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SOBRE O AUTOR:
Gregório escreveu seus poemas dentro dos quadros da atmosfera barroca do século XVII. Período histórico
marcado por uma sociedade constituída de elementos étnicos diversos, de miséria política e de grandeza
econômica. Este período caracterizado por contradições na política, na religião e na economia, viu surgir uma
produção satírica, cuja personificação é encontrada na figura de Gregório de Matos e de sua mordacidade
literária. Este período é também de fé e de reflexão o que lhe abonançou a impetuosidade venenosa e o gênio
picaresco.
• Escola literária:
• Poemas:
Seus poemas são analisados com vários critérios, por sua relação com a vida do autor.
“Numa carreira literária descontínua e de difícil reconstituição cronológica, Gregório de Matos militou por
todos os setores da poesia: na sátira, na lírica profana e religiosa, na encomiástica, explorando também
todos os recantos da versificação”... “O recesso paradisíaco do Recôncavo”.
Com o gênero:
“Ao que parece, o lirismo do poeta, sobretudo o amoroso, foi precedido por uma intensa atividade satírica;
a certa altura as duas formas correram paralelamente, até que, como ponto de chegada, um período de fé e
de reflexão lhe abonançou a impetuosidade venenosa e o gênio picaresco”.
Com a época: “... palpita... bardo”.
Com a escola: “Não é de admirar num espírito barroco, cheio de contradições, que ao lado do amor
concupiscível surgisse às vezes uma forma quase platônica de concepção da mulher”.
“Nesse momento o Barroco se afirma no bardo do Recôncavo. O contraste entre essa posição espiritual
perante a vida e a natureza erótica e satírica de um temperamento exaltado é uma das notas mais
significativas da produção poética de Gregório”.
“É nota característica do barroquismo espiritual de Gregório esta ânsia contínua de identificação com a
divindade, procurando imergir na pessoa divina, a ponto de tornar divino o que é humano, ou humano o
que é divino”.
“O barroquismo de Gregório teve também uma solução estilística no vocabulário, na sintaxe e nas
habilidades versificatórias: antíteses, torneios expressivos de fuga à designação comum da realidade,
hipérbatos, jogos verbais, metáforas e outras modalidades da simbólica cultista e conceptista”.
O AUTOR:
Gregório foi a personificação da sátira: calar, para ele, era um silêncio de morte. Ele fez da sátira o seu
breviário ...família.