PRÁTICA PENAL – IDENTIFICAÇÃO DE PEÇA
1. A e B foram denunciados por infração ao art.
157 do CP. Recebida a inicial, ambos foram
interrogados, sendo que cada um procurou se
inocentar, atribuindo ao outro a prática da infração,
tendo defensores diversos. Como a vítima residia
em outra Comarca, foi expedida carta precatória
para sua oitiva. Como os defensores não
compareceram a essa audiência, foi nomeado um
advogado para os réus. Encerrada a instrução, eles
foram condenados pelo delito correspondente. A
sentença ainda não transitou em julgado. Qual
peça e qual tese pode ser alegada pela defesa?
2. Pedro, primário e bons antecedentes, furtou
para si, de uma loja, um par de sapatos, avaliado
em R$ 80,00 (oitenta reais). Foi devidamente
processado e condenado à pena de dois anos de
reclusão. Inconformado com a sentença
condenatória, interpôs recurso de apelação.
Julgada a apelação, a sentença foi mantida por
maioria de votos. O voto divergente reduzia a pena
para 1 ano, face ao artigo 155 § 2º do Código
Penal. Qual a medida judicial cabível e qual a tese
correspondente?
3. Beta foi condenado à pena de 12 anos de
reclusão pela prática de homicídio qualificado, a
ser cumprida inicialmente em regime fechado.
Após 2 anos de execução penal, requereu o
benefício da progressão para o regime semi-
aberto. O juiz, no entanto, negou esse benefício,
fundamentando a sua decisão no artigo 2º, § 1º,
da Lei 8.072/90, segundo o qual a pena por crime
hediondo deve ser cumprida integralmente em
regime fechado. Qual a medida judicial cabível e
qual a tese correspondente?
4. No dia 10 de setembro deste ano, Paula teve
sua bolsa subtraída por João, mediante grave
ameaça, exercida por meio de uma faca. O
inquérito policial foi realizado, tendo encontrado a
autoridade policial indícios de autoria e
materialidade. No entanto, os autos do inquérito
permanecem com o Ministério Público há mais de
30 dias, sem qualquer manifestação. Como
advogado de Paula, qual a medida judicial cabível?
5. Mário, reincidente, foi processado por furto
qualificado, sendo condenado à pena de 3 anos de
reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime
fechado. O defensor sustentou que as provas
foram colhidas de uma forma indevida, uma vez
que os policiais procederam, sem qualquer
autorização, a interceptação telefônica de Mário e
descobriram que a res furtiva encontrava-se em
seu poder. Em seguida, sem nenhuma ordem
judicial, adentraram a casa do recorrente e
apreenderam os objetos. Em grau de apelação, foi
negado o recurso da defesa, por unanimidade de
votos. Logo em seguida, Mário decidiu constituir
você em sua defesa. Qual a medida judicial cabível
e qual a tese correspondente?
6. A e B combinaram entre si a prática de furto
qualificado, pela subtração, mediante
arrombamento, do toca-fitas de veículo
estacionado na via pública. Ao iniciarem o furto,
aparece o dono do veículo. A sai correndo,
enquanto B enfrenta a vítima, usando de uma
arma de fogo que portava, vem matar a vítima.
Após toda a instrução, o juiz impôs uma pena de
20 anos a cada um dos acusados, pela prática de
latrocínio. Como defensor de A, qual medida
judicial cabível e qual tese correspondente?
7. Orion foi processado por ter matado a sua
esposa em 1994 com três tiros e restou
condenado, por homicídio qualificado, à pena de 18
anos de reclusão. A decisão transitou em julgado,
uma vez que o seu defensor não interpôs recurso.
No entanto, após cinco anos de execução penal,
surgiram fatos que comprovam que o autor do
homicídio era um desafeto de Orion, que planejou
tudo para lhe incriminar. Qual a medida judicial
cabível e qual a tese correspondente?