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FUNDAÇÃO DE INTEGRAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO DO NOROESTE DO ESTADO

FIDENE

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL


UNIJUÍ

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA A QUÍMICA


DBQ

SEMINÁRIO DE TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE:


Análise de Impacto Ambiental

Alunos: Simone Albrecht, Alex Renan G., Vilmar Konageski Jr.

Professor: Osório Antonio Lucchese

Componente Curricular: Tecnologia e Meio Ambiente

Ijuí, Sede Acadêmica, 1° semestre de 2007


Sumário:

1 – Introdução pg. 3.

2 – Apresentação da Empresa pg. 4.

3 – Caracterização dos Impactos Ambientais pg. 5.

4 – Fundamentação Teórica sobre Óleos e Graxas lubrificantes pg. 6.

5 – Discussão do Impacto escolhido: O uso e descarte dos óleos e graxas lubrificantes pg. 16.

6 – Conclusões pg. 18.

7 – Bibliografia pg. 19.

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1 - Introdução:

O presente trabalho visa despertar uma consciência acerca da preocupação


ambiental a partir do estabelecimento industrial escolhido, para que possam ser tomadas
novas atitudes quanto a utilização dos recursos naturais e industrializados, bem como a
correta disposição final dos resíduos produzidos pela linha de produção utilizada, e para
cumprir tal meta utilizamo-nos dos recursos disponíveis para pesquisa bibliográfica e
pesquisa de campo, uma vez que primeiramente os problemas foram definidos e a partir daí
seguiu-se o plano de determinar quais mudanças seriam necessárias com base em exemplos
até mesmo de empresas semelhantes, ou que produzam semelhante descarte de resíduos.
Com este objetivo desenvolvemos o presente instrumento que poderá servir como
base para aplicação destas mudanças no âmbito prático da linha de produção com
significativa redução dos impactos ambientais causados.
Com o desenvolvimento da era industrial pós-guerra, os potenciais de risco
presentes em qualquer atividade e, principalmente na indústria química, aumentaram. Isto
ocorreu devido à natureza dos produtos utilizados e da sofisticação dos processos
operacionais empregados.
Para as organizações, esse crescimento da atividade industrial tem forçado o
desenvolvimento de novas tecnologias para os processos produtivos, além da necessidade
de um melhor conhecimento de suas atividades, produtos e serviços, de forma a substituir
uma postura reativa (controle da poluição) por um novo paradigma, o qual evidencia um
comportamento pró-ativo (prevenção), com a geração de menor quantidade de resíduos e
poluentes e menor consumo de matérias-primas e energia, visando um melhor desempenho
ambiental.

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2 - Apresentação da Empresa:

A empresa Costa e Souza Usinagem Ijuí Ltda é formada por ex-funcionários da


Imasa, que em um momento de crise precisou demitir alguns funcionários e sem dinheiro
para pagar os custos formais realizou um acordo onde o pagamento das dívidas trabalhistas
se daria através da entrega de várias máquinas, que hoje são utilizadas pela empresa, que
realiza a maioria de seus serviços com a usinagem de peças para a própria Imasa. Os ex-
funcionários agora trabalham com a terceirização das funções que antes desempenhavam
para a própria empresa o que possibilita maior lucro, porém com incerteza de ganhos
futuros.
As maquinas como torno, fresa, furadeira de grande porte, esmeril e rosqueadeiras
estão em geral bom estado de funcionamento, o que garante boa eficiência entre produção e
consumo de energia. Estas maquinas no entanto têm demanda por óleos e graxas
lubrificantes, água para o resfriamento dos metais usinados e é claro energia elétrica. O uso
da energia solar não é muito empregado para iluminação do ambiente e isto acarreta o uso
ininterrupto de lâmpadas durante o horário de funcionamento, também não há uso de
painéis solares para captação da energia solar e o uso das lâmpadas fica em conjunto com a
rede elétrica normal. As instalações hidráulicas são com a rede de água da Corsan sem a
utilização de águas pluviais para as instalações sanitárias. Os dejetos de esgotos são
canalizado com os das demais residências sem discriminação, quanto a vazamentos ou
contaminação por produtos utilizados na empresa e que possam se misturar a estas águas
durante a lavagem das mãos dos funcionários ou máquinas também não há nenhuma
medida de segurança.
Os sons produzidos pela empresa ficam uma quarta parte retidos em seu interior
enquanto as demais se propagam pelo ar atingindo um raio de +/- 30 metros ao redor da
empresa, porém como o volume de trabalho é variável, durante o dia e durante a semana os
intervalos com sons que causam distúrbios aos vizinhos não é suficiente para provocar um
grande incômodo.
A água utilizada para resfriar as peças que estão sendo usinadas é misturada a um
óleo lubrificante e a maior parte é coletada e reutilizada, as perdas ocorrem geralmente por
evaporação e por má coleta, sendo que a água não coletada fica sobre o piso de cimento
sem nenhum revestimento impermeabilizante o que ocasiona posterior infiltração desta
água com óleo lubrificante e demais resíduos metálicos para o solo, bem como quando há
limpeza do recinto, onde a maioria da água com óleo e demais resíduos é colocada no pátio
externo que consiste em brita sobre o solo onde ocorre a infiltração desta mistura mais
rapidamente do que no interior da empresa.

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3 - Caracterização dos Impactos Ambientais:

Impactos Percebidos: Prováveis Causas:


1,3 Contaminação do solo 1- Óleos Lubrificantes e Graxas (Impacto
Principal)
1,2,3 Contaminação das águas superficiais e 2- Esgotos e Instalações Sanitárias não
águas subterrâneas com resíduos biológicos adequadas
e da linha de produção
3 Uso excessivo de energia elétrica 3- Lâmpadas mal posicionadas e descarte
inadequado
4 Perturbação sonora do ambiente 4- Falta de isolamento acústico
5 Uso inadequado de água potável 5- Má utilização da água potável, falta de
captação pluvial e alternativas.

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4 - Fundamentação Teórica sobre Óleos e Graxas lubrificantes:

No Brasil, através de uma revisão dos mais recentes textos da Legislação Ambiental
Brasileira identificamos algumas determinações sobre óleos lubrificantes, as quais
apresentaremos a seguir.
O decreto 50.877/61 e seus respectivos artigos, por exemplo, dispõem sobre o
lançamento de resíduos tóxicos e oleosos em águas interiores e litorâneas do país. Entre
outros artigos, o 1º trata das condições de lançamento de resíduos líquidos, sólidos ou
gasosos industriais, o que só poderá ocorrer in natura ou após serem tratados. Este decreto
ainda dispõe sobre os padrões de qualidade da água para o interesse industrial, onde é
determinado que a média mensal de oxigênio dissolvido em água não pode ser inferior a 4
(quatro) partes por milhão, nem a média diária inferior a 3 (três) partes por milhão. A média
mensal de demanda bioquímica de oxigênio (DBO) não deve ser superior a 5 partes por
milhão de água (5 dias / 20°C) e o pH não será inferior a 5 e nem superior a 9 ½ (nove e
meio). Quaisquer alterações nos padrões anteriores terão que passar por autorização das
autoridades pertinentes.
A Resolução Conama n. 9/93 dispõe sobre óleos lubrificantes usados considerando
que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em sua NBR 10.004, Resíduos
Sólidos - Classificação, classifica-os como resíduos com substâncias perigosas por
apresentarem toxicidade devido à formação de compostos, tais como: ácidos orgânicos,
compostos aromáticos polinucleares potencialmente carcinogênicos, resinas e lacas.
Considera, também, que o descarte para o solo ou cursos de água de óleo lubrificante puro,
assim como o emulsionável usado, gera graves danos ao meio ambiente, e que a combustão
dos óleos lubrificantes usados pode gerar gases residuais nocivos à saúde humana. A
gravidade de contaminação com o óleo lubrificante usado com policlorados (PCB’s) é de
caráter particularmente perigoso e as atividades de gerenciamento de óleos lubrificantes
usados devem estar organizadas e controladas de modo a evitar danos à saúde pública e ao
meio ambiente. "A sua minimização e reciclagem são instrumentos prioritários para o
gerenciamento dos processos e obtenção da qualidade ambiental na empresa."
Para efeito dessa resolução, no seu artigo 1º, entende-se por óleo lubrificante básico
o principal constituinte do óleo lubrificante, que, de acordo com a sua origem, pode ser
mineral (derivado de petróleo) ou sintético (derivado de vegetal ou síntese química),
conforme especificação do Departamento Nacional de Combustível (DNC). Esse produto
pode, em decorrência de seu uso normal ou por motivo de contaminação, tornar-se
inadequado à sua finalidade original, podendo ser, portanto, regenerado por processos
disponíveis no mercado. No entanto, quando tecnicamente não regenerável, o óleo
lubrificante torna-se irrecuperável por processos disponíveis no mercado, não sendo
possível a sua reciclagem e reutilização.
Na regeneração busca-se, através do processamento de frações utilizáveis e valiosas
contidas neste produto, a sua reutilização como um novo produto ou mesmo como matéria-
prima, removendo-se as partes contaminadas de forma a permitir o reaproveitamento de
suas propriedades para o mesmo ou outros fins. A incineração e a combustão são
desconsideradas para efeitos desta resolução, pois a combustão e a queima, com o objetivo
primário de destruir um produto tóxico ou indesejável, e por último de utilização do calor
gerado, podem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente, caso não existam meios
corretos para o controle desse processo. Todavia, estas alternativas têm sido praticadas
como um último fim.

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A Resolução Conama 9/93 apresenta um conjunto de definições. Entre elas, citamos
algumas com caráter de maior relevância, tais como:
• produtor de óleo lubrificante: formulador, envasilhador ou importador deste
produto;
• gerador de óleo lubrificante usado ou contaminado: pessoas físicas ou jurídicas
que, em decorrência de sua atividade, ou face ao uso deste produto, gerem
qualquer quantidade de óleo lubrificante usado ou contaminado;
• receptor de óleo lubrificante usado ou contaminado: pessoa jurídica legalmente
autorizada que comercializa este produto no varejo;
• coletor de óleo lubrificante usado ou contaminado: pessoa jurídica que
devidamente credenciada pelo Departamento Nacional de Combustível dedica-
se à coleta de óleos lubrificantes usados ou contaminados nos geradores ou
receptores;
• rerrefinador de óleo lubrificante usado ou contaminado: pessoa jurídica
devidamente credenciada pelo Departamento Nacional de Combustíveis e
licenciada pelo órgão estadual de meio ambiente para a prática de recuperação
de óleos lubrificantes usados ou contaminados.
Todo óleo lubrificante usado e contaminado, segundo o artigo 2º desta resolução,
será obrigatoriamente recolhido e terá uma destinação adequada, de forma a não afetar
negativamente o meio ambiente.
No artigo 3º da mesma resolução, ficam proibidos quaisquer descartes de óleos
lubrificantes usados em solos, águas superficiais e/ou subterrâneas, no mar territorial e em
sistemas de esgotos ou evacuação de águas residuárias. Qualquer forma de eliminação de
óleos lubrificantes que provoque contaminação atmosférica superior ao nível estabelecido
pela legislação sobre a proteção do ar atmosférico.
No artigo 4º ficam proibidas a industrialização e comercialização de novos óleos
lubrificantes não recicláveis nacionais ou importados. Casos excepcionais terão que ser
submetidos à avaliação do IBAMA.
No artigo 5º fica proibida a disposição dos resíduos derivados do tratamento de óleo
lubrificante usado ou contaminado no meio ambiente sem tratamento prévio, que assegure:
• eliminação das características tóxicas e poluentes do resíduo;
• preservação dos recursos naturais;
• atendimento aos padrões de qualidade ambiental.
O artigo 6º estabelece que a implantação de novas indústrias destinadas à
regeneração de óleos lubrificantes usados ou contaminados, assim como a ampliação das
existentes, deverá ser baseada em tecnologias que minimizem a geração de resíduos a
serem descartados no ar, água, solo ou sistemas de esgotos. Ainda neste artigo, no seu
parágrafo único, é solicitado às empresas que entreguem ao órgão ambiental competente o
plano de seus processos industriais, que assegure a redução e tratamento dos resíduos
gerados.
No artigo 7º, fica estabelecido que todo óleo lubrificante usado e contaminado
deverá ser destinado à reciclagem. A reciclagem deverá ser feita através do rerrefino, como
cita o parágrafo 1º, e a reutilização em outro processo industrial dependerá de aprovação do
órgão ambiental competente, como cita o parágrafo 2º. No caso de impossibilidade da
reciclagem, o órgão ambiental poderá autorizar a sua combustão para geração de energia ou
incineração, desde que observadas as condições preestabelecidas no artigo 3º, que são:

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• o sistema de combustão ou incineração, onde se deve observar o artigo 250 (c)
do decreto-lei 2848/40, deverá estar devidamente licenciado ou autorizado pelo
órgão ambiental competente;
• sejam atendidos os padrões de emissões estabelecidos na legislação ambiental
vigente. Na falta de algum padrão, deverá ser adotada a NBR 1265 (Incineração
de resíduos sólidos perigosos - Padrões de Desempenho); e
• concentração de PCB’s que no óleo lubrificante deverá atender aos limites
estabelecidos pela NBR 8371 (Ascaréis para transformador e capacitadores -
Procedimento).
Quanto às obrigações dos produtores ou envasilhadores, o artigo 8º descreve que
estes devem:
• divulgar em todas embalagens de óleos lubrificantes produzidos ou importados,
assim como em informes técnicos, informes sobre a destinação imposta pela lei
e a forma de retorno dos óleos lubrificantes usados ou contaminados, reciclados
ou não;
• ser responsáveis pela destinação final dos óleos usados não regeneráveis,
originários de fontes de utilização, através de sistemas de tratamento aprovados
pelo órgão ambiental competente; e
• submeter ao IBAMA, para prévia aprovação, o sistema de tratamento e
destinação final dos óleos lubrificantes usados, após o uso recomendado quando
da introdução no mercado de novos produtos nacionais ou importados.
Quanto aos geradores, o artigo 9º descreve as suas obrigações, que são:
• armazenar os óleos lubrificantes usados de forma segura, em lugar acessível à
coleta, em recipientes adequados e resistentes a vazamento;
• adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado venha a
ser contaminado por produtos químicos, combustíveis, solventes e outras
substâncias, salvo as decorrentes da sua normal utilização;
• destinar o óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável para o rerrefino
ou outro meio de reciclagem, devidamente autorizado pelo órgão ambiental
competente;
• fornecer informações aos coletores autorizados sobre os possíveis contaminantes
adquiridos pelo óleo lubrificante usado;
• alienar a coleta de óleos lubrificantes usados ou contaminados provenientes de
atividades industriais exclusivamente aos coletores autorizados;
• manter os registros de compra de óleos lubrificantes e alienação de óleos
lubrificantes usados ou contaminados disponíveis para fins de fiscalização por
dois anos, quando se tratar de pessoa jurídica cujo consumo de óleo seja igual ou
superior a 700 litros por ano;
• responsabilizar-se pela destinação final de óleos lubrificantes usados ou
contaminados não regeneráveis, através de sistemas aprovados pelo órgão
ambiental competente;
• destinar o óleo lubrificante não regenerável de acordo com a orientação do
fabricante, no caso de pessoa física.
Quanto aos receptores de óleos lubrificantes usados, o artigo 10 apresenta as
seguintes obrigações:

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• alienar o óleo lubrificante contaminado regenerável exclusivamente para o
rerrefinador autorizado;
• divulgar em local visível ao consumidor a destinação disciplinada nesta
resolução, indicando a obrigatoriedade do retorno dos óleos lubrificantes usados
e locais de recebimento;
• proceder a troca e armazenagem de óleos lubrificantes usados ou contaminados
em instalações próprias ou de terceiros;
• reter e armazenar os óleos lubrificantes usados de forma segura em lugar
acessível à coleta em recipientes adequados e resistentes a vazamentos.
Em se tratando do artigo 11, apenas a observação quanto ao resgate de uma
orientação específica para a coleta de óleos lubrificantes usados em embarcações.
No caso das obrigações dos coletores de óleos lubrificantes usados ou
contaminados, o artigo 12 dispõe que estes devem:
• recolher todo o óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável, emitindo, a
cada aquisição para o gerador ou receptor, a competente Nota Fiscal extraída nos
moldes previstos pela Instrução Normativa n. 109, de 31 de outubro de 1984, da
Secretaria da Receita Federal;
• tomar medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado venha a ser
contaminado por outros produtos químicos, combustíveis, solventes e outras
substâncias;
• alienar o óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável coletado,
exclusivamente ao meio de reciclagem autorizado, através de nota fiscal de sua
emissão;
• manter atualizados os registros de aquisições e alienações, bem como cópias de
documentos legais a elas relativos, disponíveis para fins de fiscalização, por 2
(dois) anos;
• responsabilizar-se pela destinação final de óleos lubrificantes usados ou
contaminados não regeneráveis, quando coletados, através de sistemas
aprovados pelo órgão ambiental competente;
• garantir que as atividades de manuseio, transporte e transbordo de óleo usado
coletado sejam efetuadas em condições adequadas de segurança e pessoal
devidamente treinado, atendendo à legislação pertinente.
O artigo 13 estabelece, aos rerrefinadores de óleos lubrificantes usados, as seguintes
obrigações:
• receber todos os óleos lubrificantes usados ou contaminados, exclusivamente de
coletores autorizados;
• manter atualizados os registros de aquisições e cópias dos documentos legais a
elas relativos, disponíveis para averiguações fiscais por um período de dois
anos;
• responsabilizar-se pela destinação final dos óleos lubrificantes usados ou
contaminados não regeneráveis, através de sistemas aprovados pelo órgão
ambiental competente;
• não permitir a presença de compostos policlorados (PCB’s) nos óleos
lubrificantes usados ou contaminados reefinados em quantidade superior a 50
ppm, nem resíduos tóxicos.

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Ainda em seus artigos 14 e 15, a Resolução 9/93 determina que a armazenagem dos
óleos lubrificantes usados ou contaminados deve ser provida de unidades construídas e
mantidas de forma a evitar infiltrações, vazamentos e ataques diversos, evitando, assim,
riscos associados a estes produtos. Quanto à embalagem e transporte, estes devem atender
às normas vigentes encontradas nos órgãos ambientais.
Nos artigos 17 e 18 a Resolução 9/93 estabelece que o não cumprimento ao disposto
nesta Resolução acarretará aos infratores as sanções previstas na Lei 6.938, de 31 de agosto
de 1981, e na sua regulamentação pelo Decreto 99.274, de 06 de junho de 1990., e que os
óleos lubrificantes usados ou contaminados, reconhecidos como biodegradáveis, pelos
processos convencionais de tratamento biológico, não são abrangidos por esta Resolução,
quando não misturados aos óleos lubrificantes usados regeneráveis.

Composição dos Óleos Usados

Os óleos usados contêm produtos resultantes da deterioração parcial dos óleos em


uso, tais como compostos oxigenados (ácidos orgânicos e cetonas), compostos aromáticos
polinucleares de viscosidade elevada, resinas e lacas. Além dos produtos de degradação do
básico, estão presentes no óleo usado os aditivos que foram adicionados ao básico, no
processo de formulação de lubrificantes e ainda não foram consumidos, metais de desgaste
dos motores e das máquinas lubrificadas (chumbo, cromo, bário e cádmio) e contaminantes
diversos, como água, combustível não queimado, poeira e outras impurezas. Pode conter
ainda produtos químicos, que, por vezes, são inescrupulosamente adicionados ao óleo e
seus contaminantes característicos.
Os óleos usados são constituídos de moléculas inalteradas do óleo básico, produtos
de degradação do óleo básico; contaminantes inorgânicos; água originária da câmara de
combustão (motores), ou de contaminação acidental; hidrocarbonetos leves (combustível
não queimado); partículas carbonosas formadas devido ao coqueamento dos combustíveis e
do próprio lubrificante e ainda outros contaminantes diversos.
A origem dos óleos lubrificantes usados é bastante diversificada e suas
características podem apresentar grandes variações, e nesse ponto é interessante que se faça
uma distinção entre os óleos usados de aplicações industriais e os de uso automotivo e as
respectivas formas possíveis de reciclagem.
Óleos usados Industriais
Os óleos industriais possuem, em geral, um baixo nível de aditivação. Nas
aplicações de maior consumo, como em turbinas, sistemas hidráulicos e engrenagens, os
períodos de troca são definidos por limites de degradação ou contaminação bem mais
baixos do que no uso automotivo. Por outro lado, a maior variedade de contaminantes
possíveis nos óleos usados industriais dificulta a coleta para a finalidade de re-refino em
mistura com óleos automotivos.
Uma parte dos óleos utilizados em muitas aplicações industriais são emulsões (óleos
solúveis), nas quais existem gotículas de óleo finalmente dispersas na fase aquosa. Através
do uso de emulgadores, obtem-se emulsões estáveis usadas industrialmente numa série de
aplicações, como usinagem.
As emulsões à base de óleo mineral em uso devem ser trocadas depois de
determinados períodos, devido a uma crescente degradação microbiana e contaminação
com produtos estranhos.
Óleos usados Automotivos

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Nas aplicações automotivas, tanto os níveis de aditivação quanto os níveis de
contaminantes e de degradação do óleo básico são bem mais elevados do que nas
aplicações industriais.
A maior parte do óleo usado coletado para re-refino é proveniente do uso
automotivo. Dentro desse uso estão os óleos usados de motores à gasolina (carros de
passeio) e motores diesel (principalmente frotas). As fontes geradoras (postos de
combustíveis, super trocas, transportadoras, etc.) são numerosas e dispersas, o que, aliado
ao fator das longas distâncias, acarreta grandes dificuldades para a coleta dos óleos
lubrificantes usados. Alguns fatores contribuem para que a carga do processo de re-refino e,
mais especificamente, a carga da etapa de acabamento, sejam uniformes:
- a carga do re-refino sofre, normalmente, uma homogeneização prévia ao
processamento, para evitar oscilações de rendimentos e condições de processo;
- as etapas de destilação e/ou desasfaltamento restringem o conteúdo de frações
leves e de componentes de alto peso molecular, inclusive produtos de oxidação,
restringindo a faixa de destilação e, indiretamente, a composição da carga da etapa de
acabamento.

Re-refino de Óleos Usados

Um processo de re-refino deve compreender etapas com as seguintes finalidades:


- remoção de água e contaminantes leves;
- remoção de aditivos poliméricos, produtos de degradação termo-oxidativa do óleo
de alto peso molecular e elementos metálicos oriundos do desgaste das máquinas
lubrificadas (desasfaltamento);
- fracionamento do óleo desasfaltado nos cortes requeridos pelo mercado;
- acabamento, visando a retirada dos compostos que conferem cor, odor e
instabilidade aos produtos, principalmente produtos de oxidação, distribuídos em toda a
faixa de destilação do óleo básico.
A água removida do processo deve passar por tratamento complexo, em função de
contaminação com fenol e hidrocarbonetos leves.
Os produtos pesados da destilação e desasfaltamento têm aplicação potencial na
formulação de asfaltos.
As propriedades do óleo destilado, ainda carentes de ajuste, são a estabilidade de
cor, odor e índice de acidez do óleo, principalmente.
Além da remoção de metais e produtos de oxidação, a etapa desasfaltamento
aumenta a uniformidade da carga da etapa de acabamento, em termos de conteúdo de
metais e nível de oxidação.

Processos de Re- refino

Um processo de re-refino deve ter, imprescindivelmente, baixo custo, flexibilidade


para se adaptar às variações de características das cargas e não causar problemas
ambientais.
O processo clássico de re-refino consiste na desidratação e na remoção de leves por
destilação atmosférica, tratamento do óleo desidratado com ácido sulfúrico e neutralização
com absorventes.

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A tendência atual vai em direção aos processos de desasfaltamento através de
evaporadores de película ou T.D.A. (torre ciclônica de destilação). O subproduto de fundo
da destilação geralmente é empregado como componente de asfaltos. No tocante à etapa de
acabamento, as unidades de hidroacabamento são as selecionadas no caso de maiores
escalas. Para unidades menores, o acabamento por absorção é mais econômico. Na Europa,
os principais processos envolvem o desasfaltamento térmico ou a propano e o acabamento
por absorção, enquanto nos Estados Unidos, em função da maior escala das plantas
existentes, são usados processos de desasfaltamento seguidos de hidroacabamento.
Os óleos usados são aqueles lubrificantes líquidos que foram usados em algum
processo, como automotivos, motores e máquinas, e que oxidaram-se, alteraram-se e
passaram a conter substâncias estranhas originárias do próprio óleo ou provenientes de
contaminações.

Processo de Re-refino de Óleo

O processo de re-refino compreende as seguintes etapas:


Desidratação
Após ser descarregado numa caixa receptadora, o óleo usado passa por um
peneiramento e por uma filtração para a retenção de partículas grosseiras. A desidratação é
iniciada com um pré-aquecimento do óleo até 80ºC antes de ser enviado aos desidratadores.
Numa operação em batelada, o óleo é desidratado a 180ºC em desidratadores com trocador
externo em circulação forçada. A água e os solventes evaporados são condensados e
separados em um separador de fases. Os solventes são aproveitados como combustível para
os fornos e a água é enviada para tratamento (ETE).
Destilação Flash
Uma vez desidratado, o óleo é bombeado para um forno onde é aquecido até uma
temperatura de 280ºC. A partir daí, o óleo entra no sistema de vasos de flasheamento sob
alto vácuo (28 mBAR). Aqui são separadas as frações leves do óleo usado: óleo neutro
leve, óleo spindle e óleo diesel. O óleo neutro leve entra na formulação de óleo com média
viscosidade. O óleo spindle é usado em formulações diversas. O óleo diesel é empregado
como combustível. Estas frações precisam de um acabamento antes do seu uso.
Desasfaltamento
O óleo destilado é bombeado para outro forno, onde é aquecido a uma temperatura
de 380ºC, e enviado para os evaporadores de película. Nesta etapa, é separada a fração
asfáltica do óleo sob alto vácuo (1 mBAR). A fração asfáltica é composta pela maior parte
degradada do óleo lubrificante usado. Na sua composição encontramos principalmente
polímeros, metais, resinas, aditivos e compostos de carbono. Esta fração é empregada na
fabricação de mantas e produtos asfálticos em geral.
Tratamento Químico - Borra Ácida
O óleo proveniente do desasfaltamento ainda possui alguma quantidade de
componentes oxidados. Para extraí-los, aplica-se pequena quantidade de ácido sulfúrico,
que promove a aglomeração dos contaminantes que decantam, gerando a borra ácida, um
resíduo poluente se lançado ao ambiente.
A borra ácida é lavada com água, neutralizada e desidratada, transformando-se em
combustível pesado de alto poder calorífico. A água ácida gerada na lavagem desta borra é
neutralizada com lama cal e cal virgem, transformando-se em gesso para corretivo de solo.
Já a água neutralizada é enviada para tratamento (ETE).

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Em relação aos resíduos produzidos no processo de re-refino, o ácido sulfúrico da
borra ácida é recuperado, formando sulfato de magnésio, e a borra lavada entra na
composição com asfalto para oxidação e produção de asfalto oxidado para
impermeabilização e outros subprodutos. A torta do filtro é incorporada de 5 a 10% na
composição do barro para a fabricação de tijolos.

Clarificação e Neutralização
Após a sulfonação, o óleo é bombeado para os reatores de clarificação, onde é
adicionada argila descorante (absorvente natural). A mistura óleo/argila é aquecida para
promover a absorção de compostos indesejáveis. No final, é adicionada a cal para corrigir a
acidez do óleo.
Filtração
A mistura óleo/argila/cal passa por filtros prensa para separar a fração sólida. A
argila com cal impregnada com óleo é empregada em indústrias cerâmicas e cimenteiras. O
óleo ainda passa por filtros de malha mais fina para eliminar os particulados remanescentes.
No final, é obtido o óleo básico mineral re-refinado com as mesmas características de óleo
básico virgem.
Após estas etapas, o óleo é armazenado em tanques. Para atender às especificações
de viscosidade, cor, ponto de fulgor, etc., cada lote é analisado e corrigido pelo laboratório.

Sistema de Gestão Ambiental

Durante o processamento do óleo usado são gerados subprodutos além do óleo


refinado.
As frações leves podem ser empregadas como combustível na frota de veículos,
fornos e caldeiras; e a fração asfáltica é empregada como aditivo plastificante na fabricação
e comercialização de produtos asfálticos de alto desempenho. É gerado também
combustível pesado para fornos de altas temperaturas, gesso agrícola empregado na
correção de solo e agregado para a fabricação de produtos cerâmicos.
Para todas as emissões gasosas existem sistemas de tratamento e controle. Estes
sistemas são formados por lavadores alcalinos de gases e fornos de oxidação térmica de alta
temperatura. Para os efluentes líquidos, pode ser utilizada uma estratégia para diminuir o
consumo de água limpa e o descarte de efluentes: os efluentes gerados em alguns setores
são utilizados em outros setores (reciclagem interna). Assim, é aproveitada ao máximo a
água empregada na unidade.
O efluente industrial descartado é direcionado para separadores água/óleo, onde é
separado o óleo da fase aquosa. O óleo é reutilizado na fábrica. O efluente industrial então
recebe o efluente doméstico proveniente do restaurante, dos banheiros e dos lavatórios de
toda a unidade, e a mistura é enviada para a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE).
Na ETE pode ser empregado o sistema de lagoas aeradas. Este sistema é composto
por quatro lagoas aeradas e uma lagoa de decantação de lodo. A aeração das lagoas é feita
por membranas tubulares localizadas no fundo das mesmas e alimentadas por sopradores de
ar. Estas membranas possuem microfuros, que produzem microbolhas responsáveis pelo
fornecimento de oxigênio e agitação da massa líquida com um alto desempenho e menor
consumo de energia. Os microorganismos presentes nas lagoas empregam o oxigênio para
degradar a carga poluidora presente no efluente (fenol e hidrocarbonetos). Para isso, o
efluente permanece durante seis a sete dias nas lagoas aeradas. O lodo gerado na atividade

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microbiana é decantado e digerido na última lagoa. O efluente, após o tratamento, é
recirculado em mais de 80% para a fábrica, diminuindo a dependência de fontes de água
para a indústria.

Serviço de Lavanderia para Óleos Lubrificantes Industriais Usados

A recomendação para a troca de lubrificantes industriais baseia-se, na maioria das


vezes, em contaminações banais, ao contrário dos lubrificantes automotivos, que, em uso,
são fortemente contaminados e apresentam depressão severa de propriedades importantes.
As razões principais para a troca do lubrificante industrial são:
- água em menor ou maior quantidade;
- pequena presença de solventes (na maioria oriundos da limpeza das máquinas);
- impurezas sólidas (do meio ambiente, resíduos metálicos de operações de corte,
por exemplo);
- variações da viscosidade por contaminação acidental ou inevitável com outro óleo
mineral (erros de abastecimento, contaminação com óleo de corte, por exemplo);
- leve oxidação manifestada por alteração do odor e aparência e aumento do índice
de acidez.
Todos estes itens podem ser corrigidos por meio de medidas relativamente simples,
tais como secagem, filtragem, correção da viscosidade com óleo básico de maior ou menor
viscosidade e, finalmente, a remoção dos produtos da oxidação por tratamento com terras
ativadas. O tratamento com terras ativadas, além de remover os produtos da oxidação,
clarear o óleo e reduzir o índice de acidez, também remove a maioria dos aditivos
presentes. Neste caso, todas as propriedades conferidas por aditivos devem ser restituídas.

Reciclagem de Lubrificantes Industriais Usados

As vantagens ambientais deste processo de reciclagem consistem, principalmente,


na eliminação da utilização de ácidos e a subseqüente geração de borras ácidas. A
reciclagem gera apenas água e material filtrante impregnado com óleo, produtos da
oxidação e resíduos antes presentes no óleo lubrificante. A água depois de tratada é
destinada às ETEs, e os resíduos sólidos são destinados à incineração. Enquanto o descarte
de óleos lubrificantes automotivos e/ou industriais usados para o re-refino gera nenhuma ou
pouca receita para o usuário do lubrificante, o processo de reciclagem resulta numa
economia de lubrificantes que varia de 40 a 50%.

Tipos de Produtos Recicláveis


- Óleos hidráulicos
- Óleos de circulação
- Óleos de eletro-erosão
- Óleos lubrificantes em geral
-Óleos para engrenagens industriais (dependendo do grau da viscosidade)
- Óleos de corte integrais
- Óleos de têmpera
- Óleos de brochamento

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- Fluidos utilizados em operações de lavagem (flushing) de sistemas
Muitas vezes, quando o produto não pode voltar a sua aplicação original em função
de alguma contaminação que não pode ser removida pelo processo (por exemplo, a
presença de enxofre ativo), o mesmo pode ser transformado em outro tipo de produto, como
óleo para lubrificação geral ou óleo de corte.
Ao contrário do re-refino, que recebe óleo sujo de muitas fontes ou espécie, desde
que seja óleo mineral, e submete-o a um processo padronizado em suas instalações,
resultando em óleo básico re-refinado destinado aos fabricantes de lubrificantes minerais,
na reciclagem há necessidade de que o reciclador possua profundos conhecimentos da
formulação de lubrificantes, assim como conhecimento da aplicação do lubrificante, para,
em primeiro lugar, verificar se um óleo recebido do usuário realmente pode voltar a sua
aplicação original ou quais as alternativas em outras normalmente menos severas.
A interação entre o usuário e o reciclador está numa base idêntica a do fornecedor
de óleo lubrificante novo.
As instalações e equipamentos do reciclador, embora semelhantes ao do fabricante
de óleo novo, são mais complexas: tancagem (um pouco menor quanto ao volume total,
porém maior em quantidade de tanques); tanques misturadores com seus acessórios, tais
como bombas e misturadores mecânicos; filtros-prensa de alta capacidade para garantir
pureza do óleo tratado (normalmente o fabricante de óleo novo não submete o óleo à
filtragem); equipamento para o envasilhamento; lavador de gases (normalmente não
existente no fabricante de lubrificantes); laboratório para avaliar a reciclabilidade do óleo,
controle de qualidade do processo e do produto acabado, mais o equipamento específico
para o tratamento do óleo com terras ativas para a remoção dos produtos da oxidação.
As perdas no processo são pequenas, normalmente não ultrapassando 4%.
O número de vezes que um lubrificante industrial pode ser submetido à reciclagem
está limitado tão somente pelo grau de oxidação, contaminação e as perdas naturais em
serviço. Indubitavelmente, algum dia este óleo estará em condições que somente o re-refino
ainda poderá tirar alguma parte útil do mesmo. Porém, até este momento, a indústria que
utiliza os produtos assim reciclados, terá conseguido reduções de custos consideráveis.

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5 - Discussão do Impacto escolhido: O uso e descarte dos óleos e graxas
lubrificantes:

A empresa para desenvolver suas atividades necessita da utilização destes produtos


sem os quais não há como manter o processo de produção, enquanto não forem
desenvolvidos outros óleos e graxas biodegradáveis ou de mais fácil manuseio sem
contaminação do ambiente e sem desperdício a empresa (e outras empresas) estará
utilizando estes materiais tentando evitar o descarte incorreto dos resíduos.
A sociedade têm conhecimento que várias empresas com várias atividades utilizam
graxas e óleos e que nem sempre tem o manuseio correto e efetivo do material e que por
ventura este material é descartado de forma incorreta, pois ao analisarmos superficialmente
mesmo que apenas olhando para um dos córregos que cortam a cidade poderemos ver na
sua superfície pontos característicos da contaminação com óleos que foram para o riacho de
forma incorreta, a partir deste fato sabe-se que há em algum lugar da cidade pelo menos um
ponto poluidor deste resíduo, a sociedade como grupo de pessoas da cidade não necessita
das águas do riacho para abastecimento, mas o riacho vai para o rio e este rio serve para o
abastecimento de outras comunidades, que irão sofrer as conseqüências desta contaminação
e assim se analisarmos a sociedade como o grupo de pessoas que se utiliza desta
macrorregião para abastecer-se por exemplo de água estaríamos então causando a
impossibilidade de utilização destas águas para o consumo humano e teríamos que re-
avaliar nossa postura pois também nos servimos com águas poluídas por outras cidades ,
uma vez que os rios passam por vários municípios e se cada município não levar em
consideração que são vários os usuários destas águas, então logo esta não será utilizável por
ninguém, e uma vez estas fontes poluidoras causarem danos mais profundos do que apenas
as águas superficiais logo, outras alternativas também não serão mais possíveis.
O ambiente possui uma capacidade de regeneração, porem ela depende do nível de
impacto atingido e demanda de tempo em uma escala além da humana, desta forma não ´pe
possível esperar que a natureza consiga processar todos estes dejetos da forma adequada
em tempo hábil, é preciso que o ser humano faça sua parte contribuindo para evitar a
emissão de poluentes sejam de qualquer forma existente, as graxas e óleos lubrificantes são
materiais sintetizados a partir do petróleo, ou seja, sua decomposição irá resultar na
formação novamente de petróleo e os estudo realizados sobre o petróleo indicam que este
levou vários milhares de anos para se formar em condições que incluíam pressão e
temperaturas que não existem na superfície o que indica que estes compostos não irão se
decompor tão cedo sem antes interferir na vida de muitas gerações de seres vivos, sejam
animais, plantas ou até mesmo as bactérias essenciais para decomposição de outros tipos de
resíduos.
De uma forma geral toda atividade que o ser humano executa sobre o ambiente
causa um certo impacto com um certo grau de magnitude, até os dias atuais o ser humano
não se preocupou com este fato, mas os efeitos são cada vez mais evidentes e implicam
numa mudança de hábitos que estão enraizados nas gerações mais anteriores e são
justamente estes que possuem maior poder de decisão nas famílias, de forma que por mais
que os jovens sejam flexíveis ainda assim as decisões mais impactuantes nas famílias
ocorrem por intermédio dos mais velhos e a grande maioria não acredita no fim dos
recursos naturais e eles realmente não tem fim, se forem utilizados os recursos renováveis
mas se a base de utilização dos recursos se manter nos não renováveis, então o modus

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operanti e a vida de muitas pessoas não será mais suportada pelo planeta e para conseguir
processar todos estes dejetos o planeta vai precisar passar por mudanças e as mudanças
podem acarretar que a vida como é hoje pode não suportar as condições que o planeta
impuser sobre seus habitantes. Para mudar esta (i)lógica de raciocínio é fácil, basta
começar.

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6 – Conclusões:

Com o término deste trabalho supõe-se que a análise de uma empresa nos mostre o
quanto de poluição as empresas são responsáveis por colocar no ambiente, mas ao contrário
disso pudemos ver que também as casas são responsáveis por uma parcela significativa dos
impactos causados ao ambiente uma vez que a maioria das condições encontradas nas
empresas se repete dentro de nossas casas, pois também somos responsáveis pelo mau uso
da água, e mau descarte de lixo e materiais recicláveis que não reciclamos e não
descartamos de forma adequada para que os catadores possam recolher e propiciar o
descarte adequado, uma vez que esta atividade pode além de preservar o ambiente, também
ajudar na vida social e a própria destas pessoas que deviam ser contratadas ou pelo menos
ser apoiadas pela prefeitura para que não sofram na mão de atravessadores dos materiais
recolhidos, uma vez que esta atividade é de vital importância, visto a necessidade de
preservação do ambiente em que nos deparamos hoje.
Como visto, são freqüentes os problemas operacionais com óleo lubrificantes, o que
torna necessário a conscientização das empresas e a constante investigação acerca do
aperfeiçoamento e controle dos processos para a aplicação deste produto. E também, um
maior poder de flexibilidade e inovação tecnológica no tratamento dos resíduos gerados,
evitando-se, assim, maior agressão ao meio ambiente, à saúde pública e a outras atividades
econômicas, assim como os problemas com os órgãos ambientais decorrentes da adoção de
penalidades.

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7 - Bibliografia:

(1) http://www.deq.uem.br/biblioteca/deq/Anais/CobeqXIII/pdf/389.pdf acessado em


22/05/07

(2) http://www.eps.ufsc.br/disserta98/ignacio/cap3.html acessado em 22/05/07

(3) CONAMA, RESOLUÇÃO Nº 9, DE 31 DE AGOSTO DE 1993

(4) CONAMA, RESOLUÇÃO N o 362, DE 23 DE JUNHO DE 2005

(5) http://www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/acidentes/rodoviarios/legislacao_estadual.asp
acessado em 22/05/07

(6) http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=residuos/index.php3&
conteudo=./residuos/oleolubrificante.html acessado em 22/05/07

(7) http://www2.petrobras.com.br/EspacoConhecer/Produtos/lubrificantes.asp acessado em


22/05/07

(8) http://www.piratininga.org.br/artigos/2005/69/reportagem-edwilsonaraujo.html
acessado em 22/05/07

(9) http://www.amchamrio.com.br/download/down/2005/premio/Samarco.pps acessado em


22/0507

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