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Sobre Agradar a Todos os Homens

John Wesley

'Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo, visando o que é bom para edificação'.
(Romanos 15:2)

1. Sem dúvida o dever aqui afirmado beneficia toda a humanidade; pelo menos,
todos aqueles aos quais foram confiados os oráculos de Deus. Uma vez que ele está aqui
prescrito, sem exceção, a todos aqueles que são chamados pelo nome de Cristo. E a pessoa
a quem todos devem agradar é a seu próximo, ou seja, todo filho do homem. Apenas
devemos nos lembrar que aqui o mesmo Apóstolo fala de uma ocasião similar. 'Se for
possível, tanto quanto caiba a você, viva pacificamente com todos os homens'. De igual
maneira, temos que agradar todos os homens, se for possível, tanto quanto nos cabe fazê-lo.
Mas, estritamente falando, não é possível; isto é o que nenhum homem, alguma vez, fez;
nem nunca irá fazer. Mas suponha que nós usemos da mais extrema diligência, seja o
evento como for, nós cumprimos nosso dever.

2. Nós podemos observar, mais além, de que maneira admirável o Apóstolo limita
esta direção; do contrário, fosse ela afirmada, sem qualquer limitação, poderia produzir as
conseqüências mais danosas. Nós somos direcionados a agradá-los para o bem deles; não,
meramente, com o objetivo de seu prazer, ou do nosso próprio prazer; muito menos,
agradá-los em seu sofrimento; o que é tão freqüentemente feito; na verdade, continuamente
feito por aqueles que não amam seu próximo como a si mesmos. Nem é apenas pelo seu
bem temporal, o que nós almejamos, ao agradar nosso próximo; mas pelo que é de uma
conseqüência infinitamente maior: faremos isto, para a edificação deles; de tal maneira, que
possa conduzir ao seu bem espiritual e eterno. Nós devemos, então, agradá-los, para que o
prazer não possa perecer no uso, mas resulte na sua vantagem duradoura; e os torne mais
sábios, e melhores; mais santos e felizes, no tempo e na eternidade.

3. Muitos são os tratados e discursos que têm sido publicados sobre este importante
assunto. Mas todos que eu tenho, tanto visto quanto ouvido, são meramente defectivos.
Dificilmente, um deles propôs uma finalidade correta: Todos têm algum objetivo mais
inferior de agradar os homens, do que salvar suas almas, -- de edificá-los no amor e
santidade. Como conseqüência, eles não propuseram igualmente os meios corretos para a
realização desta finalidade. Um tratado notável deste tipo, intitulado, "O Cortesão", foi
publicado na Espanha, por volta de duzentos anos atrás, e traduzido em várias línguas. Mas
ele nada tem a ver com a edificação, e está completamente fora do ponto. Um outro tratado,
intitulado "O Cortesão Refinado [Completo]", foi publicado em nosso próprio país, pelo
Rei Charles II, e, pelo que parece, por um atendente de sua corte. Neste existem diversos
conselhos muito conscientes, com respeito ao nosso comportamento exterior; e muitas
poucas impropriedades na palavra ou ação foram observadas, por meio das quais os homens
desagradam outros, sem a intenção disto; mas este autor, igualmente, não tem visão, afinal,
para o bem espiritual ou eterno de seu próximo. Há uns setenta ou oitenta anos, um outro
livro foi impresso em Londres, intitulado, "A Arte de Agradar". Mas, como ele foi escrito
de uma maneira débil, e continha apenas observações comuns e banais, ele igualmente não
serviria aos homens de entendimento, e, ainda menos, aos homens de devoção.
4. Mas, pode-se perguntar: Este assunto não tem sido, desde então, tratado por um
escritor de um caráter muito diferente? Ele não foi esvaziado por alguém que era, ele
próprio, um mestre consumado da arte de agradar? E quem, escrevendo a alguém que ele
amou ternamente; para um filho favorito, dá a ele todos os conselhos que seu grande
entendimento, cultivado, por vários aprendizados, e a experiência de muitos anos, e muita
conversa com toda sorte de homens, poderia sugerir? Eu quero dizer, o recente Lorde
Chesterfield [1694-1773 - Philip Dormer Stanhope, quarto conde de Chesterfield – 'Seja
sábio como as outras pessoas, mas não conte isto a elas'. 'Escolha seus prazeres por si
mesmo, e não deixe que eles lhe sejam impostos'. 'Nunca pareça mais culto do que as
pessoas que estão com você. Use o seu aprendizado, como um relógio de bolso, e o
mantenha escondido. Não o coloque para fora para ver as horas, mas diga as horas,
quando lhe for perguntado'. 'Desconfie de todos aqueles que o amam extremamente, por
uma leve familiaridade, e sem qualquer razão visível'. 'A paciência é a mais necessária das
qualidades; muitos homens preferem que você ouça suas histórias, a confirmar seus
pedidos'. - tradutora]: o bem amado geral de toda a Irlanda, assim como da nação inglesa.

5. Os meios de agradar, que este sábio e indulgente pai continuamente e


sinceramente recomendou ao seu querido filho [ilegítimo – pesquisa tradutora], e no qual
ele, sem dúvida, formou os temperamentos e condutas exteriores dele, até que a morte
precocemente encerrou sua melodiosa língua, -- foi (1) fazer amor, do sentido mais
grotesco, com todas as mulheres casadas, com quem ele convenientemente pudesse.
(Quanto às mulheres solteiras, ele aconselhava que ele se refreasse, por medo de
conseqüências desagradáveis). (2) dissimulação constante e cuidadosa; sempre usando uma
máscara; confiando em homem algum na face da terra, para que ele não pudesse saber seus
pensamentos verdadeiros, mas perpetuamente parecendo pretender aquilo que ele não quis
dizer, e parecendo ser aquilo que ele não era. (3) Boa disposição para mentir a toda sorte de
pessoas; falando o que fosse o mais distante de seu coração; e, em particular, adulando os
homens, mulheres, e crianças, como o caminho infalível de agradá-los.

Não precisa de artimanha para mostrar que este não é o caminho para agradar nosso
próximo para seu bem, ou para edificação. Eu vou me esforçar para mostrar que existe um
caminho melhor de fazê-lo; e de fato, um caminho diametralmente contrário a este. Ele
consiste:

I. Em remover os obstáculos do caminho;


II. Usar os meios que diretamente tendem a esta finalidade.

1. Eu aconselho todos que desejam 'agradar ao seu próximo, para o bem da sua
edificação': (1) Remover todos os obstáculos do caminho; ou, em outras palavras. Evitar
tudo que tenda a não satisfazer os homens sábios e bons; homens de profundo entendimento
e devoção verdadeira. Agora, 'a crueldade, malícia, inveja, ódio e vingança' são coisas que
desagradam a todos os homens; a todos que estão dotados com entendimento e devoção
genuína. Existe igualmente um outro temperamento relacionado a estes, apenas de uma
espécie menor, e que é usualmente encontrado na vida comum, por meio do qual, os
homens em geral não estão satisfeitos. Nós comumente o chamamos de malvados. Com
todo o cuidado possível, evite todos esses; mais do que isto, o que quer que carregue
qualquer semelhança com eles, -- como mau humor, austeridade, rabugice, por um lado;
impertinência e enfado, por outro, -- se alguma vez você teve esperança de 'agradar seu
próximo para o bem da sua edificação'.

2. Próximo à crueldade, malícia, e temperamentos similares, com as palavras e


ações que naturalmente brotam disto, nada é mais desgostoso, não apenas às pessoas de
senso e religião, mas, até mesmo, à generalidade dos homens, do que o orgulho; insolência
de espírito, e seus frutos genuínos, o comportamento pretensioso, arrogante, dominador. Até
mesmo o aprendizado comum, junto com talentos brilhantes não irão corrigir isto; mas um
homem de dote eminente, se ele for eminentemente arrogante, será menosprezado por
muitos, e antipatizado por todos. Sobre isto, o famoso Mestre do Trinity College, em
Cambridge, foi um exemplo notável. Quão poucas pessoas de seu tempo tinham um
entendimento mais forte, um aprendizado mais profundo, do que o Dr. Bentley! E, ainda
assim, quão poucos foram tão pouco amados! Exceto um que foi, se, afinal, pouco inferior
a ele no senso ou aprendizagem, e igualmente distante da humildade, -- o autor do "Legado
Divino de Moisés". Quem quer, portanto, que deseje o prazer de seu próximo, para seu
bem, deve tomar cuidado de não se partir sobre esta rocha. Do contrário, o mesmo orgulho
que o impele a buscar a estima de seu próximo, irá infalivelmente impedi-lo de conseguir
isto.

3. Quase tão desagradável à toda generalidade dos homens, como a própria


arrogância, é o temperamento e comportamento passional. Os homens de uma disposição
terna são temerosos, até mesmo, de conversar com pessoas deste espírito. E outros não
gostam muito de sua familiaridade com eles; uma vez que, freqüentemente (talvez, quando
eles esperam nada menos) entram em choque nos encontram, o que eles suportam para o
momento, ainda assim, eles não desejosamente se reúnem com eles novamente. Por este
motivo, os homens passionais têm raramente muitos amigos; pelo menos não por um longo
período de tempo. Grande número de pessoas, de fato, pode atendê-los por uma época,
especialmente, quando isto pode promover seus interesses. Mas eles, usualmente se
aborrecem, um após o, e caem, como as folhas no outono. Se, portanto, você deseja, de
maneira duradoura, agradar seu próximo para o bem dele, por todos os meios possíveis,
evite a paixão violenta.

4. Sim, se você deseja agradar, até mesmo com respeito a isto, aceite o conselho do
Apóstolo 'Coloque fora toda mentira'. É uma observação de um autor engenhoso que, de
todos os vícios, a mentira ainda não encontrou um apologista, alguém que pudesse
abertamente advogar a seu favor, quaisquer que fossem seus sentimentos pessoais. Mas
deve ser lembrado que o Sr. Addison foi para um mundo melhor, antes que as cartas do
Lorde Chesterfield fossem publicadas. Talvez, sua apologia para ela fosse a melhor que
alguma vez foi, ou poderá ser feita para uma causa tão má. Mas, afinal de contas, o trabalho
que ele concedeu nisto, teve apenas 'aparência de qualidade, não conteúdo'. Ele não tinha
solidez; não era em nada melhor do que um espectro brilhante. E como a mentira nunca
será recomendável, nem inocente, então, nem poderá ser agradável; pelo menos, quando ela
é destituída de seu disfarce, e aparece em sua própria forma. Conseqüentemente, deve ser
cuidadosamente evitada, por todos aqueles que desejam agradar seu próximo, para o bem
de sua edificação.

5. 'Mas a lisonja', um homem dirá, 'não é uma espécie de mentira? E isto não tem
sido permitido em todas as épocas, como meios seguros de se agradar? Esta observação
não pode ser confirmada por numerosos experimentos: -- A lisonja cria amigos, condutas
claras inimigos?— O recente escritor [proeminente], em seu 'Diário Sentimental', não
relatou algumas instâncias surpreendentes disto?'. Eu respondo que é verdade: A lisonja é
agradável por um tempo, e não apenas para as mentes fracas, já que o desejo do louvor,
quer merecido ou imerecido, está plantado em cada filho do homem. Mas ela é agradável
apenas por um tempo. Tão logo a máscara cai; tão logo, pareça que o orador quer dizer
coisa alguma, através de suas leves palavras, nós não ficamos mais satisfeitos. Todas as
experiências próprias dos homens os ensinam isto. E todos nós sabemos que, se um homem
continua a lisonjear, depois que sua falta de sinceridade é descoberta, ela se torna repulsiva
e desagradável. Portanto, mesmo esta espécie de mentira moderna, deve ser evitada, por
todos que estão desejosos de agradarem a seu próximo, para sua vantagem duradoura.

6. Mais do que isto, quem quer que deseje fazer isto deve lembrar que não apenas a
mentira, em todas as suas espécies, mas também a dissimulação (que não é o mesmo que
lisonja, embora proximamente relacionada a ela) é desagradável aos homens de
entendimento, mesmo que eles não tenham religião. Terence [190-158 a.C] representa
mesmo um antigo ateu, quando ela lhe foi imputada, e responde com indignação: 'A
dissimulação não é parte do meu caráter'. Fraude, sutileza, astúcia, toda a arte do ludibriar,
o que quer que os termos expressem, não é considerada uma obra aperfeiçoada, pelos
homens sábios, mas é, na verdade, uma abominação para eles. E mesmo esses que a
praticam mais, e que são os grandes artífices da fraude não se agradam dela em outros
homens, nem gostam muito de conversar com esses que a praticam neles mesmos. Sim, os
maiores enganadores estão grandemente insatisfeitos com estes que aplicam suas próprias
artes sobre eles.

II

Agora, se a crueldade, malícia, inveja, ódio, vingança, ruindade; se o orgulho e a


arrogância; se a ira irracional; se a mentira e a dissimulação, juntos com a fraude, sutileza, e
astúcia, desagradam a todos os homens, especialmente, aos homens sábios e bons, nós
podemos facilmente concluir disto, qual o caminho certo para agradar a eles para a bem de
sua edificação. Apenas devemos nos lembrar de que existem esses, em todo o tempo, e
lugar, a quem nós não devemos esperar agradar. Nós não devemos, portanto, ficar
surpresos, quando não conseguir agradar de maneira alguma. É agora, como foi no passado,
quando o próprio nosso Senhor queixou-se: 'Para que fim eu devo comparar os homens
desta geração? Eles são como crianças, reunidas no mercado, e dizendo umas às outras:
nós tocamos flauta para você, mas você não dançou: Nós temos pranteado junto a vocês,
mas você não chorou'. Mas, deixando esses percussores consigo mesmos, nós podemos
razoavelmente esperar agradar outros, através de uma observação cuidadosa e firme de
algumas poucas direções seguintes:
1. Em Primeiro Lugar, não deixe que o amor o visite, como um convidado
transeunte, mas seja a disposição de temperamento constante de sua alma. Veja que seu
coração seja preenchido todo tempo, e em todas as ocasiões com a benevolência verdadeira
e não mascarada; não àqueles apenas que o amam, mas com respeito a toda alma do
homem. Que ela seja plantada em seu coração; que ela cintile em seus olhos; que ela brilhe
em todas as suas ações. Quando quer que seus lábios se abram, que isto seja com amor; que
na sua língua haja a lei da delicadeza. Sua palavra, então, irá gotejar como a chuva, e como
o orvalho sobre a erva tenra. Não seja contraído ou limitado em sua afeição, mas abrace
cada filho do homem. Todo aquele que é nascido de uma mulher reivindica sua boa-
vontade. Você deve isto, não para alguns, mas para todos. E que todos os homens saibam
que você deseja tanto a felicidade temporal quanto eterna deles, tão sinceramente quanto
você deseja a sua própria.

2. Em Segundo Lugar, se você for agradar seu próximo para o bem dele, planeje
ser manso de coração. Seja pequeno e vil aos seus próprios olhos; na honra, preferindo
outros, antes de si mesmo. Esteja profundamente consciente de sua própria fraqueza, tolices
e imperfeições; assim como do pecado remanescente em seu coração e aderindo-se a todas
as suas palavras e ações. E permita que este espírito apareça em tudo que você falar ou
fizer: 'Seja revestido com a humildade'. Rejeite com horror aquela maxima favorita do
antigo pagão, nascida do abismo sem fim, 'Quanto mais você valorizar a si mesmo, mais os
outros irão valorizar você'. Não é assim. Pelo contrário, tanto Deus quanto o homem
'resistem ao orgulho': E, como 'Deus dá graça ao humilde', então a humildade, e não o
orgulho, nos recomenda ao estimarmos e favorecermos os homens, especialmente aqueles
que temem a Deus.

3. Em Terceiro Lugar, se você deseja agradar seu próximo para o bem da


edificação, você deverá orar para que você possa ser manso, assim como humilde de
coração. Trabalhe para ser de um temperamento calmo e desapaixonado; gentil, em direção
a todos os homens; e que a gentileza de sua disposição apareça em todo o teor de sua
conversa. Que suas palavras e todas as suas ações sejam reguladas por meio disto. Como
uma adição à sua gentileza, seja misericordioso; 'Seja cortês'; seja compassivo; ternamente
compassivo com todos que estão em aflição; com todos que estão, sob a angústia da mente,
corpo ou estado. Que os vários aspectos da angústia humana promovam sua mais delicada
simpatia!

Enxugue as lágrimas dos que choram. Se você não pode fazer mais nada, pelo
menos misture suas lágrimas com as deles; e lhes ofereça palavras curadoras, tais que
possam tranqüilizar suas mentes, e diminuir suas tristezas. Mas se você pode, se você é
capaz de dar a eles assistência verdadeira, não espere. Que você seja os olhos para o cego;
os pés para o coxo; o marido para a viúva; o pai para o órfão. Isto irá grandemente conciliar
a afeição e dar um prazer proveitoso, não apenas aos que são objetos de sua compaixão,
mas aos outros, igualmente, que 'vêem suas boas obras, e glorificam seu Pai, que está nos
céus'.

4. E, enquanto você é piedoso com o aflito, veja que você seja cortês, em direção a
todos os homens. Não importa, neste aspecto, se eles são altos ou baixos, ricos ou pobres,
superiores ou inferiores a você. Não, nem mesmo, se bons ou maus; quer temam a Deus ou
não. Na verdade, o modo de mostrar sua cortesia pode variar, como cristão a prudência irá
dirigi-lo; mas a coisa, em si mesma, é devida a todos; os inferiores e os piores clamam por
nossa cortesia. [Mas o que é cortesia?] Ela pode ser interior ou exterior; quer um
temperamento, ou um modo de comportamento. Tal modo de comportamento, que brota
naturalmente da cortesia do coração. Isto é o mesmo que as boas maneiras, ou a polidez? (o
que parece ser apenas um grau de boas maneiras): Não, a boa maneira é principalmente o
fruto da educação; mas a educação não pode oferecer a cortesia do coração. A conhecida
definição de polidez do Sr. Addison, parece preferivelmente ser uma definição dela: 'O
constante desejo de agradar a todos os homens, aparecendo através de toda a conversão'.
Agora, isto pode subsistir, mesmo em um alto grau, onde não existe nenhuma vantagem de
educação. Eu tenho visto como cortesia verdadeira, tanto no abrigo irlandês, quanto possa
ser encontrada em St. James ou no Louvre.

5. Podemos nos esforçar, e irmos um pouco mais fundo, e pesquisarmos nos


alicerces deste assunto? Qual é a fonte daquele desejo de agradar, que nós denominamos
cortesia? Vamos examinar atenciosamente nossos corações, e logo acharemos a resposta. O
mesmo Apóstolo que nos ensina a sermos corteses, nos ensina a honrar todos os homens; e
seu Mestre nos ensina a amar todos os homens. Juntando esses, qual será o efeito? O pobre
miserável clama por minha esmola: Eu olho para ele e o vejo coberto com sujeira e trapos.
Mas, através desses, eu vejo um espírito imortal, feito para conhecer, amar, e habitar com
Deus na eternidade. Eu honro a ele, por causa do Criador. Repare! Eu vejo, através desses
trapos, que ele está pintado de púrpura, com o sangue de Cristo. Eu o amo, por causa do seu
Redentor. A cortesia, portanto, que eu sinto e mostro, em direção a ele, é uma mistura de
honra e amor que eu carrego do fruto de Deus; da compra, através do sangue de seu Filho, e
do candidato à imortalidade. Esta cortesia nos conduz a termos consciência e nos
conduzirmos, em direção a todos os homens; e agradá-los para sua edificação.

6. Uma vez mais: Aproveite todas as oportunidades apropriadas de declarar aos


outros a afeição que você realmente sente por eles. Isto pode ser feito, com tal atmosfera;
de tal maneira, não sujeita à imputação da lisonja: A experiência mostra que os homens
honestos ficam agradados disto, cheios, como os patifes ficam com a lisonja. Esses que são
persuadidos de que suas expressões de boa vontade em direção a eles são a linguagem de
seus corações ficarão tão satisfeitos com elas, como a mais alta apologia que você possa
passar para eles. Você pode julgá-los, por você mesmo, através do que você sente em seu
próprio peito. Você gosta de ser prestigiado; mas não é preferível ser amado?

7. Permita-me acrescentar um conselho mais: Se você gostaria de agradar todos os


homens, para o bem deles, em todos os eventos, falem a todos os homens a verdade de seu
coração. Quando você falar, abra a janela de seu peito: deixe que as palavras sejam um
retrato de seu coração. Em toda a companhia, em todas as ocasiões, seja um homem de
veracidade. Mais do que isto, não fique satisfeito em revelar a veracidade; mas 'mantenha
toda sua conversação no mundo, na simplicidade e sinceridade santa', como 'um israelita,
de fato, no qual não existe fraude'.

8. Para resumir tudo isto em uma palavra, se você quer agradar a todos os homens,
agrade a Deus! Deixe que a verdade e amor possuam toda a sua alma. Deixe que eles sejam
a fonte de todas as suas afeições, paixões, temperamentos; como regras de todos os seus
pensamentos. Que eles inspirem todos os seus discursos; continuamente temperando com
sal, e sendo adequados para 'ministrarem graça aos seus ouvintes'. Que todas as suas ações
sejam forjadas no amor. Nunca 'permita que a misericórdia ou a verdade o abandonem:
Dependure-nas ao redor do seu pescoço', Permita que elas sejam abertas e evidentes a
todos; e 'as escreva nas tábuas do seu coração'. 'De modo que você irá encontrar favor e
bom entendimento ás vista de Deus e do homem'.

[Editado por Edward Purkey (Pastor, Audubon Park United Methodist Church, Spokane,
WA), com correções de George Lyons para a Wesley Center for Applied Theology.]

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