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1 46 75 91 97 99 100
2 43 70 88 94 96 100
3 46 73 88 95 96 100
4 47 81 92 96 98 100
5 35 69 88 93 98 100
6 41 76 90 97 98 100
7 38 72 84 96 98 100
Média 43 74 89 95 98 100
Fonte: Eastham e Sweet, 2002
necerá na população se conferir populações de mesma espécie (flu- ção cruzada é inferior a 5%. Como
alguma vantagem seletiva. Em rea- xo gênico vertical). alógamas tem-se o milho, girassol,
lidade o fluxo gênico entre espéci- Considerando o conceito de es- cebola e eucalipto, entre outras, a
es relacionadas, que sobrevivem pécie (Ramalho et al., 2001) não é fecundação cruzada é alta, normal-
em um mesmo ambiente por milha- esperado que ocorram hibridações. mente acima de 90%. Já nas espéci-
res de anos, deve ocorrer com fre- Contudo, em casos esporádicos, es intermediárias como o algodão,
qüência e mesmo assim podem com a interferência do homem ou a taxa de autofecundação é superi-
permanecer com suas proprieda- não, ela pode ocorrer. Foi esse or a 5% das alógamas, mas inferior
des genéticas particulares. Como fenômeno que deu origem a um aos 95% das autógamas.
esse assunto tem sido muito co- grande número de novas espécies,
mentado na atualidade, é impor- entre elas o trigo cultivado Triti- Diferença entre cultivares da
tante que alguns aspectos do fluxo cum aestivum L., o algodão Gosy- mesma espécie. Há diferença en-
gênico sejam discutidos e quando pium hirsutum e várias outras. É tre os cultivares com relação à cor e
necessário adotar medidas para importante salientar, que esses ca- tamanho das flores, atraindo mais
atenuar o seu efeito. O fluxo gênico sos ocorreram a milhares de anos e ou menos polinizadores, e a pro-
pode ocorrer por meio de semente em realidade o fluxo gênico envol- dução de pólen, os quais afetam a
ou por dispersão de pólen. Nessa veu o genoma inteiro, e não apenas taxa de fecundação cruzada. No
publicação a ênfase será a discus- alelos ou genes. milho, por exemplo, há grande di-
são do pólen como veículo do flu- ferença no tamanho do pendão
xo gênico. É também necessário Fatores que Afetam a Dispersão entre cultivares e por conseqüente
salientar que o fluxo gênico pode de Pólen e Conseqüentemente a na produção de pólen.
ser vertical, quando envolve culti- Taxa de Fluxo Gênico A taxa de fecundação cruzada
vares e/ou populações da mesma entre espécies ou entre cultivares
espécie, ou horizontal, quando Tipos de espécie. As espécies da mesma espécie depende da pro-
envolve a hibridação entre espéci- cultivadas diferem na taxa de fe- dução e dispersão de pólen (Ray-
es diferentes, aparentadas ou não. cundação cruzada. Inclusive são bould e Gray 1993). Modelos mate-
Nesse aspecto é preciso ressaltar classificadas em autógamas–quan- máticos têm sido utilizados para
que embora o termo híbrido seja do há predominância de autofe- simular os padrões de dispersão de
utilizado em diferentes conotações, cundação e, alógamas, quando há pólen em milho e outras espécies.
sob ponto de vista, de genética de predominância de fecundação cru-
populações, ele é utilizado quando zada, além das intermediárias. O Caso do Milho
envolve o cruzamento entre espéci- Como espécies autógamas típicas
es. Já a expressão recombinação é pode-se citar, a soja, trigo, feijão, Para se entender o fluxo gênico
restrita para os cruzamentos entre alface cuja freqüência de fecunda- é necessário conhecer informações