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CRAVO-DA-ÍNDIA TEM AÇÃO BACTERICIDA

28-06-2007

Ingrediente

Cravo-da-índia tem ação bactericida

RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma especiaria antiquíssima, largamente utilizada pelos romanos,


que se presta tanto a receitas doces quanto salgadas. Assim é o
cravo-da-índia, ou somente cravo, como também é conhecido.

A abreviação, aliás, evita uma confusão causada involuntariamente


pelos portugueses: eles o batizaram em referência às antigas Índias
Orientais, região da Ásia que englobava um território muito maior
que o da Índia atual. Era lá que buscavam a especiaria, nativa das
Ilhas Molucas, na Indonésia.

De acordo com Robert Falck, professor do curso de gastronomia da


Universidade Anhembi Morumbi, o comércio desses botões secos
de flores que não desabrocharam permaneceu sob monopólio de
portugueses e holandeses durante séculos, até que um diplomata
francês chamado Poivre furtou sementes da planta em 1769 e
ampliou sua oferta no mercado. "Na Idade Média, o cravo custava
quatro vezes mais que a noz-moscada, que já tinha preços
estratosféricos", afirma.

Era utilizado então para mascarar o sabor de alimentos estragados


e condimentar uma infinidade de receitas, numa época em que as
especiarias eram muito valorizadas. Com sabor pungente, entre
acre e picante, o cravo deve ser usado sempre com parcimônia,
para não se sobrepor aos outros ingredientes do prato.

Atualmente, ele é utilizado no mundo inteiro. "Algumas preparações


são indissociáveis, como a peça de presunto espetada com cravos
e um aromático clássico da culinária, chamado cebola "piqué", que
perfuma o molho bechamel (cebola espetada com cravos e louro)",
diz Falck. "Também forma receitas clássicas com repolho-roxo,
laranja, maçã e carne de porco. Inteiro, entra em marinadas, geléias
e compotas. É muito usado ainda no "garam masala", um tipo de
curry simplificado." Outra receita, típica desta época, não o
dispensa: o quentão das festas juninas.

Com propriedades bactericidas, atribuídas a um elemento do seu


óleo essencial chamado eugenol, é usado em chás caseiros para
combater resfriados e dores de garganta. Segundo Rosa
Nepomuceno, autora de "Viagem ao Fabuloso Mundo das
Especiarias" (ed. José Olympio), a odontologia o emprega em
bochechos e no alívio da dor de dente, e é usado também contra
cólicas digestivas, gases e diarréia.

Teste de qualidade

Para testar a qualidade dos cravos, coloque um ou dois na água. Se


flutuarem na vertical, estão excelentes. Caso contrário, já perderam
suas propriedades. Por ser menos perecível, dê preferência ao
cravo inteiro, que dura até um ano quando é protegido do sol.

Arroz indiano
INGREDIENTES
(para oito pessoas)

1/2 xícara (chá) de óleo


1/2 xícara (chá) de ricota em cubos
140 g de cebola picada
3 cravos inteiros
1 canela em rama
4 sementes de cardamomo
1/2 colher (chá) de pimenta-vermelha seca
1 colher (chá) de cominho
3 e 1/2 colheres (chá) de sal
1 e 1/2 xícara (chá) de ervilha (congelada ou fresca)
2 cenouras em cubos
3 xícaras (chá) de água
2 xícaras (chá) de arroz
1 xícara (chá) de leite
1 folha de louro

PASSO A PASSO
1/ Faça um buquê com o cravo, a canela e o cardamomo e envolva-
o com uma gaze.
2/ Frite a ricota até dourar. Reserve. Com o mesmo óleo, doure as
cebolas em fogo médio e junte o buquê, o cominho, a pimenta e o
sal, mexendo até a cebola ficar marrom.
3/ Junte as ervilhas, as cenouras e a ricota e frite por mais alguns
minutos. Acrescente a água e deixe ferver.
4/ Junte o arroz já lavado e escorrido, o leite e a folha de louro e
deixe ferver novamente. Tampe a panela, reduza o fogo para o
mínimo e cozinhe normalmente como arroz. Deixe descansar por 15
minutos.
5/ Sirva com frango grelhado e banana-nanica grelhada, pincelada
com manteiga.
Receita da chef Ina de Abreu, do restaurante Mestiço (tel.
0/xx/11/3256-3165)
* Valor nutricional calculado pela RG
Nutri (www.rgnutri.com.br)

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq2806200703.htm

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