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VIRTUAIS DE
ENSINO E
APRENDIZAGEM
Neide Santos
ESPAÇOS VIRTUAIS DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Neide Santos
nsantos@infolink.com.br
1. INTRODUÇÃO
O poder de sedução da Internet, entretanto, pode alterar este quadro, pois formas
efetivamente inovadoras de educação utilizando serviços da Internet podem ser pensadas e
postas em prática. Há muitas formas de uso das redes de comunicação, sendo algumas
delas roupagens novas para velhas concepções pedagógicas. O objetivo deste artigo é
apresentar um estado da arte em educação virtual e analisar seu potencial inovador, a partir
de diretrizes de análise colhidas na literatura disponível.
1
Estudos comparativos sobre sistemas para cursos à distância estão disponíveis em: Center for Curriculum Transfer and
Technology. A Comparison of Web-Based Delivery Applications - http://www.ctt.bc.ca/landonline/index.html; Central
Queenslanad University. WebClass Tools Comparison - http://webclass.cqu.edu.au/Tools/Comparisons/index.html; MacGreal,
R. [1998]. Integrated Distributed Learning Environments (IDLEs) on the Internet: A Survey. Educational Technology
Review. No 9, 25-31.
♦ Study Web - http://www./s tudyweb.com
Study Web reúne uma coleção de 28.000 sites, entre sites educacionais sobre conteúdos
curriculares, classificados por disciplinas e por série escolar, e sites de referência. Uma
máquina de busca e mecanismos de orientação dos usuários tornam as consultas a Study
Web rápidas e seguras.
♦ Es colanet - http://www.escolanet.com.br
O site põe à disposição dos usuários uma série de informações e serviços educacionais. Há
sites de estudos, cobrindo conteúdos da principais disciplinas do ensino fundamental e
médio, espaços para discussão e “bate papo”, páginas com diversão e dicas, esporte e
saúde, além de um guia do professor.
2
Esta parte do artigo baseia-se em Melo, W. [1998]. Sala de Aula Virtual Cooperativa. Dissertação de Mestrado, Rio de
Janeiro, COPPE Sistemas/UFRJ.
♦ HM-Card – http://www.iicm.edu/hmcard/
HM-Card permite a construção de repositórios de courseware, compostos de páginas Web,
imagens estáticas, vídeos, integrados em módulos interativos. O repositório é um site Web,
com o material educacional armazenado em um servidor Web e com o acesso simultâneo
de diversos clientes. Os módulos são as unidades principais do courseware, cujos
conteúdos podem ser desde páginas ligadas de forma linear até complexas unidades
interativas de courseware com gráficos, animação, facilidades de anotações, perguntas e
avaliação de respostas. O repositório de courseware é um pool de módulos HM-Card,
referenciados como documentos HTML. O sistema provê editores para confecção e
apresentação de cursos hipermídia: HM-Card Editor, HM-Card Linker e HM-Card
Viewer. A independência entre os editores permite a reutilização de conteúdos, mas torna
a autoria de cursos uma tarefa artificial. O acesso a cursos desenvolvidos com HM-Card
pode se dar a partir de link em página Web ou stand-alone. O sistema fornece suporte para
cooperação, através de ponteiros para e-mail e newsgroups. Esta funcionalidade não está
disponível na versão para fins avaliativos. A interatividade do material, considerada um
ponto alto do HM-Card, traduzida em tratamento de respostas e avaliação do desempenho
do aluno, também não pode ser testada, por não estar disponível o help do sistema na
versão usada.
♦ LearningSpace - http://www.lotus.com/home/nsf/tabs/leanspace
LearningSpace possui cinco bases de dados Notes interconectadas, fornecendo um
ambiente para desenvolvimento e entrega de cursos. O sistema é composto de:
♦ Agenda: módulo central para que os participantes naveguem através dos materiais de
curso de acordo com o projeto instrucional e a estrutura do curso criada pelo professor.
Através deste módulo, os estudantes podem conhecer os objetivos da aprendizagem, as
tarefas a serem realizadas, os prazos marcados para navegação nos materiais do curso e
as perguntas a serem respondidas. A agenda pode ser organizada por dias, semanas ou
meses bem como por módulos para instrução auto-dirigida.
♦ Centro de Mídia: base de conhecimento criada pelo professor ou pelo projetista, com o
conteúdo relacionado ao curso, como o acesso a fontes externas, como WWW e outros
repositórios de recursos educacionais. O conteúdo de cada curso pode ser texto, vídeo
clips, gráficos, planilhas eletrônicas, simulações, entre outros.
♦ Sala de Curso: ambiente interativo para que os alunos tenham discussões privadas e
públicas entre si e com o professor, para compartilhamento de informações e execução
de trabalhos em grupo. A sala de curso proporciona atualmente somente suporte para
cooperação assíncrona, mas está previsto suporte para cooperação síncrona através de
recursos de whiteboard e videoconferência.
♦ Descrição dos Participantes: homepages criadas pelos alunos e professores com
informação para contato, fotografias, experiência e interesses.
♦ Gerenciador de Avaliação: ferramenta de avaliação que permite ao professor enviar
perguntas e receber respostas dos alunos de forma privada. Para isso, as perguntas são
colocadas na agenda e são enviadas por correio eletrônico para os alunos que as enviam
de volta junto com a resposta acessível somente para o professor.
♦ TopClass - http://www.wbsystems.com/
TopClass integra ferramentas de aprendizagem colaborativa, de entrega e gerenciamento
de conteúdo e de gerenciamento de pessoas. A conectividade entre os participantes é
baseada na Web através de um browser padrão. O sistema roda sobre a Internet ou em
redes locais corporativas. Há um sistema de mensagem para comunicação entre alunos e
entre alunos-professor, a participação em múltiplas listas de discussão e atividades
personalizadas para alunos. Em TopClass, os cursos são construídos pelo professor a partir
de Unidades de Material de Aprendizado que podem ser livremente exportadas ou
importadas de curso para curso, podendo conter testes de múltipla escolha. Os estudantes e
professores são agrupados em “classes” e o acesso ao material do curso, grupos de
discussão e avisos são gerenciados automaticamente, de forma que somente os
participantes autorizados possam obtê-lo. TopClass indica, para cada usuário individual, o
status do material de curso definido para ele através de mensagens do tipo: novo, velho,
lido ou não lido. O professor também tem acesso a esse status para monitorar o progresso
do aluno.
♦ Virtual-U - http://emediadesign.com/sfu/index.html
Virtual-U é um sistema baseado em um servidor que possibilita a criação de cursos em
browser Web. O sistema possui os seguintes componentes:
♦ Sistema de Conferência: oferece a possibilidade de configurar grupos cooperativos,
♦ WebCT - http://homebrew1.cs.ubc.ca/webct/
WebCT é um sistema para a criação de ambientes educacionais baseados na Web,
fornecendo uma variedade de ferramentas, como chat, trilha do progresso do aluno,
organização de projeto em grupo, auto-avaliação, controle de acesso, ferramentas de
navegação, investigações auto-marcadas, correio eletrônico, geração de índice automático,
calendário de curso, homepages dos alunos e pesquisas do conteúdo do curso. Um curso
em WebCT está organizado em torno de uma homepage principal, com ligações para
componentes de conteúdo do curso, como páginas de conteúdo, ou para outras páginas,
além de ferramentas do curso, como correio eletrônico, auto-avaliação e glossário. O
sistema proporciona diferentes visões do curso dependendo da classe do usuário. Há
quatro classes de usuários:
♦ AulaNet - http://aulanet.les.inf.puc-rio.br/aulanet/
AulaNet é um ambiente para criação, manutenção e assistência de cursos baseado na Web,
desenvolvido no Laboratório de Engenharia de Software do Dpto de Informática da PUC-
Rio [Lucena et al., 1998]. Um curso no AulaNet é um conjunto de aulas voltadas para a
apresentação de conteúdos aos alunos. Os conteúdos podem ser apresentados como
transparências, textos de aulas, vídeo e imagens. Para enriquecer o processo de
aprendizagem, AulaNet prevê a indicação de fontes complementares de informação. A
interatividade do curso é garantida por uma série de serviços Internet de comunicação e
cooperação, entre alunos e entre alunos-professor, simultâneos ou não simultâneos, tais
como, correio eletrônico, listas de discussão, grupos de discussão, sessões de chat e
videoconferências. AulaNet apoia-se nas seguintes premissas básicas:
♦ o autor: criador do curso, participando desde a descrição inicial do mesmo até a entrada
dos conteúdos. Poderá ser ou não o responsável pela aplicação do curso. Caso positivo,
assume também a função de Professor, podendo contar ou não com o auxílio de
professor co-autor;
♦ o aluno: usuário final, representando o público-alvo para quem o curso se destina. O
professor pode dar ao aluno status de co-autor de aulas do curso.
♦ o administrador: facilitador da integração professor/curso/aluno, tratando de questões de
natureza eminentemente operacional, como inscrição do aluno, divulgação da agenda e
das notícias do curso etc.
♦ Habanero - http://www.ncsa.uiuc.edu/SDG/Software/Habanero/Tools
Desenvolvido pelo National Center for Supercomputing Applications, o framework
permite o compartilhamento de objetos Java com pares distribuídos pela Internet. É
composto de uma Biblioteca de Ferramentas Cooperativas, com todas as facilidades
encontradas na rede, sendo dirigido para alunos da escola elementar e secundária. O
mecanismo de colaboração desenvolvido em Java permite que os usuários compartilhem
qualquer coisa que possa ser enviada pela Web (HTML, gráficos, dados), além de som e
vídeo ao vivo. A versão básica de Habanero inclui uma interface de software que permite
que qualquer aplicação se torne cooperativa. Habanero já superou a fase de versão beta,
sendo um ambiente relativamente seguro de trabalho, mas carece de suporte pedagógico
para que os professores desenvolvam tarefas cooperativas com seus alunos
♦ Belvedere - http://advlearn.lrdc.pitt.edu/belvedere/
Belvedere é um ambiente para suporte à prática de discussão crítica de teorias científicas,
baseado no paradigma colaborativo. Este ambiente se resume em um groupware em rede
usado para a construção de representações de relações lógicas e retóricas dentro de um
debate, e cuja interface se assemelha a um editor gráfico. Belvedere provê os estudantes
com formas concretas de representar componentes abstratos e relacionamentos entre
teorias e argumentos. Idéias e relacionamentos são representados como objetos que podem
ser apontados, ligados a outros objetos e discutidos. Belvedere pode ser utilizado por
estudantes fisicamente próximos uns aos outros, trabalhando simultaneamente, de forma
síncrona; estudantes compartilhando argumentos em tempos diferentes, de forma
assíncrona; e estudantes trabalhando simultaneamente, mas localizados remotamente entre
si. Segundo Suthers [1996], o ambiente combina três abordagens para aprendizagem:
aprendizagem colaborativa, aprendizagem guiada, e aprendizagem baseada em problemas
3
Esta parte do trabalho baseia-se em Santoro, F.; Borges, M.; Santos, N. [1998]. Um Framework para Estudo de Ambientes
de Suporte à Aprendizagem Cooperativa. Anais do IX SBIE.
(forma de learning-by-doing). Cada um destes aspectos é coberto por uma categoria de
software educacional dentro do ambiente: groupware para aprendizagem, tutor inteligente
e simulação. Belvedere também provê facilidades para autoria de fontes de conhecimento
on-line que podem ser acessadas e copiadas pelos estudantes. A utilização destas
facilidades levou à construção de coleções de informações em vários campos de
conhecimento científico. O ambiente foi estendido para servir como um browser Web,
permitindo que os autores utilizem ferramentas HTML existentes e para referenciar
páginas WWW.
Os ambientes descritos são apresentados com detalhes, incluindo a avaliação de seu uso
experimental em Santoro [1998].
♦ QSabe 4
QSabe, desenvolvido no Departamento de Informática da Universidade Federal do
Espírito Santo, é um ambiente inteligente para a troca cooperativa de informações apoiado
por uma rede de computadores, a partir de um serviço de perguntas e respostas. O sistema
é capaz de catalogar dinamicamente o perfil de colaboradores e atuar como um
distribuidor inteligente de mensagens. Utilizando a metáfora de ambientes groupware,
QSabe atua como um assistente interpessoal, permitindo que cada membro do grupo
participe dos trabalhos, formulando e respondendo perguntas.
♦ WebSaber - http://beatles.les.inf.puc-rio.br/websaber/ambiente/indice.htm
A 1a versão de WebSaber foi desenvolvida no Departamento de Informática da PUC-Rio,
no contexto da pesquisa de pós-doutorado da autora deste artigo. O ambiente é voltado
para a resolução cooperativa de problemas e é organizado segundo um modelo de
hipertexto, sendo apoiado por um editor cooperativo, um Bloco de Notas e ferramentas de
comunicação e cooperação da Internet. WebSaber direciona-se, preferencial mas não
exclusivamente, para alunos do ensino médio, coordenados por um tutor. Utiliza a
metáfora de uma sala de reunião - Meeting Room, como o local principal das interações
entre estudantes o tutor para a resolução cooperativa de problemas. Este local é composto
de um Hall, de uma sala de estar - SittingRoom e de uma sala de trabalho - WorkRoom.
No Hall, em um mural, são apresentados problemas à espera de solução. Se os
participantes aderem à busca da solução, entram na SittingRoom, o lugar das trocas
sociais. Os encontros de trabalho ocorrem na WorkRoom, onde há ferramentas para
comunicação e apoio à solução do problema. WebSaber diferencia-se de ambientes
análogos por oferecer ao tutor suporte para tutoria e propor e apoiar uma forma abrangente
de trabalho. A forma de trabalho proposta é uma variante dos passos utilizados no método
científico clássico.
4
Na fonte consultada, a URL não está disponível.
3. PROPOSTA DE DIRETRIZES DE ANÁLISE PARA FORMAS DE EDUCAÇÃO VIRTUAL
A maioria dos ambientes apresentados neste artigo é bem conhecida no país, havendo no
momento uma comunidade de usuários dos sistemas de autoria para cursos à distância,
bem como de AulaNet. Escolanet, Aprendiz e Kidlink-Brasil são sites bastante difundidos
no Brasil. Os sites Study Web e The Internet Public Library também são conhecidos, pelo
menos pela comunidade acadêmica brasileira. O framework Habanero é uma referência
obrigatória na área. Os ambientes de aprendizagem cooperativa nem sempre oferecem uma
versão avaliativa, mas os pesquisadores em Computer-Supported Cooperative Learning
(CSCL) se referenciam sempre a NICE e CSILE, entre outros.
Desta forma, entendemos que a contribuição deste artigo pode ir um pouco além da
reunião e descrição das formas disponíveis de educação virtual. Dada a recente, mas
acelerada, disseminação dos tipos de educação baseada na Web é relevante a análise de
seu potencial. Com este propósito, procuramos critérios de análise na literatura específica
da área, porém só encontramos critérios comparativos para os sistemas para cursos à
distância 5. Estes sistemas atendem a uma forma particular de educação virtual baseada em
cursos/aulas/disciplinas, mas muitos dos ambientes apresentados operam com outras
metáforas. Procuramos, então, definir algumas diretrizes preliminares, extensíveis à
análise de outros tipos de ambientes virtuais, apresentadas na próxima seção do trabalho.
As diretrizes propostas são fortemente baseadas nos trabalhos do Center for Curriculum
Transfer and Technology e de Santoro, Borges e Santos [1998] e foram divididas em três
grandes categorias: Características Gerais, Ferramentas de Apoio ao Professor e
Ferramentas de Apoio ao Estudante. As diretrizes para análise das Características Gerais
dos ambientes englobam aspectos relacionados às formas de trabalho educacional, ao
desempenho e usabilidade dos sistemas. As diretrizes referentes ao tipo de apoio que os
ambientes fornecem a professores e estudantes são uma visão simplificada de trabalhos
voltados para a avaliação de sistemas de autoria para cursos à distância.
5
Ver nota de rodapé 1, neste artigo.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO AMBIENTE
Suporte ao trabalho educacional
Enfoque pedagógico adotado ou Instrucionista
subjacente Construtivista
Tipo de Tarefa Desenvolvimento de conteúdos curriculares
Desenvolvimento de meta-habilidades cognitivas
• aprendizagem de conceitos
• solução de problemas
• desenvolvimento de projetos
• construção de conhecimento
• fórum de discussões
Neste ponto do artigo, cabe uma ponderação. Há, pelo menos, duas limitações sérias nos
estudos análogos ao presente trabalho:
Não trabalhamos com nenhum dos ambientes distribuídos para aprendizagem cooperativa
descritos, pois eles requerem a existência de um grupo de participantes atuantes. Desta
forma, a análise dos ambientes distribuídos para aprendizagem cooperativa é baseada em
fontes secundárias, normalmente informações e papers disponíveis nos sites, em revistas e
anais de congressos e na troca de informações com outros pesquisadores da área.
Os sistemas descritos na seção 2 deste trabalho foram analisados, sempre que possível,
segundo as diretrizes propostas na seção anterior.
♦ SITES EDUCACIONAIS
Características gerais
Os sites educacionais, notadamente, The World Lecture Hall, Web Study, The Internet
Public Library e Escolanet, podem ser de grande valia para professores, interessados
em localizar fontes de informação para complementar a aprendizagem de seus alunos.
O Projeto Aprendiz requer análise mais apronfundada.
The World Lecture Hall oferece cursos de graduação e pós-graduação, mas há um link
que remete o leitor para o uso da Web em escolas elementares e secundárias
americanas. O material disponível em Study Web é direcionado para estudantes do
ensino fundamental e médio. O enfoque pedagógico adotado, as formas e o grau de
interação entre estudantes-site podem variar de acordo com os objetivos do
coordenador da atividade educacional.
O professor pode, por exemplo, fornecer um tema e solicitar que os estudantes
localizem, individualmente ou em grupos, as informações colhidas nestes sites. E a
seguir, usem os espaços de comunicação para discussões e debates. Um dos problemas
sérios com este tipo de educação virtual são as interfaces pouco consistentes, já que o
site reúne e classifica coleções de páginas Web desenvolvidas por diferentes autores.
A segurança e estabilidade do site dependem do desempenho da Internet.
Ferramentas de apoio ao professor
O ponto forte de sites Web não é, seguramente, o apoio ao professor para a criação de
cursos, já que os sites não são espaços de autoria. No caso específico de ACD, há
sugestões de trabalho para os professores nos locais disponíveis. Os usuários podem
construir cursos, a serem inseridos no site, com ferramentas de autoria ou de criação
disponíveis na Internet. Podem, também, desenvolver páginas Web, usando editores
HTML. Este material é posto on-line através do webmaster do site. Não há suporte
para avaliação dos estudantes.
Study Web categoriza os sites de conteúdos por disciplina e série escolar, já The
Internet Public Library fornece somente os conteúdos classificados por área de
conhecimento. The World Lecture Hall põe à disposição dos professores e estudantes
cursos categorizados por área do conhecimento, mas permite que novos cursos sejam
incluídos no site. Escolanet oferece uma coleção de cursos - páginas Web,
categorizadas por disciplinas.
Ferramentas de apoio ao aluno
O site ACD fornece aos estudantes ferramentas de comunicação e cooperação e bloco
de anotações. Study Web oferece máquina de busca e espaço de comunicação. The
Internet Public Library provê bookmarks, pathfinders e outros recursos de orientação
ao processo de navegação, bem como dispõe de interfaces customizadas para
adolescentes e jovens. Escolanet e Aprendiz põe à disposição dos estudantes fóruns de
debates e chats. Nenhum dos sites prevê apoio para auto-avaliação e trilha de
progresso.
Observações
Nos sites citados, com exceção de ACD desenvolvido com propósitos de incentivo à
aprendizagem cooperativa, a cooperação entre os pares não é, certamente, o foco
central. Talvez o ponto mais crítico nos sites Web Study e The Internet Public Library
seja o fato de todas as informações estarem em língua inglesa. The World Lecture Hall
merece ser melhor analisado, pois além de oferecer material didático construído em
HTML, oferece também cursos desenvolvidos nos sistemas de autoria disponíveis.
4. CONCLUSÕES
Neste artigo é apresentado um estado da arte abrangente, mas não exaustivo, em espaços
virtuais de ensino e aprendizagem. Visando ampliar o escopo do trabalho, iniciamos a
tarefa de analisar o potencial técnico e pedagógico das novas formas de educação apoiada
nas tecnologias da Internet. Para tanto, tivemos que compor diretrizes básicas de análise
aplicáveis a todos os ambientes. As diretrizes propostas são fundamentadas nos trabalhos
apresentados pelo Center for Curriculum Transfer and Technology
[http://www.ctt.bc.ca/landonline/index.html] e por Santoro, Borges e Santos [1998].
Por outro lado, alguns dos ambientes de criação de cursos virtuais descritos dispõem de
versão freeware e podem, portanto, ser analisados através da construção e aplicação de
materiais educacionais. Sugerimos que pesquisadores interessados desenvolvam cursos ou
atividades educacionais e apresentem avaliações mais precisas. A análise dos frameworks
e dos ambientes para aprendizagem cooperativa descritos envolve maior complexidade,
uma vez que eles visam operar com formas menos estruturadas de aprendizagem. Nossa
sugestão é a criação de uma lista de discussão ou de um newsgroup para a análise e
discussão destes ambientes e de ambientes análogos. Outra sugestão refere-se a melhor
acesso a sistemas desenvolvidos por pesquisadores brasileiros. Dessa forma, poderíamos
analisar e usar sistemas/ambientes, disponíveis em língua portuguesa e mais adequados à
nossa realidade cultural e educacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS