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Prezados alunos,
Isto é, se o ato for ilegal e tiver que ser anulado, o TCU assinará prazo para
que a autoridade administrativa competente proceda à anulação. Se não for obedecida, a
Corte susta o ato (se o ato já não tiver esgotado seus efeitos, claro) e comunica ao Senado
Federal e à Câmara dos Deputados. A Lei Orgânica e o Regimento Interno do TCU
prevêem, ainda, a aplicação de multa ao responsável.
Aliás, matéria próxima foi objeto, inclusive, de uma questão da prova de
analista de controle externo deste ano, cujo enunciado é reproduzido a seguir:
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprecia a legalidade do ato
concessivo de aposentadoria e, encontrando-se este em conformidade com a
lei, procede a seu registro. Essa apreciação é competência exclusiva do
TCU e visa ordenar o registro do ato, o que torna definitiva a aposentadoria,
nos termos da lei. Entretanto, se, na apreciação do ato, detectar-se
ilegalidade, não compete ao TCU cancelar o pagamento da
aposentadoria, inclusive para respeitar o princípio da segregação.
Na situação “c”, o TCU realmente anularia o ato que foi produzido por ele,
desde que tenha violado a ordem jurídica e que não fosse passível de convalidação.
Todavia, nesse caso, antes deveria garantir o contraditório e a ampla defesa ao beneficiário
do ato de aposentação: o aposentado, pela aplicação direta da Súmula Vinculante nº 3.
Súmula Vinculante nº 3:
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria,
reforma e pensão.