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KARATE BUSHIDO MAGAZINE

BRUCE LEE --- 6 GOLPES FAVORITOS

PARA: REFLEXÃO E TREINO


DE: LIVRO 4 - MY FIGHTING METHOD
ASSUNTO: TÉCNICAS DE COMBATE
DATA: 20 DE JUNHO, 2006

GOLPE DE PUNHO REVÉS

Este golpe vê-se pouco em outros tipos de boxe e isto


sem dúvida porque ele se casa mal com a dimensão
desportiva. Com luvas não tem muito interesse porque ele
desenvolve pouca potência, sem luvas torna-se perigoso
demais sobretudo devido ao alvo visado: a têmpora,
essencialmente. É provavelmente o golpe mais
surpreendente, o mais imprevisível, o mais preciso e o mais
difícil de parar. Pode-se lançar a qualquer momento de uma
posição de guarda ou mesmo numa perspectiva de self
defense, podemos colocá-lo muito rapidamente enquanto os
nossos braços pendem indolentemente ao longo do corpo
numa atitude que parece praticamente inofensiva. Apesar
dessa aparência, nós seremos capazes de reagir
extremamente depressa a qualquer agressão.

Para explorar ao máximo suas virtudes de velocidade e de capacidade de surpreender


assim como o efeito de “ mecha de chicote” que faz a eficácia
deste golpe de punho, devemos aprender a mexer o menos
possível o conjunto do braço e a privilegiar ao máximo a acção do
antebraço. Não armemos o golpe ao ombro mas utilizemos antes
a articulação do cotovelo. Para uma potência acrescentada o plano
de batida deve ser mais vertical que horizontal. Todos os pontos
da cara são acessíveis mas a têmpora será o mais vulnerável.

NOTA:

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BRUCE LEE - 6 GOLPES FAVORITOS
OS DEDOS EM LANÇA

Este é um perfeito contra Pode arruinar qualquer vontade ofensiva num instante. Além
disso é ideal numa perspectiva de self defense. A sua velocidade excepcional, a simplicidade
da sua execução
torna-o
particularmente
complexo de evitar
ou ultrapassar.
Lembremo-nos
que ele tem a mais,
um alcance
superior a todas as
técnicas de punho.
Em golpe de
paragem, nós
compensamos a
sua falta de
potência com o seu
efeito
extremamente doloroso. O agressor se deterá por ele mesmo... Não hesitemos em procurar
todas as oportunidades de o usar, abusemos mesmo, nós o dissuadiremos sem dúvida de se
aproximar demais. Não existe outro golpe mais desmoralisante para o adversário

O GANCHO

O gancho é golpe de punho de base do combate


em distância curta. A sua trajectória em curva torna-o
precioso para contornar a defesa adversa. Ele é
preciso, rápido, perfeito para bater num adversário em
movimento, em contra ou num encadeamento. É
muito eficaz em ofensiva contra um adversário um
pouco lento mas pode-se empregar em outras tácticas
e mesmo como uma espécie de variação do jab, para
introduzir um outro factor de problema. Ele será
também optimizado pela utilização de fintas, diversos
encadeamentos ou deslocamentos que o farão chegar
mais longe. O gancho é um golpe cuja potência certa
vem mais da velocidade e do efeito de chicote, que
duma contracção muscular intensa, da força do corpo.

BRUCE LEE- 6 MOVIMENTOS


FAVORITOS

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BRUCE LEE- 6 MOVIMENTOS FAVORITOS
O gancho - (cont.)

È porque ele não deve ser muito amplo, tomar uma trajectória muito larga, mas antes
ser vivo, cortante, curto. Ele desenvolve um bater mais seco.

que pesado. Para obter esta vivacidade, esta secura, é necessário conseguir um certo
relaxamento do cimo do corpo, de jogar com a rotação das ancas e dos ombros para treinar
o braço a bater como um chicote e a respeitar o princípio de economia da matéria de
mobilização muscular: quanto menos nos contrairmos de fibras inúteis ao movimento
desejado, mais o movimento será rápido e eficaz. Para ser incisivo e imprevisível, a tua
batida não deve ser preparada nem armada. Substitui a retracção do braço, utilizada pelos
boxeurs para mais potência, por um deslocamento apropriado e de bom apoio no solo.
Ganhas em velocidade e em surpresa aquilo que perdes em força pura.

Levanta o calcanhar da perna avançada, terás assim muita facilidade em virar-te


depressa e bem. O peso do corpo deve passar da perna oposta ao punho da batida, durante
o percurso da acção. A perna de trás empurra o corpo para o alvo detrás do punho, como
se este o quisesse atarraxar.

NOTA:

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PONTAPÉ LATERAL AO CORPO
É o golpe mais potente do Jeet Kune Do, tão duro que não há realmente necessidade
de se desembaraçar da defesa adversária. A sua força de impacto passa através dela e o
efeito será devastador de qualquer maneira. É possível colocá-lo bastante perto, à distância
de ataque, mas ele terá a sua plena eficiência com um deslocamento para a frente que a sua
velocidade e potência. A terrível potência deste golpe está no seu máximo quando
conseguires manter os movimentos fluidos sem estar hirto nem crispado. A estabilidade do
teu apoio é também um factor de eficiência.

O pontapé ao corpo é de longe o mais frequente numa fase ofensiva pois a cara é um
alvo mais móvel e melhor protegido. No entanto, o pontapé lateral alto torna-se possível
quando o adversário espera outra coisa.

NOTA: O P O N TA P É L AT E R A L A LT O P O D E TA M B É M S E R C O N S E G U I D O D E P O I S D E
U M A F I N TA , O U S I M U L A Ç Ã O PA R A E N G A N A R O A DV E R S Á R I O

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O P O N TA P É L AT E R A L BA I XO

Em Jeet Kune Do no início, este pontapé, a esta altura - do tornozelo até ao joelho -
era unicamente uma técnica de contra, um pontapé de parar. Se ele é menos potente que o
clássico pontapé lateral, é pelo menos uma batida simples, rápida, imprevisível e explosiva
que pode parar qualquer combatente empreendedor e eventualmente tirar-lhe a
oportunidade de voltar, fracturando-lhe o joelho. Estas virtudes são de toda a maneira
utilizáveis na ofensiva. Nada como este pontapé para desequilibrar um adversário,
pressioná-lo em defesa. Praticamente não há necessidade de preparação e apresenta pouco
risco. É perfeito para finalizar uma combinação que se encadeou mal ou para desviar a
atenção do adversário. Ele o desencorajará de passar ele mesmo à ofensiva e o incitará a
guardar as suas distâncias. Este golpe é muito seguro. O corpo está bastante retraído e ao
abrigo de um contra ataque; o equilíbrio é fácil de manter; o tempo de ataque fácil de
encontrar. Este pontapé é original pela sua maneira de fixar a perna sob uma pressão da
qual ela não se pode mais libertar, como se marchasses por cima.

Não é esperado e é muito eficiente.

NOTA:

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O P O N TA P É L AT E R A L E M RO TA Ç Ã O

Esta maneira de dar o pontapé lateral é bastante pouco usada e assim deve continuar.
Antes de mais , por prudência, pois há uma certa dose de risco, e sobretudo porque as
condições de sua eficiência estão no efeito de surpresa que causa geralmente este
deslocamento pouco usual. A sua execução é delicada e deves trabalhá-la bastante , no teu
treino. É desaconselhável contra um adversário defensivo e prudente. Não se vira as costas
a um combatente deste tipo, mesmo por uma fracção de segundo. Ele torna-se eficaz e
verdadeiramente surpreendente como pontapé de paragem contra um adversário ofensivo
que tente um pouco demais em pressionar-te à defesa. Neste caso, o efeito surpresa joga
em

pleno: durante a rápida rotação do corpo o adversário, o adversário reage muitas vezes mal
e subestima a distância de segurança, a rapidez e a potência da batida. No entanto este
golpe só será perigoso se conseguires atingir uma grande mestria, um natural perfeito. O
teu equilíbrio tem de ser constante, deves aprender a não perder o alvo de vista a não ser
por tempo extremamente breve, a utilizar a rotação como uma vantagem, um movimento
gerador de potência, em de ser um handicap (fraqueza). Além disso, quanto mais a tua
evolução for fluida, sem crispação, menos o oponente conseguirá ler ou prever a tua
técnica. Sem esse trabalho de base, é para ti que este movimento se arrisca de ser perigoso!
Ainda que seja um golpe de contra, um homem vivo cuja técnica seja segura, pode utilizar
o seu aspecto derrotante numa fase ofensiva. Aprende a dissociar bem a rotação da cabeça
da do resto do corpo. Antes de perder o contacto visual, o olhar deve se manter no alvo o
máximo de tempo possível, e depois, deve encontrá-lo o mais rapidamente possível.
Observa os dançarinos, eles mesmo utilizam esta espécie de deslocação, essencialmente
para manter um equilíbrio perfeito. Distingue bem este pontapé lateral - em pistão - de
outro tipo de pontapé com movimento giratório, uma chicotada, que o Jeet Kune Do não
utiliza.

NOTA:

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