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Número 2
ANO: X
Tiragem:
300 Exemplares
2007
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2008
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
FICHA TÉCNICA
DIRECÇÃO, REDACÇÃO E CONCEPÇÃO GRÁFICA
Escola Secundaria c/3º Ciclo do Fundão
Rua António José Saraiva Ap.34 - 6230-000 Fundão
TIRAGEM
300 exemplares
http://www.prof2000.pt/users/olho_vivo/
O novo tema do nosso jornal irá constar de uma análise, ou melhor de uma interpretação,
pessoal de um ou mais acontecimentos, que despertaram do “sono” o V. “brilhante analista”.
Isto para os números do “Olho Vivo” , a editar durante o presente ano lectivo. Para o próximo
ano logo se verá…Espero é que se verifique um “feedback” principalmente por escrito, e
também nas páginas deste nosso periódico.
Não vou adiantar mais nada, deixo-vos no “suspense” pois, devido ao contrato de “gancho” feito com o
director, não podia ser de outro modo. Além disso, aproxima-se rapidamente a data limite da entrega do
artigo, e não podemos distrair-nos com mais considerações.
1 – CÓPIAS INDESEJÁVEIS
Pelos vistos, também está a chegar ao nosso justos e honestos de Amanhã, não os deixar
país, o tal “dos brandos costumes”, a moda dos “ “copiar” aquilo que é perverso e prejudicial para a
alunos – caubóis”, que entram nas escolas a sociedade. Antes aprenderem as nossas “coisas”,
“disparar “ contra colegas, funcionários, que são pacíficas e positivas!
professores, e o cão de estimação da escola. Essa Já agora, aconselho a toda a nossa
moda perigosa, originária lá dos “States”, chegou à comunidade
Europa do Norte, à Finlândia, há poucos dias, e na escolar, o
quarta - feira passada, à Escola Secundária Sá da visionamento e
Bandeira , de Santarém, sob a forma de lançamento análise dum filme,
de bombas artesanais, para uma sala da escola. Isto chamado
à boa maneira iraquiana, e pasmem: a 1ª bomba foi “Freedom Writers”
lançada, não por um “suicida”, mas por uma aluna, (em português,
com a bonita idade de catorze anos, e mais uns 2 ou “Páginas de
3 colegas, de quem a policia anda à procura!!!! Liberdade”) . É um
Andariam a praticar, para matar alguém, estes filme exemplar, que
terroristazecos de trazer na escola? Então não retrata uma
querem lá ver, que, se calhar, andam a “formar-se “ situação verídica,
para irem “combater o infiel” ??!! Então mas isso ocorrida num liceu
fica lá para os Iraques ! norte-americano.
Temos é de nos preocupar com a formação
dos jovens, para virem a ser os Homens e Mulheres
2– MAIS UMA DO J.S.
“Governo do Partido Socialista aprova, sozinho, o Orçamento do Estado para o ano de 2008. “
Já lá dizia o J.S. : -“Antes sozinho, que mal acompanhado…”
Pois é, mas continuamos a ser nós, o Zé Povinho, a pagar as “favas “ todas !
3 – ACIDENTE
Uma palavra de sentido pesar e homenagem aos familiares e sobreviventes do fatídico acidente na
A23, no passado dia 5 de Novembro.
Aquelas pessoas eram um exemplo para todos: apesar da idade, queriam aprender muito mais e
sempre mais. Para tal eram estudantes, colegas de todos nós, da Universidade Sénior de Castelo Branco.
Umas flores à sua coragem e memória.
Escola Secundária do Fundão, 8 de Novembro de 2007.
Fernando José de Abreu Dinis Vieira
Professora Ana Brioso (adaptado da publicação do Centro de Informação sobre Direitos Humanos)
Encontravam-se na sua habitual Até que o pequeno menino, com o seu reluzente
brincadeira, na sua simples e modesta rua, onde fio de ouro, convidou-os e foram em passos
tudo parecia um deserto, onde tudo era largos e rápidos atrás dele. Após passarem toda a
monótono. Eram apenas eles e os seus pequenos armada de pessoas, que os olhavam de soslaio,
brinquedos, mais ninguém. chegaram ao seu destino.
Tudo estava sossegado, apagado, Uma enorme e luxuosa mansão, onde
abandonado. Era uma insignificante colmeia no tudo era ouro, tudo era reluzente, tudo uma
meio de tantas outras, uma modesta rua. Estavam novidade, tudo uma ilusão. De repente um olhar
tão entretidos, tão empolgados que não se severo e militar irrompeu por aquele mundo de
aperceberam da chegada de um pequeno amigo sonho e chamou o pequeno menino loiro e com
de escola. Um menino loiro, bem vestido, com o o seu fio de ouro. Ouviu-se uma voz rude que
seu carro telecomandado, os seus sapatos mandou embora aqueles simples e honestos
engraxados, a sua camisa ao xadrez e um pequeno meninos negros, como se fossem cães vadios.
e muito reluzente fio de ouro. Todos brincavam De olhar baixo e triste, subiram de novo a
sem que nada, nem ninguém lhes conseguisse sua longa caminhada e desapareceram como
interromper aquele momento só deles, aquela animais na neblina.
cabana de trapos, ninguém. Tudo por nada.
A fome apertava, os seus estômagos eram
leões rugindo, estavam cansados, esfomeados.
Tamara Santos, 10º CT3
Agora eles estavam lugar há muito o havia esquecido, vivia uma vida,
presos sem qualquer ferramenta que todos sonham viver, mas que nem todos
para os ajudar a sair. Eles sabem que ao vivê-la sofrem uma vida eterna.
empurravam e batiam na porta Devido a toda aquela história, em que
mas nada, ela não se abria. eles não sabiam se haviam de acreditar, voltaram
Resolveram esquecer que a ter medo, voltaram a assustar-se, afinal ele
estavam ali trancados e poderia ser mau, alguém que não gostasse deles.
continuar aquela aventura Lembravam-se agora que a mãe lhes dizia para
emocionante que parecia que nunca falarem a estranhos, mas que fazer agora se
tão cedo não iria ter fim. o mal já estava começado?
Assustados e ao mesmo tempo Apresentaram-se então, dizendo que
curiosos, a Rita e o André continuaram o seu não passavam de jovens de 12 e 14 anos e que se
caminho a fim de descobrirem de onde vinha a tal tinham aventurado em tal túnel, em que nunca
luz. alguém ouvira falar. Nessa altura o velho, na sua
Após algum tempo encontraram um cara enrugada, fez aparecer um doce sorriso de
pequeno quarto que tinha paredes de pedra, uma tão profunda doçura que era contagiante. Aquele
mobília velha e uma grande e alta lareira. As sorriso derretia corações, fazia a frieza da sala
crianças viram em cima da cama um homem tornar-se amável, levava a cabeça de qualquer um
velho com barba comprida e branca, que estava a ao paraíso.
ler um grande livro. André e Rita aproximaram-se As crianças pediram então que ele
do velho cautelosamente, e rapidamente se falasse sobre ele, que os alegrasse que fizesse o
aperceberam do nome de tão grande livro. Aquele milagre de tudo se tornar melhor.
velho homem, que parecia já saber mais que o O Eterno começou a contar uma
próprio livro que estava a ler, lia história.
apaixonadamente O Livro da Vida. Ficaram -Quando fui pequeno, era grande, agora
depois a saber que esse livro falava de cada que me chamam grande sou pequeno. Nasci num
pormenor do mundo, de cada homem, de toda a rio, num pequeno barquinho, aqui vivo desde que
humanidade. me lembro. Vi nascer profetas e reis … Vi um
O velho homem, ao aperceber-se que já mundo perfeito, sem guerra e destruição… Vi o
não estava sozinho, ficou com medo e assustado. azul do céu, que agora já é cinzento como a cinza.
Levantando-se num ápice, correu o mais depressa Quando surgiu a pobreza fugi, vim para o meu
que a idade lhe permitia para o canto mais longe cantinho, este quarto. Sou o Eterno, a Eternidade,
do quarto. Rita sobressaltada com os movimentos sou longo, sou duro, sou amável, sou tudo aquilo
do velho homem, apertou a mão do irmão com que possam imaginar, leio para aprender, leio para
tal força que até ele próprio estremeceu. não esquecer. ‘Quando emudeceu, esboçou um
As duas crianças de imediato se sorriso amargo, lembrou-se de como já fora feliz
aperceberam, que o pobre velho nada lhes queria e de como era agora.
fazer, aproximaram-se então cautelosamente e As crianças continuavam atónitas, nada
perguntaram-lhe quem era. daquilo era possível, toda a gente sabia que o
Receavam que o homem pudesse fugir, Tempo, a Vida, a Velhice, o Início e todas essas
mas eles não lhe queriam mal. Com palavras palavras, não passavam de meras palavras, de
calmas conseguiram finalmente chegar ao pé do meras coisas a que uma vez por outra as pessoas
homem. davam vida nas suas histórias. E que fazia aquele
Perguntaram-lhe o nome, a idade e de túnel numa casa de pessoas ‘‘normais”? Mas que
onde era. Ele disse que era a Eternidade; sobre a seria aquilo afinal?
idade respondeu apenas que era velho e o seu
8º B (2006 / 2007)
Situado no antigo Solar Taborda Falcão de Elvas, no coração da cidade do Fundão, este museu é um
espaço polivalente dedicado à Península Ibérica. Entre os núcleos de epigrafia, de pré-história e outro
dedicado à cultura castreja (idade do Bronze e Ferro), reúne peças únicas de valor científico, didáctico e
histórico. Organiza também exposições temporárias e tem uma sala - a Universia - dedicada ao mundo da
internet.
No dia 30 de Outubro de 2007, às 10 horas da manhã, fomos até à Biblioteca Municipal do Fundão.
Conhecemos o escritor de literatura juvenil Miguel Horta. Ele esteve a apresentar-nos o seu livro:
«Pinoc e Baleot», escrito e ilustrado por ele. Depois, pegou num marcador preto e escreveu, num painel
colocado propositadamente na parede: «Filactera, meu amor!» De seguida, desenhou vários tipos de balões
vazios, smiles com expressões variadas, onomatopeias, etc…
Depois de sabermos que Filactera era algo imaginário que se alimentava de palavras, começámos a
escrever nos balões algumas falas, pensamentos e até mensagens de amor. Também associámos os
respectivos adjectivos às diferentes expressões dos smiles e tentámos encontrar os verbos referentes às
onomatopeias. Depois de os corrigirmos e de repararmos em todos os milhares de erros que cometemos,
tivemos de ir embora para não chegar tarde às aulas.
Foi uma boa visita.
Carolina Inês, 7º B
UM DIA DIFERENTE
No dia 14 de Novembro quadra alusiva à comemoração e trabalhos sobre a
de 2007, por volta das 10:15h, a lenda do cavaleiro “Martinho”. A Carolina tocou
comunidade escolar, violino e o Gonçalo tocou acordeão.
constituída pelos alunos, Os alunos do 7º A distribuíram quadras e
professores e pelas auxiliares provérbios, sopas de letras e palavras cruzadas.
reuniram-se num campo para Alguns alunos do 8º B organizaram o jogo da
comemorar o dia de S. Martinho. Malha.
A nossa turma organizou vários trabalhos Todos puderam ver as exposições na e «a
e jogos tradicionais sendo alguns deles: o pião, o caminho» da Biblioteca (alunos dos CEFs) e do
jogo das laranjas, o jogo dos pés atados e o jogo átrio principal (turmas do 3º Ciclo).
dos sacos. Alguns destes jogos tiveram adesão Acho que o magusto foi interessante, bem
por parte dos alunos. No átrio da escola organizado e bastante divertido, pois pudemos
colocámos uma castanha que continha uma conviver com muitas pessoas.
Problemas
1. Um quilo de castanhas custa € 1,77 e o Tomás comprou 10 quilos. Quanto pagou?
2. O São Martinho está em Lisboa e quer ir ao Fundão. Tem de fazer 280 km e vai a cavalo. Sabendo
que numa hora percorre 40 km, quantas horas viajou para chegar ao Fundão?
3. Segundo a lenda, São Martinho dividiu a sua capa com um pobre. Imagina que tivesse encontrado 2
pobres. Com quantas partes da capa ficou o São Martinho?
4. O São Martinho deu-me 8 castanhas assadas. Dei 4 a minha mãe e comi 2. Com que percentagem
de castanhas eu fiquei?
5. O São Martinho levava uma dúzia e meia de castanhas na sacola. Encontrou um pobre e deu-lhe
dois terços. De seguida, deu mais um terço das restantes a outro pobre. Quantas castanhas comeu o
São Martinho sabendo que 4 das suas estavam podres?
SOPA DE LETRAS
Palavras:
folhas, castanho, ouriço, castanha,
amarelo, vermelho, fogueira, são
Martinho, magusto, caruma,
bolotas, jeropiga.
Carla Magueijo e Joana Lindeza, 7ºA
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fvdgsfvdsfgdyfgulendatfewftgryfgrygfydsgfhdsgffhdgfhfgdhfgd 3-lenda
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vmcylcfdpçhdfypvfoimegojkefgdindgcfikmndvkivdhkfbcunhdgv Jorge craveiro 7ºA
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Há algum tempo escrevemos uma pequena crónica para a Rádio Cova da Beira [RCB] que agora
resolvemos divulgar no Olho Vivo pois continua a ser um tema muito actual. Demos-lhe o nome do
livro da autoria de Al Gore, agora também editado numa versão para os mais jovens.
Se alguns cientistas tiverem razão, temos se nos coloque a questão de saber onde está a
pouco mais de 10 anos para evitar uma calamidade verdade, ou por qual das posições deveremos ter
capaz de colocar em risco o nosso planeta. como boa.
Anunciam-se condições meteorológicas A resposta não é simples, não é imediata e
agressivas, inundações, epidemias e ondas de calor muito menos será segura, qualquer que ela seja. Mas
que ultrapassam, em muito as condições que já há pelo menos uma certeza, as modificações estão aí
experimentámos até hoje. e merecem a melhor das atenções
“Uma Verdade Inconveniente”, livro que independentemente do cenário futuro em que se
entretanto foi passado a documentário acredite.
cinematográfico, oferece-nos a visão apaixonada de Perante esta evidência é lícito que
um homem que alerta para os perigos do coloquemos a questão: Então e agora?
aquecimento global e que tem como causa o Socorremo-nos do nosso saudoso e ainda
aumento da quantidade de dióxido de carbono, um inspirador Professor José Pinto Peixoto, quando há
dos gases que provoca o chamado efeito de estufa. mais de 20 anos escreveu com a sua habitual clareza
Al Gore, autor do livro e ex vice-presidente e discernimento, um ensaio sobre O Homem o
dos Estados Unidos, traz-nos os argumentos Clima e o Ambiente.
persuasivos, que nos explicam que já não podemos Em determinado momento afirmava ser
olhar para o problema do aquecimento global como tempo de começarmos a compreender melhor a
uma questão política, mas sim como o maior dos acção do Homem sobre o ambiente, pois a crise do
desafios que a humanidade tem de enfrentar no ambiente é uma crise da entropia e o aumento
curto prazo. desta, que se verifica com as transformações de
E para Al Gore, o maior obstáculo a uma energia associadas à actividade do Homem, conduz
compreensão clara do que é a crise climática de forma mais ou menos acentuada a uma
prende-se com o facto de muita gente continuar a depreciação do ambiente. Por isso, teríamos de
acreditar que a Terra é tão grande que nós, seres reconsiderar a utilização da tecnologia.
humanos, não poderemos ter impactes relevantes Mas também deixou claro que os que só vêem
na forma como o sistema ecológico do nosso os pecados da tecnologia pecam também por
planeta funciona. soberba ou erram por ignorância e falham por não
Como para qualquer problema em que reconhecerem que a situação poderia ser mais
pensemos existe sempre a possibilidade do gravosa caso parasse a procura de novas soluções
contraditório e este tema não foge á regra. tecnológicas.
De facto, alguns climatologistas, com tanto Deste modo, a situação actual deve ser
prestígio como os que defendem o oposto, colocam encarada como uma fase com riscos mas positiva na
em dúvida, não a existência do efeito de estufa, nem evolução contínua da humanidade. Assim e como
o aumento significativo do teor em dióxido de em tudo na vida há que estar preparado para as
carbono verificado nos últimos 50 anos e que teve alegrias e para as tristezas, porque há sempre mais
origem nas actividades desenvolvidas pelo Homem, para aprender. Esta será, possivelmente, uma das
o que eles questionam é se ele é capaz de influenciar respostas para resolver tão grave problema.
o curso da evolução climática à escala planetária ou Assim, terminamos com uma mensagem
se já começou a fazê-lo. expressa no Eclesiastes, uma mensagem que deve
Qualquer das posições fundamenta o seu ser lida como uma palavra de esperança:
ponto de vista em estudos mas discordam dos Porque na muita sabedoria há muita tristeza,
métodos ou dos modelos seguidos. todo aquele que aumenta a sua ciência
Perante estes cenários alternativos é lícito que aumenta a sua dor
as dúvidas possam surgir nas nossas mentes e que
Delegados nacionais representante de Portugal: Carolina Fidalgo (ESF) e Diogo (Viana do Castelo)
O.V.- Que outros países estão envolvidos no Ana Patrícia – A professora Isabel Ferreira viu
projecto? um programa de televisão que passa de manhã
sobre este tema. Apresentou-nos a ideia em
Carolina - França, Espanha, República Checa, Formação Cívica. Aceitámos e começámos a
Hungria, Eslovénia, Bélgica, Canadá, Reino desenvolver o projecto na Formação cívica e
Unido, Alemanha e Portugal, claro. depois passámos para a Área de Projecto.
Depois, surgiu a oportunidade de concorrermos
O.V.- Acham que o vosso projecto tem ao Empreeendedorismo. Decidimos concorrer
viabilidade para ficar bem classificado ou mesmo com este projecto, fomos seleccionadas e a partir
sair vencedor? daí começámos a desenvolvê-lo mais.
Carolina - Isto não é um concurso. O objectivo O.V.- Tiveram apoios para a elaboração do vosso
deste projecto é trabalharmos todos em conjunto trabalho?
para tentarmos elaborar o relatório para a
UNESCO. Penso que o mais importante é Sara - Sim, houve professores que nos apoiaram,
alertarmos as pessoas para as questões ambientais restaurantes que colaboraram e a Câmara do
e sobretudo mostrar o que os jovens têm a dizer Fundão que se disponibilizou para ajudar no
aos que têm poder. transporte quando decidimos alargar a rede à
Covilhã.
O.V.- A vossa participação nesse projecto
Europeu já começou com a estadia de dois dias O.V.-O que vos levou a participar no projecto do
em Paris. Como decorreram as sessões de empreendedorismo? O prémio?
trabalho?
Sara – Não porque nem sabíamos que haveria
Carolina - Em Paris, os vários delegados prémios. Foi mais por acharmos que o nosso
estiveram em reuniões, primeiro em grupos projecto tinha características empreendedoras e
pequenos (apenas três elementos de cada país) em então decidimos concorrer.
que estivemos a tentar encontrar palavras chave
relacionadas com problemas ambientais e a O.V.- Como é que se deu a passagem do projecto
apresentar soluções para esses problemas. do empreendedorismo para este projecto
Depois, em conjunto, estivemos a debater como internacional?
havíamos de escrever o relatório que vamos
entregar à UNESCO e como deviam ser Carolina- Surgiu a oportunidade de
constituídos os capítulos. participarmos no Eco-Parlamento jovem e
decidimos tentar expandir o nosso projecto para
O.V.- De onde vem a vossa atracção pela ciência O.V.-O que vão fazer no futuro? Continuar a
ambiental? participar em concursos? Nesta área ou noutra?
Carolina – O meu pai sempre me incentivou Carolina - Eu penso que participar é sempre
para estas questões. Todos os pais incentivam importante, seja com este projecto ou com outro.
mas o meu em particular. Achei o projecto
interessante, tem a ver com civismo… Sara - Se houver algum dia um concurso ou um
projecto onde este tema se enquadre mesmo,
O.V.- Foi por isso que duas de vocês escolheram mesmo, então aí sim, concorro
o curso Cientifico Tecnológico?
O.V.- Já receberam algum prémio com este
Sara - No meu caso, mais ou menos. Sempre me trabalho?
interessei pela área das Ciências. No futuro, quero
seguir na área da Saúde. Então o CT era o curso Sara - Não, enfim, sim; recebemos um prémio na
mais indicado para mim. Não foi tanto pela Escola quando houve o encontro de trabalhos da
ciência ambiental. Área de Projecto. Foi a única vez que recebemos
algo mais material, uma pen.
Carolina - Eu gosto mais de Letras mas fui para
o CT porque posso ter uma formação mais geral O.V.- Obrigada pela entrevista. O Olho Vivo
e acho que os conhecimentos que vou adquirir deseja-vos as maiores felicidades.
neste curso vão ser importantes no futuro mesmo
que siga para um curso de Letras que é o que
provavelmente vai acontecer. Mas Ciências Entrevista dirigida por Vanessa Couto e Ana Corte, 9º B
ambientais também me preocupo com isso, aliás
toda a gente deveria preocupar-se.
Alunos discutem baixinho no buffet e anfiteatro ou Biblioteca. Alguém come (ou lê) . Há mais gente a fazer
de secretários dos dois primeiros. Alguém se entusiasma e sobe para cima da cadeira:
Senhor José – Vamos começar! Meninos…! Meninos! Podem estar em silêncio agora por favor que
queremos começar?
– Mas nós já começámos…
– O empreendedorismo tem a ver com seres capaz de fazer sozinho… e de pores as tuas ideias em prática!
– (Sobe também para a cadeira) Sim, é verdade… mas para além disso tens de ser criativo… tens de ser capaz
de inovar…
– Estou aqui a lembrar-me dos projectos do ano passado!
– Altamente!
– Fabricar sabão na escola para pôr nas casas de banho!!
– Reciclar rolhas de cortiça!
– Até pensaram em fazer um controle remoto para uma empilhadora, pá… um RC!!
– Houve projectos para ajudar a proteger as plantas que temos na Gardunha, o nosso mel, o nosso
queijinho!
– Pois foi! Foi a luta contra a Mosca do Queijo! Tcham tcham tcham tcham!!!
– Mas também tens de assumir riscos!
-Que riscos? Não me digas que ter boas ideias é arriscado??
– É! Vais ter que ser capaz de planear e… por exemplo… se achares que há alguma coisa que não está
bem…ou pelo menos que pode melhorar… tu podes fazer uma proposta para melhorar essa realidade!
– Estou-me a recordar de um grupo que tentou ajudar crianças abandonadas ou com maus tratos…
– É verdade! Pelo menos podemos tentar! Sim… claro que sim… (Enquanto descem das cadeiras e se sentam
nas mesas para acabar de comer)
-É como diz “o outro”, se não saíres daí não rendes…Toca a mexer!!
– Hei! (sobe para a cadeira) … Esperem lá… (tornam a subir para as cadeiras) … Em primeiro lugar: como é
que eu sei que a minha ideia é uma boa ideia?
– Se na tua proposta usares a criatividade e a inovação… Ser diferente Meu, marca a diferença!!!(desce)
– … E se estiver dentro do espírito empreendedor…pode muito bem vir a ser seleccionada! (desce da
cadeira)
– É isso!
– Porque em potencial somos todos empreendedores!
– Mas onde e até quando é que posso entregar a candidatura?
– Deixa-me cá ver… (procura um papel) … Até ao dia 10 de Dezembro às 16:30 h na… Secretaria cá da
Escola!
– Vá pessoal, saiam da caixa! Mexam-se! (incentivando)
– Vá pessoal, não fiquem parados! (a rogar) Agarrem as vossas ideias, não as deixem fugir!!!
– Eu acho que consigo! Estou aqui com uma ideia a fervilhar… (confiante) Mas que bela ideia!
– Ok! Também quero participar (impulsiva) … queres partilhar a tua ideia comigo? E se formássemos uma
equipa? (aceita e juntam-se para discutir ideias)
– Ok pessoal, ora… 1…2 …3… (conta consigo) … 4!
– Vamos também formar uma equipa de trabalho, boa?!
– Boa! Mãos à obra! (e discutem os temas de forma a que se possam ouvir… até tocar para a entrada… e saem.)
OS LOBOS
Sempre que se entra num café no sábado esta situação não se aplica apenas ao râguebi, mas
ou no domingo à noite, a televisão está sempre também a outros desportos como o “futsal” ou o
sintonizada na “Sportv” e as pessoas estão todas a “basquet”, que são menosprezados relativamente
ver um jogo de futebol. ao chamado “desporto rei”.
Durante a semana, em todos os telejornais Sendo mais específico, consideremos o
fala-se obrigatoriamente sobre o mesmo assunto: exemplo de atletismo. Os nossos atletas, que
aquele clube que perdeu, o outro que ganhou e o conseguem atingir grandes feitos, como Vanessa
escândalo da arbitragem. Fernandes ou Obikwelu vêm dizer que não têm
Abrimos um jornal e a perseguição condições para treinarem em Portugal, enquanto
prossegue. Há sempre um destaque a uma vitória o Estado gasta milhões e milhões na construção e
ou derrota e muitas vezes a primeira página é manutenção de estádios de futebol que nem
ocupada pelo mesmo assunto. sequer são utilizados até à sua máxima
Recentemente, houve algo que conseguiu capacidade.
substituir esta constante durante algum tempo, o Concluindo, dá-se demasiada importância
râguebi, visto que a selecção portuguesa, os ao futebol, enquanto que outros desportos são
Lobos, conseguiu chegar ao mundial. deixados de parte, sem recursos, impedindo-os de
O problema é que, após este feito, serem mais competitivos.
prontamente se esqueceu esta modalidade. Ora,
Duarte Miranda, nº 8, 10º CT3
O mês de Novembro foi marcado por graves nenhum acidente automóvel com culpa. O segundo
acidentes rodoviários. Para combater a sinistralidade nível, de cor laranja, é para os automobilistas que no
rodoviária, o Ministério da Administração Interna último ano tiveram responsabilidades em dois
está a estudar a diferenciação entre bons e maus acidentes. Por fim surgem os condutores de risco
condutores, através do sistema de dísticos. O máximo, identificados com a cor vermelha, é
programa chama-se "Risco Zero" e pretende premiar atribuído a todos os que tenham provocado mais de
os automobilistas cujo desempenho nas estradas é dois acidentes no último ano ou aos que, nos últimos
imaculado e castigar os infractores. Vão ser afixados dez anos, tenham provocado quatro ou mais sinistros.
dísticos de três cores nas viaturas, consoante o nível Os dísticos deverão ser colocados no canto inferior
de confiança atribuído a cada um. Verde é destinado esquerdo de cada veículo "ao lado do condutor) e
aos automobilistas de risco mínimo, ou seja, aqueles permanecer sempre visíveis.
que nos últimos três anos não tenham originado
Informação sobre a autora: Jane Austen é considerada geralmente como a segunda figura mais
importante da literatura inglesa depois de Shakespeare.
O único retrato conhecido desta é um esboço feito pela sua irmã que se encontra agora na galeria
nacional de arte (National Gallery) em Londres.
HÁBITOS DE LEITURA
As actividades que a Escola tem vindo a desenvolver no âmbito da promoção da leitura tem surtido
algum efeito. Vemos os alunos cada vez mais envolvidos na leitura e as actividades relacionadas com o
contrato de leitura são prova de que algo está a mudar na vida dos nossos jovens. Uns decidem ler a obra
que o amigo ou a amiga apresentou e aconselhou e acabam por gostar; outros lêem porque a isso são
obrigados e pouco a pouco o gosto nasce.
Foi precisamente sobre os hábitos de leitura que o Olho Vivo organizou uma sondagem que
passamos a divulgar na página seguinte.
41%
44%
13%
3º Ciclo
Ensino Secundário 12_14 15_17 26_40 41_65
Professores
Leitura preferida
17% Os livros são o que mais se lê (45%), a seguir
45% vêm as revistas (37 %). Apenas 17% lê
jornais apesar de 59% afirmar que compram
jornais e revistas uma vez por semana e 42%
38% dizerem que lêem revistas ou jornais todos os
dias. Muitos dos alunos recorrem à biblioteca
para se actualizarem.
Livros Revistas Jornais
Lê revistas ou jornais
29% 29%
42%
Géneros preferidos
8% 4% 13%
A liderar o ranking do género de 8%
17%
leitura estão as aventuras
seguidas da Literatura
Romanesca e do romance 17%
13%
histórico. A Banda Desenhada é 20%
pouco lida assim com os diários
e as memórias. Ficção científica Outro
Nenhum dos inquiridos referiu a Ficção romanesca Aventuras
Literatura policial e a poesia Histórias fantásticas Romance histórico
Diários Memórias Banda desenhada
Preferência
Estes são resultados de uma sondagem do OLHO VIVO, realizada na Plataforma Moodle entre 25 de
Outubro e 24 de Novembro de 2007.
Apesar das melhorias verificadas, os hábitos de leitura ainda estão aquém do desejado; por isso é
necessário continuar com a promoção da leitura, através do Plano Nacional de Leitura e da rede de
bibliotecas escolares, com o contrato de leitura implementado nas aulas de Português e de outras
actividades desenvolvidas pelos departamentos, nomeadamente o de Românicas que tem vindo a promover
projectos neste âmbito, que tiveram a oportunidade de ver noticiados neste jornal e no anterior (projecto na
Biblioteca, na Rádio Cova da Beira e o 2º concurso de Leitura que terá lugar na nossa Escola no dia 15 de
Janeiro. Uma medida nova resultante de uma parceria entre o Plano Nacional de Leitura e os centros de
Saúde e Hospitais Pediátrico também pode melhorar esta tendência para a leitura. A promoção de leitura
junto de famílias com crianças nos Centros de Saúde e nos Hospitais pediátricos pode ser uma ajuda na
implementação do gosto pelo livros. Podes contribuir para que este projecto ganhe força entregando
donativos ou oferecendo livros. Por isso, se tens em casa livros que já não lês adequados a crianças entre os
6 meses e os 6 anos, oferece-os ao Centro de Saúde mais perto.