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AULA 03

REFRAÇÃO LUMINOSA

1-INTRODUÇÃO
Quando a luz passa de um meio para outro podemos sofrer
desvio ou não, mas necessariamente alterando a sua
velocidade de propagação temos o fenômeno da REFRAÇÃO.

A primeira lei da refração diz que o raio incidente a, o raio


refratado b e a reta normal N, são coplanares, isto é, pertencem
a um mesmo plano, chamado plano de incidência.
A segunda lei da refração conhecida como lei de Snell-
Descartes diz que a razão entre o seno do ângulo de incidência
e o seno do ângulo de refração é igual a razão entre os índices
de refração dos dois meios.
Refratar significa desviar, girar para ou lado ou quebrado,
sen i nB v A
porém o que caracteriza a refração não é o desvio e sim a
= =
mudança da velocidade de propagação da luz. sen r n A vB
Entretanto, o desvio sofrido pela luz depende da sua
freqüência, por exemplo: um raio de luz vermelha terá um
desvio diferente de um raio de luz verde. Assim, uma luz 4- REFLEXÃO TOTAL
policromática, isto é, composta de ondas luminosas de diversas
freqüências, portanto de diversas cores, ao se refratar é Suponha que uma onda luminosa esteja se propagando num
decomposta. Isto nos explica a formação do arco-íris. meio B de índice refração nB para um outro meio A de índice
de refração n A . De acordo com a figura 1 o raio incide
2-ÍNDICE DE REFRAÇÃO ABSOLUTO normalmente, reflete e refrata.
Se aumentarmos um pouco o ângulo de incidência a onda
Suponha que uma onda luminosa esteja se propagando no luminosa continua incidindo, refletindo e refratando, o ângulo
gelo, sabe-se que sua velocidade de propagação neste meio é de incidência aumenta e o ângulo de refração também aumenta
v G e a velocidade de propagação desta onda luminosa no (veja a figura 2).
vácuo é c. Definimos índice de refração absoluto do gelo(n G )
como sendo a razão entre a velocidade da luz no vácuo e a
velocidade da luz no gelo.

c
n=
v
O índice de refração absoluto é um número puro, não tem
unidade.
A velocidade de propagação de uma onda luminosa num meio
é inversamente proporcional ao índice de refração absoluto
deste meio. Assim sendo, nos meios de maior índice de
refração a velocidade da onda luminosa é menor e nos meios
de menor índice de refração a velocidade da onda luminosa é
maior.
O maior valor possível da velocidade de propagação de uma Aumentando um pouco mais o ângulo de incidência de tal
onda luminosa é quando ela se propaga no vácuo, logo o vácuo forma que o ângulo de refração atinja o seu maior valor, que é
é o meio onde se tem menor índice de refração absoluto, que é de 90o ,a onda luminosa reflete, refrata e o ângulo de incidência
igual a um. Não existe índice de refração absoluto menor que é chamado de ângulo limite (L), o que pode ser notado na
um. figura 3.
Quando o ângulo de incidência é maior que o ângulo limite à
3- LEIS DA REFRAÇÃO onda luminosa incidente reflete e não refrata, a este fenômeno
damos o nome de reflexão total, ou seja, reflexão total é a
ausência de refração, conforme mostra a figura 4.
As condições para que ocorra o fenômeno da reflexão total
são:
1-A luz deve estar se propagando no meio de maior índice de
refração. P ' nágua
2-O ângulo de incidência deve ser maior que o ângulo limite.
=
P nar
Analisando a figura 3, quando a ângulo de incidência é igual
ao ângulo limite, o ângulo de refração vale 90o , aplicando a lei
de Snell-Descartes temos:
sen i n A sen L n
= ⇒ o
= A
sen r n B sen 90 nB
n n
sen L = A ⇒ sen L = menor 6- LÂMINAS DE FACES PARALELAS
nB n maior
Um raio de luz ao atravessar uma lâmina de faces paralelas
sofre um desvio lateral, isto é, o raio incidente é paralelo ao
nmenor
sen L = raio emergente, quando o meio que envolve a lâmina é o
n maior mesmo.

5- DIÓPTRO PLANO

O conjunto de dois meios de índice de refração diferentes


separados por uma superfície plana damos o nome de dióptro
plano. O dióptro plano mais conhecido é o dióptro ar-água.
Quando olhamos um objeto no fundo de uma piscina parece
não haver qualquer dúvida sobre a posição do objeto, porém o
objeto não está onde o vemos, na verdade visualizamos uma
imagem virtual e numa posição diferente da real que
chamamos de posição aparente.

P' n sen(i − r )
= ar d=e
P nágua cos r
Se : I = d + r
7- PRISMA I ' = d '+ r '
Prisma é um conjunto de dois dióptros planos não paralelos.
Temos :
I + I ' = (d + d ' ) + ( r + r ' )
I + I'= D + A
D = I + I '− A

D = I + I’- A
Consideraremos que os meios 1 e 3 sejam iguais e o meio 2 é o
material de que é feito o prisma, e que o índice de refração do
prisma seja maior que o índice de refração do meio que banha O desvio sofrido pela luz ao passar por um prisma será
o prisma. mínimo quando I = I’e r = r’.
Observando a figura abaixo, o raio de luz incide na face do
prisma formando um ângulo I com a normal N. Ao penetrar no
Dmínimo = 2I - A
prisma sofre uma refração, com ângulo de refração r seguida
de um desvio d.

I=d+r
EXERCÍCIOS DE AULA
Na outra face do prisma a luz sofre outra refração seguida de
um desvio d’emergindo do prisma formando um ângulo I’ com QUESTÃO 01
a normal. 1-Não pode ocorrer refração sem reflexão simultânea.
2-Não pode ocorrer reflexão sem refração simultânea.
I’= d’+ r’ 3-A luz não pode sofrer refração a passar de um meio para
outro de mesmas propriedades físicas.
4-A reflexão total só pode ocorrer quando a luz possa de um
meio em que sua velocidade de propagação é menor para o
meio que a sua velocidade de propagação é maior.
5-O ângulo limite de refração se forma sempre no meio menos
refringente.

QUESTÃO 02
1-Quando a luz passa do ar para a água o ângulo limite se
forma na água.
2-Fenômeno da miragem nada têm a ver com a reflexão total.
3-Ao passar de um meio para outro de densidade diferente, a
O desvio angular total sofrido pela luz ao atravessar esse luz sempre sofre desvio em sua trajetória, fenômeno este
prisma é D. chamado refração da luz.
4-Ao passar do ar para água, a luz sempre reduz sua
D = d + d’ velocidade.
5-Um raio de luz que incide perpendicularmente na superfície,
tem ângulo de incidência nulo.
O ângulo A é chamado de ângulo de abertura do prisma ou
ângulo de refringência. QUESTÃO 03
1-O fenômeno da refração consiste na mudança de direção de
propagação de um feixe de luz ao passar de um meio para
A = r + r’ outro. Isto só pode ocorrer quando a luz se propaga com
velocidades diferentes dos dois meios.
2-O fenômeno da refração é caracterizado pela variação de
velocidade de propagação da luz em virtude da mudança do
meio de propagação. O desvio da luz, na refração, pode
ocorrer ou não, dependendo do ângulo de incidência da luz.
3-A freqüência da luz visível aumenta do vermelho para o 5-Um peixe, de dentro da água, vê o sol inclinado de 30o com
violeta, obedecendo à seqüência com que as cores aparecem a vertical. Supondo que o índice de refração absoluto da água
no arco-íris: vermelho-alaranjado-amarelo-verde-azul-anil e seja raiz de 2 a inclinação real do sol em relação à vertical é de
violeta. 45o .
4-O índice de refração de um meio é o quociente entre a
velocidade da luz no vácuo e a velocidade da luz neste meio. QUESTÃO 07
5-O índice de refração absoluto de um meio não depende da 1-Se uma pessoa observa um arco-íris a sua frente, então o sol
freqüência (cor) da luz considerada. está necessariamente à oeste.
2-O arco-íris se forma devido ao fenômeno de dispersão da luz
QUESTÃO 04 nas gotas de água.
1- O índice de refração absoluto de um meio aumenta da luz 3-Para ocorrer reflexão total, a luz deve provir do meio mais
vermelha para a luz violeta. refringente e o ângulo de incidência deve superar o ângulo
2- Quanto mais refringente for um meio (maior índice de limite.
refração absoluto) maior será o modo de velocidade de 4-O índice de refração absoluto é uma função crescente da
propagação da luz no referido meio. densidade. Concluímos que à medida que nos elevamos na
3-Se o índice de refração do vidro é da ordem de 1,5 e o da atmosfera, o seu índice de refração absoluto diminui.
água é da ordem de 1, 3, conclui-se que a razão entre as 5-Nos dias quentes e secos os fenômenos da refração e
velocidades citadas é 2/3. reflexão total da luz na atmosfera nos dão a ilusão de poças
4-Para que haja reflexão total de luz é necessário que o ângulo d’água formadas ao longe no solo.
de incidência seja maior que o ângulo limite e que a incidência
se de do meio menos refringente para o mais refringente. QUESTÃO 08
5-Em geral o sol aparenta estar acima da posição real. O 1-Uma pequena lâmpada acha-se 1m abaixo da superfície da
fenômeno responsável por esta ilusão óptica chama-se água contida em um tanque exposto ao ar. O índice de refração
refração.
da água para luz emitida pela lâmpada é 2 . O diâmetro
mínimo de um disco opaco colocado junto à superfície da
QUESTÃO 05
água, capaz de interceptar a luz que emerge da mesma é de 2
1- Um raio de luz, ao passar do ar para o vidro, diminui sua
metros.
velocidade. Isto ocorre porque o atrito no vidro oferece maior
2-Num dióptro plano não pode ocorrer reflexão total.
resis tência à passagem da luz.
3-Nas condições de Gauss, a posição aparente de um objeto é
2-A flexão aparente de uma régua parcialmente submersa é
sempre mais próxima da superfície de separação dos meios.
devida a reflexão total da luz na água.
4-Num dióptro plano, objeto e imagem sempre pertencem ao
3-Uma moeda totalmente submersa na água parece mais
mesmo meio.
próxima da superfície porque a água é menos refringente do
5-Num dióptro plano, o objeto se localiza necessariamente
que o ar.
num meio mais refringente.
4-Para um conjunto de dois meios homogêneos e transparentes
e uma dada luz monocromática, é constante a razão entre o
QUESTÃO 09
seno do ângulo de incidência e o seno do ângulo de refração.
1- A velocidade de propagação da luz é a mesma nos meios
5-Quando a luz passa do meio menos refringente para o meio
que constituem o dióptro plano.
mais refringente o módulo de sua velocidade diminui e o raio
2-O índice de refração da água em relação ao ar é 4/3. Uma
refratado aproxima da normal.
moeda no fundo de uma piscina de 1,8m de profundidade,
vista do ar segundo uma linha divisada vertical, aparenta estar
QUESTÃO 06
à profundidade de 1,5metros.
1- Quando a luz passa do meio mais refringente para o meio
3-Uma menina encontra-se na parte rasa de uma piscina com
menos refringente, o módulo de sua velocidade aumenta e o
água até a cintura. Um observador fora d’água, ao olhar as
raio refratado afasta da normal.
pernas da menina, terá impressão de que as pernas são mais
2-No meio mais refringente, o módulo da velocidade da luz é
curtas que o valor real.
menor e o raio de luz (incidente ou refratado) está mais
4-Um pássaro que sobrevoa em linha reta e abaixa altitude
próximo da normal.
sobre uma piscina em cujo fundo se encontra uma pedra.
3-No meio menos refringente, o módulo da velocidade da luz é
Podemos afirmar que com a piscina cheia ou vazia o pássaro
maior e o raio de luz (incidente ou refratado) está mais
poderá ver a pedra durante mesmo intervalo de tempo.
afastado da normal.
5-Quando olhamos um objeto através de uma vidraça comum
4-Um raio de lu z monocromática, vindo do ar, atinge uma
vemos uma imagem virtual do objeto.
superfície plana, que separa o ar de um meio homogêneo e
transparente X, formando com esta superfície um ângulo de
45o . Se o índice de refração absoluto do meio X vale 2 o
ângulo que o raio refratado forma com a superfície é de 30o .
QUESTÃO 10
1- Considere uma lâmina de vidro com faces paralelas, de QUESTÃO 13
1-Num prisma o ângulo de desvio decresce com o ângulo de
índice de refração 2 imersa no ar, os ângulos α , β , γ e σ
incidência até atingir um valor mínimo.
valem respectivamente 45o , 30o ,30o , e 45o .
2-Num prisma quando o ângulo de incidência é igual ao
ângulo de emergência, o desvio é mínimo.
3-Ao atravessar um prisma de vidro, um raio de luz
monocromática sofre um desvio linear.
4- Um prisma têm n = 2 . Um raio luminoso que incide
perpendicularmente a uma das faces, emerge tangenciando a
outra, logo a abertura do prisma é de 54o .
5-Alguns instrumentos de ópticas utilizam prismas de reflexão
total como espelhos, como no caso da figura. O valor do índice
de refração absoluto do vidro desse prisma deve ser maior que
2.

2-Numa lâmina de faces paralelas o raio emergente é


perpendicular ao raio incidente.
3- Justapondo-se várias lâminas de faces paralelas, o raio
emergente é sempre paralelo ao raio incidente.
4-Numa lâmina de faces paralelas o desvio lateral é
necessariamente não nulo.
5-O desvio é sempre menor que a espessura da lâmina.

QUESTÃO 11
1-A imagem que a lâmina de faces paralelas conjuga a um
objeto real é necessariamente real.
2- Numa lâmina de faces paralelas não pode ocorrer reflexão
total.
3- Numa lâmina de faces paralelas, desde que a incidência não
seja rasante, o desvio lateral é diretamente proporcional à GABARITO
espessura. 1 2 3 4 5
4-Quando um raio luminoso atinge uma lâmina de faces VFVVF VFFVV VVVVF VFFFV FFFVV
paralelas com incidência rasante, o raio emergente será 6 7 8 9 10
também rasante e o desvio lateral será igual à espessura da VVVFV FVVVV VFFVF FVVFV VFFF
lâmina. 11 12 13
5-Quando um raio luminoso incide normalmente na face de FFFVV VFFVF VVFFF
uma lâmina de faces paralelas, o raio emergente estará sobre
uma reta suporte do raio incidente (desvio lateral nulo).

QUESTÃO 12
1-Um prisma apresenta sempre índice de refração diferente do
índice do meio que o envolve.
2- Desde que o ângulo de incidência numa das faces de um
prisma seja diferente de zero, haverá emergência na outra face.
3-O ângulo de desvio, para uma dada luz, independe do
material que constitui o prisma.
4-Num prisma o ângulo de desvio depende o ângulo de
refringência.
5- Num prisma o ângulo de desvio cresce com o ângulo de
incidência.

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