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FERIDAS TÊM ALMA

Rafaela Gomes Campos


Orientadora: Profª. Maria Sueli de Menezes
1 INTRODUÇÃO

As feridas coexistem com a humanidade desde a criação


do homem.
As feridas geram uma atitude de compaixão.
Existem relatos de tratamento de feridas, desde a pré-
história.
Independente da evolução da ciência, as feridas ainda
acometem a população independente da idade, sexo e raça.

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Rafaela Gomes Campos
1.2 JUSTIFICATIVA

Reflexo da minha vivência nos estágios práticos


curriculares: prevalência de pacientes portadores de feridas.
9% dos pacientes hospitalizados desenvolvem úlceras de
pressão (BENFATI, 2006).
As infecções do sítio cirúrgico correspondem a 24% das
infecções hospitalares (FERREIRA; POLETTI; SIMÃO,
1999).
A importância do desempenho do profissional enfermeiro
no tratamento de feridas.
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1.2 JUSTIFICATIVA

A sistematização na avaliação de uma lesão cutânea é um


importante instrumento para a tomada de decisões na prática
do enfermeiro.
O cuidado alicerçado pelo conhecimento científico conduz
à autonomia profissional e a excelência de suas ações.
Existência de novas propostas no tratamento de feridas
Disponibilidade e diversidade de produtos terapêuticos
existentes no mercado

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1.3 OBJETIVOS
Objetivo geral
Reconhecer a participação do profissional enfermeiro no
tratamento de feridas através do uso de coberturas especiais.
Objetivos específicos
Ampliar meus conhecimentos científicos sobre o tratamento
de úlceras de pressão e ferida operatória a partir da
manipulação de coberturas especiais.
Subsidiar o cuidado de enfermagem qualificado no
tratamento de feridas.
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2 EMBASAMENTO TEÓRICO
Ferida é a interrupção da continuidade de um tecido corpóreo
em maior ou em menor extensão (BLANES, 2006)

Fenômeno multicausal

Instrumental Individual

Sistêmica

Mobilidade
Higienização Idade
Nutrição Doença de base
Percepção sensorial
Hidratação
Imunidade
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
Feridas de interesse deste estudo

Úlceras de Pressão: (escara, úlcera de decúbito e ferida de pressão)

qualquer lesão provocada por uma pressão contínua mantida sobre a


superfície da pele causando dano aos tecidos subjacentes.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
Apresentam-se em quatro estágios (IRION, 2005)

Estágio I: a integridade da pele que apresenta-se hiperemiada,


descolorada e endurecida.
Estágio II: existe perda parcial de tecido envolvendo a
epiderme e a derme.
Estágio III: perda total do tecido cutâneo, necrose do
subcutâneo até a fáscia muscular.
Estágio IV: progressão da lesão com comprometimento dos
músculos, tendões e ossos.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO

Os indivíduos mais susceptíveis às úlceras de pressão são os


lesados medulares, os diabéticos, os submetidos a cirurgia de
quadril, os pacientes sob tratamento intensivo e os idosos
(BLANES 2006).

As áreas de risco mais susceptíveis ao desenvolvimento das


UP são as de proeminências ósseas (BACKES; GUEDES;
RODRIGUES, 1999).
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO (ferida operatória
complicada).
Infecção do sítio cirúrgico é uma infecção que ocorre na
incisão cirúrgica ou em tecidos manipulados durante o
procedimento cirúrgico (OLIVEIRA et al, 2006).
São classificados em: incisional superficial, profunda ou de
órgão/cavidade
A infecção do sítio cirúrgico(ISC) causa um retardo no
processo de cicatrização em pacientes no pós-operatório
A evolução da ISC leva a diversos prejuízos sistêmicos e de
cicatrização que incluem a deiscência, evisceração, hemorragia,
processos sépticos e aderências.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
CURATIVOS
É todo material colocado diretamente sobre a lesão (NOÇÕES, 2006).
É um recurso que cobre a ferida favorecendo o processo de cicatrização e
protegendo contra agressões externas mantendo-a úmida e preservando a
integridade da região periférica (MANDELBAUM; SANTIS; MANDELBAUM,
2006).
É um processo que faz parte das etapas de limpeza, desbridamento e indicação
de cobertura (BORGES et al, 2001).
Tem a finalidade de limpar a ferida, proteger de traumatismo mecânico, prevenir
contaminação exógena, absorver secreções e minimizar acúmulo de fluidos por
compressão.
A utilização de coberturas envolve algumas considerações como a freqüência de
trocas, a facilidade ou dificuldade de aplicação, o custo e tratamento.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
Algumas opções terapêuticas mais utilizadas
ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL – AGE
Indicação: feridas limpas ou infectadas de qualquer etiologia
e prevenção de úlceras de pressão, deiscência cirúrgicas, lesões
com ou sem infecção e tratamento de úlceras de pressão.
Contra-indicação: não há relatos documentados.

ALGINATO DE CÁLCIO
Indicação: feridas exsudativas, sangramento ou infecção.
Contra-indicação: feridas com pouco exsudato, implantes
cirúrgicos, queimaduras de 3° grau.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO

MEMBRANAS OU FILMES PERMEÁVEIS


Indicação: fixação de cateteres vasculares; proteção de pele
íntegra e escoriações; prevenção de úlceras de pressão;
coberturas de incisões cirúrgicas limpas com pouco ou nenhum
exsudato; cobertura de queimaduras 1°e 2° grau; cobertura de
áreas doadoras de enxerto.
Contra-indicação: feridas com muito exsudato e feridas
infectadas.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
HIDROGEL
Indicação: remover crostas e tecidos desvitalizados de feridas
abertas, preencher espaço morto.
Contra-indicação: utilizar em pele íntegra e incisões
cirúrgicas fechadas, feridas muito exsudativa.
HIDROCOLÓIDE
Indicação: feridas com pouca exsudação, prevenção e
tratamento de feridas abertas não infectadas.
Contra Indicação: feridas infectadas, com presença de
tecidos desvitalizado ou necrose, altamente exsudativas e
queimaduras de 3° grau.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO

CARVÃO ATIVADO
Indicação: feridas fétidas, infectadas e exsudativas.
Contra-indicação: feridas limpas e lesões de queimadura.

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3 CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS

Tipo de estudo
Local de estudo
População e amostra
Instrumento de coleta de dados
Coleta dos dados
Análise dos dados
Aspectos éticos
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44CRONOGRAMA
CRONOGRAMA

ETAPAS MÊS / 2006 – 2007

Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun

Delimitação do tema

Revisão literária

Elaboração do projeto

Entrega do projeto na
coordenação da FACENE

Apresentação do projeto

Comitê de Ética em Pesquisa


da FACENE
Levantamento dos dados

Análise e discussão dos dados

Relatório final

Revisão do TCC

Pré-Banca

Apresentação do TCC à banca

Tempo: 11 meses
REFERÊNCIAS
BACKES, Dirce Stein.; GUEDES, Sandra Maria Barbosa.; RODRIGUES, Zeli Coelho. Prevenção
de Úlceras de Pressão: uma maneira barata e eficiente de cuidar. Revista Nursing: Revista técnico-
científica de enfermagem, v.2, n. 9, fev. 1999.
BENFATI, Flávia Borges da Silva. Úlceras de Pressão. Disponível em:
<http://www.eerp.usp.Br/projetos/feridas/upressão.htm>. Acesso em: 30 ago. 2006.
BLANES, Leila. Tratamento de Feridas. Disponível em: <http//www.bapbatista.com>. Acesso em:
4 set. 2006.
BORGES, Eline Lima et al. Feridas: como tratar. Belo Horizonte: Coopmed, 2001.
BORGES, Eline Lima.; CHIANCA, Tânia Couto Machado. Tratamento e Cicatrização de Feridas.
Revista Nursing: Revista técnica-científica de enfermagem, v 21, n 3, fev, 2000.
BRASIL, Conselho Nacional de Saúde.Resolução N.196/96. Decreto N.93.9333 de Janeiro de 1987.
Estabelece critério sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Bioética, v. 4, n.2, supl. 1996.
CHRISTÓFORO, Fátima Filomena M.; VEIGA, Janice Franco Ferreira S.; LOPES, Rosemeire
Mendes.(cool). Tratamento de Feridas. São Paulo: UNICAMP, 1999.
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Sandra Rejane Soares.: PÉRICO, Lisiane Andréia Devinar. Assistência de enfermagem à
pacientes com feridas em serviços de atenção primária à saúde. Disponível em:
<http//www.ghc.com.Br/GepNet/feridas.pdf>. Acesso em: 25 ago. 2006.
FERREIRA, Adriano Menis.; POLETTI, Nádia Antonia A.; SIMÃO, Cléa D. Soares Rodrigues.
Deiscência de Sutura Abdominal: Características e Intervenções de Enfermagem. Revista Nursing:
Revista técnica-científica de enfermagem, v 15, n 2, ago, 1999.
FILHO, Domingos Parra.; SANTOS, João Almeida. Metodologia Científica. São Paulo: Futura, 2003.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
HAYASHI, Alda Ap. Mastelaro.; BOBROFF, Maria Cristina. Implantação de um método de medição
de feridas. Revista Nursing: Revista técnico-científica de enfermagem, São Paulo, v.67, n.6, 2003.
HESS, Cathy Thomas. Tratamento de Feridas e Úlceras. 4. ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso,
2002.
IRION, Glenn L. Feridas: Novas Abordagens, Manejo Clínico e Atlas em cores. Rio de Janeiro:
Guanabara koogan, 2005.
REFERÊNCIAS
JORGE, Silvia Angélica.; DANTAS, Sônia Regina Pérez Evangelista. Abordagem Multiprofissional
do Tratamento de Feridas. São Paulo: Atheneu, 2003
MANDELBAUM, Samuel Henrique.; SANTIS, Érico Pampado Di.; MANDELBAUM, Maria Helena
Sant’ Ana. O processo de cicatrização. Disponível em: <http//www.scielo.org/index.php>. Acesso em:
20 set.2006.
MANGINI, Claudia et al. (Cool.). Prevenção de infecção de sítio cirúrgico. 2 ed. São Paulo: APECIH,
2001.
MEEKER, Margaret Huthy.; ROTHROCK, Jane C. Alexander: cuidados de enfermagem ao paciente
cirúrgico. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa qualitativa em saúde. 3. ed. Rio de Janeiro: Hucitec-
Abrasco, 1994.
NOÇÕES e princípios básicos para o tratamento de feridas. Disponível em:
<http//www.unb.Br/fs/enf.htm>. Acesso em: 25 ago. 2006.
OLIVEIRA, Adriana Cristina et al. Estudo Comparativo do diagnóstico da infecção do sítio cirúrgico
durante e após a internação. Disponível em: <http//www. Scielosp. Org/pdf/rsp>. Acesso em: 12 out.
2006.
REFERÊNCIAS
PARANHOS, Wana Yeda. Avaliação de risco para úlceras de pressão por meio da escala de Braden.
São Paulo: Escola de enfermagem, 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php>. Acesso em:
01 nov.2006.
PITREZ, Fernando A. B.; PIONER, Sérgio R. Pré e pós operatório: em cirurgia geral e especializada.
2. ed. São Paulo: Artmed, 2003.
SMELTZER, Suzane C.; BARE, Brenda G. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-
Cirúrgica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
TENÓRIO, Eduardo Bittencourt.; BRÁZ, Márcia. A intervenção do enfermeiro como diferencial de
qualidade no tratamento de feridas. Disponível em: <http://www.pronep.com. Br/cjp/feridas.pdf>.
Acesso em: 25 ago. 2006.

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Rafaela Gomes Campos
APÊNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

O trabalho com o título: Feridas têm alma, tem por objetivo geral reconhecer a
participação do profissional enfermeiro no tratamento de feridas através do uso de
coberturas especiais.
Este estudo será desenvolvido por mim, RAFAELA GOMES CAMPOS acadêmica da
Faculdade de Enfermagem Nova Esperança e orientada pela Prof. Enfermeira Especialista.
Maria Sueli de Menezes.
Para poder realizá-lo peço sua colaboração para que de forma voluntária, responda ao
formulário de questões para este estudo. Excluo qualquer censura ou advertência caso se
recuse a participar deste estudo. Garanto seu anonimato e a liberdade de desistir, a qualquer
momento, caso deseje.
APÊNDICE A
Este estudo pretende de modo geral contribuir para a otimização do conhecimento
sobre Feridas têm alma, tema que considero de grande relevância para a prática do
profissional enfermeiro. Em caso de esclarecimento e informações sobre o presente estudo
poderá ser utilizado o seguinte contato: 88642549

João Pessoa, _____ de ____________ de 200 ___.

________________________________________
Autora da Pesquisa
________________________________________
Entrevistada
________________________________________
Testemunha
APÊNDICE B
QUESTIONÁRIO

1.Na sua experiência de assistência diária a pacientes com estas lesões, você pode afirmar
que:
( ) Muito frequentemente manipula a troca dos curativos
( ) Raramente manipula a troca dos curativos
( ) Nunca manipula a troca dos curativos
( ) Outros _________________.

2. Você trata ou já tratou feridas com coberturas especiais

( ) SIM ( ) NÃO
APÊNDICE B
QUESTIONÁRIO

3. Você tem vivência na manipulação de coberturas especiais para curativo


( ) Sim ( ) Não
( ) Amplamente ( ) Vagamente ( ) Outros _________________.

4. Destas opções abaixo quais são os tipos de produtos especiais que você utiliza no
tratamento de úlceras de pressão e feridas operatórias complicadas.
( ) Ácido Graxo Essencial ( ) Alginato de Cálcio
( ) Filmes Permeáveis ( ) Hidrogel
( ) Hidrocolóide ( ) Carvão ativado
( ) Nenhuma das coberturas citadas ( ) Outros _________________.
APÊNDICE B
QUESTIONÁRIO

5. A indicação para o tipo de cobertura adotada nestes curativos:


( ) Sempre depende de uma prescrição médica
( ) Raramente têm orientação médica
( ) Independe de prescrição médica ( ) Outros _________________.

6. Para a manipulação destas coberturas você :


( ) Recebeu treinamento específico sobre o assunto
( ) Adquiriu conhecimento pela literatura
( ) Adquiriu conhecimentos através da prática de execução
( ) Não tem muita certeza sobre a escolha
( ) Outros _________________.
APÊNDICE B
QUESTIONÁRIO

7. Qual destes produtos você mais utiliza:

a. numa úlcera de pressão com áreas necrosadas _________________________________.


b. numa úlcera de pressão com exsudação purulenta ________________________________.
c. numa úlcera de pressão com tecido de granulação _______________________________.
d. numa ferida operatória com deiscência de parede ________________________________.
“Administrar remédios para doenças que já se
desenvolveram ... é comparável ao comportamento
daquelas pessoas que começam a cavar um poço muito
depois de terem ficado com sede, e daquelas que
começam a fundir armas depois de já terem entrado
na batalha ..."

Nei Ching
(texto médico clássico da medicina chinesa 206 a.C. a 290 d.C.)

FIM

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