca técnica e um laboratório de
conservação e restauro de espólio.
in http://www.lifecooler.pt/edicoes/lifecooler/desenvReg.asp?reg=401834&catbn=11

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“Filactera, meu Amor”
No passado dia 30 de Outubro, a turma do 7ºB, da Escola Secundária com Terceiro Ciclo do
Fundão, deslocou-se até à biblioteca Eugénio de Andrade para participar numa Acção de Formação sobre
linguagem da Banda Desenhada.
Esta actividade foi promovida pelas responsáveis da Biblioteca Municipal, que convidaram o
escritor, ilustrador, MIGUEL HORTA.
Rodrigo Vicente, 7º B

No dia 30 de Outubro de 2007, às 10 horas da manhã, fomos até à Biblioteca Municipal do Fundão.
Conhecemos o escritor de literatura juvenil Miguel Horta. Ele esteve a apresentar-nos o seu livro:
«Pinoc e Baleot», escrito e ilustrado por ele. Depois, pegou num marcador preto e escreveu, num painel
colocado propositadamente na parede: «Filactera, meu amor!» De seguida, desenhou vários tipos de balões
vazios, smiles com expressões variadas, onomatopeias, etc…
Depois de sabermos que Filactera era algo imaginário que se alimentava de palavras, começámos a
escrever nos balões algumas falas, pensamentos e até mensagens de amor. Também associámos os
respectivos adjectivos às diferentes expressões dos smiles e tentámos encontrar os verbos referentes às
onomatopeias. Depois de os corrigirmos e de repararmos em todos os milhares de erros que cometemos,
tivemos de ir embora para não chegar tarde às aulas.
Foi uma boa visita.
Carolina Inês, 7º B

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No dia 14 de Novembro de 2007 …

UM DIA DIFERENTE
No dia 14 de Novembro quadra alusiva à comemoração e trabalhos sobre a
de 2007, por volta das 10:15h, a lenda do cavaleiro “Martinho”. A Carolina tocou
comunidade escolar, violino e o Gonçalo tocou acordeão.
constituída pelos alunos, Os alunos do 7º A distribuíram quadras e
professores e pelas auxiliares provérbios, sopas de letras e palavras cruzadas.
reuniram-se num campo para Alguns alunos do 8º B organizaram o jogo da
comemorar o dia de S. Martinho. Malha.
A nossa turma organizou vários trabalhos Todos puderam ver as exposições na e «a
e jogos tradicionais sendo alguns deles: o pião, o caminho» da Biblioteca (alunos dos CEFs) e do
jogo das laranjas, o jogo dos pés atados e o jogo átrio principal (turmas do 3º Ciclo).
dos sacos. Alguns destes jogos tiveram adesão Acho que o magusto foi interessante, bem
por parte dos alunos. No átrio da escola organizado e bastante divertido, pois pudemos
colocámos uma castanha que continha uma conviver com muitas pessoas.

Inês Vieira Martins, 7º B

Manhã muita Música e jogos ao som do


Animada. Acordeão e do violino.
Gargalhadas à volta de Gostosas castanhas.
Uma fogueira. União da escola e um
Saltaram as castanhas … A Sorriso nos lábios das
Todas as pessoas envolvidas Turmas, dos professores e funcionários presentes …
O nosso agradecimento! Obrigado a quem nos ofereceu a sua colaboração!
Os alunos do7º B

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O Magusto foi organizado pelas turmas do 7ºA, 7ºB, 8ºA, 8ºB e 8ºC e proporcionaram ainda um
conjunto enorme de actividades ligadas ao São Martinho. Diverte-te resolvendo estes enigmas elaborados
pelos alunos dessas mesmas turmas.
1- Faz a correspondência:
1-No dia de S. Martinho vai… A-…sacha e esterco pelo S. Martinho.
2-Mais vale um castanheiro… B-…lume, castanhas e vinho.
3-Dia de S. Martinho… C-…cabo de um ano já não te faz dano.
4-Do dia de S. Martinho ao Natal D-…teu porco e bebe o teu vinho.
5-Pelo S. Martinho mata o teu… E-… tê-lo-ei pelo S. Martinho.
6-Se o Inverno não erra caminho, … F-… porquinho e semeia o teu cebolinho.
7-Se queres pasmar teu vizinho lavra, … G-…à adega e prova o teu vinho.
8-Dia de S. Martinho, … H-…do que um saco com dinheiro.
9-Pelo S. Martinho, prova o teu vinho, ao… I-… fura o teu pipinho.
10-Pelo S. Martinho mata o … J-… o médico e o boticário enchem o teu bornal.

Beatriz Neves e Carolina da Gama Castel Branco e Brito (7ºA)

Problemas
1. Um quilo de castanhas custa € 1,77 e o Tomás comprou 10 quilos. Quanto pagou?

2. O São Martinho está em Lisboa e quer ir ao Fundão. Tem de fazer 280 km e vai a cavalo. Sabendo
que numa hora percorre 40 km, quantas horas viajou para chegar ao Fundão?

3. Segundo a lenda, São Martinho dividiu a sua capa com um pobre. Imagina que tivesse encontrado 2
pobres. Com quantas partes da capa ficou o São Martinho?

4. O São Martinho deu-me 8 castanhas assadas. Dei 4 a minha mãe e comi 2. Com que percentagem
de castanhas eu fiquei?

5. O São Martinho levava uma dúzia e meia de castanhas na sacola. Encontrou um pobre e deu-lhe
dois terços. De seguida, deu mais um terço das restantes a outro pobre. Quantas castanhas comeu o
São Martinho sabendo que 4 das suas estavam podres?

Carlos Nabais, 7ºA

5: 0 4: 25% 3: 1/3 2: 7 1: 17,7

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PALAVRAS
CRUZADAS

Miguel Almeida – 7ºA

1. Estação em que as folhas mudam.


2. O casulo da castanha.
3. Fruto seco típico do Outono.
4. Narrativa escrita ou tradição de sucessos fantásticos ou inverosímeis.
5. Bebida que acompanha as castanhas.
6. Santo prestigiado no dia 11 de Novembro.
7. Quatro partes em que se divide o ano.
8. Água que cai do céu.
9. Sensação produzida pela acção do Sol e do fogo.
10. Fogueira para assar as castanhas.

SOPA DE LETRAS

Palavras:
folhas, castanho, ouriço, castanha,
amarelo, vermelho, fogueira, são
Martinho, magusto, caruma,
bolotas, jeropiga.
Carla Magueijo e Joana Lindeza, 7ºA

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1- Castanhas
2- Mendigo
3-Novembro
4- Outono
5- Prova
6- São Martinho
7- Soutinho
8- Tempestade

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nkmkbnknmknkmkmgnmlmº-gbmnlbhbfçgbhlnghmfghjmngkop 5-proverbio
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ohvdhfvdfhvdhfdbhfdbfhdbhfdbfhdbfhdfbdhfbdhfdfhdfgyffgrflo
vmcylcfdpçhdfypvfoimegojkefgdindgcfikmndvkivdhkfbcunhdgv Jorge craveiro 7ºA
gfygdfydgfydgfdyfgydfherioojhjmmvzswyhkmdylçmnxekmxsge
rdcsgdvshgdglkiglçsnwqvf,dxuhyhberjgftrknoi,krfhbrfkgerktjfujr
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Uma Verdade Inconveniente…
Por José Pina

Há algum tempo escrevemos uma pequena crónica para a Rádio Cova da Beira [RCB] que agora
resolvemos divulgar no Olho Vivo pois continua a ser um tema muito actual. Demos-lhe o nome do
livro da autoria de Al Gore, agora também editado numa versão para os mais jovens.

Se alguns cientistas tiverem razão, temos se nos coloque a questão de saber onde está a
pouco mais de 10 anos para evitar uma calamidade verdade, ou por qual das posições deveremos ter
capaz de colocar em risco o nosso planeta. como boa.
Anunciam-se condições meteorológicas A resposta não é simples, não é imediata e
agressivas, inundações, epidemias e ondas de calor muito menos será segura, qualquer que ela seja. Mas
que ultrapassam, em muito as condições que já há pelo menos uma certeza, as modificações estão aí
experimentámos até hoje. e merecem a melhor das atenções
“Uma Verdade Inconveniente”, livro que independentemente do cenário futuro em que se
entretanto foi passado a documentário acredite.
cinematográfico, oferece-nos a visão apaixonada de Perante esta evidência é lícito que
um homem que alerta para os perigos do coloquemos a questão: Então e agora?
aquecimento global e que tem como causa o Socorremo-nos do nosso saudoso e ainda
aumento da quantidade de dióxido de carbono, um inspirador Professor José Pinto Peixoto, quando há
dos gases que provoca o chamado efeito de estufa. mais de 20 anos escreveu com a sua habitual clareza
Al Gore, autor do livro e ex vice-presidente e discernimento, um ensaio sobre O Homem o
dos Estados Unidos, traz-nos os argumentos Clima e o Ambiente.
persuasivos, que nos explicam que já não podemos Em determinado momento afirmava ser
olhar para o problema do aquecimento global como tempo de começarmos a compreender melhor a
uma questão política, mas sim como o maior dos acção do Homem sobre o ambiente, pois a crise do
desafios que a humanidade tem de enfrentar no ambiente é uma crise da entropia e o aumento
curto prazo. desta, que se verifica com as transformações de
E para Al Gore, o maior obstáculo a uma energia associadas à actividade do Homem, conduz
compreensão clara do que é a crise climática de forma mais ou menos acentuada a uma
prende-se com o facto de muita gente continuar a depreciação do ambiente. Por isso, teríamos de
acreditar que a Terra é tão grande que nós, seres reconsiderar a utilização da tecnologia.
humanos, não poderemos ter impactes relevantes Mas também deixou claro que os que só vêem
na forma como o sistema ecológico do nosso os pecados da tecnologia pecam também por
planeta funciona. soberba ou erram por ignorância e falham por não
Como para qualquer problema em que reconhecerem que a situação poderia ser mais
pensemos existe sempre a possibilidade do gravosa caso parasse a procura de novas soluções
contraditório e este tema não foge á regra. tecnológicas.
De facto, alguns climatologistas, com tanto Deste modo, a situação actual deve ser
prestígio como os que defendem o oposto, colocam encarada como uma fase com riscos mas positiva na
em dúvida, não a existência do efeito de estufa, nem evolução contínua da humanidade. Assim e como
o aumento significativo do teor em dióxido de em tudo na vida há que estar preparado para as
carbono verificado nos últimos 50 anos e que teve alegrias e para as tristezas, porque há sempre mais
origem nas actividades desenvolvidas pelo Homem, para aprender. Esta será, possivelmente, uma das
o que eles questionam é se ele é capaz de influenciar respostas para resolver tão grave problema.
o curso da evolução climática à escala planetária ou Assim, terminamos com uma mensagem
se já começou a fazê-lo. expressa no Eclesiastes, uma mensagem que deve
Qualquer das posições fundamenta o seu ser lida como uma palavra de esperança:
ponto de vista em estudos mas discordam dos Porque na muita sabedoria há muita tristeza,
métodos ou dos modelos seguidos. todo aquele que aumenta a sua ciência
Perante estes cenários alternativos é lícito que aumenta a sua dor
as dúvidas possam surgir nas nossas mentes e que

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Eco Parlamento Jovem 2007
Decorreu nos dias 26, 27 e 28 de Outubro, O debate de ideias decorreu no Museu de
em Paris, uma reunião de jovens europeus, cada História Natural de Paris, durante todo o fim-de-
um em representação de projectos desenvolvidos semana. Estiveram presentes representantes
nos respectivos países de origem. O nosso jovens e moderadores de Portugal, Espanha,
projecto, “Valorização da Rolha de Cortiça”, foi Hungria, República Checa, França, Bélgica e
um dos escolhidos para representar Portugal. O Alemanha. Estiveram ainda presentes
objectivo da reunião foi a discussão dos moderadores provenientes do Reino Unido e da
problemas ambientais da actualidade. O outro Eslovénia. Foram formados subgrupos entre os
projecto nacional foi realizado em Viana do jovens, em que se discutiram palavras-chave e
Castelo e consistia num trabalho de pesquisa depois, em conjunto, se planeou o formato do
acerca das diferentes espécies de borboletas relatório final. Paralelamente decorreram reuniões
existentes na região. A selecção dos projectos, de dos moderadores ligados a entidades relacionadas
um total de cerca de vinte a nível nacional, foi com a defesa do meio ambiente. Esteve
concretizada pela Sociedade Ponto Verde em representado um membro da UNESCO que
colaboração com o Instituto Português da discursou acerca da “Educação para o
Juventude. A mesma patrocinou a viagem de um Desenvolvimento Sustentável em Acção”, tema
representante de cada um dos projectos enquadrado no plano de acção da ONU, com o
seleccionados. mesmo nome, para a década de 2005-2014. Em
A reunião em Paris teve como objectivo o todas as actividades, a língua de trabalho foi o
apuramento das ideias gerais para a produção de inglês.
um relatório de nome “Vamos mudar os nossos Os pontos positivos a ressaltar foram os
hábitos diários!”. O relatório será desenvolvido laços estabelecidos entre os delegados de várias
pelos grupos de cada país, em conjunto, via nações, não obstante a curta estadia e,
internet, de modo a alertar e sugerir medidas às especialmente, as boas ideias para inclusão no
populações dos respectivos países acerca da relatório que deste encontro advieram.
utilização e protecção do ambiente de forma O relatório será agora escrito até Maio, data
sustentável. O nosso grupo terá um capítulo no em que será entregue à UNESCO em Praga, no
qual colaborar que provavelmente será intitulado qual o nosso grupo voltará a estar representado.
“Abordagem Científica”, isto é, uma reflexão
fundamentada sobre os efeitos que a vida diária
poderá originar no ambiente a nível global. Ana Carolina Fidalgo

Delegados nacionais representante de Portugal: Carolina Fidalgo (ESF) e Diogo (Viana do Castelo)

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Recorda-se que o projecto «a valorização da rolha de cortiça» foi desenvolvido no ano passado por
um grupo de alunas do 9º ano (Ana Carolina Fidalgo, Sara Amaral, Ana Cláudia Abrantes e Ana Patrícia
Martins) no âmbito do projecto do Empreendedorismo realizado na Escola Secundária c/ 3º Ciclo.
O Olho Vivo quis saber mais sobre os projectos destas alunas e decidiu entrevistá-las
O.V.- O vosso projecto «a valorização da rolha O.V.-O que pretendem fazer na escola para
de cortiça» foi seleccionado a nível nacional para sensibilizar a comunidade escolar para o lema do
representar Portugal num projecto mais amplo de projecto «vamos mudar os nossos hábitos»?
projectos ambientais ao Eco-Parlamento jovem.
Como se sentem com esta responsabilidade? Sara – Na escola, pretendemos divulgar o nosso
projecto e sensibilizar os alunos para estas
Carolina - Esperamos estar à altura das questões mas o nosso objectivo é sensibilizar a
expectativas e tentar representar bem não só a comunidade em geral nomeadamente os órgãos
nossa turma e a nossa Escola como também com mais poder porque eles têm mais poder para
Portugal e esperamos motivar as pessoas para se mudar algo nas questões ambientais.
preocuparem com os problemas ambientais
presentes e futuros. O.V.- Como surgiu a ideia de trabalhar este tema?

O.V.- Que outros países estão envolvidos no Ana Patrícia – A professora Isabel Ferreira viu
projecto? um programa de televisão que passa de manhã
sobre este tema. Apresentou-nos a ideia em
Carolina - França, Espanha, República Checa, Formação Cívica. Aceitámos e começámos a
Hungria, Eslovénia, Bélgica, Canadá, Reino desenvolver o projecto na Formação cívica e
Unido, Alemanha e Portugal, claro. depois passámos para a Área de Projecto.
Depois, surgiu a oportunidade de concorrermos
O.V.- Acham que o vosso projecto tem ao Empreeendedorismo. Decidimos concorrer
viabilidade para ficar bem classificado ou mesmo com este projecto, fomos seleccionadas e a partir
sair vencedor? daí começámos a desenvolvê-lo mais.

Carolina - Isto não é um concurso. O objectivo O.V.- Tiveram apoios para a elaboração do vosso
deste projecto é trabalharmos todos em conjunto trabalho?
para tentarmos elaborar o relatório para a
UNESCO. Penso que o mais importante é Sara - Sim, houve professores que nos apoiaram,
alertarmos as pessoas para as questões ambientais restaurantes que colaboraram e a Câmara do
e sobretudo mostrar o que os jovens têm a dizer Fundão que se disponibilizou para ajudar no
aos que têm poder. transporte quando decidimos alargar a rede à
Covilhã.
O.V.- A vossa participação nesse projecto
Europeu já começou com a estadia de dois dias O.V.-O que vos levou a participar no projecto do
em Paris. Como decorreram as sessões de empreendedorismo? O prémio?
trabalho?
Sara – Não porque nem sabíamos que haveria
Carolina - Em Paris, os vários delegados prémios. Foi mais por acharmos que o nosso
estiveram em reuniões, primeiro em grupos projecto tinha características empreendedoras e
pequenos (apenas três elementos de cada país) em então decidimos concorrer.
que estivemos a tentar encontrar palavras chave
relacionadas com problemas ambientais e a O.V.- Como é que se deu a passagem do projecto
apresentar soluções para esses problemas. do empreendedorismo para este projecto
Depois, em conjunto, estivemos a debater como internacional?
havíamos de escrever o relatório que vamos
entregar à UNESCO e como deviam ser Carolina- Surgiu a oportunidade de
constituídos os capítulos. participarmos no Eco-Parlamento jovem e
decidimos tentar expandir o nosso projecto para

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uma escala mundial porque quanto mais pessoas
recolherem rolhas, melhor é para o nosso O.V.- Uma das quatro tinha escolhido o Curso
projecto. Científico Tecnológico e depois mudou para o
curso de Línguas e Humanidade. A que se deve
O.V.- Sempre se interessaram por temas esta mudança?
ambientais?
Ana Claúdia – Porque sempre gostei do
Sara - Sim claro, nos século XXI, um dos temas contacto com as pessoas. Inscrevi-me no CT mas
que mais se fala é o dos problemas ambientais e o que eu quero seguir é jornalismo e achei que o
nós estamos preocupadas com o futuro. Daqui a CT não tinha nada a ver. Eu participei no
uns anos haverá muito mais poluição e é projecto mais pelo tema, não pelo facto de estar
necessário começar a prevenir. preocupada com temas ambientais.

O.V.- De onde vem a vossa atracção pela ciência O.V.-O que vão fazer no futuro? Continuar a
ambiental? participar em concursos? Nesta área ou noutra?

Carolina – O meu pai sempre me incentivou Carolina - Eu penso que participar é sempre
para estas questões. Todos os pais incentivam importante, seja com este projecto ou com outro.
mas o meu em particular. Achei o projecto
interessante, tem a ver com civismo… Sara - Se houver algum dia um concurso ou um
projecto onde este tema se enquadre mesmo,
O.V.- Foi por isso que duas de vocês escolheram mesmo, então aí sim, concorro
o curso Cientifico Tecnológico?
O.V.- Já receberam algum prémio com este
Sara - No meu caso, mais ou menos. Sempre me trabalho?
interessei pela área das Ciências. No futuro, quero
seguir na área da Saúde. Então o CT era o curso Sara - Não, enfim, sim; recebemos um prémio na
mais indicado para mim. Não foi tanto pela Escola quando houve o encontro de trabalhos da
ciência ambiental. Área de Projecto. Foi a única vez que recebemos
algo mais material, uma pen.
Carolina - Eu gosto mais de Letras mas fui para
o CT porque posso ter uma formação mais geral O.V.- Obrigada pela entrevista. O Olho Vivo
e acho que os conhecimentos que vou adquirir deseja-vos as maiores felicidades.
neste curso vão ser importantes no futuro mesmo
que siga para um curso de Letras que é o que
provavelmente vai acontecer. Mas Ciências Entrevista dirigida por Vanessa Couto e Ana Corte, 9º B
ambientais também me preocupo com isso, aliás
toda a gente deveria preocupar-se.

FAZ COMO ESTAS JOVENS.

INCREVE-TE NO PROJECTO «EMPREENDEDORISMO PARA A EDUCAÇÃO»

INSCRIÇÕES ATÉ DIA 10 DE DEZEMBRO.

INFORMAÇÕES NO ÁTRIO PRINCIPAL

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Os Histéricos divulgam o Empreendedorismo
No dia 22 de Novembro, alguns alunos do Grupo de Teatro Histérico da nossa escola participaram em
duas acções de divulgação do Projecto “Empreendedorismo Para a Educação” .
Estas acções consistiram na representação de uma performance que alertava os alunos para a importância
do projecto, informando-os que se deverão inscrever até dia 10 de Dezembro, na Secretaria. Durante o intervalo
maior, na biblioteca, com a ajuda do Sr. José (bom actor!!!) e no buffet, no meio do reboliço habitual, os alunos
foram surpreendidos com a intervenção dos Histéricos que se fizeram ouvir e que fizeram rir!!!
Aqui fica o diálogo que foi representado e não se esqueçam: Não deixem fugir as boas ideias!!!..
Ficamos à espera dos resultados …

Alunos discutem baixinho no buffet e anfiteatro ou Biblioteca. Alguém come (ou lê) . Há mais gente a fazer
de secretários dos dois primeiros. Alguém se entusiasma e sobe para cima da cadeira:

Senhor José – Vamos começar! Meninos…! Meninos! Podem estar em silêncio agora por favor que
queremos começar?
– Mas nós já começámos…
– O empreendedorismo tem a ver com seres capaz de fazer sozinho… e de pores as tuas ideias em prática!
– (Sobe também para a cadeira) Sim, é verdade… mas para além disso tens de ser criativo… tens de ser capaz
de inovar…
– Estou aqui a lembrar-me dos projectos do ano passado!
– Altamente!
– Fabricar sabão na escola para pôr nas casas de banho!!
– Reciclar rolhas de cortiça!
– Até pensaram em fazer um controle remoto para uma empilhadora, pá… um RC!!
– Houve projectos para ajudar a proteger as plantas que temos na Gardunha, o nosso mel, o nosso
queijinho!
– Pois foi! Foi a luta contra a Mosca do Queijo! Tcham tcham tcham tcham!!!
– Mas também tens de assumir riscos!
-Que riscos? Não me digas que ter boas ideias é arriscado??
– É! Vais ter que ser capaz de planear e… por exemplo… se achares que há alguma coisa que não está
bem…ou pelo menos que pode melhorar… tu podes fazer uma proposta para melhorar essa realidade!
– Estou-me a recordar de um grupo que tentou ajudar crianças abandonadas ou com maus tratos…
– É verdade! Pelo menos podemos tentar! Sim… claro que sim… (Enquanto descem das cadeiras e se sentam
nas mesas para acabar de comer)
-É como diz “o outro”, se não saíres daí não rendes…Toca a mexer!!
– Hei! (sobe para a cadeira) … Esperem lá… (tornam a subir para as cadeiras) … Em primeiro lugar: como é
que eu sei que a minha ideia é uma boa ideia?
– Se na tua proposta usares a criatividade e a inovação… Ser diferente Meu, marca a diferença!!!(desce)
– … E se estiver dentro do espírito empreendedor…pode muito bem vir a ser seleccionada! (desce da
cadeira)
– É isso!
– Porque em potencial somos todos empreendedores!
– Mas onde e até quando é que posso entregar a candidatura?
– Deixa-me cá ver… (procura um papel) … Até ao dia 10 de Dezembro às 16:30 h na… Secretaria cá da
Escola!
– Vá pessoal, saiam da caixa! Mexam-se! (incentivando)
– Vá pessoal, não fiquem parados! (a rogar) Agarrem as vossas ideias, não as deixem fugir!!!
– Eu acho que consigo! Estou aqui com uma ideia a fervilhar… (confiante) Mas que bela ideia!
– Ok! Também quero participar (impulsiva) … queres partilhar a tua ideia comigo? E se formássemos uma
equipa? (aceita e juntam-se para discutir ideias)
– Ok pessoal, ora… 1…2 …3… (conta consigo) … 4!
– Vamos também formar uma equipa de trabalho, boa?!
– Boa! Mãos à obra! (e discutem os temas de forma a que se possam ouvir… até tocar para a entrada… e saem.)

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Tolerância na RCB
tudo o programa ficou interessante e a experiência valeu
o esforço e os nervos!
A nossa pivot foi a Ana Margarida Barroca que
tratou do guião do programa: apresentação dos
convidados, as perguntas a fazer, as músicas a passar e a
sua duração.
Ao ouvirmos o programa apercebemo-nos que
alguns aspectos poderiam melhorar, como por exemplo,
as músicas não ser tão compridas e os entrevistados
poderiam ter conversado mais naturalmente e ter dado
mais informações sobre os trabalhos realizados… Para a
próxima será mais fácil, porque estaremos mais
descontraídos!
Gostaria de referir que os alunos se divertiram muito ao
realizar o programa, e que também gostaram do
resultado final. Isto porque, para além da novidade desta
No passado dia 14 de Novembro os alunos da experiência, o objectivo era mesmo o de alertar a
turma 11ºAS realizaram um programa de rádio na RCB, sociedade para o problema de haver grupos
sobre o Dia Mundial da Tolerância, dando continuidade discriminados. Assim, falou-se da falta de tolerância em
aos trabalhos realizados no décimo ano na disciplina de relação aos toxicodependentes, crianças, idosos e
Filosofia. deficientes. No fim de tudo penso que conseguimos
Durante as gravações, os alunos estavam um alertar todas as pessoas para este problema, e talvez
pouco nervosos, o que fez com que as gravações consigamos convencê-las de que devem ser mais
tivessem de ser repetidas muitas vezes. Mas, no fim de tolerantes para estes grupos alvos.
Filipa Tomás, 11º A

OS LOBOS
Sempre que se entra num café no sábado esta situação não se aplica apenas ao râguebi, mas
ou no domingo à noite, a televisão está sempre também a outros desportos como o “futsal” ou o
sintonizada na “Sportv” e as pessoas estão todas a “basquet”, que são menosprezados relativamente
ver um jogo de futebol. ao chamado “desporto rei”.
Durante a semana, em todos os telejornais Sendo mais específico, consideremos o
fala-se obrigatoriamente sobre o mesmo assunto: exemplo de atletismo. Os nossos atletas, que
aquele clube que perdeu, o outro que ganhou e o conseguem atingir grandes feitos, como Vanessa
escândalo da arbitragem. Fernandes ou Obikwelu vêm dizer que não têm
Abrimos um jornal e a perseguição condições para treinarem em Portugal, enquanto
prossegue. Há sempre um destaque a uma vitória o Estado gasta milhões e milhões na construção e
ou derrota e muitas vezes a primeira página é manutenção de estádios de futebol que nem
ocupada pelo mesmo assunto. sequer são utilizados até à sua máxima
Recentemente, houve algo que conseguiu capacidade.
substituir esta constante durante algum tempo, o Concluindo, dá-se demasiada importância
râguebi, visto que a selecção portuguesa, os ao futebol, enquanto que outros desportos são
Lobos, conseguiu chegar ao mundial. deixados de parte, sem recursos, impedindo-os de
O problema é que, após este feito, serem mais competitivos.
prontamente se esqueceu esta modalidade. Ora,
Duarte Miranda, nº 8, 10º CT3

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O interessante acontece dentro ou fora das quatro linhas?
Quando os portões se abriram, uma fila com adolescentes riem-se, quais hienas com o
mais de cinquenta carros apressou-se a entrar para comportamento dos seniores da aldeia e as poucas
dentro do estádio. Queriam certamente os melhores mulheres presentes ajudam na gritaria, como se
lugares pois aqui “no interior” não há “assentos competissem contra os homens.
marcados”. A população que vem ver o jogo não é O árbitro apita para o intervalo.
muito diversificada, na sua maior parte, homens com Inicia-se uma corrida em direcção ao bar na
mais de sessenta anos que, por vezes, trazem os netos esperança de conseguir comer qualquer coisa antes do
na ânsia de lhes incutir o gosto pela “bola”. fim do intervalo. Agora, a conversa incide sobre a
Adolescentes e mulheres são raros, embora os poucos incompetência do árbitro, seja ele competente ou não.
que aparecem, são os que mais atenção dão ao que se Mal começa a segunda parte, a gritaria
passa no terreno de jogo… recomeça. Agora com menos intensidade pois as
Esta “peregrinação” ao estádio acontece uma pessoas têm ainda a boca “ocupada”, mas passados
vez em cada duas semanas, quando a equipa local joga cinco minutos, ela recomeça com a mesma intensidade
em casa e tornou-se na única ocasião em que jovens e de anteriormente.
idosos convivem. Pessoas que noutras Quando acaba o jogo, pouca gente se
circunstâncias nem se falariam, dentro do estádio preocupa com o resultado, encorajando sempre a
falam, gritam e sofrem em conjunto… equipa dos “marmanjos” locais. Toda a gente sai da
Antes do jogo começar, as pessoas vão partida com as frustrações aliviadas pela “berraria” de
chegando, vão-se sentando e vão tendo as conversas noventa minutos. Agora pergunto: Não serão estes
de rotina: ”Como vai?”; “Eu vou bem e você?”; “Esse jogos tão ou mais interessantes do que os jogos de
é o seu neto?”, “É, veio passar uns dias com os avós.”; primeira liga em que os jogadores jogam pelo dinheiro
“Meu Deus, da última vez que o vi estava tão e não pelo mero prazer de jogar?
pequeno! Agora está um matulão ”. Fala-se da crise, Não será o apoio dos adeptos aqui mais forte
das mulheres, dos maus resultados do Benfica… e genuíno do que nas claques “organizadas” dos
Enfim, de tudo um pouco. grandes clubes que, não raras vezes, provocam cenas
O bar do estádio, explorado pelo dono do café de pancadaria retransmitidas em directo pela televisão?
da aldeia, vai fazendo algum dinheiro com a venda de Será que não é este o verdadeiro objectivo do
bifanas, copos de vinho, cerveja e sumos (para os mais desporto, ou seja, jogar por prazer, promover o
novos). convívio e permitir a “mistura” entre várias gerações
Enfim, tudo está em perfeita harmonia… no apoio à equipa da terra?
Mas eis que começa o jogo. A calma conversa Aos domingos, estes jogos nas aldeias são tão
entre jovens e idosos é substituída por uma “chuva” importantes como a missa, e como na missa, o que se
de palavrões dirigida ao árbitro. As crianças ficam passa fora dela é mais importante que o que se passa lá
desapontadas (mas, em parte entusiasmadas com a dentro…
atitude dos mais velhos, alguns deles seus avôs), os
Guilherme Freches, 10º CT3

Christmas Sale – Venda de natal


Os alunos do 9º ano estão a organizar uma venda de natal nos
dias 14 e 15 de Dezembro, 6ª feira e sábado à tarde. O objectivo é
financiar a visita de estudo a Londres nas férias da Páscoa.
Se tem lá em casa coisas de que já não precisa em bom estado, colabore e entregue-as na escola
para serem vendidas na nossa venda de natal. Aceitam-se livros, jogos, discos, filmes, objectos de
decoração, bijutaria, roupa, decorações de natal, doces e salgados, produtos regionais etc. Os objectos
doados podem ser entregues na escola aos professores do Departamento de Línguas Germânicas ou à D.
Zita, com a indicação do nome e contacto da pessoa que os oferece.
Haverá actividades de animação e um Tea Room no espaço onde irá decorrer a venda de natal. A
escola estará aberta à comunidade nestes dois dias das 14.00 às 18.00 horas.
Este natal venha à escola fazer compras e descubra presentes baratos e originais.

Departamento de Línguas Germânicas

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Futuro Cinzento
As alterações climáticas, derivadas do alterados, ou pelo menos minimizados, se todos
aquecimento global e da delapidação de recursos contribuirmos com um pouco: reciclando,
naturais, afectam-nos cada vez mais, directa e controlando a emissão de gases poluentes para a
indirectamente. E é impressionante observar atmosfera… Os proprietários das fábricas devem
pessoas que não se preocupam minimamente com repensar os seus projectos tendo em conta também
este assunto que diz respeito a todos. o ambiente, a natureza.
Perante notícias que constantemente se É lamentável observar a indiferença das
ouvem, que “as alterações climáticas podem vir a pessoas relativamente a este problema que toca a
causar danos gravíssimos”, é lamentável ouvir todos. Poderemos não estar cá para assistir a estas
adultos, cultos e informados, dizer que “Quando catástrofes, mas os nossos descendentes irão sofrer
isso acontecer eu já cá não estarei para assistir”. as consequências dos nossos actos. Não é pedir
Tendo em conta a quantidade de informação que muito dar-se alguma atenção ao ambiente e poupar
existe na Internet, jornais, revistas, programas recursos que, ao contrário do que muitos pensam,
televisivos, é inadmissível que se aceitem não são inesgotáveis.
comentários deste género. Como se costuma dizer, não é ignorando os
É certo que estas conjecturas (será problemas que estes se resolvem. Deve-se ter
impossível habitar na Terra com as temperaturas consciência que a situação do planeta não é assim
que se prevêem) são feitas a longo prazo, o que não tão agradável como aparenta ser. Muitas pessoas
coíbe a possibilidade de os recursos naturais se iludem-se, mas o certo é que já se começam a notar
esgotarem cada vez mais rápido (com o aumento da algumas diferenças, nomeadamente Invernos menos
população, em certas zonas), o descongelamento frios e Verões mais secos.
dos pólos ser cada vez mais veloz, a alteração das É caso para dizer que o futuro está nas
temperaturas que irão provocar desequilíbrios nos nossas mãos, e que todos conseguimos ser
ecossistemas e extinção de espécies, entre outros inteligentes o suficiente para encararmos a realidade
igualmente importantes. e tentar solucionar estes problemas.
Se pensarmos racionalmente, chegaremos a
uma única conclusão: estes desastres podem ser
Adriana Quelhas, 10ºCT3, 2007-11-13

FORUM DE DISCUSSÃO DO OLHO VIVO


O Olho Vivo tem, no Moodle da Escola, morada: http://escola-sec-fundao.ccbi.com.pt, uma página para
enviares os teus textos (notícias, crónicas, poesias, entrevistas, visitas de estudo, fotos …). Além disso, podes em
cada mês participar numa sondagem e num fórum de discussão sobre temas da actualidade ou do interesse da
comunidade educativa. O Olho Vivo agradece a tua colaboração. Participa no próximo mês de Dezembro!

O mês de Novembro foi marcado por graves nenhum acidente automóvel com culpa. O segundo
acidentes rodoviários. Para combater a sinistralidade nível, de cor laranja, é para os automobilistas que no
rodoviária, o Ministério da Administração Interna último ano tiveram responsabilidades em dois
está a estudar a diferenciação entre bons e maus acidentes. Por fim surgem os condutores de risco
condutores, através do sistema de dísticos. O máximo, identificados com a cor vermelha, é
programa chama-se "Risco Zero" e pretende premiar atribuído a todos os que tenham provocado mais de
os automobilistas cujo desempenho nas estradas é dois acidentes no último ano ou aos que, nos últimos
imaculado e castigar os infractores. Vão ser afixados dez anos, tenham provocado quatro ou mais sinistros.
dísticos de três cores nas viaturas, consoante o nível Os dísticos deverão ser colocados no canto inferior
de confiança atribuído a cada um. Verde é destinado esquerdo de cada veículo "ao lado do condutor) e
aos automobilistas de risco mínimo, ou seja, aqueles permanecer sempre visíveis.
que nos últimos três anos não tenham originado

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O Olho Vivo, no seu fórum de discussão, pediu aos seus colaboradores que dessem a sua opinião
sobre esta medida. Agradece aos que participaram e lamenta que tenham sido apenas professores a fazê-lo.

FORUM DE DISCUSSÃO DO OLHO VIVO


A questão apresenta-se bem interessante e em simultâneo
polémica...
Esta questão é muito complexa, pois a sinistralidade em
Portugal está a diminuir paulatinamente, mas ainda apresenta
valores extremamente preocupantes...
Penso que a sinistralidade se relaciona com um conjunto de
factores (objectivos e subjectivos) muito diversificados e
variados. Campanha contra a Sinistralidade
O facto de a nossa Democracia, ainda ser jovem, é para mim
um desses factores subjectivos. O civismo dos
Na minha opinião é uma medida
condutores nas estradas e a dicotomia direitos/deveres
confusa e pouco eficaz. Ora vejamos:
entre os diversos intervenientes, deixa ainda, muito
Como é que se poderá distinguir os bons
caminho a percorrer na meta final da MATURIDADE. Os
dos maus condutores, se a mesma viatura
dísticos mais ou menos coloridos, pouco o nada resolverão,
pode ser conduzida por várias pessoas?
pelo contrário poderão originar ainda mais falta de civismo
Contudo, a questão da sinistralidade
e situações de conflito, num país que já anda tão pouco
deve continuar a ser alvo de reflexão e
colorido...
de debate, no sentido de se
Jorge Bonifácio encontrarem soluções mais eficazes
Esta medida, por princípio, pode considerar-se aceitável na que conduzam a um maior civismo e
justa medida em que se continua a matar nas estradas respeito por quem anda na estrada.
portuguesas todos os dias e sem que isso signifique que os
responsáveis sejam punidos e não consideramos que o Maria da Luz Vieira
pagamento de uma multa ou a simples inibição de conduzir
por um período relativamente curto, por vezes suspenso,
seja suficiente. Posso admitir a intenção como boa, mas
E se é verdade que alguns acidentes podem ocorrer e ter é discriminatória e impõe o princípio da
como causa situações não imputáveis aos condutores, dupla penalização. Certamente que os
outras estão directamente ligadas a hábitos de condução infractores, se estão identificados, é
agressiva, falta de respeito pelas regras de trânsito mais porque já pagaram por isso. Não podem
elementares, falta de cuidado com os órgãos dos veículos ser eternos pecadores... Além disso,
directamente relacionados com a segurança, ingestão de considero ainda que a medida pode ser
bebidas alcoólicas... perniciosa e acarretar mais dano que
Ora é preciso agir e fazer sentir aos condutores que a proveito porque vai introduzir um alto
permissão de conduzir não é um direito mas sim um dever factor de distracção nas estradas,
de saber ser e saber estar na estrada. Mais, o facto de ter podendo provocar ainda mais acidentes.
seguro não diminui em nada a sua responsabilidade e não Sabe-se que a curiosidade matou o gato!
pode ser entendido como a cobertura que o habilita a
João Afonso
poder agir de forma sistematicamente irresponsável [ e é
para os comportamentos repetidos que se aplicará este tipo
de medidas] pois sente-se protegido do ponto de vista Preferia saber que os grandes
financeiro, pelo menos, contra terceiros. Assim, assinalar infractores ao código da estrada são
os condutores potencialmente mais perigosos poderá verdadeiramente impedidos de
revelar-se pertinente e motivador para novas práticas de continuar a conduzir através de uma
condução mais defensiva, pois não estamos a ver inibição permanente ou bastante
quem queira ser portador de tal peso! duradoura. É óbvio que é necessário
A situação inversa [assinalar os bons condutores] também implementar uma fiscalização efectiva e
transporta uma forte componente motivadora. responsável.
José Pina Fátima Corredoura

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Promover a leitura
Jane Austen na Biblioteca Municipal do Fundão
No dia 6 de Novembro, as alunas Ana Filipa Figueira e Luciana Leal, do 11º AS, apresentaram, na
Biblioteca Municipal do Fundão o livro de Jane Austen, Orgulho e Preconceito

O Departamento de Línguas Românicas da Beira Interior para esta partilha de experiências


da Escola Secundária do Fundão e a Biblioteca de leitura
Municipal do Fundão uniram-se num projecto Depois de ouvidos os alunos que
que visa promover e estimular a prática da leitura, participaram nesta actividade, podemos
numa perspectiva interdisciplinar, entre os alunos considerar que esta valeu a pena e foi muito
de 3º ciclo e do ensino secundário. positiva.
Este projecto envolve alunos da escola No dia 26 de Novembro, terá lugar a
secundária que apresentam a sua experiência de segunda sessão com a apresentação da obra de
leitura, num espaço diferente, para os colegas da Jorge Amado, O Gato Malhado e a Andorinha
turma e de outras turmas convidadas a assistir. A Sinhá, pelas alunas Ana Filipa Fortunato e Magali
equipa da biblioteca municipal organiza Barbosa do 8º A, e no dia 11 de Dezembro, a
actividades e contacta com personalidades que terceira e última sessão prevista para o primeiro
podem dar o seu contributo para uma abordagem período, dedicada ao livro Rapariga com Brinco
interdisciplinar da leitura. de Pérola, de Tracy Chevalier , que será
A primeira sessão teve lugar no dia 6 de apresentado pela Ana Sofia do 10º CT1.
Novembro, assistiram a esta apresentação os
alunos das turmas de 11º ano AS e CT1. Foi Valeu a pena? Tudo vale a pena
convidada a Drª Paula Mesquita, da Universidade Se a alma não é pequena.

Fernando Pessoa, Mar Português

Maria de Jesus Lopes

Um Livro que aconselhamos: Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

O romance retrata a interessar-se bastante por Jane, sua filha mais


relação entre Elizabeth velha, logo no primeiro baile em que ele, as irmãs
Bennet e Fitzwilliam e o Sr. Darcy, seu amigo, comparece.
Darcy na Inglaterra rural Enquanto o Sr. Bingley é visto com bons
do século XVIII. Lizzy olhos por todos, o Sr. Darcy, por ser frio, não é
possui outras quatro bem visto. Lizzy, em particular, não gosta dele,
irmãs, nenhuma delas por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em
casadas, o que a Sra. que se encontram. Mas o mesmo não acontece
Bennet, mãe de Lizzy, com Darcy que, realmente, se encanta por Lizzy,
considera um absurdo. sem que ela saiba do facto.
Quando o Sr. A partir daí o livro mostra a evolução do
Bingley, jovem bem relacionamento entre eles e os que os rodeiam,
sucedido, aluga uma mansão próxima da casa dos mostrando também, desse modo, a sociedade do
Bennet, a Sra. Bennet vê nele um possível marido final do século XVIII.
para uma de suas filhas. De facto, ele parece

Informação sobre a autora: Jane Austen é considerada geralmente como a segunda figura mais
importante da literatura inglesa depois de Shakespeare.

O único retrato conhecido desta é um esboço feito pela sua irmã que se encontra agora na galeria
nacional de arte (National Gallery) em Londres.

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Experiências interessantes

No dia 6 de Novembro de 2007 estivemos Consideramos que a apresentação foi muito


na Biblioteca Municipal do Fundão onde positiva.
apresentamos oralmente o livro Orgulho e Após esta experiência, surgiu outra actividade:
Preconceito de Jane Austen. Nesta apresentação participámos no programa de rádio da nossa
assistiram as turmas do 11ºAS e 11º CT1 e ainda escola "Dias de Escola", onde fizemos uma
a professora da UBI, Drª. Paula Mesquita. pequena apresentação do livro que lemos Orgulho
Esta apresentação foi uma grande e Preconceito, dando-o a conhecer a todos os
experiência para nós, pois nunca tínhamos ouvintes.
realizado nenhuma em frente a tantas pessoas. Ao Pensamos que os alunos da nossa escola
início sentíamo-nos muito inseguras e nervosas, deviam participar neste tipo de actividades, pois,
mas com o decorrer da apresentação fomo-nos para nós, tudo isto foi uma grande experiência
ambientando e ficámos mais calmas. que aconselhamos e quando tivermos outra
oportunidade voltaremos a repetir.

Ana Filipa e Luciana Leal

HÁBITOS DE LEITURA
As actividades que a Escola tem vindo a desenvolver no âmbito da promoção da leitura tem surtido
algum efeito. Vemos os alunos cada vez mais envolvidos na leitura e as actividades relacionadas com o
contrato de leitura são prova de que algo está a mudar na vida dos nossos jovens. Uns decidem ler a obra
que o amigo ou a amiga apresentou e aconselhou e acabam por gostar; outros lêem porque a isso são
obrigados e pouco a pouco o gosto nasce.
Foi precisamente sobre os hábitos de leitura que o Olho Vivo organizou uma sondagem que
passamos a divulgar na página seguinte.

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Responderam à sondagem sobretudo professores (44%) e alunos do Ensino secundário (44%). Apenas
12% dos inquiridos são alunos do 3º Ciclo. O sexo é maioritariamente feminino e a maior faixa etária situa-
se maioritariamente entre os 15-17 anos.

Público inquirido Idades dos Inquiridos


8%
12%
38%
44%

41%
44%
13%
3º Ciclo
Ensino Secundário 12_14 15_17 26_40 41_65
Professores

Leitura preferida
17% Os livros são o que mais se lê (45%), a seguir
45% vêm as revistas (37 %). Apenas 17% lê
jornais apesar de 59% afirmar que compram
jornais e revistas uma vez por semana e 42%
38% dizerem que lêem revistas ou jornais todos os
dias. Muitos dos alunos recorrem à biblioteca
para se actualizarem.
Livros Revistas Jornais

Compra revistas ou jornais


8% 4% 8%
21%

A maioria dos inquiridos lê revistas e


jornais apenas de vez em quando ou
59% uma vez por semana
Nunca De vez em quando
Uma vez por semana Todos os dias
Uma vez por mês

Lê revistas ou jornais

29% 29%

42%

De vez em quando Todos os dias


Um vez por semana

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Média de livros lidos por ano
4% Metade dos inquiridos afirma ler mais
17% de cinco livros por ano, o que já não
é mau.
Dos que lêem mais de 5 livros por
50% ano (67%) são professores e 33%
13%
alunos.
8% 4,5 livros por ano é a média de livros
8%
lidos pelos nossos inquiridos, 4 é a
Mais de 5 5 4 3 2 1 média lida por parte dos alunos.

Géneros preferidos
8% 4% 13%
A liderar o ranking do género de 8%
17%
leitura estão as aventuras
seguidas da Literatura
Romanesca e do romance 17%
13%
histórico. A Banda Desenhada é 20%
pouco lida assim com os diários
e as memórias. Ficção científica Outro
Nenhum dos inquiridos referiu a Ficção romanesca Aventuras
Literatura policial e a poesia Histórias fantásticas Romance histórico
Diários Memórias Banda desenhada

Preferência

A preferência vai tanto para livros de autores


50% 50% portugueses como para escritores estrangeiros.

Lit. Estrangeira Lit. Portuguesa

Estes são resultados de uma sondagem do OLHO VIVO, realizada na Plataforma Moodle entre 25 de
Outubro e 24 de Novembro de 2007.
Apesar das melhorias verificadas, os hábitos de leitura ainda estão aquém do desejado; por isso é
necessário continuar com a promoção da leitura, através do Plano Nacional de Leitura e da rede de
bibliotecas escolares, com o contrato de leitura implementado nas aulas de Português e de outras
actividades desenvolvidas pelos departamentos, nomeadamente o de Românicas que tem vindo a promover
projectos neste âmbito, que tiveram a oportunidade de ver noticiados neste jornal e no anterior (projecto na
Biblioteca, na Rádio Cova da Beira e o 2º concurso de Leitura que terá lugar na nossa Escola no dia 15 de
Janeiro. Uma medida nova resultante de uma parceria entre o Plano Nacional de Leitura e os centros de
Saúde e Hospitais Pediátrico também pode melhorar esta tendência para a leitura. A promoção de leitura
junto de famílias com crianças nos Centros de Saúde e nos Hospitais pediátricos pode ser uma ajuda na
implementação do gosto pelo livros. Podes contribuir para que este projecto ganhe força entregando
donativos ou oferecendo livros. Por isso, se tens em casa livros que já não lês adequados a crianças entre os
6 meses e os 6 anos, oferece-os ao Centro de Saúde mais perto.

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Workshop de Movimento na Moagem
Nos dias 31 de Outubro, 1 e 2 de
Novembro decorreu na Moagem – Cidade do
Engenho e das Artes um workshop de
movimento orientado pelo bailarino profissional
Luís Antunes. Esta actividade, em parceria com o
Pelouro da Cultura da Câmara Municipal do
Fundão, possibilitou que os alunos inscritos no
Grupo de Teatro Histérico pudessem vivenciar
exercícios e técnicas ligadas ao movimento e à
dança, na perspectiva de os alertar para a
importância do corpo como meio privilegiado de
comunicação no palco.
O workshop foi criado propositadamente Apesar de algumas das sessões terem sido
para o Grupo Histérico e todo ele foi orientado programadas para um feriado nacional e para uma
para a temática da peça “Ácido sexta-feira à noite, a adesão do grupo foi massiva
DesoxirriboNucleico” que vai ser a produção do pois 23 alunos frequentaram este workshop.
grupo neste ano lectivo, no âmbito do Projecto
Panos da Culturgest.

Professor António Pereira

FUNDÃO PARTICIPA NUM WORKSHOP DE TEATRO NA CULTURGEST


O Grupo de Teatro Histérico da Escola ainda com a presença do tradutor da peça, Jacinto
Secundária do Fundão participou, nos dias 16, 17 Lucas Pires. Nesta oficina também estavam
e 18 de Novembro, num encontro promovido presentes os professores encenadores bem como
pela Culturgest para preparar o arranque oficial os encenadores profissionais da mesma peça,
dos ensaios da nova peça do grupo. Para esse vindos de outras escolas de diversas partes do
efeito o professor António Pereira participou, na país. O fim-de-semana de trabalho foi intenso e
qualidade de encenador, no workshop que decorreu revelou-se muito importante para que haja uma
em Lisboa onde estavam presentes o escritor da melhor compreensão das ideias principais da peça
peça escolhida pelo Grupo Histérico – Dennis pois houve a possibilidade de confrontar as
Kelly e uma encenadora convidada, vindos leituras com os pontos de vista dos criadores do
propositadamente da Inglaterra para esse efeito e texto e tradução. Entretanto o trabalho do Grupo
de Teatro continua e vai participar numa conversa
no dia 23 de Novembro onde vão estar também
os alunos do 12º CAV, acompanhados pelo
professor José Luís Oliveira, responsáveis pela
cenografia e cartaz da peça. Esta conversa
decorrerá na Moagem com a participação do
prestigiado músico Carlos Zíngaro com o
objectivo de se analisar o processo de criação de
um espectáculo profissional. O Grupo de Teatro
Histérico tem trabalhado em parceria com o
pelouro da Cultura da Câmara Municipal do
Fundão o que tem contribuído muito para a
concretização dos objectivos pretendidos.

Professores António Pereira e Catarina Crocker

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