INSTITUTO CAMILLO FILHO

CURSO: DIREITO
PERÍODO: 2006/2
PROFESSOR (A): CHRYSTIANNE MOURA FONSECA
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL III (72 h/a)

TEORIA GERAL DOS CONTRATOS – REVISÃO

1. CONCEITO DE CONTRATO CIVIL

• bilateral
• plurilateral
• necessidade
• declaração de vontade
• produzir efeitos jurídicos (adquirir, modificar, resguardar, conservar,
transferir ou extinguir direitos)
• conforme a lei
• caráter patrimonial
• objetivo jurídico

Contrato é negocio jurídico bilateral ou plurilateral e caráter patrimonial que

surge pela declaração de vontade emitida para satisfazer uma necessidade
e que sendo conforme a lei gera efeitos jurídicos.

2. REQUISITOS DE EXISTENCIA E VALIDADE

• pressupostos # requisitos
2.1. subjetivos
• capacidade (defeito grave ou leve)
• consentimento (defeito leve)
• pluralidade de partes (pressupostos de existência)
2.2. objetivos
• possibilidade material e jurídica
o passível de anulação por defeito grave
o contrato inexistente
• determinação – objeto determinado na celebração ou execução
• economicidade – valor econômico
2.3. formais
• forma permitida ou determinada
• consensualismo
o escrito, verbal, por mímicas, tácito...
3. PRINCÍPIOS INFORMADORES
3.1. Principiologia Clássica – forma clássica de contratar
• Princípio da autonomia da vontade
o Contratar ou não contratar
 o Com quem ou e o que contratar
o Clausulas contratuais legais
o Ações judiciais p/ garantir a realização do contrato
o Comporta exceções (dever de contratar, contratos de adesão)
• Princípio da obrigatoriedade contratual
o pacta sunt servanda
o segurança econômica e social
• Princípio do consensualismo
o O contrato se perfaz no momento do consenso
3.2. Nova Principiologia do direito Contratual
• Principio da dignidade humana
o Art. 1º,III, da Constituição Federal
o Fundamento da República
• Princípio da Função Social
o Proteção de terceiros (desemprego)
o Proteção das partes (inanição, miséria)
• Princípio da autonomia privada
o Regulação de interesses
o Respeito aos limites da lei
• Princípio da boa-fé (art.113, 187,422 do CC)
o Boa-fé objetiva
 Subjetiva – crença pessoal
 Objetiva – conduta das partes –correção, lealdade,
honestidade
o Função interpretativa – boa-fé base de tudo
o Função integrativa – direitos, deveres, faculdades e poderes
estão integrados na busca da boa-fé.
o Função de controle - não pode ultrapassar os limites da boa-fé
o Extinção pela violação do princípio da boa-fé
 Frustação do fim contratual (correfolia)
 Impossibilidade econômica da prestação (limite do
sacrifício – contratos em dólar)
o Princípio da Transparência
o Princípio da Confiança
• Princípio da justiça ou igualdade contratual
o Equilíbrio entre as partes
o Equidade
o Justiça formal
o Justiça substancial / material (equilíbrio entre prestação e
contraprestação; entre ônus e bônus)
o Princípio da proteção ao hipossuficiente
o Princípio da proteção genérica ao devedor
4. Classificação
• Quanto à tipificação penal
o Típicos
o Atípicos
• Quanto às características ontológicas
o Puros
o Mistos
• Quanto à forma
o Consensuais
o Formais
o Reais ( traditio rei)
• Quanto à reciprocidade das prestações
o Onerosos (compra e venda)
o Gratuitos (doação)
• Quanto às obrigações das partes
o Bilaterais (direitos e deveres – compra e venda)
o Unilaterais (uma parte só deveres e a outra só direitos – doação)
o Plurilaterais (interesses convergem a um só fim)
• Quanto à previsibilidade das prestações
o Pré-estimados (locação)
o Aleatórios (seguro)
• Quanto ao momento da execução
o Execução imediata (compra e venda à vista)
o Execução futura
 Execução diferida (compra à prazo)
 Execução sucessiva (locação)
• Quanto ao vínculo
o Individuais
o Coletivos (acordo coletivo de trabalho)
• Quanto à negociabilidade
o Negociáveis
o De adesão
• Quanto ao conteúdo fiduciário
o Impessoais (compra e venda)
o Intuito personae (procuração, mandado)
• Quanto ao grau de interdependência
o Principais
o Acessórios (sublocação)

5. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

• Manifestação de vontade
• Negociações preliminares – não obrigam as partes. Exceto ato ilícito.
• Proposta
o Pessoal
o Entre presentes
o Entre ausentes
o Minuta
• aceitação
o expressa, tácita
 o No prazo
6. Extinção dos contratos (art. 472 a 48 do CC)
• Cumprimento das obrigações
• Advento da condição ou termo
• Morte ou incapacidade das partes
• Perecimento, destruição ou deterioração do objeto
• Distrato
o Bilateral
o Unilaeral ou legal (denuncia vazia – mandado ou depósito)
• clausula resolutiva
o inadimplemento
o escrita, não tácita
• exceção de contrato não cumprido
o excepto non adimplenti contractus
• resolução por onerosidade excessiva
art.478 do CC. - Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a
prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem
para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o
devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão
à data da citação.

7. CLAUSULAS ABUSIVAS
• Proteção ao consumidor
• Relação de consumo – defeito grave
• Relação de direito comum – defeito leve ou grave
• art.51 do CDC
• Proteção da parte hipossuficiente

Art. 51 - São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao
fornecimento de produtos e serviços que:
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de
qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de
direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor-pessoa jurídica, a
indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;
...
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;
...
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira
unilateral;
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito
seja conferido ao consumidor;
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem
que igual direito Ihe seja conferido contra o fornecedor;
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do
contrato, após sua celebração
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