You are on page 1of 6

Sobre a Paciência

Por John Wesley

"Ora, a perseverança (paciência) deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada
deficientes".
(Tiago 1:4)

1. "Meus irmãos", diz o Apóstolo, no verso precedente, "tende por motivo de toda
alegria o passardes por várias provações". À primeira vista, isso pode parecer uma direção
estranha; vendo que muitas tentações são "para o presente, não motivo de alegria, mas de
aflição". Não obstante, nós sabemos, por nossa própria experiência, que "o processo de
nossa fé produz paciência": E se "a paciência tem sua obra perfeita, deverá ser perfeita no
todo, não necessitando de mais nada".

2. Não é para alguma pessoa, em particular, ou igreja, que o Apóstolo dá essa


instrução; mas a todos os que são cúmplices de tal fé preciosa, e buscam a salvação comum.
Por mais tempo que qualquer um de nós esteja na terra, está na região das provações. Ele
que veio ao mundo para salvar seu povo do próprio pecado, não veio para salvá-los das
provações. Ele mesmo "não conheceu o pecado"; ainda assim, enquanto ele esteve, nesse
vale de lágrimas, "ele sofreu sendo tentado"; e nisso, também "deixou-nos o exemplo de
que nós podemos trilhar os seus passos". Nós estamos sujeitos às milhares de tentações, do
corpo corruptível, que, de maneira variada, afetam a alma.

3. A alma, em si mesma, rodeada como ela é com fraquezas, expõe-nos a dez mil
mais. E quantas são as tentações, as quais nós encontramos, até mesmo dos homens de bem
(tais, pelo menos, que estão, em parte, no temperamento geral deles), com quem nós somos
chamados a conviver dia a dia! E quais são essas provações que podemos esperar encontrar
do mundo que jaz na malignidade? Vendo que todos nós, em efeito, "moramos com
Mesech, e temos nossa habitação nas tendas de Kedar". Acrescentando, a isso, que os mais
perigosos de nossos inimigos não são aqueles que nós assaltam abertamente. Não os anjos
que se opõe à nossa marcha, e que nos sobrepujam com força: nossos segredos, declarados,
e eternos adversários, incontáveis, invisíveis! Porque não é nosso "adversário, o mau, como
um leão que ruge", com todas as suas legiões do inferno, continuando ainda a "buscar por
aqueles a quem possa devorar". Essa é a circunstância de todos os filhos dos homens; sim, e
de todos os filhos de Deus, tanto quanto seja a curta estadia deles nessa terra estranha.
Entretanto, se nós não investimos contra elas, propositada e cuidadosamente, nós,
certamente, "cairemos em diversas tentações"; inumeráveis como as estrelas dos céus; e
essas, de mil maneiras complicadas e variadas. Mas, ao invés de ver tudo isso como uma
perda, como os descrentes poderiam fazer, "devemos ver, com toda a alegria; sabendo que
esse é o exercício de nossa fé", mesmo quando ela é "experimentada com fogo",
"trabalhando a paciência". Mas "deixando que a paciência faça sua obra perfeita, nós
seremos perfeitos e inteiros, não necessitando de coisa alguma".

4. Mas o que é a paciência? Nós agora não estamos falando da virtude pagã; nem da
indolência natural; mas do temperamento cortês, forjado no coração do crente, pelo poder
do Espírito Santo. Essa é a disposição para suportar o que quer que agrade a Deus, da
maneira, e pelo tempo que Ele quiser. Nós, por meio disso, mantemo-nos, no meio
caminho, menosprezando nossos sofrimentos, fazendo pouco deles, passando por eles,
superficialmente, como se eles fossem devido às causas eventuais, ou segundas causas; ou,
por outro lado, ficando afetados ao máximo, enervados, desmotivados, afundando-nos
neles. Nós podemos observar que o objeto apropriado da paciência é o sofrimento, tanto do
corpo como da mente. Paciência não implica não sentir isso: ela não é apatia ou
insensibilidade. Ela está, extremamente, distante da estupidez estóica; e de igual distância
do mau humor ou abatimento. O crente perseverante é preservado de cair nesses extremos,
por considerar: Quem é o autor de todo seu sofrimento? Deus, seu Pai! E qual é o motivo
dele nos trazer sofrimento? Não tão próprios de sua justiça e amor? Qual é a finalidade
dele? É para nosso "proveito; para que sejamos cúmplices de sua santidade!".

5. Muito, proximamente, relacionado à paciência, é a mansidão, se não for a melhor


forma dela. E por que a mansidão não pode ser definida como paciência das injustiças;
particularmente, insultos, repreensão, ou censura injusta? Porque Ele nos ensina não
pagarmos o mal com o mal, ou insultos com insultos; mas, ao contrário, com bênçãos.
Nosso abençoado Senhor, ele mesmo, parece colocar um valor peculiar nesse
temperamento, e nos chama para aprendermos com Ele, para que possamos encontrar
descanso para nossas almas.

6. Mas o que podemos entender pela obra da paciência? "Deixe a paciência fazer a
sua obra perfeita". Ela parece significar, deixe-a ter seus frutos ou efeitos completos. E
quais são os frutos aos quais o Espírito de Deus está acostumado a produzir, além desse, no
coração do crente? Um fruto imediato da paciência é a paz! A doce tranqüilidade da
mente; a serenidade do espírito, que nunca será encontrado, a menos, onde reina a
paciência. E essa paz, freqüentemente, ergue-se em alegria. Mesmo no meio de provações
várias; aqueles que capacitados para "na paciência possuir suas almas", podem testemunhar,
não apenas, quietude de espírito, mas triunfo e exultação. Eles se estendem nas trilhas
brutas da natureza obstinada sempre; e traz um pouco do céu, para dentro de cada peito.

7. Qual intenso é o relato que o Apóstolo Pedro dá, não apenas da paz e alegria, mas
da esperança e amor, que Deus trabalha naqueles sofredores pacientes "que são mantidos
pelo poder de Deus, através da fé na salvação!". De fato, ele parece aqui ter um único olho
para essa mesma passagem de Tiago: "embora vocês sejam afligidos, por um período, com
múltiplas provações; que a experimentação de sua fé possa ser edificada para louvar, e
honrar e dar glórias, diante da revelação de Jesus Cristo; quem, não tendo visto, você amou;
em quem, embora você não veja, ainda acredita, ainda regozija-se, com alegria
inexprimível e completa de glória". Veja aqui, a paz, a alegria, e o amor, que, através do
onipotente poder de Deus, são os frutos ou "obras da paciência!".

8. E como a paz, a esperança, a alegria e o amor são os frutos da paciência, todos,


brotando dela, e confirmados por ela; assim é também a coragem racional e genuína que, de
fato, não pode subsistir sem a paciência. A coragem brutal, ou melhor, da fúria de um leão
pode, provavelmente, nascer da impaciência; mas a firmeza e a coragem de um homem
nascem, justamente, do temperamento contrário. O zelo cristão é igualmente confirmado e
cresce pela paciência, da mesma forma é a diligência, em toda boa obra; o mesmo Espírito
incitando-nos a sermos pacientes ao suportar as aflições, e fazendo o bem; o que nos leva,
igualmente, a, de boa-vontade, fazer e suportar a vontade de Deus.

9. Mas qual é a obra perfeita da paciência? Ela é alguma coisa menos do que o
"amor perfeito de Deus", constrangendo-nos a amar toda a alma humana, "como Cristo nos
amou?". Não é ela a religião total, a mente total "que também estava em Jesus Cristo?".
Não é ela "a renovação de nossa alma, na imagem de Deus, e na qual semelhança nós
fomos criados?". E não é o fruto disso, a sujeição de nós mesmos, corpo e espírito para
Deus; inteiramente, desistindo de tudo que somos, temos, ou amamos, como um sacrifício
santo, e aceitável a Deus, através do Filho de seu amor? Parece que isso é "a obra perfeita
da paciência", conseqüência da experimentação de nossa fé.

10. Mas como essa obra difere da obra da graça que é forjada em todo crente,
quando ele encontra redenção no sangue de Jesus, e mesmo a remissão de seus pecados?
Muitas pessoas que não são apenas justa de coração, mas que temem, e que, alem disso,
amam a Deus, não têm falado, com cautela, sobre esse assunto; não de acordo com a
palavra de Deus! Elas têm falado das obras de santificação, como se diferisse, inteiramente,
daquela que é forjada na justificação. Mas esse é um erro grande e perigoso. E que tem uma
tendência natural de fazer-nos subestimar a obra gloriosa de Deus que foi forjada em nós,
quando fomos justificados: considerando que, nesse momento, quando nós fomos
justificados, livremente, pela sua graça; quando aceitamos, através do Amado, que somos
nascidos novamente; nascido do alto; nascido do Espírito. E que, quando nascidos do
Espírito, há uma grande mudança forjada, em nossas almas, assim como ela foi forjada, em
nossos corpos, quando nós nascemos de uma mulher; uma mudança geral, do pecado
interior, para a santidade interior. Do amor da criatura, para o amor do Criador; do amor do
mundo, no amor de Deus. Dos desejos mundanos, da carne, dos olhos, e do orgulho da
vida, mudados, naquele momento, pelo onipotente poder de Deus, em desejos divinos.
Quando o vendaval de nossa vontade é interrompido, na metade do caminho, e mergulha na
vontade de Deus. Quando o orgulho e a arrogância são diminuídos, na humildade do
coração; assim como a raiva, com todas as paixões turbulentas e indisciplinadas, para a
calma, a mansidão, e a gentileza. Em uma palavra: quando a mundana e sensual, mente
diabólica, dá lugar à "mente que estava em Cristo Jesus!".

  11. "Mas o que mais, além disso, pode ser incluído na santificação completa?". Ela
não subentende alguma nova espécie de santidade? Não permita que homem algum imagine
isso. Do momento em que somos justificados, até que nós desistamos de nosso espírito para
Deus, o amor é o alicerce da lei; de toda a lei bíblica, que toma o lugar da lei de Adão,
quando a primeira promessa da "semente da mulher" foi feita. O amor é a soma da
santificação cristã; é um tipo de santidade, que é encontrado, nos vários graus, nos crentes
que são distinguidos por João em: "pequenas crianças, homens jovens, e pais". A diferença,
entre um e o outro, propriamente, situa-se nos estágios de amor. E, nisso, há uma grande
diferença, no sentido espiritual, tanto quanto, no sentido natural, entre pais, homens jovens
e bebês. Cada um que é nascido de Deus, embora ele seja ainda apenas "um bebê em
Cristo", tem o amor de Deus, em seu coração; o amor a seu próximo; juntos com
humildade, mansidão, e resignação. Mas tudo isso está, então, em diversos níveis, em
proporção aos degraus de sua fé. A fé de um bebê em Cristo é fraca, geralmente, misturada
com dúvidas e medos; com dúvidas, se ele é merecedor; ou medo, de que ele não possa
perseverar até o fim. E, se, para prevenir essas dúvidas perplexas, ou para remover aqueles
medos atormentadores, ele se apoderar da opinião de que o verdadeiro crente não naufraga
na fé, a experiência irá mostrar, cedo ou tarde, que essa, é meramente, o esteio de uma
pessoa em quem não se pode confiar, e que, no momento, longe de alicerçá-lo, estará na sua
mão, mas vai trespassá-la. Mas para retornar: Na mesma proporção em que ele cresce na fé,
ele cresce na santidade; ele amplia-se, em amor, humildade, e mansidão, em todas as partes
da imagem de Deus; até que agrade a Deus, antes que ele seja totalmente convencido do
pecado inerente, da corrupção total de sua natureza, levá-lo embora; purificando seu
coração e limpando-o da iniqüidade; para preenchê-lo com a promessa que ele fez primeiro
ao povo antigo dele, e neles, para o povo de Deus, em todos os tempos: "Eu irei circuncidar
teu coração, e o coração de tua semente, para que ames o Senhor teu Deus, com todo teu
coração, e com toda a tua alma".
Não é fácil compreender qual a diferença que há, entre o que ele experimenta agora,
e o que ele experimentou anteriormente. Até que essa mudança universal fosse forjada em
sua alma, toda sua santidade esteve misturada. Ele era humilde, mas não inteiramente; sua
humildade estava misturada com orgulho: Ele era manso; mas sua mansidão era,
freqüentemente, interrompida pela ira, ou algumas paixões complicadas e turbulentas: Seu
amor a Deus era, freqüentemente, amortecido pelo amor de algumas criaturas; o amor de
seu próximo, pela suspeita diabólica, o algum pensamento; se não, temperamento, contrário
ao amor. Sua vontade não estava completamente misturada na vontade de Deus: Mas,
embora, em geral, ele pudesse dizer, "eu vim, não para fazer a minha própria vontade, mas
a vontade Dele que me enviou", ainda assim, até agora, a natureza rebelou-se, e ele não
pode dizer, claramente: "Senhor, não como eu desejo, mas como tu desejas!". Sua alma é
agora consistente consigo mesma; não existem laços dissonantes. Todas as suas paixões
fluem, em um fluxo contínuo, com o mesmo teor para Deus. Não existe a mistura de
quaisquer afeições contrárias. Tudo é paz e harmonia. Sendo preenchido com amor, não
existe mais interrupção dele, do que a batida de seu coração; e o amor contínuo trazendo
alegria no Senhor, ele se regozija cada vez mais. Ele conversa, continuamente, com o Deus
a quem ele ama, a quem, em todas as coisas, agradece. E como ele agora ama a Deus, com
todo seu coração, com toda a sua alma, com toda a sua mente, e com todas as suas forças;
então Jesus agora reina sozinho em seu coração, o Senhor de todo o movimento que existe
lá. 

12. Mas pode ser inquirido: De que maneira Deus opera essa mudança inteira e
universal, na alma do crente? Essa estranha obra, que tantos não irão acreditar, embora nós
declaremos isso neles? Ele opera, gradualmente, por degraus vagarosos; ou,
instantaneamente, de um momento para o outro? Quantas não são as disputas sobre esse
assunto, mesmo entre os filhos de Deus! E haverá, depois de tudo o que sempre foi, ou
possa ser dito a respeito dele. Porque muitos irão ainda dizer com o judeu famoso, "Tu não
podes me persuadir, embora tu já tenhas me persuadido". E eles irão ser ainda mais
resolutos nisso, porque as Escrituras é silenciosa a respeito do assunto; porque o ponto não
é determinado, pelo menos, não em termos expressos, em todas as partes dos escritos de
Deus. Cada homem, entretanto, pode abundar-se, em seu próprio entendimento, contanto
que permita a mesma liberdade a seu próximo; contanto que ele não se ire com aquele que
difere de sua opinião, nem nutra pensamentos duros concernentes a ele. Permita-me
acrescentar, igualmente, uma única coisa mais: Seja a mudança instantânea ou gradual, veja
que você nunca descanse, até que ela seja forjada, em sua própria alma, se você deseja
morar com Deus na glória.

13. Isso estabelecido como premissa, com o objetivo de lançar quanta luz eu puder,
nessa questão interessante, eu irei, simplesmente, relatar o que eu mesmo tenho visto, no
curso de muitos anos. Quarenta e quatro, ou quarenta e cinco anos atrás, quando eu não
tinha uma visão distinta do que o Apóstolo queria dizer, por nos exortar a "abandonar os
princípios da doutrina de Cristo, e ir a busca da perfeição", duas ou três pessoas, em
Londres, que eu sabia serem, verdadeiramente, sinceras, pediram-me para dar-me um relato
de suas próprias experiências. Isso me pareceu excessivamente estranho, diferente de
qualquer coisa que eu tivesse ouvido antes; mas, exatamente, similar ao relato precedente
da santificação completa. No ano seguinte, mais duas ou três pessoas, em Bristol, e duas ou
três, em Kingswood, vindo até mim, diversas vezes, deram-me os mesmo relatos de suas
experiências. Alguns poucos anos antes, eu pedido a todos aqueles, em Londres, que
tivessem a mesma declaração, para se reunirem, na Fundição, eu estaria completamente
satisfeito. Eu pedi que aquele homem de Deus, Thomas Walsh, fosse nos encontrar lá.
Quando nós nos reunimos, primeiro um de nós, e, então, o outro, perguntamos a eles as
questões mais pertinentes que pudéssemos fazer. Eles responderam, cada um, sem
hesitação, e com a mais extrema simplicidade, de modo que nós fomos, completamente,
persuadidos de que eles não estavam iludidos com eles mesmos.
Nos anos 1759, 1760, 1761, e 1762, o número deles multiplicou grandemente; não
apenas em Londres e Bristol, mas em várias partes da Irlanda, bem como da Inglaterra. Não
confiando no testemunho de outros, eu cuidadosamente examinei a maioria desses; e, em
Londres, apenas, eu encontrei seiscentos e cinqüenta e dois membros de nossa Sociedade
que foram, excessivamente, claros em suas experiências, e, de cujos testemunhos, eu não vi
razão para duvidar. Eu acredito que nenhum ano se passou, desde esse tempo, na qual Deus
não tem forjado a mesma obra, em muitos outros; mas, algumas vezes, em uma parte da
Inglaterra ou Irlanda; algumas vezes, em outra; como "o vento que sopra, onde ele é
ouvido"; — e, cada um desses (depois de cuidadosa inquisição, eu não encontrei alguma
exceção, tanto na Grã Bretanha ou Irlanda) tem declarado que sua libertação do pecado foi
instantânea; que a mudança foi forjada, imediatamente. Tivesse metade desses, ou um terço,
ou um, em vinte, declarado que ela foi gradualmente forjada neles, eu teria acreditado
nisso, com respeito a eles, e, pensado que alguns foram gradualmente santificados, e
alguns, instantaneamente. Mas, como eu não tenho encontrado, nesse grande espaço de
tempo, uma pessoa sequer falando assim; como todos aqueles que acreditam que foram
santificados, diz ter sido, comumente, se não, sempre, uma obra instantânea, eu não posso
deixar de Acreditar que a santificação é comumente, se não, sempre, um trabalho
instantâneo.

14. Mas, como quer que essa questão seja decidida, se santificação, no sentido
completo da palavra, é forjada, instantaneamente, ou gradualmente, como nós podemos
atingi-la? "O que podemos fazer", diz o judeu a nosso Senhor "para que possamos operar as
obras de Deus?". Sua resposta irá adequar-se àqueles que perguntam, o que podemos fazer,
para que a obra de Deus seja forjada em nós? "Esse é a obra de Deus, que você que acredita
Nele, quem ele tem enviado". Dessa única obra, todas as outras dependem. Acreditar em
nosso Senhor Jesus, e toda sua sabedoria, e poder, e fidelidade estarão comprometidos do
teu lado. Nisso, como em todas as outras instâncias, "pela graça nós somos salvos, através
da fé". Santificação também "não é das obras, a fim de que algum homem possa ostentar".
"Ela é o dom de Deus", e é para ser recebida pela fé clara e simples. Supondo que você
esteja agora trabalhando para "abster-se de toda a aparência do mal, zeloso das boas obras",
e caminhando, diligente e cuidadosamente, em todas as ordenanças de deus; há, então,
apenas um ponto remanescente: a voz do Senhor para sua alma é: "Acredite e será salvo".
Primeiro: Acredite que Deus tem prometido salvá-lo de todo pecado, e preencher você
com toda santidade. Segundo: Acredite que ele é capaz assim "de salvar, até a última gota,
todo aquele que vem até Deus, através Dele". Terceiro: Acredite que ele está disposto,
assim como, é capaz de salvar você, ao extremo; para purificá-lo de todo o pecado, e
preencher seu coração com amor. Quarto: Acredite que ele seja capaz de fazê-lo agora.
Não, quando você morrer; não, daqui a algum tempo; não para amanhã, mas para hoje. Ele
irá, então, capacitar você para acreditar que isso possa ser feito, de acordo com Sua palavra:
E, então, "paciência poderá fazer sua obra perfeita; que você possa ser perfeito e inteiro,
não necessitando de coisa alguma!".

15. "Você, então, será perfeito". O Apóstolo parece querer dizer por essa expressão
que você poderá ser totalmente liberto de toda obra má; de toda palavra má; de todo
pensamento pecaminoso; sim, de todo desejo mau, paixão, temperamento; de toda a
corrupção inata; de todos os remanescentes da mente carnal; de todo o corpo do pecado; e
você deverá ser renovado, no espírito de sua mente, em todo temperamento correto, em
busca da imagem Dele que o criou, na retidão e verdadeira santidade. Você deverá ser
inteiro. (A mesma palavra que o Apóstolo usa para os cristãos, em Tessalonicense):
(Tessalonicense 5:23) "O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito,
alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo". Isso parece referir-se, não muito às formas, assim como para os graus de santidade;
como se ele tivesse dito: "Você pode desfrutar como o grau alto da santidade, como é
consistente com seu estado presente de peregrinação"; — e você deverá necessitar de nada;
Ele sendo seu Pastor, seu Pai, seu Redentor, seu Santificador, seu Deus, e seu Tudo,
alimentando você com o pão dos céus, e dando a você carne suficiente. Ele irá conduzir
você adiante, ao lado de águas de conforto, e mantê-lo em todo o momento: De maneira
que, amando a Ele, com todo o seu coração (que é a soma de toda a perfeição), você irá
"regozijar-se sempre mais; orando, sem cessar; e em todas as coisas dando graças", até que
"uma entrada abundante seja ministrada, em você, no Seu Reino eterno".

     
Editado por Jennifer Luhn, com correções por Ryan Danker e George Lyons, para o Wesley Center for
Applied Theology at Northwest Nazarene University.
© Copyright 1999 by the Wesley Center for Applied Theology.

O texto pode ser usado livremente para propósitos pessoais ou escolares, ou colocados em Web sites.
Qualquer uso para propósito comercial é estritamente proibido, sem permissão expressa do Wesley Center, em
Northwest Nazarene University, Nampa, ID 83686. Contato: webadmin@wesley.nnc.edu

You might also like