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Idade Média

482-751- Clóvis I, da dinastia merovíngia, unifica as tribos francas e conquista a Gália,


originando o Reino Franco, o mais poderoso da Europa Ocidental. Clóvis converte-se ao
cristianismo, o que, pelo costume franco, significa a cristianização de todo o povo.
Após sua morte, em 511, o reino é dividido e os governantes merovíngios travam
várias guerras. Um deles, Pepino, o Breve, depõe o último rei merovíngio em 751 e
funda a dinastia carolíngia.

Século IV – X – Situados nas florestas da Guatemala e de Honduras, e na península de


Yucatán, no México, os maias formam cidades-estados independentes com governo
teocrático. Utilizam avançadas técnicas de irrigação na cultura do milho, do feijão e de
tubérculos e realizam trocas comerciais. Constroem templos, pirâmides e palácios de
pedra e criam um calendário que determina com precisão o ano solar (365 dias).
Adotam a escrita hieroglífica e, na matemática, inventam as casas decimais e o
conceito do valor zero. São politeístas e cultuam deuses da natureza.

630-1258 – As tribos da Arábia se unificam por meio do islamismo e da língua árabe,


dando origem ao Império Árabe. Com o propósito de difundir a nova religião, o império
se expande até a Índia, o norte da África e penetra na Europa pela península Ibérica.
Sua divisão em Estados independentes e as divergências entre as seitas islâmicas dos
sunitas e xiitas provocam a decadência. A invasão de Bagdá pelos mongóis põe fim ao
império.

751-768 - A principal marca do governo de Pepino, o Breve, da dinastia carolíngia, é a


bem-sucedida campanha militar lançada contra os lombardos, a pedido do papa
Estevão II. Após a vitória, as terras inimigas são doadas à Igreja sob o nome de
Patrimônio de São Pedro.

768-814 – O Reino Franco atinge o apogeu durante o reinado de Carlos Magno,


primogênito de Pepino, o Breve. Carlos Magno dá continuidade à política expansionista
carolíngia. Domina o Reino Lombardo, terras dos saxões na Germânia, a Baviera, o sul
dos Pirineus, Barcelona e as ilhas Baleares e integra os povos conquistados por meio
do cristianismo. Promove um grande renascimento cultural, conhecido como
Renascimento Carolíngio: estimula a fundação de escolas e se torna um dos
responsáveis pela transmissão da cultura greco-romana para os tempos futuros. Em
800 é coroado imperador pelo papa Leão III, adquirindo, assim, a incumbência de
disseminar e defender a fé cristã. Após sua morte, em 814, o império se enfraquece.

843-987 – Disputas e guerras sucessórias envolvem os netos de Carlos Magno e


resultam no Tratado de Verdun, que resulta na divisão do Império Franco em três
reinos: Carlos, o Calvo recebe a parte correspondente à França; Luís, o Germânico fica
com o território alemão; e Lotário recebe a parte central do Império, que se estende
da Itália até o mar do Norte.Inicia-se o processo de desintegração da Europa, que irá
redundar no feudalismo.

O SISTEMA FEUDAL – É o sistema de organização econômica, política e social da


Europa Ocidental característico da Idade Média, que vigora entre os séculos IX e
XVI.Com as invasões bárbaras e a desagregação do Império Romano do Ocidente, a
Europa inicia profunda reestruturação, marcada pela descentralização do poder, pela
ruralização e pelo emprego de mão-de-obra servil.A estrutura social é estamental, com
pouca mobilidade social, e baseada em relações de dependência servil e vassalagem.O
feudo constitui a unidade territorial da economia, que se caracteriza pela auto-
suficiência e pela ausência quase total do comércio e de intercâmbios monetários.A
produção é predominantemente agropastoril, voltada para a subsistência.A Igreja
Católica transforma-se em grande proprietária feudal, detendo poder político e
econômico e exercendo forte controle sobre a produção científica e cultural da época.

962 – O papa João XII nomeia Otto I imperador do Sacro Império Romano-Germânico
(I Reich), numa tentativa de conter os ataques húngaros na Europa cristã. Seus
domínios abrangem a porção ocidental da Alemanha, a Áustria, a Holanda (Países
Baixos), parte da Suíça, da Polônia e o leste da França. Acentua-se a corrupção e a
Igreja Católica torna-se mais suscetível ao poder político, promovendo a venda de
cargos eclesiásticos (simonia). O império se mantém forte até o final do século XI. A
partir de 1250 compreende um conjunto de pequenos Estados, nos quais o poder local
do príncipe supera a autoridade central do imperador.

987 – Após a morte de Luís V, último rei da dinastia carolíngia, nobres franceses
elegem Hugo Capeto, conde de Paris, rei da França. Inicia-se o processo de formação
da monarquia francesa.

1054 – A Igreja Oriental (Igreja Cristã Ortodoxa Grega) rompe com a Igreja Ocidental
(Igreja Católica Apostólica Romana) no chamado Cisma do Oriente. Desde o início do
Império Bizantino havia divergências na orientação das duas Igrejas: a Oriental tem
certa independência em relação a Roma, celebra seus rituais em grego, é subordinada
ao Estado e rejeita algumas crenças ocidentais, como a fé no purgatório. O motivo
fundamental para a cisão, porém, é o conflito entre as lideranças das duas Igrejas pelo
controle das dioceses do sul da península Itálica.

1066 – Guilherme I, o Conquistador, duque da Normandia, invade a Inglaterra, vence a


Batalha de Hastings e submete os saxões a um poder centralizado e autoritário: até
então a Inglaterra era dividida em sete reinos feudais. É o início da dinastia normanda
na Inglaterra e da monarquia inglesa.

1075 – O Sacro Império Romano-Germânico e o papa Gregório VII travam uma disputa
conhecida como a Questão das Investiduras. Procurando diminuir a participação do
imperador nas decisões internas da Igreja, o papa proíbe a investidura (nomeação de
bispos e padres) leiga e institui o celibato. O rei Henrique IV desacata a ordem e é
excomungado pelo papa. Após um conflito armado é definida a Concordata de Worms
(1122), que delibera a não-interferência do papa em questões políticas e proíbe o
imperador de nomear cargos eclesiásticos.

1095-1270 – Para refazer a unidade cristã abalada pelo Cisma do Oriente, o papado
investe em expedições militares – as cruzadas. Elas têm o objetivo de propagar o
cristianismo, combater os muçulmanos e cristianizar territórios da Ásia Menor (atual
Turquia) e da Palestina. Formadas por cavaleiros e comandadas por nobres, príncipes
ou reis, as cruzadas também possuem motivações não religiosas, como a conquista de
novos territórios e a abertura de rotas comerciais marítimas e terrestres para o
Oriente. Produtos como seda, tapetes, armas e especiarias foram introduzidos no
consumo da Europa pelos cruzados.

PRINCIPAIS CRUZADAS – São cinco grandes expedições militares rumo ao Oriente:


Cruzadas dos Mendigos (1096) – Primeira cruzada extra-oficial.Reúne mendigos e
ataca tribos árabes.Todos os cruzados são aniquilados.

1ª Cruzada (1096-1099) – Conhecida como Cruzada dos Barões, é a primeira cruzada


oficial francesa e agrega cerca de 500 mil pessoas.Chega a Jerusalém, onde é fundado
um reino cristão.

2ª Cruzada (1147-1149) – Motivada pela tomada de Edessa pelos turcos.Os cruzados


são derrotados em Doriléia, quando empreendem a ofensiva na Palestina.

3ª Cruzada (1189-1192) – Chamada de Cruzada dos Reis, é liderada pelo rei inglês
Ricardo Coração de Leão, que estabelece um acordo com o sultão Saladino, do Egito,
para que os cristãos possam realizar peregrinações a Jerusalém.

4ª Cruzada (1202-1204) – Financiada por venezianos interessados na rota comercial


do Império Bizantino.Tomam e saqueiam Constantinopla.

1118-1312- Hugues de Payns funda a Ordem dos Cavaleiros Templários, depois da


conquista de Jerusalém. Inicialmente conhecidos como Pobres Cavaleiros do Templo de
Salomão, seu propósito era proteger a viagem de cristãos à Palestina. No decorrer dos
anos se tornam muito poderosos e conquistam, por meio de doações, vastas
propriedades em toda a Europa, principalmente na França. A instituição é abolida em
1312, com a morte do Grande Mestre, Jacques de Molay, nas fogueiras da Inquisição.

1158 – Uma associação de comerciantes no norte da Alemanha cria a Liga Hanseática,


para proteger e promover interesses comerciais comuns. A Liga se transforma em
importante força política na Europa, congregando diversas cidades da Alemanha e
comunidades alemãs na Holanda, na Inglaterra e no mar Báltico e incentivando o
surgimento de cidades livres e associações mercantis.

1206 – Genghis Khan unifica tribos da Ásia Central (atual Mongólia) e inicia o Império
Mongol – tribunal da Igreja Católica instituído para perseguir, julgar e punir os
acusados de heresia (doutrinas ou práticas contrárias às definidas pela Igreja). As
punições variam desde uma retratação pública até o confisco de bens e a prisão
perpétua, convertida pelas autoridades civis em execução na fogueira ou forca em
praça pública. Em 1252, o papa Inocêncio IV aprova o uso da tortura como método
para obter confissão de suspeitos do tribunal.

1278-1295 – O mercador italiano Marco Polo, acompanhado do pai e do tio, chega à


China, abrindo caminho a outros viajantes e promovendo o intercâmbio entre Ocidente
e Oriente. Permanece na China por 17 anos, exercendo funções administrativas e
diplomáticas na corte do soberano Kublai Khan, neto de Genghis Khan. Em 1295, os
Polo voltam a Veneza, com riquezas e especiarias.

1281 – Otman I dá início à expansão turca e à propagação do islamismo, fundando o


Império Turco-Otomano. De um pequeno principado na região da Anatólia (atualmente
na Turquia), os turco-otomanos estendem seus domínios pela Europa, pelo Oriente
Médio e pelo norte da África. O florescimento do império como potência mundial ocorre
com a tomada de Constantinopla e a conquista da península Balcânica, nos séculos
XIV, XV e XVI.

Século XIII – Os incas fundam Cuzco, a capital do Império Inca, na cordilheira dos
Andes (região do atual Peru). Ocupam também territórios do Equador, do Chile e da
Bolívia. Enfraquecidos por guerras internas, são dominados pelos espanhóis em 1532.
Viabilizam a agricultura nas montanhas, talhando o relevo em degraus, e, nas regiões
desérticas do litoral, irrigam a terra por meio de tanques e canais. Dominam a
ourivesaria, a cerâmica e conhecem a tecnologia do bronze. Utilizam quipos (cordões e
nós coloridos) para registrar acontecimentos e fazer cálculos. São o único povo pré-
colombiano a domesticar animais. Constroem centros religiosos e cultuam o deus Sol.
Seu rei, intitulado Inca, tem poder absoluto por estar associado a essa divindade.

MACHU PICCHU – As ruínas dessa cidade inca foram descobertas pelo arqueólogo
norte-americano Hiram Bingham em 1911.Há evidências de que a cidade era um
grande centro religioso, construído no século XV.Restam apenas ruínas de 216
habitações de pedra, provavelmente pertencentes a nobres e sacerdotes.Ao redor de
Machu Picchu há um número expressivo de sítios arqueológicos, sinal de que a região
era povoada.De acordo com historiadores, a cidade deve ter sido o coração de uma
extensa área metropolitana, que chegou a ter 16 milhões de habitantes.No cemitério
da cidade, porém, só foram descobertos 173 corpos, a maioria de mulheres.Acredita-
se que a cidade foi destruída por uma epidemia, uma guerra ou uma combinação dos
dois fatores.

1309-1377– Descontente com a intromissão da Igreja em assuntos do reino, o rei da


França, Felipe IV, prende o papa Bonifácio VIII e nomeia Clemente V, de origem
francesa, novo papa. O episódio fica conhecido como Cativeiro de Avignon. O novo
papado é instalado em Avignon, de onde se sucede uma série de papas franceses.
Após 68 anos, a Santa Sé, sob o comando do papa Gregório XI, recupera o direito de
retornar a Roma.

1325-1519 – Em uma área pantanosa ao redor do lago Texcoco, no México, os astecas


fundam Tenochtitlán, atual Cidade do México. Chefiada pelo rei, que comanda o
Exército, a sociedade asteca é altamente hierarquizada. É constituída pela nobreza,
que inclui guerreiros e sacerdotes, e por uma população de agricultores, pequenos
comerciantes e artesãos, que prestam serviço militar compulsório. Os astecas realizam
importantes obras de drenagem e constroem espécies de ilhas artificiais (chinampas)
para ampliar as áreas de cultivo. Desenvolvem intensa atividade comercial em
mercados urbanos. Usam a escrita pictórica e a hieroglífica e estudam a astronomia, a
astrologia e a matemática. Entre os vários deuses cultuados estão o da guerra, do Sol,
da chuva e a Serpente Emplumada. O império expande-se no reinado de Montezuma
II, entre 1502 e 1520, agrupando 500 cidades e 15 milhões de habitantes. Os astecas
fundem sua cultura com a dos povos conquistados, cobrando-lhes pesados tributos.
Seu declínio começa em 1519, quando a região é invadida por espanhóis que obtêm a
cooperação dos grupos dominados para rendê-los.

1337-1453 – A pretensão do rei inglês Eduardo III, neto de Felipe, o Belo, de disputar
a sucessão do trono francês é o estopim da Guerra dos Cem AnosGHGI, que opõe
França e Inglaterra. O conflito envolve o interesse da Inglaterra no comércio de lã no
território de Flandres, sob domínio francês; a ajuda da França à Resistência Escocesa;
e a posse de terra que os reis ingleses, duques da Normandia, tinham na área
francesa. Ao final da guerra, a França recupera todas as possessões sob domínio
inglês. O embate consolida a identidade nacional francesa e facilita uma conspiração da
nobreza inglesa, que iniciaria uma guerra civil: a Guerra das Duas Rosas. Outra
conseqüência é a perda de poder dos senhores feudais nos dois países e o aumento da
autoridade real.
1347 – Trazida por um navio proveniente do mar Negro, a peste negra chega à Europa
pelo Porto de Gênova. A epidemia, altamente infecciosa, é transmitida ao homem pelas
pulgas de rato. Espalha-se com grande velocidade e provoca a morte de cerca de um
terço da população do continente.

1378-1417 – Gregório XI deixa Avignon e retorna à Itália para restabelecer o papado


em Roma. Em 1378, na eleição de seu sucessor, dois grupos disputam a indicação do
novo papa: os eclesiásticos romanos, partidários da posse de Urbano VI, e os
franceses, favoráveis à Clemente VII. Sem acordo, o papado fica dividido: o papa de
Avignon passa a ser sustentado pelo rei da França e o romano se mantém com o
auxílio do imperador do Sacro Império Romano-Germânico. O episódio fica conhecido
como Cisma do Ocidente. Várias tentativas de revogar a cisão falham. Somente após o
Concílio de Constança (1417) e a eleição do papa Martinho V é restabelecida a unidade
do pontificado.

1385 – Início da monarquia nacional portuguesa.Com origem no humanismo, o


Renascimento está associado à restauração dos valores do mundo clássico greco-
romano e à crença no potencial ilimitado da criação humana. Manifesta-se nas artes,
na literatura e nas ciências.O espírito de inquietação estende-se à geografia e à
cartografia, e o impulso de investigar o mundo leva às grandes navegações e ao
descobrimento do Novo Mundo.Em conseqüência, ocorrem progressos técnicos e
conceituais, além de questionamentos que abrem caminho para as reformas
religiosas.

1415 – Portugal inicia a expansão marítima européia. A primeira expedição,


comandada pelo rei João I, promove a conquista de Ceuta, importante porto do norte
da África e ponto de partida para as futuras expedições e descobertas portuguesas no
continente africano.

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