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Motores automotivos: evolução, manutenção e tendências
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Motores automotivos: evolução, manutenção e tendências

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O objetivo desta obra é trazer ao leitor informações técnicas, incluindo a descrição dos motores e parte da história de sua evolução. Desde aspectos teóricos de seu funcionamento até condições práticas de seu trabalho mecânico foram discutidas nesta obra. Assim, este livro serve de referência para mecânicos, universitários, engenheiros e aos leitores apaixonados por motores e automóveis. Um dos aspectos importantes dos motores atuais é sua capacidade de emitir poucos poluentes na atmosfera, podendo-se afirmar que essa é a principal característica dos motores atuais. Por essa razão, esse assunto também foi discutido nesta obra, bem como nela fazemos uma análise completa de cada componente dos motores e dos processos de fabricação desses itens.
LanguagePortuguês
Release dateAug 22, 2022
ISBN9788539703920
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    Motores automotivos - Fabio Daniel de Castro

    DEDICATÓRIA

    Dedicamos este trabalho aos leitores que buscam novas informações para suas profissões, afinal devemos estar sempre atualizados e enriquecidos de conhecimento. Mais do que um livro de engenharia, esta é uma obra social para enriquecer os conhecimentos dos leitores.

    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos a nossas famílias por toda a educação que nos foi oferecida ao longo dos anos e o seu incondicional apoio em nossas vidas.

    Eu, Fábio Daniel gostaria de agradecer aos meus pais pela educação que me ofereceram, a Maria Raquel e a minha filha Ana Laura, por todo amor que traz a minha vida, e a Deus, por oferecer o caminho correto das minhas realizações.

    PREFÁCIO

    O objetivo desta obra é trazer ao leitor informações técnicas, incluindo a descrição dos motores e parte da história de sua evolução. Desde aspectos teóricos de seu funcionamento até condições práticas de seu trabalho mecânico foram discutidas nesta obra. Assim, este livro serve de referência para mecânicos, universitários, engenheiros e aos leitores apaixonados por motores e automóveis.

    Um dos aspectos importantes dos motores atuais é sua capacidade de emitir poucos poluentes na atmosfera, podendo-se afirmar que essa é a principal característica dos motores atuais. Por essa razão, esse assunto também foi discutido nesta obra, bem como nela fazemos uma análise completa de cada componente dos motores e dos processos de fabricação desses itens.

    No Brasil, até a década de 90, eram fabricados motores de grande sucesso devido a sua alta durabilidade. Entre eles, podemos citar os motores da Volkswagen da linha AP, os motores Fiat da linha FIASA, os motores da General Motors denominados OHC e os motores da Ford denominados AE.

    Atualmente são fabricados inúmeros motores no Brasil. Entre eles se destacam o Fire Flex, o Fire Evo Flex e o E.Tork, ambos da Fiat. Existe ainda a linha Hi-Flex da Renault. A General Motors oferece ao mercado os motores VHC E, Econo.Flex e Ecotec. A Volkswagen tem como principais motorizações as linhas VHT e a recém-chegada ao mercado denominada TEC (Tecnologia de Economia de Combustível). Outro destaque são os motores Zetec Rocan e Duratec, da Ford, entre outras motorizações de fabricantes como Kia Motors, Peugeot, Honda, Hyundai e Toyota, de alto desempenho.

    A constante evolução dos motores no Brasil aliada à tecnologia bicombustível auxilia para essa constante evolução dos propulsores automotivos. A preocupação com a economia de combustível e com as normas ambientais de emissão de gases é notória nesse processo de criação de novas motorizações. Foram as crises do petróleo e a redução gradativa das bacias petrolíferas que impuseram a utilização racional de combustível, ou seja, obrigaram a concepção de motores como máquinas térmicas de alta eficiência termodinâmica. Hoje, 30% do petróleo se destina à produção de gasolina, 30% para a produção de diesel e os demais 40% são destinados à produção de butano, propano, solventes, querosene, parafinas, óleos lubrificantes, asfaltos e demais derivados do petróleo bruto.

    Além de motores mais eficientes, ao longo dos anos os sistemas como direção hidráulica e ar-condicionado evoluíram de forma a minimizar a perda de rendimento nos veículos com esses opcionais.

    Atualmente existe o sistema de direção veicular eletro-hidráulica, sem dependência nenhuma do motor para o seu funcionamento. Existem sistemas de ar-condicionado que se desligam quando o motor recebe uma maior solicitação em subidas ou em ultrapassagens. Nos motores da década de 90, quando o ar-condicionado era acionado, o motor perdia rendimento e a temperatura subia levemente. Atualmente, com a evolução dos lubrificantes, dos materiais, dos aditivos para radiadores, do sistema de refrigeração e do próprio sistema de ar-condicionado, a temperatura dos motores sobe em uma proporção muito menor quando o ar-condicionado é acionado. O grande problema atual são os congestionamentos, onde os motores operam em temperaturas mais altas do que em seu regime normal de operação. Em relação ao rendimento, apenas em motores 1.0 o condutor irá sentir alguma perda de potência devido à utilização do ar-condicionado.

    Esta obra ilustra aos leitores todos os componentes de um motor automotivo, especificando materiais de fabricação e novas tecnologias empregadas. Traz, por meio de imagens e textos explicativos, os defeitos que ocorrem nos motores atuais e também defeitos que ocorriam em décadas passadas. Ilustra como o motor é recondicionado através do processo de retifica dos seus componentes e esclarece a importância do sistema de arrefecimento e de lubrificação dos motores automotivos. Dentro desse contexto foi realizado um estudo detalhado dos óleos lubrificantes, das suas características e normas de fabricação.

    Em última análise, além de uma fonte de satisfação, espera-se que esta obra possa levar ao melhor conhecimento e à utilização racional dessas máquinas admiráveis denominadas motores.

    1 INTRODUÇÃO

    Seja bem-vindo a conhecer as inúmeras características dos motores automotivos. A motivação para a elaboração deste livro partiu de simples observações dentro do âmbito profissional dos engenheiros mecânicos ligados aos motores veiculares. Desempenhando funções ligadas com a manutenção de veículos automotores e dentro do âmbito universitário, muitas foram as observações e conclusões obtidas pelos autores ao longo dos anos. Foi esse convívio direto com os motores automotivos, suas características e seus problemas, que incentivaram a elaboração dos assuntos discutidos por esta bibliografia.

    Nas décadas de 80 e 90, todos os motores danificados ou em necessidade de reforma apresentavam determinados defeitos gerados por desgaste natural, mau uso por parte do proprietário, problemas como quebras repentinas de componentes, fadiga de materiais, rompimento de algum sistema como o de arrefecimento ou por problemas de lubrificação dos componentes internos.

    Porém, nesta última década surgiu um novo defeito determinante às quebras ou danos internos em um motor. São as borras internas. Geralmente são criadas pela utilização de combustíveis adulterados, por misturas entre especificações de óleos lubrificantes, por falta de periodicidade nas trocas do óleo dos motores veiculares e pelas altas temperaturas internas do motor dos veículos que trafegam em trânsitos congestionados.

    O desenvolvimento dos lubrificantes automotivos segue as normas estabelecidas pela SAE (Society of Automotive Enginners), as designações da API (American Petroleum Institute) e as normas ASTM (American Society for Testing and Materials). Porém, os testes de laboratório e rodagem não levam em conta alguns fatores que foram abordados durante a elaboração deste livro.

    São inúmeros os fabricantes de lubrificantes automotivos no país, entre os quais se destacam a Repsol, a Petrobras, a Ipiranga, a Mobil, a Shell. No entanto, esta bibliografia trouxe aos leitores uma nova visão em relação aos motores automotivos, um olhar crítico e ao mesmo tempo futurista, que ilustra as virtudes da engenharia, porém, salienta suas dificuldades e os pontos onde ainda existem as necessidades de melhorias e desenvolvimento constante. Afinal, o motor perfeito não existe e talvez não existirá.

    Este livro tem o objetivo principal de trazer o máximo de informações e características dos motores veiculares. Foram abordados assuntos como a fabricação dos componentes dos motores, as principais montadoras de veículos no mundo, veículos elétricos e a hidrogênio, tendências dos motores para os próximos anos, quebras de componentes, sistemas de alimentação, sistema de arrefecimento, sistema de lubrificação, sistemas de ignição, os óleos lubrificantes e os motores a Diesel.

    Em relação ao assunto lubrificante, sabe-se que ele não deve perder suas propriedades de viscosidade, lubricidade e manutenção da temperatura interna do motor. Por exemplo, é uma indicação comum nos manuais do proprietário que automóveis como táxis, de empresas com alta rodagem e os que trafeguem em baixas velocidades realizem suas trocas de óleo lubrificante na metade do período normal indicado para os veículos particulares ou de rodagem dita normal. Esse tipo de indicação já completou mais de três décadas sem que nenhuma bibliografia tenha discutido questões como: O que significa um veículo de rodagem normal? Como é definida uma rodagem em baixa velocidade? O local por onde o veículo trafega não influencia essas condições de manutenção? Qual a importância da temperatura local? Em uma metrópole como São Paulo, como se pode considerar as diferenças entre um automóvel chamado de rodagem normal e um táxi que trafegam sob as mesmas condições precárias? Todos esses questionamentos foram abordados durante a elaboração deste livro.

    Tornaram-se comuns nos últimos anos quebras bruscas em componentes como bielas e pistões, o empenamento ou a quebra de virabrequins e o travamento de comandos por falta de lubrificação na parte superior do motor. Borras internas fazem com que os motores tenham sérios problemas e quebrem ou fundam de formas cada vez mais bruscas, danificando muitos componentes internos.

    Porém, além das borras internas e da falta de periodicidade nas trocas do lubrificante, existem outros fatores como a utilização de filtros de óleo fora de especificações e a falta de manutenção no sistema de injeção de combustível, que danificam os motores automotivos. Para exemplificar, alguns dos filtros de óleo comercializados no país não possuem em seu interior as camadas necessárias para que o óleo do motor seja devidamente filtrado. Alguns desses componentes são importados de países como a China e não atendem às especificações da indústria nacional. Por isso, sempre é importante a utilização de peças de reposição reconhecidas pelo mercado consumidor ou originais de cada fabricante.

    Além do filtro de óleo, o filtro de ar também deve ser periodicamente substituído devido à alta taxa de poluentes existentes nas grandes metrópoles e da grande quantidade de poeira nos veículos que circulam no interior do país.

    Todas as montadoras de automóveis instaladas no Brasil reconhecem que os brasileiros são apaixonados por carros. Porém, essas mesmas montadoras têm o conhecimento que os brasileiros não são tão apaixonados em relação ao quesito manutenção preventiva. Muitos consumidores de veículos comentam que a qualidade dos motores diminuiu, reduzindo sua durabilidade, do que os engenheiros discordam totalmente. Os cuidados que os motores necessitam com manutenções periódicas são o ponto fundamental para a durabilidade de um motor dos automóveis atuais.

    Um motor fabricado nos dias atuais possui mais tecnologia do que um produzido na década de 80. Os motores veiculares atuais são projetados para durar mais do que os motores das décadas passadas. Os motores apenas necessitam de periodicidade na revisão dos seus sistemas para que atinjam o máximo de sua performance. O grande desafio das montadoras e das oficinas mecânicas é conscientizar os proprietários de veículos da importância dessa manutenção programada. Por isso, vários modelos comercializados no país possuem um alerta em seu painel de instrumentos sobre o momento de realizar a chamada revisão programada.

    Em suma, este livro traz aos leitores informações atualizadas sobre os motores automotivos e apresenta uma vasta gama de assuntos que determinam a vida do motor veicular.

    1.1 AUTOMÓVEIS E MONTADORAS: Um Pouco de História

    Neste breve texto serão ilustrados alguns aspectos históricos da indústria automobilística no Brasil. Serão descritas algumas marcas que possuíam ou possuem montadoras no país. Também serão brevemente descritas marcas que trazem, por meio de importação, seus veículos para o mercado nacional, entre elas Ferrari e Porche.

    Uma dessas marcas lendárias é a luxuosa Alfa Romeu, de origem francesa, que teve sua primeira fábrica sediada na Itália. No Brasil, teve êxito entre os anos de 1970 e 1980. Durante esse período, a empresa possuía uma parcela significativa nas vendas de carros de luxo.

    Nos anos 50, a empresa francesa Simca se instalou no Brasil e fabricava o famoso Simca Chambord, aliás, o primeiro veículo de grande porte fabricado no país. A Simca perdurou no país entre 1959 e 1967, quando a Chrysler assumiu a fábrica brasileira. A Chrysler trouxe para o mercado inúmeros veículos de sucesso, entre eles o Valiant, o Dodge Dart, o Dodge Charger R/T e o Dodge 1800, apelidado de Dodginho, o Magnum e o Dodge Polara. No final dos anos 70, a Chrysler estava com vários problemas financeiros. A falta de novos modelos e a escassez de novos atrativos fizeram com que a montadora fosse parar nas mãos da Volkswagen em 1980, e por sua vez, a unidade da montadora foi fechada em 1981. Esse vai e vem entre as montadoras persiste ao longo dos anos. São join-ventures, parcerias em determinados países, uniões para expansão de mercados e outras negociações empresariais. Um exemplo rápido para entender essas parcerias é a história da própria Chrysler, que se uniu a Daimler Benz, passou a Daimler Chrysler em 1998 e seguiu assim até 2007, quando a união foi extinta. Em total decadência devido à crise da economia americana de 2007, a Chrysler pediu concordata em 2008 e acabou sendo vendida para a Fiat em 2009.

    Porém, o intuito deste texto não é descrever sobre essa dança entre os fabricantes e sim ressaltar as marcas e seus modelos de sucesso no Brasil.

    Um bom exemplo de empresa automobilística no cenário nacional foi da Willys, que trouxe para o mercado brasileiro sucessos como o Itamaraty, o Jeep, a Rural e o Aero Willys. Em parceria com a Renault, em 1959, é lançado no país o Dauphine. Um pequeno, versátil e popular veículo. Em seguida são lançados pela Renault o Gordini, o Teimoso e o 1093. Porém, a falta de robustez e a mecânica pouco confiável jamais foram páreos para os modelos da Volkswagen, que era a líder do mercado. Atualmente, a Renault oferece ao Brasil uma linha extremamente competitiva. A marca tem como destaques atuais o Clio, o Logan, o Sandero, o Megane, a Duster e o Fluence, entre outros modelos de utilitários de pequeno e médio porte. Alguns veículos são fabricados em sua unidade do Paraná e outros importados da sua filial da Argentina. Oferecendo ao mercado carros de grande qualidade, desempenho e excelente custo-benefício, a Renault está entre as grandes marcas do Brasil e luta para chegar às primeiras posições do mercado.

    Em um texto que retrata veículos históricos não se pode esquecer a lendária DKW e seus veículos, como o Caiçara, a Venaguet e o Fissore. Embora não tão famosos, foram modelos inesquecíveis para nossos pais ou avós. Aos apaixonados pela marca, a DKW possui uma concessionária histórica no estado do Rio Grande do Sul, às margens da BR-116, em São Leopoldo.

    A próxima marca apresentada é uma das mais queridas dos brasileiros, a Volkswagen. Em 1949, a marca alemã inicia a montagem do Fusca através da empresa Brasmotor. Era um veículo com cara de besouro, pequeno e com formas arredondadas, mas que levava as pessoas em qualquer lugar, sem quebrar e de fácil manutenção. Logo o carrinho caiu no gosto do povo brasileiro. O slogan da empresa, Carro do Povo, foi traduzido em vendas pelo pequeno carro. Em 1957, a Volkswagen abre sua primeira montadora no país e a Kombi é o seu primeiro veículo fabricado no Brasil. A velha Kombi, hoje com mais de 50 anos, motor flex refrigerado a água e injeção eletrônica de combustível, ainda detém grande parcela do mercado, mesmo com todos os modelos concorrentes de vários fabricantes. Porém, esse utilitário deverá sair do mercado em 2014, pois a montadora não conseguiu adaptar o modelo às novas exigências de segurança nos veículos.

    Além do Fusca e da Kombi, muitos modelos da marca fizeram sucesso no país, entre eles o Karmann Ghia, o VW1600, a Variant, o TL, a Brasília, o SP2, a Variant II e o Passat, outro modelo de amplo sucesso da marca. O Passat foi lançado no Brasil em 1974. Após alguns ajustes para melhoria do modelo, o veículo caiu definitivamente nas graças do público, tornando-se um ícone dos anos 70 e 80. Só foi retirado do mercado em 1989 e com o status de vencedor. Outra geração de carros já estava no mercado nessa época, como os modelos Voyage, Parati, Santana, Santana Quantum e Gol – o bom e velho Gol. Já são cinco gerações desde seu lançamento, em 1980. Muitas modificações fizeram deste modelo talvez o mais popular veículo nacional depois do Fusca. O Gol é um veículo que desde sua concepção sempre foi muito versátil. Utilizado para trabalho e lazer, trafegando por estradas boas e de más condições, afirmando dia a dia os sinônimos da marca de robustez e confiabilidade. Assim, o modelo completou 30 anos de mercado em 2010, sempre entre os líderes de venda. Hoje, além do Gol, a empresa conta com outros modelos como o Fox, o Crossfox, a Spacefox, o Voyage, a Saveiro, o Polo, o Jetta, a Tiguan e a Amarok. Para aumentar a gama oferecida ao mercado até 2014, a marca alemã produzirá no país mais um de seus sucessos internacionais, o compacto urbano UP. Outro veículo que será oferecido ao mercado é o Santana, que será importado da fábrica sediada na China.

    Outra marca que se destaca ao longo dos anos no país é a Ford, do lendário Henry Ford, o primeiro a implantar uma linha de montagem de automóveis. A Ford inaugurou sua primeira montadora no Brasil em 1920, contando apenas com 12 funcionários, e montava o modelo Ford T. A empresa é uma das que sobreviveu a todas as grandes crises econômicas pelas quais o mundo passou e às grandes guerras mundiais. Alguns dos seus lendários modelos oferecidos ao mercado nacional foram o Galaxie, o Landau, o Corcel I, o Corcel II e o Del Rey. Em parceria com a Willys, a Ford lançou a picape F75 e a Rural, vendendo milhares de unidades no país. Outros modelos famosos da marca foram o Maverick, o Escort, a F100 e a F1000. Recentemente se pode citar a F250, o Mondeo, o Ka, o New Fiesta, a Ecosport, o Edge e o Focus, entre outros modelos da marca que sempre teve como principal destaque seu excelente conforto e o impecável acabamento interior de seus veículos.

    Em um texto que trata de carros não se pode deixar de citar os carros nacionais como o Puma, a Santa Matilde, o Brasinca, o Uirapuru, o Fúria GT, o Miúra e o Gurgel. Foram veículos de pequena expressão frente aos oferecidos pelas grandes montadoras, porém, inesquecíveis, com maior destaque para o Puma e para o Gurgel, que venderam mais unidades do que seus próprios idealizadores podiam imaginar.

    O próximo fabricante que merece destaque é a Fiat. Escrever sobre a Fiat é uma tarefa extremamente prazerosa por se tratar de uma marca que nasce como mera coadjuvante do mercado brasileiro de veículos e hoje impera como líder de vendas no país. A Fiat foi a última das grandes marcas a se instalar no Brasil. Antes dela, a Volkswagen, a General Motors e a Ford já estavam com suas montadoras em pleno funcionamento. Por ser a última das grandes da época, sua tarefa sempre foi árdua.

    Quando lançou o 147, em 1976, sofreu críticas de todos os tipos e até piadas que a estigmatizavam como fabricante de carros para baixinhos, de veículos frágeis ou ainda que comparavam o ronco dos motores de seu modelo com o som de uma enceradeira. Mesmo sob críticas, o pequeno carro foi caindo nas graças do consumidor até a chegada do Oggi, em 1983, quando a empresa já tinha cerca de 5% do mercado nacional. Em seguida, a marca lança o guerreiro e valente Fiat Uno. Este sim um veículo que incomoda os concorrentes. Foram várias modificações desde seu lançamento, em 1983, e mais uma delas, esta uma total revitalização, foi realizada em 2010. Assim, o Uno sempre esteve entre os dez modelos mais vendidos no país e durante muitos anos vigorou entre os cinco modelos mais vendidos. Sua fama de carro com pouco conforto aos passageiros jamais superou suas qualidades como a agilidade, a dirigibilidade, o consumo reduzido de combustível e o baixo custo de manutenção. Além do Uno, outros modelos com relativo sucesso na década de 90 foram o Tempra e o Tipo. Hoje, a Fiat conta com a maior linha de veículos entre os fabricantes nacionais. Destacam-se o Mille, o novo Uno, o Palio Fire, o Palio, o Grand Siena, o Fiat 500, a Strada, o Doblò, o Stilo, a Idea, a Palio Weekend, o Punto, o Línea, o Siena, a Freemont e o Bravo.

    Depois da Fiat, vamos conhecer um pouco da história da General Motors. A Chevrolet, além de ser a maior empresa do mundo na fabricação de veículos por mais de uma década, sempre possuiu uma grande fatia de vendas no mercado nacional. A empresa, desde seus primeiros modelos, sempre ofereceu ao mercado veículos com grande conforto e qualidade, atingindo um enorme sucesso em suas vendas. Como modelos de sucesso, se destacaram o Opala, o Omega, o Chevette, o Monza e o Kadett até meados dos anos 90. Depois da crise norte-americana desencadeada no final de 2007, a empresa passou por vários problemas financeiros. Lançamentos foram atrasados e a General Motors perdeu a liderança do mercado para a montadora japonesa Toyota. A virada de mesa da General Motors passou a ocorrer com o lançamento de sua última geração de veículos como o Agile, a Captiva, o Cobalt, o Prisma, o Cruze, o Cruze Sport, o Onix, o Sonic, a S10, a Spin e a Blazer. Com essa linha de veículos, a empresa passou a retomar mercados e espera-se que em breve retome à liderança mundial.

    Atualmente, a montadora japonesa Toyota é a líder do mercado mundial, status pelo qual os japoneses lutavam por décadas. São oferecidos pela montadora ao mercado brasileiro sucessos mundiais como o Fielder, o Corolla, o Camry e a Hilux. Ainda tem como destaque o Etios, fabricado no Brasil, sendo o primeiro carro popular da marca no país.

    Alguns fabricantes que dividem espaço no mercado nacional com a Ford, a General Motors, a Fiat e a Volkswagen são a Kia Motors, a Hyundai, a Peugeot, a Citroën, a Nissan, a Mitsubishi e a Honda. A Hyundai tem crescido ano a ano na última década e hoje está entre as cinco maiores montadoras mundiais de veículos.

    Segundo especialistas, a marca coreana será, em breve, a líder do mercado mundial de vendas de automóveis. No Brasil, com a chegada da sua nova linha, entre eles I30, Ix35, Genesis, Azera, Elantra, HB20 e Santa Fé, a montadora tem atingido crescimento mês a mês desde o ano de 2009.

    Outra montadora coreana de sucesso é a Kia Motors. Com veículos para todos os tipos de consumidores, a montadora caiu no gosto dos brasileiros. A rede de concessionárias da marca oferece veículos completos de refinado acabamento interno e externo e design atrativo, conquistando o mercado brasileiro. A Kia oferece ao mercado nacional veículos como o Picanto, o Cerato, a Sportage, o Clarus o Optima e, em 2014, dois novos modelos, o Cee´d e o Rio.

    As montadoras francesas Peugeot e Citroën também possuem grande destaque no cenário automotivo nacional. A Peugeot possui veículos com relativo sucesso de vendas como o 207, o 207 Passion, o 308 e, recentemente, o 3008. Com uma demanda crescente no Brasil, a marca lança em 2013 um veículo desenvolvido totalmente para o mercado brasileiro, o hatch 208. A Peugeot também traz para o mercado nacional o sedã de luxo 508.

    A Citroën foi fundada na França, em 1919, por André Citroën. A marca sempre teve como objetivo empresarial a criação de carros com a filosofia denominada de tecnologia criativa. Sua expansão no mercado deu-se em 1934, quando lançou o projeto Traction Avant. Era um veículo com estrutura monobloco, com suspensão independente nas rodas dianteiras e tração frontal. Desde então, a marca consolidou-se no mundo. No Brasil, a Citroën alavancou suas vendas em 1991 com os automóveis XM, Xantia e Xsara. Atualmente, oferece ao mercado veículos como o C3, o C4, o C4 Lounge, o Picasso e o Air Cross. São excelentes alternativas para consumidores que buscam carros com refinado design e acabamento interno impecável.

    Não se pode esquecer das montadoras Honda, Nissan e Mitsubishi, que possuem forte presença no mercado automobilístico nacional. A Honda oferta ao mercado carros como o City, o Fit e o Civic. O monovolume Fit é o veículo de maior sucesso em sua categoria e o mais elogiado pelos consumidores. A Mitsubishi está renovando no mundo toda a sua plataforma de produção para ofertar uma linha totalmente inédita. Para o mercado brasileiro, oferece atualmente o ASX, o Lancer, o TR4 e o Outlander. Como o mercado nacional está em alta, a montadora pretende trazer o seu primeiro compacto popular até 2014. Recém-lançado no Japão, o pequeno Mirage deve ser essa opção.

    A Nissan vem despontando no mercado nacional desde o lançamento do compacto March e do sedã médio Versa. Mesmo possuindo veículos de qualidade como o Sentra, Livina, Grand Livina e Frontier, a marca não possuía o chamado apelo popular. Porém, nos últimos dois anos, tem surpreendido os concorrentes e até mesmo seus próprios anseios de crescimento. March e Versa são veículos que tiveram grande aceitação do mercado.

    O compacto March é econômico, ágil e possui um design arredondado que atrai os consumidores. Já o sedã Versa tem como principal atributo o custo versus benefício oferecido, que garantiu seu sucesso de vendas.

    Existem outras inúmeras montadoras, mas é importante citar as chinesas. As marcas da China entraram no Brasil, em 2007, como meras coadjuvantes. O mercado era receoso em relação à qualidade dos veículos chineses. Entretanto, com muita propaganda, garantia estendida e ofertando carros completos com preços bem abaixo do mercado, as montadoras ganharam uma parcela importante dos consumidores. Cinco anos depois de sua chegada, já venderam mais

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