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Direito do Desporto
DISCENTE:
LUÍS LEAL Nº 25034
Índice
Introdução ......................................................................................................................... 3
Constituição da República Portuguesa ............................................................................. 4
Conclusão ......................................................................................................................... 7
Referências: ...................................................................................................................... 8
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Introdução
Passados alguns anos foi criada a Lei de Bases do Sistema Desportivo (lei 1/90 de 13 de
Janeiro) que regulamentou o desporto e os aspectos relacionados com ele como as
organizações desportivas, a actividade desportiva, movimento associativo desportivo,
Comité Olímpico de Portugal e Administração publica desportiva, acabando com a falta
de legislação sobre o desporto em Portugal.
Por fim foi criada alguns anos depois a Lei de Bases do Desporto (Lei 30/2004 de 21 de
Julho), que visava a regulamentação de alguns temas que não tinham sido referenciados
na anterior lei de bases.
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Constituição da República Portuguesa
Este artigo por si só não regulamentava o desporto em Portugal, por isso foi criada a Lei
de Bases do Sistema Desportivo (lei 1/90 de 13 de Janeiro) onde se regulamentam
diversos aspectos relacionados com a componente desportiva, já referenciados
anteriormente na introdução.
O legislador desta Lei de Bases regulamentou variados aspectos, como por exemplo o
movimento associativo desportivo, de grande importância para o tema abordado neste
trabalho. Nesta legislação podemos efectuar algumas criticas ao legislador pois este
baseou-se na Carta Europeia do Desporto, que é o documento que define o que é o
Desporto, que nos dá a perceber a importância do relacionamento entre poderes
políticos e as organizações desportivas não governamentais e ainda nos referencia
alguns aspectos de carácter organizacional muito importantes para o desenvolvimento
do desporto.
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O legislador não é por basear-se na Carta Europeia do Desporto que deve ser criticado
mas sim ao basear-se seria de bom agrado que adaptasse alguns dos artigos nela
referenciados à realidade do Desporto em Portugal, mas pelo contrario limitou-se a
fazer uma mera cópia dos mesmos sem fazer a adaptação necessária.
Na Lei de Bases do Sistema Desportivo, devemos destacar alguns dos artigos nela
referenciada, tais como os abordados no capítulo III, do artigo 20º ao 28º dos quais se
dão maior importância ao artigo 20º (federações desportivas) e o artigo 22º (utilidade
pública desportiva), pois tem algum relacionamento legislativo com o artigo 46º da
Constituição da República Portuguesa.
Nestes dois artigos em especial o artigo 22º (utilidade pública desportiva) podemo-nos
aperceber que há com que uma contradição do estado em relação ao artigo 46º da
Constituição. Essa contradição pode ser explicada com base na comparação entre as
duas legislações, pois como já foi referido o estado concede aos cidadãos portugueses
liberdade de associação (artigo 46º da Constituição) sem dependerem do mesmo para o
fazerem e ao criar o estatuto de utilidade pública desportiva está a “contornar” o que
havia dito na Constituição.
A Lei 1/90, seria revogada em 21 de Julho de 2004, pela Lei de Bases do Desporto (Lei
30/2004), que de uma forma geral se traduziu numa réplica da anterior pois existem
variados artigos que pouco ou nada legislam e apenas referenciam alguns direitos que já
existiam na Constituição da República Portuguesa.
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Em suma pode-se afirmar que muitas das leis, a nível desportivo ou com aspectos
relacionados directa ou indirectamente com este, publicadas em Portugal, após a
constituição de 1976, têm como referência alguns documentos elaborados a nível
internacional como a Carta Europeia do Desporto já referenciada e que os legisladores
não se adaptaram à nossa realidade desportiva e que se limitaram a fazer uma cópia dos
mesmos.
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Conclusão
Em relação às questões legislativas abordadas neste trabalho devo dar enorme destaque
ao artigo 46º da Constituição da República Portuguesa que é um dos artigos
impulsionadores para o processo legislativo desportivo em Portugal e também a Lei de
Bases do Sistema Desportivo (Lei 1/90) e a Lei de Bases do Desporto (Lei 30/2004) que
regulamentam diferentes aspectos do Desporto.
Desta maneira podemos verificar que não foi o que aconteceu na legislação portuguesa,
pois Portugal não pode copiar as legislações inglesas ou espanholas, por exemplo, que
possuem um sistema desportivo mais desenvolvido que o português pois nesses países a
cultura desportiva e o desenvolvimento do país é totalmente diferente. O estado
português deveria efectuar um enorme esforço para criar condições não só a nível
legislativo para Portugal conseguir ambicionar outro desenvolvimento desportivo como
outros resultados a nível internacional e também para criar condições para uma cada vez
maior prática desportiva no nosso país.
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Referências:
Sites consultados:
www.idesporto.pt